O que você vai ver neste artigo:
DEFI11 é o código do Exchange Traded Fund (ETF, ou fundo de índice negociado em Bolsa) de Finanças Descentralizadas listado pela gestora Hashdex na B3 em 17 de fevereiro de 2022.
O DEFI11 segue o índice CF DeFi Modified Composite Index, desenvolvido pela CF Benchmarks, um dos principais provedores globais de índices de criptoativos.
Na oferta inicial coordenada por XP, Itaú BBA e Banco Genial, o ETF DEFI11 captou R$ 55,5 milhões.
O fundo possui taxa de administração total de 1,3% ao ano. A previsão inicial era de um valor aproximado de R$ 50 por cota na Bolsa, acessível para investidores pessoas físicas do varejo.
Aqui no Blog do Grana você terá informações sobre esse novo produto, o ETF DEFI11, que está disponível (listado) na B3 desde 17 de fevereiro de 2022.
Confira na sequência do texto:
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DEFI11 – Quais são as características do ETF de finanças descentralizadas
“As finanças descentralizadas (DeFi), nada mais são que aplicações baseadas em blockchain e contratos inteligentes que viabilizam a criação de uma nova infraestrutura para os serviços financeiros tradicionais, como empréstimos, seguros e transações de valores”, afirma Marcelo Sampaio, CEO da Hashdex.
“Investir em DeFi é o mesmo que investir nas fintechs do futuro. É um mercado muito promissor que, por conta de suas tecnologias disruptivas, pode crescer exponencialmente nos próximos anos”, comenta.
De acordo com Sampaio, o índice CF DeFi Modified Composite Index – da CF Benchmarks – segue “rigorosos” critérios de elegibilidade para obter a “melhor” representação do mercado DeFi.
“Esse produto representa mais uma ação da Hashdex em prol do investidor brasileiro. Estamos facilitando a entrada de todos neste ecossistema promissor, garantindo as melhores soluções de governança, custódia, auditoria e regulação, além de eliminar todas as dificuldades e inseguranças nas transações de ativos digitais”, completou Sampaio.
Onde o ETF DEFI11 aplica os recursos dos cotistas
Inicialmente, o índice deve contar com um total de 12 ativos, divididos em três categorias.
São elas:
- Protocolos DeFi que oferecem soluções práticas e modernas para serviços financeiros: Unisawap, AAVE, Compound, Maker, Yearn, Curve, Synthetix e AMP.
- Protocolos de Suporte, que auxiliam protocolos DeFi com serviços de armazenamento e consulta de dados, verificação de identidade e soluções de escalabilidade: Polygon, Chainling e The Graph.
- Plataformas de Registro, blockchain nas quais as transações são validadas e registradas. Desta categoria, a selecionada foi a rede Ethereum.
Quais são os principais riscos do ETF DEFI11
A exemplo dos demais ETFs de criptos já lançados no Brasil e em outros mercados internacionais, o principal risco do DEFI11 é a volatilidade, o sobe e desce constante das cotas.
Como todo produto novo na praça, o ETF também terá riscos de liquidez (capacidade de venda rápida das cotas no preço desejado) e de insegurança jurídica e regulatória, pois governos ou bancos centrais pelo mundo (inclusive no Brasil) estão buscando regular o mercado de novas tecnologias e de criptoativos.
Além disso, como todo produto listado em Bolsa, o ETF terá riscos de mercado, macroeconômicos e cambiais, nesse último caso relativo às oscilações das moedas e ativos (inclui criptoativos) que são investidos no exterior.
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Qual é o histórico do gestor em ETF de criptos
Este será o quarto ETF de criptoativos que a Hashdex disponibiliza na B3.
A gestora lançou o primeiro produto da modalidade no Brasil, o HASH11. O fundo investe numa cesta de ativos que buscam representar “o melhor” do mercado cripto.
Atualmente, o ETF conta com mais de 125 mil investidores e cerca de R$ 2,6 bilhões sob gestão.
No último ano, a empresa ainda lançou o BITH11, um produto 100% Bitcoin, e o ETHE11, um fundo de índice que investe totalmente em Ethereum.
Imposto de Renda em ETFs
Assim como outros ETFs já listados na Bolsa, o novo produto terá uma alíquota de 15% do Imposto de Renda (IR) sobre ganhos de capital.
Nos casos de day-trade, como são chamadas as operações de compra e venda num mesmo dia, a alíquota do IR sobre ganhos de capital é de 20%.
O cálculo do IR sobre ganhos de capital é feito sobre a diferença positiva entre o valor de venda menos o valor de venda.
Em outras palavras, quem vende as cotas do ETF por um preço mais alto que o valor de compra terá ganho de capital.
É preciso pagar o Imposto de Renda até o dia 30 do mês seguinte da venda por meio de DARF, o Documento de Arrecadação da Receita Federal.
Imposto de Renda sobre ETFs de forma automática
Para mais informações sobre o Imposto de Renda sobre ETFs de forma automática, consulte sobre as facilidades do aplicativo Grana.

Edição: Ernani Fagundes, jornalista responsável pelo conteúdo do Blog do Grana.
E-mail: ernani.fagundes@grana.capital (mande sua opinião sobre o Blog do Grana e sugestões para melhorar sua experiência no site de notícias de mercado e de investimentos).