Começar a investir: saiba como pode ser mais simples do que você imagina

Saiba como começar a investir e porque esse processo pode ser muito mais simples do que você imagina.

As finanças pessoais são assunto em diversas rodas de conversa. Afinal, com os influenciadores digitais e a desburocratização de informações com a internet, é cada vez mais fácil entender o quanto é importante começar a investir e ter um orçamento controlado.

Nesse sentido, muitas pessoas se encontram em um impasse: começar a investir ou deixar sempre para depois por achar ainda muito distante adquirir conhecimento para aplicar seu dinheiro?

Para que você escolha a primeira opção com mais segurança, preparamos esse conteúdo com um guia completo dos primeiros passos para entrar neste mundo dos investimentos. Confira até o final! 

O que são os investimentos?

Investimento é o ato de aplicar em algum ativo ou item com o objetivo de gerar receita ou valorização.

Para gerar receita, um investidor pode comprar um ativo monetário agora, com a ideia de que o mesmo proporcionará renda no futuro. Já a valorização ou ganho de capital, se refere a um aumento no valor de um ativo ao longo do tempo.

Quando um indivíduo compra um bem como um investimento, a intenção não é consumir o bem, mas sim usá-lo no futuro para criar riqueza. Um investimento sempre diz respeito ao desembolso de algum ativo hoje – tempo, dinheiro ou esforço – na esperança de um retorno futuro maior do que o que foi originalmente investido.

Quatro conceitos básicos para aprender antes de começar a investir

Antes de cair de cabeça no mundo dos investimentos, você precisa dominar alguns termos com os quais vai se deparar por aí. Listamos aqui os cinco principais para te ajudar nesta preparação.

1. Liquidez

A liquidez de um investimento é a facilidade ou dificuldade de transformar um ativo em dinheiro. Não entendeu, a poupança, por exemplo, é um investimento de alta liquidez, porque você deixa o seu dinheiro lá e pode removê-lo quando desejar.

Já um imóvel por exemplo, pode ser difícil de vender, e não pode ser transformado em dinheiro no instante em que você precisar.

Esse critério deve ser observado com muita atenção antes de investir. Afinal, a última coisa que você precisa é arrumar uma dívida que não consegue pagar por causa da baixa liquidez do seu investimento.

2. Risco

O conceito de risco no mercado financeiro não é diferente da sua aplicação geral. Ele representa as chances que o seu investimento tem de sair diferente do esperado ou em desacordo com os interesses dos envolvidos. Ou seja, é o risco de que algo impacte os resultados das aplicações financeiras.

3. Retorno

O retorno é o que o investidor recebe pelas aplicações realizadas.Ou seja, ele é o lucro obtido através das operações feitas no mercado financeiro. 

O retorno é informado na forma de uma porcentagem de rentabilidade. Então, se durante as suas pesquisas você se deparar com algo como “14% de rentabilidade ao ano”, é o equivalente a retorno de 14% do valor inicialmente aplicado, obtido ao longo de um ano.

4. Diversificação

A diversificação é uma das melhores estratégias de investimento, especialmente para quem está começando. Nela, o investidor divide seus recursos entre operações de diferentes níveis de risco, rentabilidade e liquidez.

Por isso, essa tática também é conhecida como uma estratégia de redução de riscos. Afinal, quando um investimento estiver em queda, outros podem estar em alta. Isso ocorre porque acontecimentos que beneficiam um setor da economia, por exemplo, podem ser ruins para outro.

Por exemplo, o dólar valorizado é bom para as exportações e ruim para as importações. Se você tivesse apostado todas as suas fichas em negócios que dependem ou se baseiam nas importações, teria sofrido um grande prejuízo.

Principais tipos de investimentos

Para começar a investir, é preciso saber que no mercado financeiro existem diferentes tipos de investimento. No entanto, de forma simples, é possível subdividir essas opções em dois grupos principais: os produtos de renda fixa e de renda variável. 

As principais diferenças entre essas categorias estão em três níveis representados por alguns dos termos que vimos anteriormente. Relembre:

  • Retorno: valor que a aplicação irá devolver acima do montante aplicado;
  • Risco: variação dos preços dos ativos, risco de crédito, entre outros;
  • Liquidez: tempo para que uma aplicação possa ser resgatada.

1. Renda Fixa

Os produtos de renda fixa são caracterizados pelo menor risco. Essa categoria possui maior previsibilidade do quanto de juros e rendimento cada uma das aplicações terá ao final do tempo estipulado. 

No entanto, é comum que, ao comparar a renda fixa com a variável, as taxas de retorno também sejam menores. Em geral, vale a máxima: quanto menor o risco, menor o retorno. 

Mas, por outro lado, dificilmente quem investir em renda fixa resgatará um valor menor do que aquele que foi aplicado. Por isso, esse tipo de produto financeiro costuma ser indicado para quem quer dar os primeiros passos no mundo dos investimentos. 

Além disso, existem opções de renda fixa com diferentes prazos de vencimento. Algumas podem ser resgatadas até mesmo a qualquer momento. Enquanto outras demoram alguns anos.

2. Renda Variável

Já a renda variável conta com maiores riscos e, por isso, podem também trazer maiores retornos aos investidores. 

As ações e os fundos imobiliários são exemplos de ativos negociados em bolsa de valores e se caracterizam como renda variável. 

Nesse mercado, o investimento é pela compra de parte de uma empresa ou de um imóvel. Isso significa ser dono do ativo mesmo que em porcentagem pequena. 

Através dessa modalidade não é possível saber ao certo qual valor será recebido no resgate do capital. 

Outro ponto importante a se ressaltar é que, normalmente, em produtos de renda variável não existe prazo de vencimento. Para resgatar o valor é necessário que outra pessoa compre o produto financeiro de você. 

Mas não se assuste! Você não precisa sair oferecendo para os seus conhecidos comprarem os investimentos. Atualmente, a maior parte das transações são feitas rapidamente de forma online.

É possível começar a investir com pouco dinheiro?

Para a surpresa de muitas a resposta é: sim, é possível começar a investir com pouco dinheiro! Atualmente, os produtos financeiros são cada vez mais acessíveis. 

Na renda fixa, por exemplo, é possível investir através do Tesouro Direto com valores a partir de R$30,00. Esse valor será administrado pelo Governo Federal e será esse órgão quem pagará os juros para você. 

Além disso, também existem possibilidades de empréstimos a bancos com aplicação mínima ainda menor. Assim como para a renda variável, incluindo ações e fundos imobiliários.

Afinal, por onde começar a investir?

Se tudo que você conferiu até aqui te deu ainda mais vontade de entender como e por onde começar, separamos os 7 primeiros passos para que você seja um investidor. Confira abaixo. 

1. Tenha objetivos alcançáveis e claros

Ter objetivos alcançáveis e claros é o primeiro e um dos mais importantes passos de como começar a investir. Afinal, esse processo não deve ser como as promessas que nunca são cumpridas no início do ano. 

Por isso, estabeleça rótulos para o dinheiro poupado. Se o seu sonho é fazer uma viagem, separe todos os meses um valor específico para ela. Assim, é mais fácil manter a motivação e não ceder à compra daquilo que você não precisa.   

Além disso, também comece por metas que podem ser alcançadas de forma mais rápida. Talvez iniciar com o sonho de uma viagem nacional que possa ser feita com menos dinheiro, pode ser um motivador para alcançar objetivos mais robustos no futuro. 

Outro ponto importante é a divisão dos objetivos em curto, médio e longo prazo. Prezar pelo futuro distante, como a aposentadoria, não pode ser deixado de lado em detrimento das realizações mais próximas. 

Assim, sempre levante sonhos para investimentos em três períodos de tempo:

  • Curto prazo: objetivos para serem realizados em até um ano; 
  • Médio prazo: metas para serem alcançadas entre 3 e 5 anos;
  • Longo prazo: sonhos que pode ser realizados em mais de 5 anos.

2. Tenha controle dos gastos e receitas

Além de saber muito bem quais são os objetivos, também é necessário se programar para alcançá-los e para isso é preciso estruturar o seu orçamento pessoal. Assim, você terá consciência do quanto ganha, gasta e do valor que pode investir todos os meses. 

Uma boa prática nesse caso, é anotar todas as despesas e ganhos durante um mês, desde o café na padaria até o aluguel. Dessa maneira, você saberá quanto gasta com cada categoria e também poderá identificar alguns gastos que podem ser cortados.  

Depois desse processo de levantamento das suas transações financeiras, estabeleça valores máximos para cada categoria de despesas. Assim, você passa a se controlar melhor e não gastar mais do que foi estipulado. 

Dica: se por meio de cartões de crédito o controle é mais difícil, saque os valores e os divida em envelopes. Assim, você só pode abrir cada um deles quando for fazer compras e pagamentos das respectivas categorias.

3. Tenha o investimento como uma despesa

Um erro muito comum de novos investidores é pensar que o valor a ser aplicado é aquele que sobra todos os meses. 

No entanto, o dinheiro destinado aos investimentos de curto, médio e longo prazo também devem ser estipulados no início do mês

Se pagar o aluguel e fazer as compras do mês é tão importante, cuidar do futuro também deve ser. Assim, poupar se torna um hábito e a qualidade de vida cada vez mais será consequência dele!

4. Estude sobre investimentos

Atualmente, diversos conteúdos sobre investimentos são disponibilizados gratuitamente na internet e muitos explicam de forma simplificada conceitos importantes para quem quer aplicar o seu dinheiro. 

O maior canal de finanças do YouTube, o Me Poupe! possui uma playlist com uma série de vídeos para quem é iniciante, por exemplo.

5. Entenda qual é o seu perfil de investidor

No mundo dos investimentos, como você já conferiu neste texto, existem diferentes tipos de produtos financeiros. Alguns deles são ideais para pessoas que preferem ter a certeza de qual valor irão receber no fim da aplicação. 

Já outras pessoas gostam de assumir maiores riscos com chances que os retornos sejam maiores. No entanto, também aceitam melhor a possibilidade de que nesse processo exista perdas. Saiba reconhecer qual dessas pessoas você é

Basicamente existem três tipos de perfil de investidor:

  • Conservador: pessoas que preferem rentabilidades previsíveis e baixo risco;
  • Moderado: busca um equilíbrio entre o risco e retorno;
  • Agressivos: pessoas que assumem muitos riscos e aceitam a volatilidade dos produtos financeiros em busca de um retorno maior.

6. Abra uma conta em uma corretora

No Brasil, para ter acesso a produtos financeiros diversificados é importante abrir uma conta em uma corretora de valores. Por meio dessas instituições é possível encontrar investimentos de renda fixa e de renda variável. 

Por terem muitas opções, também é possível comparar o retorno de cada um dos ativos, ter mais alternativas quanto ao prazo de investimento e até mesmo o valor mínimo para ter acesso a cada aplicação.

7. Declare seus impostos corretamente

Muito se fala sobre os investimentos e o quanto eles são importantes, mas tão fundamental quanto, são as declarações corretas no Imposto de Renda. Para quem tem renda variável, o cálculo envolve muitos aspectos que o torna muito complicado, além de demandar tempo do investidor para realizar a conta, o pagamento e a declaração. No entanto, é uma responsabilidade de todos que investem em Ações, Opções e outros ativos variáveis e que pode, inclusive, gerar prejuízos ao final, por conta de juros por atraso. 

Por isso, sempre busque registrar quais foram as suas movimentações financeiras. Tanto as aplicações financeiras quanto os resgaste. 

Nós sabemos que parece muita coisa de início, mas nós do app Grana estamos aqui para te ajudar. Vamos participar dessa jornada juntos! Faça o download do app e conheça melhor nossa solução para imposto de renda na bolsa de valores!

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