MGLU3: Veja o balanço de Magazine Luiza que motivou a forte queda da ação na B3

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MGLU3 é o código da ação de Magazine Luiza, também conhecida como “Magalu” no mercado acionário brasileiro.

Aqui no Blog do Grana, você verá o balanço da empresa do primeiro trimestre de 2021, divulgado na noite de 11 de novembro de 2021.

Além disso, você terá acesso ao relatório de análise do Credit Suisse com a visão dos analistas Victor Saragiotto e Pedro Pinto sobre o desempenho da ação da Magazine Luiza.

E em seguida, após o relatório do Credit Suisse, você também terá acesso na sequência do texto, ao comentário da Ativa Investimentos sobre o mesmo balanço.

Na B3, com a repercussão do balanço, o papel de Magazine Luiza figurava entre as maiores baixas do dia, com queda de 14,5%, no horário de 12h30 dessa sexta-feira.

Lucro líquido e Ebitda de Magalu – MGLU3

O lucro líquido de Magazine Luiza foi de R$ 143,5 milhões no terceiro trimestre de 2021.

Já o lucro líquido ajustado ficou em apenas R$ 22,6 milhões, queda de 89% em relação ao mesmo período do ano passado.

De acordo com o balanço, o lucro antes de impostos, taxas, depreciações e amortizações (Ebitda) ajustado atingiu R$ 351 milhões no terceiro trimestre de 2021.

Segundo a empresa, o crescimento das vendas e o resultado positivo do e-commerce contribuíram para o EBITDA.

Entretanto, a diminuição da margem bruta e o aumento das despesas em relação à receita líquida influenciaram a margem EBITDA ajustada.

Essa margem passou de 6,8% no terceiro trimestre de 2020 para 4,1% no terceiro trimestre de 2021.

Vendas totais de Magazine Luiza

No terceiro trimestre de 2021, as vendas totais, incluindo lojas físicas, e-commerce com estoque próprio e marketplace cresceram 12,0% para R$13,8 bilhões.

Conforme o balanço, esse número é reflexo do aumento de 22,2% no e-commerce total (sobre um crescimento de 148% no terceiro trimestre de 2020) e uma redução de 8% nas lojas físicas.

De acordo com a Magazine Luiza, a performance das lojas físicas foi impactada pela piora dos indicadores macroeconômicos ao longo do trimestre.

São fatores como o aumento da inflação e da taxa de juros, e também pela forte base de comparação, crescimento 18,3% no terceiro trimestre de 2020.

E-commerce e marketplace de Magazine Luiza

O e-commerce brasileiro cresceu 17,9%, segundo a Neotrust, com o Magalu novamente crescendo mais que o mercado.

No período, as vendas do e-commerce do Magalu avançaram 22,2% e atingiram R$10 bilhões no trimestre.

No e-commerce com estoque próprio, as vendas evoluíram 6,7%, enquanto o marketplace cresceu 67,3% e atingiu 35% de participação no e-commerce total.

De acordo com o balanço, o ganho de marketshare foi impulsionado pelo aplicativo (app), com 37,9 milhões de usuários ativos mensais.

Visão do Credit Suisse sobre a ação de Magazine Luiza – MGLU3

De acordo com relatório do Credit Suisse, as lojas físicas de Magazine Luiza (MGLU3) e de Lojas Americanas (AMER3) continuaram sofrendo com os desafios macroeconômicos.

Conforme o textos dos analistas, as empresas entregaram vendas sobre mesmas lojas (SSS) abaixo dos níveis normalizados.

Enquanto os canais online cresceram cerca de 30% e 22% para Americanas e Magalu, respectivamente.

“Em suma, esperamos uma reação neutra para AMER3 e negativa para MGLU3”, relatam os analistas.

Análise do Credit Suisse sobre o balanço de Magazine Luiza

Os analistas afirmaram que ficaram decepcionados, mas não surpresos.

Na avaliação deles, a Magazine Luiza apresentou uma fraca dinâmica em seu canal físico, com vendas sobre mesmas lojas (SSS) reduzindo.

O canal online, por sua vez, veio ligeiramente abaixo das nossas expectativas, com o segmento de estoque próprio aumentando 6,7% na comparação anual e o marketplace, 67% ano contra ano.

A rentabilidade também foi fraca, com margens Ebitda ajustadas em 4,1%, mesmo excluindo provisões de estoques (alguns investidores não parecem estar convencidos de que esta parte não deva ser considerada).

“Em suma, consideramos os resultados negativos”, conclui o relatório.

Visão do Credit Suisse sobre o curto prazo do setor

Conforme o texto dos analistas, eles reconhecem que o curto prazo seria difícil para as empresas de comércio eletrônico no Brasil, dados os desafios impostos pelo ambiente macroeconômico.

“Os resultados do trimestre não mudam dramaticamente nossas mentes. Ainda assim, acreditamos que vale a pena destacar alguns direcionadores (drivers) que podem suportar uma melhora lenta e gradual nas lojas físicas”, afirmam.

Sem dúvida, a demanda por eletrônicos e eletrodomésticos deve permanecer fraca.

No entanto, a Black Friday de 2021 não enfrentará restrições de mobilidade como era o caso em 2020, provavelmente apoiando uma demanda decente.

Nesse sentido, nossas conversas recentes com participantes da indústria foram surpreendentemente melhores do que esperávamos inicialmente.

Em geral, nossas verificações de canal tiveram um bom desempenho online nas últimas semanas, enquanto suas expectativas para a próxima Black Friday também parecem promissoras.

Operadores logísticos terceirizados têm visto um aumento importante na demanda de transporte, que, se traduzido em um crescimento de GMV da mesma magnitude, representará uma batida sólida para as expectativas gerais do mercado.

O curto prazo não é a base de nossa visão construtiva sobre o espaço, mas não excluiríamos as empresas de e-commerce que ganharam impulso no quarto trimestre de 2021.

Conclusão dos analistas do Credit Suisse sobre Magazine Luiza

“Resumindo, reiteramos nossa classificação de desempenho acima da média do mercado (outperform) para Magazine Luiza”, concluíram os analistas.

Comentário da Ativa Investimentos sobre o balanço de Magalu (MGLU3)

De acordo com comentário da Ativa Investimentos encaminhado ao Blog do Grana, a Magazine Luiza reportou um balanço abaixo das expectativas.

“Impactado por um fraco desempenho das lojas físicas (SSS -14,6%), mas com as vendas no digital crescendo mais (+22% YoY), atingindo a marca de R$ 10 bilhões trimestrais pela primeira vez”, observa o texto da corretora.

A companhia continuou movimento de crescimento nas vendas online, tanto na parte de estoque próprio (+6,7% YoY) como no marketplace (+67,3%).

A corretora ressalta que rentabilidade da Magazine Luiza foi negativamente impactada pela piora na conjuntura macroeconômica, com inflação, aumento de juros e redução na renda da população.

Além disso, a “crescente participação do e-commerce nas vendas totais segue pressionando a margem bruta”, conclui a Ativa, em seu comentário sobre o balanço.

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