Morning Call maio 2025 – um breve resumo das principais notícias dos mercados financeiro e de capitais.

Morning Call em 30/05/2025

Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse à Fox News que as negociações comerciais com a China estão “um pouco paradas”.

Decisão da Corte de Apelações dos EUA manteve em vigor as tarifas impostas pela administração de Donald Trump.

PETR4 – Preço do petróleo do tipo Brent (do Mar do Norte) cai para faixa de US$ 62,7 por barril (9h30 da manhã), e o tipo WTI (do Texas/EUA) recua ao patamar de US$ 60 por barril.

VALE3 – Preço do minério de ferro caiu 0,43% em Dalian (China), a US$ 97,69 por tonelada.

ELET6 – Eletrobras atraiu o interesse de empresas chinesas por sua participação na Eletronuclear, segundo fontes consultadas pela Bloomberg.

MGLU3 – Magazine Luiza fechou captação de US$ 50 milhões para investimentos em tecnologia com Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Bolsa de NY (NYSE) decidiu suspender a negociação dos recibos de ações (ADS) da Azul e iniciará o processo de deslistagem da companhia aérea, com início do processo de reestruturação (Chapter 11).

A B3 também suspendeu a Azul dos índices de ações da bolsa de valores brasileira. A ação AZUL4 segue negociada fora dos indicadores.

Hoje é o último dia de negociação das ações do Carrefour Brasil na B3 (CRFB3) e BDRs passam a ser negociadas na segunda-feira.

Em Brasília, Ministério da Fazenda terá 10 dias de prazo para apresentar à Câmara dos Deputados um projeto alternativo ao decreto de aumento do IOF.  

Fontes de conteúdo do Morning Call do Grana News: Ágora, Avenue, B3, Bradesco, BTG Pactual, CVM, Itaú Corretora, Genial, Santander, Terra, Toro e XP.

Morning Call em 29/05/2025

Tribunal de Comércio Internacional barra tarifaço do presidente dos EUA, Donald Trump. Casa Branca irá recorrer da medida.

A decisão inclui a tarifa de 10% aplicada de forma generalizada e as tarifas adicionais sobre China, México e Canadá ligadas à imigração e à crise do fentanil.

A decisão não afeta as tarifas setoriais impostas, como aço, alumínio e veículos.

Preço do petróleo do tipo Brent (do Mar do Norte) sobe para faixa de US$ 65 por barril, o tipo WTI (do Texas/EUA) é negociado no patamar de US$ 61 por barril.

PETR4 – Ibama pediu datas à Petrobras para vistorias relacionadas ao processo de licenciamento da Foz do Amazonas.

VALE3 – Preço do minério de ferro sobe 1,29% em Dalian (China), a US$ 98,26 por tonelada.

NVDC34 – Ações da Nvidia sobem em Nova York após resultados. O lucro foi de US$ 18,8 bilhões, aumento de 26%, e a receita de US$ 44,1 bilhões, alta de 69%.

TSLA34 – O bilionário Elon Musk deixou o cargo do Departamento de Eficiência Governamental nos EUA. Com isso, as ações da Tesla sobem na Nyse.

Ministério da Fazenda informou que revogação do decreto do IOF deixaria o governo “num patamar delicado do funcionamento da máquina pública”.

Presidentes da Câmara e do Senado pediram a apresentação de medidas estruturantes de médio e longo prazo.

Taxa de desocupação ficou em 6,6% em abril, menor patamar para o período, conforme pesquisa Pnad Contínua divulgada hoje (29/5).

CMIG4 – Justiça de Minas Gerais suspendeu liminar que obrigava a Cemig a depositar R$912,2 milhões em juízo para cobrir déficit da previdência dos funcionários.

SBSP3 – Sabesp fechou contrato com a Iguá Saneamento para compra das concessionárias Águas de Andradina e Águas de Castilho.

Fontes de conteúdo do Morning Call do Grana News: Ágora, Avenue, B3, Bradesco, BTG Pactual, CVM, Itaú Corretora, Genial, Santander, Terra, Toro e XP.

Morning Call em 28/05/2025

Parceria entre a B3 e a Bradesco Asset viabilizou a listagem dos ETFs B-Index Connect China Universal CSI 300 e B-Index Connect China AMC ChiNext, os primeiros ETFs a permitir acesso aos fundos de índices CSI 300 e ChiNext.

MGLU3 – Magazine Luiza anunciou programa de recompra de até 10 milhões de ações.

AZUL4 – Azul iniciou recuperação judicial nos EUA, com US$ 1,6 bilhão em financiamento e acordo com credores.

ASAI3 – Assaí captará R$ 1,5 bilhão em recursos via emissão de títulos de dívida corporativa de longo prazo no mercado doméstico (debêntures).

SBSP3 – Sabesp negocia parcerias para projetos de energia renovável.

VALE3 – Preço do minério de ferro caiu 0,14% em Dalian (China), a US$ 97,07 por tonelada.

Siderúrgicas – Governo brasileiro renovou o sistema de cotas para importação de aço, mas sem medidas protecionistas para o mercado local.

China planeja abrir os mercados de matérias-primas para atrair mais investidores.

Leilão de títulos japoneses registrou a menor procura desde julho de 2024, diante de preocupações com o aumento dos gastos públicos no Japão.

Primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, afirmou que está em negociações intensivas com os EUA sobre um novo acordo econômico.

PETR4 – Preço do petróleo do tipo Brent (do Mar do Norte) sobe para faixa de US$ 64 por barril, e o tipo WTI (do Texas/EUA) para o patamar de US$ 61 por barril.

A perspectiva é de sanções adicionais dos EUA à Rússia, mas ontem (27/5) o mercado previa maior oferta da Opep+, que realiza reunião hoje (28/5).

BRKM5 – Agências internacionais de classificação de risco Fitch e a S&P rebaixaram a nota de crédito da Braskem para BB.

A chinesa Xiaomi registra receita recorde com vendas de smartphones e carros no 1º trimestre de 2025.

Fontes de conteúdo do Morning Call do Grana News: Ágora, Avenue, B3, Bradesco, BTG Pactual, CVM, Itaú Corretora, Genial, Santander, Terra, Toro e XP.

Morning Call em 27/05/2025

União Europeia retomou negociações sobre tarifas com os EUA, com foco em setores estratégicos e em barreiras tarifárias e não tarifárias.

Preço do petróleo do tipo Brent (do Mar do Norte) cai para faixa de US$ 63 por barril, e o tipo WTI (do Texas/EUA) para patamar de US$ 61 por barril.

PETR4 – Presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse em evento, que se a cotação do petróleo continuar caindo que haverá redução dos preços da gasolina e do gás de cozinha.

Petrobras estuda captar R$ 3 bilhões em recursos via emissão de títulos de dívida corporativa de longo prazo no mercado doméstico (debêntures).

VALE3 – Preço do minério de ferro caiu 1,76% em Dalian (China), a US$ 97,19 por tonelada, diante da cautela sobre a demanda e de possíveis medidas para limitar o excesso de capacidade no setor siderúrgico na China.

CRFB3 – Deslistagem do Carrefour Brasil na B3 será concluída na sexta-feira (30/5).

TOKY3 – Resultado da fusão entre Mobly e Tok& Stok, o Grupo Toky terá ações negociadas na bolsa de valores com o ticker TOKY3.

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, debaterá com líderes dos partidos o projeto que pede suspensão do decreto que aumenta o IOF.

Ministério da Fazenda decidirá como será a compensação da perda de arrecadação com o recuo do aumento do IOF para fundos no exterior.

Presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, sugeriu aumentar a tributação das apostas on line em Bets e cassinos virtuais.

Índice de Preços ao Consumidor Amplo até o dia 15 (IPCA-15) de maio subiu 0,36%, abaixo da média de 0,44% das previsões do mercado.

Em 12 meses, o IPCA-15 caiu de 5,49% para 5,40%, mas ainda acima do teto de 4,50% da meta de inflação do Banco Central.

Fontes de conteúdo do Morning Call do Grana News: Ágora, Avenue, B3, Bradesco, BTG Pactual, CVM, Itaú Corretora, Genial, Santander, Terra, Toro e XP.  

Morning Call de 26/05/2025

Presidente dos EUA, Donald Trump, adia taxação de produtos da União Europeia (zona do euro) para 9 de julho de 2025.   

VALE3 – Preço do minério de ferro caiu 2,21% em Dalian (China), a US$ 98,38 por tonelada.

PETR4 – Preço do petróleo do tipo Brent (do Mar do Norte) é negociado na faixa de US$ 64 por barril, e o tipo WTI (do Texas/EUA) no patamar de US$ 61 por barril.

Projeção do dólar para o final de 2025 cai de R$ 5,82 para R$ 5,80 na Pesquisa Focus divulgada hoje (26/5) pelo Banco Central.

Estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) subiu de 2,02% para 2,14% para 2025.  

A controladora da Santos Brasil (STBP3), CMA Terminals Atlantic fez pedido de Oferta Pública de Aquisição de Ações (OPA) na CVM, ao preço de R$ 13,60 por ação.

Novonor assinou acordo de exclusividade para negociar a venda de sua participação indireta na Braskem (BRKM5), por meio da holding NSP Investimentos, para o fundo Petroquímica Verde FIP.

Mubadala avalia oferta pública de aquisição de ações (OPA) para fechar capital da Zamp (ZAMP3), operadora das redes Burger King, Popeyes, Starbucks e Subway no Brasil.

Equipe econômica aguarda sinal verde para compensar perda com recuo do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e debate a antecipação da medida, segundo o jornal Estadão.

Oposição deve apresentar projeto para cancelar aumento do IOF, mas sem especificar como o governo deveria cortar gastos para cumprir meta fiscal.

Fontes de conteúdo do Morning Call do Grana News: Ágora, Avenue, B3, Bradesco, BTG Pactual, CVM, Itaú Corretora, Genial, Santander, Terra, Toro e XP.

Morning Call de 23/05/2025

Ministério da Fazenda cortou R$ 31,3 bilhões em despesas do orçamento de 2025, e aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Em entrevista coletiva antes da abertura do mercado hoje (23/5), o ministro Fernando Haddad desmentiu boatos de controle de saída de capitais e explicou recuo na tributação do IOF em fundos de investimentos no exterior.

O decreto publicado hoje de manhã no Diário Oficial da União (DOU), manteve em zero o IOF sobre aplicação de investimentos de fundos nacionais no exterior e em 1,1% a alíquota sobre remessas para o exterior destinadas a investimentos.

Embora o IOF tenha caráter extrafiscal, com função regulatória, especialistas veem no decreto um movimento arrecadatório diante da pressão fiscal e das metas do arcabouço. Para o advogado Eduardo Natal, sócio do escritório Natal & Manssur, “o governo se vale da flexibilidade do IOF para promover um aumento de carga sem necessidade de observar a anterioridade anual ou nonagesimal. O impacto será direto sobre quem precisa de financiamento, crédito e operações de câmbio — elevando o custo do capital e podendo gerar efeitos econômicos indiretos de médio prazo”.

Na avaliação de Lívia Heringer, advogada do Ambiel Belfiore Gomes Hanna Advogados, especialista em Direito Tributário e Contabilidade, o decreto amplia a função regulatória do IOF e aumenta substancialmente o custo de operações estratégicas da economia. A alíquota máxima para crédito empresarial, por exemplo, praticamente dobrou. Empresas do Simples Nacional também passaram a pagar mais, mesmo com a manutenção de condições diferenciadas. “Operações que antes geravam dúvida, como o ‘risco sacado’, agora passam a ser expressamente tributadas, o que elimina incertezas jurídicas, mas amplia a base de incidência”, explica.

A advogada também destaca a alíquota de 5% para aportes mensais acima de R$ 50 mil em planos VGBL, medida que mira investidores de alta renda. “Embora o foco seja combater o uso desses produtos como estratégia de blindagem patrimonial, há impacto no planejamento previdenciário de longo prazo”, afirma.

Para o tributarista Ranieri Genari, membro da Comissão de Direito Tributário da OAB/Ribeirão Preto e consultor tributário na Evoinc, a medida levanta questionamentos constitucionais. “O aumento da tributação para empresas do Simples Nacional contraria o princípio do tratamento favorecido previsto na legislação. Micro e pequenas empresas não estão sendo efetivamente diferenciadas nesse cenário”, aponta. Ele também chama atenção para a alíquota única de 3,5% nas operações de câmbio, que agora atinge remessas internacionais, cartões, compra de moeda estrangeira e aplicações no exterior. “Isso tende a desestimular investimentos fora do país, com possíveis reflexos na balança comercial e no dia a dia de multinacionais que fazem movimentações internacionais de rotina.”

Principais pontos do Decreto nº 12.466/2025:

  • Crédito empresarial: alíquota máxima sobe de 1,88% para até 3,95% ao ano;
  • Simples Nacional: nova alíquota pode chegar a 1,95% ao ano;
  • Câmbio: alíquota única de 3,5% para diversas operações (cartões, remessas, compra de moeda estrangeira);
  • Planos VGBL: 5% de IOF sobre aportes mensais superiores a R$ 50 mil;
  • Operações como “risco sacado”: passam a ser formalmente tributadas a partir de 01/06/2025.

“O congelamento no Orçamento foi um sinal positivo ao mercado, mas o aumento do IOF caminha na direção oposta. Ele pode comprometer o crédito e desestimular investimentos num momento delicado da economia. Em vez de elevar impostos, o governo deveria focar na revisão de gastos, corte de subsídios ineficientes e avanço em reformas estruturais. Isso atenderia melhor às expectativas dos investidores e ajudaria a sustentar o crescimento com responsabilidade fiscal. A confiança do mercado depende mais de previsibilidade e eficiência do que de aumento de arrecadação via impostos”, Sidney Lima, Analista CNPI da Ouro Preto Investimentos.

       “O aumento do IOF encarece substancialmente as operações de crédito realizadas via bancos. Isso atinge em cheio as empresas que dependem de capital de giro, tornando menos viável antecipar recebíveis ou financiar a operação. O resultado é menos dinheiro em caixa e maior dificuldade para planejar e crescer, justamente em um ambiente onde os juros já são altos e a previsibilidade econômica é baixa. Uma alternativa são as operações via FIDCs que são isentas de IOF. Para o investidor, medidas como essa geram ruído fiscal e reduzem a atratividade do país. A elevação da carga tributária transmite a mensagem de que o governo busca soluções fáceis e de curto prazo, em vez de atacar a raiz do desequilíbrio. Isso reduz a confiança no ambiente macroeconômico, encarece o custo do capital e dificulta a atração de investimentos de longo prazo. O ajuste fiscal precisa vir do lado da despesa. Revisão de gastos obrigatórios, redução de renúncias fiscais ineficientes e aumento da eficiência da máquina pública são caminhos mais sustentáveis. Quando o governo sinaliza compromisso com controle e qualidade do gasto, transmite responsabilidade, e é isso que o mercado quer ver”, Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike.

       “O governo brasileiro precisa priorizar uma agenda de revisão e racionalização de gastos públicos antes de recorrer ao aumento de impostos como solução fiscal. Alternativas como a redução de subsídios ineficientes, melhoria na gestão de despesas obrigatórias e aceleração de concessões e privatizações poderiam gerar economia estrutural e destravar investimentos privados. Essas medidas sinalizariam responsabilidade fiscal sem sufocar o setor produtivo, aumentando a confiança dos investidores e atraindo capital de longo prazo. Ao focar em eficiência e previsibilidade, o governo criaria um ambiente propício ao crescimento sustentável, alinhando-se às expectativas do mercado”, Carlos Braga Monteiro, CEO do Grupo Studio.

       “Para equilibrar as contas públicas, só existem dois caminhos: reduzir despesas ou aumentar a arrecadação. Infelizmente, o governo tem optado por ampliar os gastos com políticas de apelo populista, transferindo a conta para quem produz e investe. O problema é que essa lógica compromete justamente a engrenagem que sustenta a economia. Ao pressionar o setor produtivo com novas cargas, o Estado reduz não só a capacidade, mas também a disposição de empresários e investidores de continuar apostando no Brasil”, Felipe Vasconcellos, sócio da Equus Capital.

       “A revogação parcial do aumento do IOF demonstra que o governo sentiu a pressão dos mercados e buscou minimizar danos à credibilidade fiscal. A taxação de 3,5% sobre aplicações de fundos no exterior afetaria diretamente a competitividade dos veículos de investimento brasileiros. Ainda que as demais alíquotas tenham sido mantidas, o recuo parcial sinaliza um governo mais sensível à reação do capital institucional. No entanto, a medida inicial já acendeu o alerta: aumentar carga tributária sem planejamento pode gerar fuga de capitais, instabilidade cambial e menor atratividade do Brasil como destino de investimento, Pedro Ros, CEO da Referência Capital.

       “As medidas anunciadas afetam diretamente o ecossistema de investimentos e o empreendedorismo. Tributando mais o crédito e os planos de previdência, o governo desestimula a formação de poupança interna e encarece o crescimento das empresas. Mesmo sob a justificativa do governo Lula de que se trata de uma recomposição de receitas, o efeito prático é o aumento da carga sobre o setor produtivo. Precisamos de políticas que impulsionem o capital de risco, a inovação e a competitividade, não de medidas que encurtam o horizonte de planejamento e geram insegurança regulatória. Crescimento exige visão de longo prazo e segurança jurídica”, João Kepler, CEO da Equity Group.

       “A taxação adicional sobre moeda em espécie, VGBL e crédito corporativo eleva o custo operacional em várias frentes. O ministro Haddad pode falar em preservação fiscal, mas essas medidas penalizam a formalização, a previdência privada e a alocação eficiente de recursos. A saída não está em aumentar impostos, mas sim em revisar a estrutura de gastos e melhorar a gestão pública. Essa seria uma sinalização muito mais efetiva de responsabilidade fiscal, sem sufocar a economia real”, André Matos, CEO da MA7 Negócios.

       “Estamos vendo uma tentativa de ajuste fiscal via aumento de impostos disfarçado de recomposição de receitas — o que compromete o consumo, o investimento e o crescimento. A fala do ministro do Lula não condiz com o efeito prático das medidas, que impactam diretamente o custo de crédito e a capacidade de expansão do setor produtivo. O Brasil precisa de competitividade, e isso exige reformas, desburocratização e digitalização. O mercado quer mais do que retórica: espera ações estruturantes e duradouras”, Jorge Kotz, CEO do Grupo X.

       “Subir impostos sobre crédito e previdência é caminhar na contramão da Nova Economia. A narrativa de recompor receitas não ameniza o impacto de medidas que travam o planejamento de empresas e famílias. O país precisa de um Estado mais eficiente e menos extrativo, que estimule educação financeira, inovação e empreendedorismo. Só assim será possível atrair capital de longo prazo e crescer de forma sustentável, sem comprometer a saúde fiscal nem a capacidade de investimento do setor privado”, Theo Braga, CEO da SME The New Economy.

Relatório de Felipe Salto, economista-chefe da Warren Investimentos, sobre o aumento do IOF:

Ajuste no decreto do IOF afasta temor de controle de capitais, mas deixa incerteza sobre efeitos fiscais inicialmente pretendidos e sobre a estratégia fiscal até as eleições.

O Ministério da Fazenda fez bem em recuar nos dois tópicos mais polêmicos do decreto presidencial de ontem. Contudo, foram vários os erros cometidos:

a) a combinação dos anúncios de uma notícia bastante positiva, a do corte de gastos de R$ 31,3 bilhões, com a divulgação de novas alíquotas do IOF;

b) a explicitação de que o Banco Central não havia sido consultado, mesmo havendo evidente necessidade de se debater uma medida com forte impacto na política cambial e na mobilidade de capitais;

c) o comprometimento com receitas adicionais vinculadas ao decreto do IOF que, agora, ficam parcialmente prejudicadas;

d) a falta de diálogo prévio com os setores afetados para legitimar as medidas anunciadas; e

e) a cereja do bolo: o vazamento de parte das informações, que produziu reações negativas no mercado e estimulou a prejudicial especulação em torno do tema.

Na prática, o decreto continua bastante abrangente, mesmo depois dos recuos de ontem à noite: a não revogação do dispositivo que trata das remessas de pessoas físicas para investimentos (a alíquota permanecerá em 1,1%) e a retirada da pretendida alíquota de 3,5% para as remessas referentes a fundos no exterior.

Nesse sentido, é possível que os efeitos fiscais preconizados, de cerca de R$ 20 bilhões, neste ano, e de mais de R$ 40 bilhões, no ano que vem, sejam preservados. De todo modo, é essencial que a Receita Federal divulgue, no mínimo, uma nota técnica contendo a memória de cálculo e os detalhes das estimativas realizadas.

Afinal, o próprio governo afirmou, nas coletivas de ontem, que esses impactos já estavam computados na nova projeção de receitas líquidas do relatório bimestral de maio, isto é, R$ 2.318,4 bilhões.

De todo modo, para ter claro, não vemos problema iminente quanto ao cumprimento da banda inferior da meta em 2025. A saber, mesmo sem as majorações de alíquotas do IOF, esperamos uma receita líquida de R$ 2,314 trilhões, como se vê, bem próxima do novo número do governo (antes, ele projetava R$ 2,36 trilhões).

Temos escrito aos clientes, há um bom tempo, que esse compromisso deve ser cumprido, em que pese sua insuficiência para restabelecer as condições de sustentabilidade da dívida/PIB no curto prazo.

A questão mais importante reside em 2026. Projetamos déficit de 0,8% do PIB. A meta fiscal é um superávit de 0,25% do PIB. Mesmo que se use a banda inferior, essa meta ajustada, digamos, seria equivalente a zero.

Ainda assim, retirando-se os precatórios excedentes ao antigo sublimite, não seria possível atingi-la. Daí a medida do IOF parece ter sido concebida como espécie de salvação da pátria para o ano que vem.

Sobretudo em um momento de pressões por gastos, como reajustes no Bolsa Família e outros, e de pressões do Congresso para desidratar as compensações da reforma do Imposto de Renda, a Fazenda parece, corretamente, preocupada com a evolução da política fiscal até o final do ano que vem.

Se isso é verdade, um conjunto de ações, para além do contingenciamento e do bloqueio de gastos, deveria ter sido pensado, já há algum tempo. Restará, na ausência de medidas mais estruturais, a aposta na arrecadação, que de fato vem se sustentando, neste início de ano, com crescimento real significativo.

Nossa coleta no sistema SIGA-Brasil indica um volume robusto, entre janeiro e abril, de R$ 789 bilhões, superior em 3,3%, em termos reais, ao arrecadado no mesmo período do ano anterior. De todo modo, a desaceleração está contratada, em linha com o menor crescimento esperado para o PIB. Essa é a tendência para o resto do ano e para 2026.  

A título de conclusão, o episódio de ontem suscita algumas reflexões.

Em primeiro lugar, o governo mostra-se disposto a tomar medidas apressadas, em meio às dificuldades fiscais e às pressões das alas gastadoras do Congresso e do próprio Executivo.

segundo ponto é o viés de solucionar a questão fiscal por meio de mais receitas, que segue como tônica do atual governo.

Terceiro, a disposição em contingenciar despesas discricionárias é uma espécie de compromisso mínimo para entrega de uma meta fiscal, o que é positivo, mas insuficiente para conduzir à retomada do equilíbrio fiscal. 

A respeito desse último ponto, temos dito, desde o final do ano passado, que o governo não conseguiria escapar de uma contenção expressiva das despesas discricionárias. Chegamos a estimar mais de R$ 35 bilhões. O corte requerido apenas ficou um pouco menor, vale dizer, porque ajustamos nossas projeções de receitas a partir dos dados realizados.
 

A questão é que o contingenciamento robusto, por si só, não altera o padrão atual da política fiscal, que continua a gerar expectativas de crescimento sistemático da dívida/PIB pelos próximos anos.

“Em notas publicadas dias antes da apresentação do relatório bimestral, falávamos em R$ 25 a R$ 30 bilhões de corte requerido total, apostando que a decisão de maio seria parcial, o que não se confirmou”, concluiu Felipe Salto, Economista-chefe da Warren Investimentos.

PETR4 – Preço do petróleo do tipo Brent (do Mar do Norte) cai para faixa de US$ 63 por barril, e o tipo WTI (do Texas/EUA) recua para patamar de US$ 60 por barril.

Unigel fechou acordo com a Petrobras para encerrar contratos entre as empresas.

VALE3 – Preço do minério de ferro recua 0,8% em Singapura (Ásia), a US$ 98,2 por tonelada.

Vale captará R$ 6 bilhões em recursos via emissão de títulos de dívida corporativa de longo prazo no mercado doméstico (debêntures).

Morning Call de 22/05/2025

Preço do minério de ferro recua 0,8% em Singapura (Ásia), a US$ 99,05 por tonelada após notícias sobre a queda na produção de aço na China.

VALE3 – Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou acordo entre a Vale e a GIP sobre a Aliança Energia.

PETR4 e PETR3 – Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep+) debate a possibilidade de aumento de produção.

Com isso, preço do petróleo do tipo Brent (do Mar do Norte) cai para abaixo de US$ 64 por barril, e o tipo WTI (do Texas/EUA) recua para faixa de US$ 60 por barril.  

Frigoríficos – Rússia retomou a compra de carne de frango do Brasil, mas manteve o embargo ao Rio Grande do Sul.

BBAS3 – Banco do Brasil anunciou o pagamento adicional de R$ 516 milhões em juros sobre capital próprio (JCP), o equivalente a R$ 0,09 por ação.

Comissão de Valores Mobiliários (CVM) decidiu que fundos imobiliários (FIIs) e Fiagros podem recomprar suas próprias cotas negociadas na B3.

Contas públicas – Ministério da Fazenda deve anunciar hoje (22/5) contingenciamento e bloqueio de despesas para cumprir a meta fiscal de 2025.

MYPK3 – Iochpe-Maxion captará R$ 300 milhões em recursos via emissão de títulos de dívida corporativa de longo prazo no mercado doméstico (debêntures).

XPBR31 – XP registrou lucro líquido de R$ 1,2 bilhão no 1º trimestre de 2025. O retorno sobre o capital (ROE) alcançou 24% impulsionado por recompra de ações.

Atividade na Europa – Indicador PMI composto da União Europeia (zona do euro) caiu para 49,5 pontos em maio, de 50,4 pontos em abril.

Quando o índice fica abaixo de 50 pontos indica contração da atividade industrial.

Fontes de conteúdo do Morning Call do Grana News: Ágora, Avenue, B3, Bradesco, BTG Pactual, CVM, Itaú Corretora, Genial, Santander, Terra, Toro e XP.

Morning Call de 21/05/2025

Com aumento das tensões no Oriente Médio, preço do petróleo do tipo Brent (do Mar do Norte) sobe para US$ 66 por barril, o tipo WTI sobe para US$ 63 por barril.

PETR4- Petrobras iniciará testes em poço exploratório na Foz do Amazonas em junho, segundo apuração do jornal Folha de S. Paulo.

Com fiscalização de “petroleiros fantasmas”, Brasil entra na rota de sanções contra a Rússia, de quem compra mais de 60% do diesel, publicou a Folha.

VALE3 – Preço do minério de ferro sobe 0,76% em Dalian (China), a US$ 100,91 por tonelada.

Medida Provisória sobre isenção de impostos federais na conta de energia elétrica para até 60 milhões de pessoas pode ser apresentada hoje (21/5) ao Senado.  

Taxas de títulos públicos prefixados no Tesouro Direto perdem patamar de 14% ao ano, o que indica cenário de redução dos juros no horizonte de médio prazo.

GOLL4 – Gol Linhas Aéreas recebeu autorização da corte de Nova York (EUA) para encerrar o processo de recuperação judicial, o Chapter 11.

S&P Global Ratings rebaixou a nota de risco de crédito da companhia aérea Azul (AZUL4) de “CCC+” para “CCC-”, o que significa aumento de risco para a dívida da Azul.

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) diminuiu sua fatia societária na JBS (JBSS3) para 18,2%.

Justiça de Minas Gerais condenou a Cemig (CMIG4) a depositar R$ 912,2 milhões em juízo por déficit em fundo de previdência dos funcionários da empresa de energia.

Morgan Stanley aponta o Ibovespa em 189 mil pontos em 2026, o que representa uma possibilidade de alta de cerca de 35% em relação aos valores atuais.

Nos destaques setoriais, Cogna e YDUQS (COGN3, -7,8%; YDUQ3, -5,1%) caíram após decreto do governo que altera as regras da educação a distância (EaD).

Rendimentos dos títulos do tesouro americano (treasuries) de 30 anos sobem para acima de 5% ao ano, diante de preocupações com déficit fiscal nos EUA.

Fontes de conteúdo do Morning Call do Grana News: Ágora, Avenue, B3, Bradesco, BTG Pactual, CVM, Itaú Corretora, Genial, Santander, Terra, Toro e XP.

Petrobras atendeu exigência do Ibama para Centro da Fauna Marítima em Oiapoque/AP. Foto: Prefeitura

Morning Call em 20/05/2025

PETR4 e PETR3 – Petrobras recebe autorização do Ibama para realizar pesquisas de prospecção de petróleo e gás na Foz do Amazonas.

Entre as exigências cumpridas, a estatal terá um centro de atendimento para fauna marítima em Oiapoque (AP).

PRIO3 e BRAV3 – Preço do petróleo do tipo Brent (do Mar do Norte) cai para faixa de US$ 65 por barril, e o tipo WTI (do Texas/EUA) recua para o patamar de US$ 61 por barril.

VALE3 – Preço do minério de ferro subiu 0,28% em Dalian (China), a US$ 100,48 por tonelada.

Banco Central chinês (PBoC) reduz taxas para mínimas históricas (de 3,1% para 3,0% ao ano e de 3,6% para 3,5% em cinco anos) para impulsionar a economia.

Dívida dos EUA e risco fiscal global enfraquecem o dólar e beneficiam emergentes como o Brasil. Dólar caiu  0,25% ontem, cotado a R$ 5,6552 no mercado à vista.

Frigoríficos – Exportações de carne de frango do Brasil estão suspensas para 19 países e a União Europeia, com potencial impacto de até US$ 300 milhões por mês.

Ministério da Fazenda promete divulgar o “quadro fiscal” completo até quinta-feira (22/05). Proposta foca em controle de gastos, sem novas despesas.

Tesouro Selic – Presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo reforça manutenção de juros altos por mais tempo, devido à incerteza fiscal e expectativa de inflação desancorada.

Telefônica arrecada R$ 949 milhões com leilão de ações.

SMTO3 – São Martinho captará R$ 1,25 bilhão em recursos via emissão de títulos de dívida corporativa de longo prazo no mercado doméstico (debêntures).

JHSF3 – JHSF firma acordo com colégio Porto Seguro em São Paulo.

SMFT3 – Smartfit apresentou receita líquida de R$ 1,8 bilhão no 1º trimestre de 2025, alta de 33% na comparação anual.

Setor de educação – MEC divulgou que cursos de saúde (ex. enfermagem) e licenciatura não poderão mais ser 100% online. Medida impacta redes de ensino à distância.

Fontes de conteúdo do Morning Call do Grana News: Ágora, Avenue, B3, Bradesco, BTG Pactual, CVM, Itaú Corretora, Genial, Santander, Terra, Toro e XP.

Taxa do título do Tesouro de EUA de 30 anos dispara

Agência de classificação de risco Moody’s rebaixou a nota de crédito dos Estados Unidos, de ‘Aaa’ para ‘Aa1’, apontando a dificuldade de controle da dívida dos EUA.

Com o rebaixamento pela Moody’s, o rendimento dos títulos do Tesouro de 30 anos dos EUA saltou para acima de 5% ao ano.

Relatório do analista de investimentos da Levante, Flávio Conde:

A semana começa com uma forte alta nos juros americanos no mercado secundário. Os títulos do Tesouro de 30 anos passaram a pagar juros superiores a 5 por cento ao ano. Os papéis de 10 anos estão pagando taxas de 4,52 por cento no pré-mercado. E o rendimento dos títulos mais curtos, de 2 anos, superou o “nível psicológico” de 4 por cento ao ano.

O motivo dessa alta das taxas foi o rebaixamento da classificação de risco (“rating”) da dívida americana pela agência Moody’s, anunciada na noite da sexta-feira (16). O rating caiu de “Aaa” para “Aa1” e a perspectiva (“outlook”) foi alterada de “negativa” para “estável”, indicando que, salvo se ocorrer algo inesperado, a agência não espera novas alterações – nem elevação, nem rebaixamento.

A Moody’s apontou décadas de “disfunção” na gestão da dívida pública americana. Constatou que democratas e republicanos falharam em reduzir significativamente a dívida americana, que agora ultrapassa 36 trilhões de dólares. E que o governo americano deixou de enfrentar diversos desafios financeiros conhecidos e de longo prazo, especialmente o aumento dos custos e a redução crônica do financiamento para a Previdência Social e para programas públicos como o Medicare.

Embora a Moody’s tenha descrito o sistema financeiro americano como “estável” e considerado o dólar “forte e confiável”, a agência também reconheceu a vasta incerteza política e se referiu indiretamente às maneiras pelas quais a estabilidade política e a ordem constitucional podem ser “testadas às vezes”.

Com a mudança, as três principais agências de classificação de crédito não atribuem mais aos Estados Unidos sua melhor classificação. A Fitch rebaixou os Estados Unidos em 2023, citando preocupações fiscais, e a Standard & Poor’s rebaixou o país em 2011.

A redução no rating pode ter efeitos em cascata por toda a economia se levar os investidores a exigir juros mais altos para comprar os títulos do Tesouro americano. Como esses papéis são o indicador para as emissões das empresas, isso também pode encarecer o capital para o setor produtivo e reduzir os lucros – teoricamente.

Na prática, porém, os rebaixamentos anteriores tiveram pouco efeito sobre a solvência dos Estados Unidos para além de uma volatilidade pontual. Os títulos do Tesouro americano seguem sendo a base do sistema financeiro global. Isso ocorre apesar da dívida pública aparentemente incontrolável. No entanto, a perspectiva de um endividamento governamental muito maior — quando as taxas de juros já estão elevadas — deixou alguns investidores em títulos nervosos.

Morning Call em 19/05/2025

PETR4 e PETR3 – Preço do petróleo do tipo Brent (do Mar do Norte) cai para faixa de US$ 65 por barril, e o tipo WTI (do Texas/EUA) recua para patamar de US$ 61 por barril.

VALE3 – Preço do minério de ferro cai 0,89% em Dalian (China), a US$ 100,21 por tonelada.   

Vendas no varejo da China cresceram 5,1% em abril de 2025, mas abaixo das expectativas do mercado, de aumento de 5,8%.

China anunciou taxas antidumping de até 74,9% sobre as importações de copolímeros de POM (tipo de plástico de engenharia) dos Estados Unidos, União Europeia, Japão e Taiwan.

Frigoríficos brasileiros – Além do Rio Grande do Sul, Ministério da Agricultura investiga mais duas suspeitas de gripe aviária em Santa Catarina e Tocantins, segundo o jornal Valor.

EUA, México, Uruguai, Chile e Coreia do Sul suspenderam importações de carne de frango do Brasil. Ao todo, 33 países cortaram as importações do Brasil.

Projeções iniciais apontam perdas de US$ 1 bilhão em exportações. Preço do frango deve cair para que a produção possa ser absorvida pelo mercado local.

Expectativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2025 recua de 5,51% para 5,50% na Pesquisa Focus, divulgada hoje pelo Banco Central.

DOLA11 – Estimativa para o dólar cai de R$ 5,85 para R$ 5,82 para dezembro de 2025.

AZUL4 – Azul informou que busca alternativas para estrutura de capital e liquidez, segundo apuração da Bloomberg.

Fontes de conteúdo do Morning Call do Grana News: Ágora, Avenue, B3, Bradesco, BTG Pactual, CVM, Itaú Corretora, Genial, Santander, Terra, Toro e XP.

BRF e Marfrig avançam em fusão

Marfrig e a BRF avançam em fusão. A nova empresa MBRF Global Foods Company terá negociação de ações em Nova York (EUA).

No Brasil, a Marfrig comprará mais ações da BRF.

Marfrig registrou lucro R$ 88 milhões no 1º trimestre de 2025, alta de 40,3% na comparação anual.

BRF informou lucro de R$ 1,12 bilhão no 1º trimestre de 2025, aumento de 123% em relação ao 1º trimestre de 2024.

Veja relatório dos analistas José Ricardo Rosalen (Ágora Investimentos) e Henrique Brustolin (Bradesco BBI) sobre BRF (BRFS3):

Com um desempenho de qualidade nos mercados doméstico e internacional, o que ressalta a sólida demanda por aves em um ambiente de oferta sob controle, a BRF reportou fortes resultados em todos os setores.

A receita líquida consolidada e o EBITDA ajustado foram 4% e 6% superiores, chegando a R$ 15,6 bilhões (aumento anual de 16%) e R$ 2,75 bilhões (aumento anual de 30%), respectivamente.

A margem EBITDA ajustada registrou uma melhoria de 1pp no trimestre para 17,7% (aumento anual de 1,8pp).

Isso foi explicado principalmente por um forte desempenho no mercado doméstico, onde as margens melhoraram para 17,1% (+2,pp no trimestre e 2pp maior em relação ao ano anterior), ainda não refletindo totalmente os preços mais altos do milho nos últimos meses.

No mercado internacional, a margem EBITDA caiu 1,3pp no trimestre para 19,1% (aumento anual de 2,1pp), conforme previsto.

Além disso, os resultados financeiros foram melhores do que o esperado, enquanto a BRF reportou uma alíquota efetiva de imposto de 17%, contra nossa estimativa de 25%, o que resultou em lucro líquido de R$ 1 bilhão, 35% acima do esperado pelo Bradesco BBI.

Entre os riscos setoriais, o Ministério da Agricultura confirmou o primeiro caso de gripe aviária no Rio Grande do Sul.

Morning Call em 16/05/2025

BBAS3 – Banco do Brasil divulgou lucro de R$ 7,4 bilhões no 1º trimestre de 2025, baixa de 21% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Análise sobre o resultado do Banco do Brasil por Evandro Medeiros, analista CNPI da Suno Research:

O Banco do Brasil teve um trimestre desafiador, com deterioração na qualidade da carteira de crédito, especialmente no agro. A inadimplência rural segue em alta e pressiona os resultados, exigindo maior cautela por parte da gestão. 

Ainda assim, vale lembrar que há anos o agro cresce acima da média nacional e, apesar do momento adverso, a forte presença do banco no agro e no Centro-Oeste continua sendo um diferencial estratégico no longo prazo.

A inadimplência total também cresceu e já se aproxima dos níveis do Bradesco, banco que vem enfrentando dificuldades nesse âmbito por conta de equívocos na concessão de crédito nos últimos anos. O índice de cobertura, que mensura o quanto das provisões já constituídas faz frente á inadimplência atingiu 184,8%, um patamar inadequado dado o contexto de pressão nas perdas.

Mesmo com crescimento na receita de juros, o crescimento do custo de captação acabou comprimindo a margem financeira, reduzindo a rentabilidade do crédito para o banco. Ainda assim, o BB segue beneficiado por uma estrutura de funding privilegiada: 72,5% da Selic no período, impulsionado pela forte participação da poupança, cerca de 25% do total, que remunerou no período o equivalente 60% da Selic.

Nas receitas de serviços, a gestão de ativos se destacou, reforçando a plataforma do banco. Por outro lado, tarifas seguem pressionadas, e seguros e previdência avançam abaixo da inflação. A alavancagem mensurada pelo índice de capital principal reduziu modestamente, mas ainda se encontra em patamares confortáveis.

Relatório do analista da Levante, Enrico Cozzolino, sobre Banco do Brasil (BBAS3):

O desempenho foi impactado principalmente pelo aumento da inadimplência em parte da carteira de agronegócios, especialmente nos primeiros meses do ano. A deterioração nesse segmento levou a instituição a reforçar suas provisões para perdas esperadas, o que impactou diretamente a lucratividade. A gestão do banco, no entanto, acredita que a situação pode se estabilizar ao longo do segundo trimestre de 2025.

Outro fator que pesou nos resultados foi a adoção da nova norma contábil nº 4.966, em vigor desde o início deste ano. Essa regra alterou o modelo de reconhecimento de perdas no sistema bancário nacional, substituindo o regime de perdas incorridas pelo de perdas esperadas.

Com isso, o Banco do Brasil passou a registrar antecipadamente valores maiores em provisões, o que resultou em uma elevação do índice de cobertura para 184,8%, um aumento de 13,5 pontos percentuais em comparação ao último trimestre de 2024.

O Índice de Basileia, que mede a solidez financeira da instituição, também apresentou elevação, encerrando o período em 14,14%, frente aos 13,75% registrados no quarto trimestre do ano anterior.

No que diz respeito ao desempenho operacional, a Margem Financeira Bruta foi de R$ 23,88 bilhões, registrando uma queda de 7,2% na comparação anual. O custo do crédito, por sua vez, subiu para R$10,15 bilhões, representando um crescimento de 18,9% em relação ao mesmo período de 2024, fruto da elevação da taxa básica de juros em nosso país. Com isso, a Margem Financeira Líquida foi fortemente comprimida, encerrando o trimestre em R$ 13,7 bilhões, uma retração de 20,1% frente ao mesmo trimestre do ano passado.

Diante desse cenário, o banco optou por colocar seu guidance de lucro para 2025 em revisão. A projeção anterior indicava um lucro de pelo menos R$ 37 bilhões para o ano, as novas estimativas devem ser atualizadas junto com a divulgação dos resultados do segundo trimestre, prevista para até o dia 15 de agosto de 2025.

Mesmo com os números mais fracos, a instituição anunciou o pagamento de juros sobre capital próprio (JCP) no valor de R$ 0,33 por ação, o que representa uma rentabilidade de 1,1% sobre o valor da ação no período.

BNDES relatou lucro de R$ 5,6 bilhões no 1º trimestre de 2025, alta de 7,3% na comparação com igual intervalo do ano anterior.

CSAN3 – Cosan reportou prejuízo de R$ 1,8 bilhão no 1º trimestre de 2025, acima do esperado pelo mercado.

PETR3 e PETR4 – Preço do petróleo do tipo Brent (do Mar do Norte) é negociado na faixa de US$ 64 por barril, e o tipo WTI (do Texas/EUA) no patamar de US$ 61 por barril.

VALE3 – Preço do minério de ferro recua 1,5% em Singapura, a US$ 99,7 por tonelada.

PIB do Japão caiu 0,2% no 1º trimestre de 2025 após alta de 0,6% no trimestre anterior.

O primeiro Fórum Técnico para capacitação de assessores de crédito internacional acaba de abrir suas inscrições, oferecendo uma oportunidade para profissionais do setor financeiro se aprofundarem no mundo do crédito internacional.  O Fórum será realizado amanhã (17 de maio) e será conduzido por Luciano Bravo, o mentor do crédito internacional no Brasil, também CVO da Inteligência Comercial.

Fontes de conteúdo do Morning Call do Grana News: Ágora, Avenue, B3, Bradesco, BTG Pactual, CVM, Itaú Corretora, Genial, Santander, Terra, Toro e XP.

Morning Call em 15/05/2025

Não deixe o Imposto de Renda para as semanas finais. Baixe o aplicativo Grana Capital para declarar seus investimentos da Bolsa (B3) de forma automática.

Preço do petróleo do tipo Brent (do Mar do Norte) cai para faixa de US$ 64 por barril, e o tipo WTI (do Texas/EUA) para patamar de US$ 61 por barril.

A queda é impulsionada pela declaração do presidente dos EUA, Donald Trump, de que um acordo com o Irã está próximo.

Delegações da Rússia e da Ucrânia realizam reunião na Turquia na busca de um cessar fogo, mas sem a presença do presidente russo, Vladimir Putin.

PETR3 e PETR4 – Em entrevista à jornalista Miriam Leitão (O Globo/CBN/Globonews), a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse que a estatal cumpriu mais uma exigência do Ibama, de um centro de atendimento para fauna marinha em Oiapoque (Amapá).

A Petrobras encaminhou seu quarto pedido para pesquisas de exploração na região da Foz do Amazonas.

A Nigéria conversa com Petrobras sobre exploração em águas profundas, segundo apuração da Agência Reuters com fontes nigerianas.

VALE3 – Preço do minério de ferro cai 0,6% em Singapura (Ásia), a US$ 101,2 por tonelada.

AZUL4 – Companhia aérea Azul e seus credores buscam opções, incluindo o Chapter 11 (recuperação judicial nos EUA), segundo apuração da Bloomberg.

ELET3 e ELET6 – Eletrobras reportou prejuízo de R$ 81 milhões no 1º trimestre de 2025, ante resultado positivo em igual período do ano passado.

BHIA3 – Casas Bahia informou prejuízo de R$ 408 milhões no 1º trimestre de 2025, aumento de 56% nas perdas em relação ao mesmo trimestre de 2024.

AMER3 – Americanas declarou prejuízo do R$ 496 milhões no 1º trimestre de 2025, contra lucro observado no 1º trimestre do ano anterior.

iFood e Uber se unem para compartilhar serviços em aplicativos no Brasil.

Governo deve realizar bloqueios no orçamento em 2025 para garantir cumprimento da meta fiscal.

Montadoras ocidentais correm risco de extinção na China, informou a Stellantis.

Fontes de conteúdo do Morning Call do Grana News: Ágora, Avenue, B3, Bradesco, BTG Pactual, CVM, Itaú Corretora, Genial, Santander, Terra, Toro e XP.

Banco Pine registra lucro recorde no 1º trimestre de 2025. Foto: Divulgação/Banco Pine

Banco Pine registra lucro recorde de R$ 73,5 milhões, alta de 17%

O Banco Pine vem reportando resultados recordes consecutivos, reflexo da contínua diversificação dos negócios e foco em operações com maiores margens. Após ter atingido seu melhor resultado da história em 2024, quando o lucro anual foi de R$ 258 milhões, o banco reportou lucro de R$ 73,5 milhões no primeiro trimestre de 2025, alta de 17% sobre igual período de 2024.

O trimestre foi marcado pelo crescimento de todos os indicadores operacionais, com destaque para o resultado operacional que fechou o período em R$ 153 milhões, 40% a mais que em março de 2024.

A carteira de crédito expandida do Pine avançou 32% ante o primeiro trimestre de 2024, para R$ 15,4 bilhões. O crescimento foi explicado pela expansão do segmento de Atacado focado em grandes empresas e da carteira de varejo colateralizado – segmento que inclui o crédito consignado (com desconto em folha de pagamento), a antecipação do saque aniversário do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e a carteira de cartão benefício.

A carteira de Atacado atingiu R$ 6,1 bilhões em março de 2025, aumento de 26% em relação a março de 2024. Houve avanço de 40% no segmento de Grandes Empresas, em que se destacam companhias do agronegócio, setor imobiliário e de energia.

“Temos focado nosso crescimento no Atacado em Grandes Empresas, segmento onde temos observado melhores oportunidades de margem e cross-sell e de operações estruturadas e colateralizadas. Seguimos com presença e times dedicados em setores representativos da economia,como o Agronegócio, Imobiliário e Energia, que somados representam aproximadamente 57% de nossa carteira e cerca de 35% do PIB nacional.”, destacou Rodrigo Pinheiro, diretor-executivo do Banco Pine.

A carteira de Varejo Colateralizado encerrou o primeiro trimestre em R$ 9,3 bilhões, 35% acima do mesmo período de 2024. Além do crescimento do volume, foi observado também o crescimento da rentabilidade desta carteira, fruto do remix de carteira de Varejo Colateralizado com o aumento da relevância de produtos com maiores margens. Esse movimento deve continuar ao longo do ano, principalmente com a entrada do Banco no Consignado Privado, cujo início da operação foi em abril.

“Estamos preparados para atuar no Consignado do Trabalhador. Já iniciamos o reforço de time, tecnologia e uma esteira robusta para atuar tanto no B2B quanto no B2C. Este produto tende a ganhar tração em ao longo de 2025, aumentando o spread médio da carteira e, consequentemente, a rentabilidade da vertical de Varejo Colateralizado.”, ressalta Clive Botelho, membro do comitê executivo do Banco Pine.

O total de recursos captados pelo Pine ficou em R$ 18,5 bilhões nos primeiros três meses de 2025, aumento de 28% sobre março de 2024 e patamar confortável para sustentar a expansão dos negócios. O Patrimônio de Referência da instituição chegou a R$ 1,8 bilhão no período, crescimento anual de 30%, e a liquidez terminou em patamar confortável com caixa livre de R$1,8 bilhão.

“O primeiro trimestre do ano foi marcado pela entrega consistente de resultados, com recordes de resultados consecutivos. A estratégia de diversificação de negócios possibilita seguir crescendo e entregando níveis de retorno saudáveis, sustentáveis e vamos continuar a colher frutos do nosso contínuo foco em alocação de capital e eficiência operacional e do investimento em times e pessoas.”, concluiu Noberto Pinheiro Jr, diretor-executivo do Banco Pine.

Lucro da JBS aumenta 77,6% no 1º trimestre de 2025

JBSS3 – JBS registrou lucro de R$ 2,9 bilhões no 1º trimestre de 2025, aumento de 77,6% na comparação com o 1º trimestre de 2024.

Relatório do analista da Levante, Enrico Cozzolino, sobre o balanço da JBS:

Na noite de ontem (13/5), a JBS (JBSS3) divulgou seus resultados do primeiro trimestre de 2025, com desempenho acima das expectativas de mercado.

A receita líquida consolidada totalizou 114,1 bilhões de reais, representando crescimento de 28 por cento em relação ao mesmo período do ano anterior. O principal motor desse avanço foram as operações de aves, tanto no Brasil quanto no exterior.

No mercado doméstico, a Seara registrou as melhores margens para um primeiro trimestre da sua história, com receita líquida de 12,6 bilhões de reais, alta de 22 por cento na base anual. Já a Pilgrim’s, que atua na América do Norte, também apresentou desempenho bastante forte no período, com faturamento de 26,1 bilhões de reais, avanço de 21 por cento frente ao 1T24.

A JBS Brasil, por sua vez, reportou receita líquida de 18,5 bilhões de reais, uma expansão de 30 por cento na comparação anual.

O lucro bruto consolidado atingiu 15,3 bilhões de reais, crescimento de 31 por cento ano contra ano, com margem bruta de 13,44 por cento — uma expansão de 0,3 ponto percentual em relação ao 1T24. Esse ganho de margem reflete o aumento de eficiência operacional em diversas frentes.

O EBITDA ajustado somou 8,9 bilhões de reais, um crescimento de 38,9 por cento na comparação anual, com margem EBITDA de 7,8 por cento, incremento de 0,6 ponto percentual.

Os destaques também vieram de Seara que teve EBITDA de 2,5 bilhões de reais e margem de 19,8 por cento. Comparado com o primeiro trimestre do ano passado, houve um crescimento de 8.2 pontos percentuais.

A Pilgrim’s que teve Lucro operacional de 3,9 bilhões de reais e margem de 14,8 por cento. Comparado com o primeiro trimestre do ano passado, crescimento de 56 por cento na comparação ano contra ano.

Do lado financeiro, a dívida líquida encerrou o trimestre praticamente estável em 84,7 bilhões de reais. A alavancagem, medida pela relação dívida líquida/EBITDA, caiu para 2,04x, refletindo.

O lucro líquido consolidado foi de 2,9 bilhões de reais, alta de 77,6 por cento em relação ao 1T24, impulsionado pela expansão de receitas, melhora de margens e controle de despesas financeiras.

Por outro lado, o fluxo de caixa apresentou sinais de pressão no trimestre. O fluxo de caixa livre foi negativo em 5,4 bilhões de reais, esse movimento foi influenciado, principalmente, pelo aumento no pagamento de impostos, e pela elevação do capital de giro, um efeito sazonal comum no primeiro trimestre do ano.

Morning Call em 14/05/2025

VIVT3 – Telefônica Brasil anunciou pagamento de R$ 500 milhões em proventos na forma de juros sobre capital próprio (JCP) aos seus acionistas.

TIMS3 – Tim pagará R$ 300 milhões em juros sobre capital próprio (JCP) aos seus investidores.

LAVV3 – Lavvi distribuirá R$ 20,6 milhões em dividendos aos seus acionistas.

SLCE3 – SLC Agrícola informou lucro de R$ 510,7 milhões no 1º trimestre de 2025, disparada de 123% em relação ao mesmo trimestre do ano passado.

B3SA3 – B3 divulgou que o volume médio diário de ações negociadas em abril cresceu 12,5%.

Itaú Asset lançou primeiro ETF híbrido da bolsa brasileira, com 80% em títulos de renda fixa Ima-B e 20% em ações americanas do S&P 500.

GGBR4 – Gerdau captará R$ 1,375 bilhão em recursos via emissão de títulos de dívida corporativa de longo prazo no mercado doméstico (debêntures).

Ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central divulgada ontem (13/5) reforçou que o ciclo de alta dos juros está próximo.

BOVA11 – Como reflexo, o Ibovespa subiu 1,76%, a 138.963 pontos.

DOLA11 – O dólar caiu 1,3%, para R$ 5,60 no mercado à vista da B3, menor patamar desde outubro de 2024.

PETR4 e PETR3 – Petrobras aponta que não diminuirá preço da gasolina, apesar de corte recente no valor do diesel, e da redução das cotações do petróleo no mercado internacional.

Preço do petróleo do tipo Brent (do Mar do Norte) cai para faixa de US$ 65 por barril, e o tipo WTI (do Texas/EUA) recua ao patamar de US$ 63 por barril.

Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP+) divulga relatório de produção hoje (14/5).

VALE3 – Preço do minério de ferro avança 2% em Singapura (Ásia), a US$ 101,5 por tonelada.

Nvidia (NVDC34) e AMD (A1MD34) avançam após notícia do fornecimento de semicondutores para inteligência artificial para um data center de US$ 10 bilhões na Arábia Saudita.

Argentina vai zerar imposto de importação sobre celulares: custa o dobro que no Brasil e EUA.

Presidente dos EUA, Donald Trump disse que o Federal Reserve (FED, o BC dos EUA) deve reduzir os juros como Europa e China fizeram.

Fontes de conteúdo do Morning Call do Grana News: Ágora, Avenue, B3, Bradesco, BTG Pactual, CVM, Itaú Corretora, Genial, Santander, Terra, Toro e XP.

Lucro da Petrobras aumenta 48,6% no 1º trimestre de 2025

Petrobras registrou lucro de R$ 35,2 bilhões no 1º trimestre de 2025, aumento de 48,6% em relação ao 1º trimestre de 2024.

A estatal anunciou o pagamento de R$ 11,72 bilhões em dividendos aos acionistas. O pagamento será feito em duas parcelas, em agosto e setembro.

Comentário do Head de Research da Eleven Financial, Fernando Siqueira:

O resultado ficou em linha com o esperado. Sem grandes destaques. Mais uma vez, a operação de exploração e produção de petróleo apresentou resultados melhores. O Ebitda cresceu 1% para R$ 61 bilhões, reflexo do bom desempenho da unidade de exploração misturado com resultados fracos nas operações de refino e comercialização (além de resultados fracos na unidade de gás). Apesar dos preços baixos do petróleo, o resultado da operação de exploração foi favorecido pelo Real depreciado, aumento na produção e custos relativamente contidos. A operação de refino foi negativamente afetada pelas margens baixas dos produtos no mercado interno, principalmente na gasolina. A Petrobras anunciou dividendos de R$ 12 bilhões em dividendos, também em linha com o esperado. Acreditamos que as ações irão ter uma reação neutra hoje.

Relatório do analista da Levante, Enrico Cozzolino:

Na noite da segunda-feira (12/5), a Petrobras (PETR4) divulgou seus resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre de 2025, com números em linha com as expectativas do mercado. A companhia registrou um lucro líquido de R$ 35,2 bilhões, representando um crescimento de 48,6% em relação ao mesmo período de 2024.

A receita de vendas totalizou R$ 123,1 bilhões, um avanço de 4,6% na comparação anual. Os custos dos produtos vendidos somaram R$ 64,4 bilhões, resultando em um lucro bruto de R$ 60,7 bilhões, praticamente estável frente ao primeiro trimestre do ano passado.

O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 61 bilhões, com crescimento de 1,7% em relação ao 1T24.

Com isso, a Petrobras negocia atualmente a um múltiplo EV/EBITDA de 2,6 vezes — nível considerado atrativo em comparação com outras grandes petroleiras globais.

O resultado financeiro da companhia foi positivo em R$ 10,6 bilhões, impulsionado pela valorização do real frente ao dólar, o que gerou ganhos cambiais relevantes.

Já as despesas com impostos sobre o lucro totalizaram R$ 18 bilhões, encerrando o trimestre com o lucro líquido já mencionado de R$ 35,2 bilhões.

No acumulado dos últimos 12 meses, a Petrobras atingiu um lucro líquido de aproximadamente R$ 103 bilhões, o que coloca a empresa negociando com um múltiplo Preço/Lucro (P/L) de 4,3 vezes.

O fluxo de caixa operacional alcançou R$ 49,3 bilhões no trimestre, enquanto os investimentos somaram R$ 23,3 bilhões. O fluxo de caixa livre, portanto, foi de 26 bilhões de reais.

Seguindo sua política de distribuição, que destina 45% do fluxo de caixa livre aos acionistas, a Petrobras anunciou a distribuição de R$ 11,72 bilhões em dividendos referentes ao 1º trimestre de 2025.

O valor equivale a R$ 0,90 por ação, o que representa um dividend yield de 2,84% apenas nesta tranche.

Morning Call em 13/05/2025

China anunciou R$ 27 bilhões em investimentos no Brasil. A potência asiática divulgou US$ 9 bilhões em crédito para projetos dos países da América Latina.

Banco Central do Brasil e Banco Popular da China terão acordo de swap (troca) de moedas. Segundo o BC, o objetivo é “fornecer liquidez” para os mercados.

SBSP3 – Sabesp divulgou lucro de R$ 1,5 bilhão no 1º trimestre de 2025, aumento de 80% na comparação com igual período do ano passado.

NTCO3 – Natura reportou prejuízo de R$ 150,6 milhões no 1º trimestre de 2025, queda de 84% nas perdas em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

HAPV3 – Hapvida informou lucro líquido ajustado de R$ 416,4 milhões no 1º trimestre de 2025, baixa de 16% na comparação anual.

IRBR3 – IRB Re obteve lucro de R$ 118,6 milhões no 1º trimestre de 2025, alta de 50% frente ao resultado obtido em igual trimestre de 2024.

PRIO3 – Preço do petróleo do tipo Brent (do Mar do Norte) sobe para faixa de US$ 65 por barril, e o tipo WTI (do Texas/EUA) avança patamar de US$ 62 por barril.

VALE3 – Preço do minério de ferro recua 0,6% em Singapura (Ásia), a US$ 99,4 por tonelada.

China retirou a proibição de compra de aviões da Boeing (BOEI34) pelas companhias aéreas chinesas.

Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse que buscará um acordo com a China que proteja a indústria de aço, semicondutores e farmacêutica dos EUA.

Nissan demitirá mais de 10 mil funcionários, segundo informações da imprensa japonesa.

Fontes de conteúdo do Morning Call do Grana News: Ágora, Avenue, B3, Bradesco, BTG Pactual, CVM, Itaú Corretora, Genial, Santander, Terra, Toro e XP.

Morning Call em 12 de maio de 2025

EUA e China firmam acordo para cortar tarifas por 90 dias. As tarifas americanas recuaram de 145% para 30%, e a tarifas chinesas caíram de 125% para 10%.

Preço do petróleo do tipo Brent (do Mar do Norte) sobe para faixa de US$ 66 por barril, e o tipo WTI (do Texas/EUA) avança para US$ 63 por barril.

VALE3 – Preço do minério de ferro dispara 3% em Singapura (Ásia), a US$ 99,85 por tonelada.

Rússia e Ucrânia acertam realização de reunião na Turquia na próxima quinta-feira (15/5) para negociações de paz.

Missão comercial brasileira na China busca investimentos para produção de geradores eólicos e de carros elétricos no Brasil.  

BPAC11 – BTG Pactual registrou lucro líquido ajustado de R$ 3,4 bilhões no 1º trimestre de 2025, alta de 16,5% na comparação com o 1º trimestre de 2024.

Retorno ajustado sobre o patrimônio líquido (ROAE) do BTG Pactual alcançou 23,2% no 1º trimestre de 2025.

As receitas no 1º trimestre de 2025 totalizaram R$ 6,8 bilhões, alta de 16,1% na comparação anual.

“Os resultados recordes do trimestre refletem a solidez e a resiliência do nosso modelo de negócios, sustentado pela diversificação de receitas e pelo contínuo fortalecimento das nossas franquias de clientes. Alcançamos a marca de R$ 2 trilhões em ativos sob gestão e administração e gostaríamos de agradecer imensamente a confiança dos nossos clientes e parceiros, e ressaltar que mantemos nosso compromisso em prover excelência no atendimento e na oferta de produtos e serviços.”, afirmou Roberto Sallouti, CEO do BTG Pactual.

BRKM5 – Braskem informou lucro de R$ 698 milhões no 1º trimestre de 2025, ante perdas reportadas no 1º trimestre de 2024.

PETR4 – Petrobras e a Unigel fecharam acordo sobre fábricas de fertilizantes.

ORVR3 – Orizon movimentou R$ 635,1 milhões em oferta pública de ações com bônus de subscrição.

UGPA3 – Ultrapar captará R$ 2,2 bilhões em recursos via emissão de títulos de dívida corporativa de longo prazo no mercado doméstico (debêntures).

Projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2025 recuou de 5,53% para 5,51% na Pesquisa Focus do Banco Central divulgada hoje (12/5).

Fontes de conteúdo do Morning Call do Grana News: Ágora, Avenue, B3, Bradesco, BTG Pactual, CVM, Itaú Corretora, Genial, Santander, Terra, Toro e XP.

Lucro líquido da B3 aumenta 16,5% e alcança R$ 1,1 bilhão

A receita total da B3 (B3SA3) atingiu R$ 2,7 bilhões, alta de 7,7% em relação ao primeiro trimestre de 2024. O lucro líquido foi de R$ 1,1 bilhão, 16,5% acima do mesmo período do ano passado.

 O lucro líquido foi de R$ 0,21 por ação, crescimento de 24,5% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, refletindo os programas de recompra conduzidos no período. As ações recompradas no trimestre representaram cerca de 0,8% do capital social da companhia.

A partir deste trimestre, a B3 passa a apresentar suas receitas seguindo uma nova segmentação, alinhada com o estágio atual da companhia e com sua estratégia de crescimento.

O segmento Mercados inclui as receitas de derivativos, mercados de renda fixa e crédito, mercado de renda variável e empréstimo de ativos; o segmento Soluções para Mercado de Capitais considera as receitas de dados para o mercado de capitais e da depositária para mercado à vista, além de listagem e soluções para emissores.

O segmento Soluções Analíticas de Dados inclui soluções para financiamentos de veículos e imobiliários, e também receitas de plataformas e dados analíticos.

Por fim, o segmento Tecnologia e Plataformas considera as receitas dos produtos de tecnologia e os serviços de apoio ao mercado.

“Por mais um trimestre, os resultados reforçam a eficiência da estratégia da B3 que é fortalecer o core business e também ampliar a presença nos negócios adjacentes, evidenciando o potencial de crescimento por meio da diversificação das receitas e do avanço em novas avenidas de crescimento. A nova apresentação dos resultados segue a mesma lógica, reunindo as informações dos mercados tradicionais e também das soluções de dados e dos serviços de tecnologia, áreas que vêm conquistando cada vez mais espaço nas receitas da companhia”, explica André Veiga Milanez, diretor-executivo Financeiro, Administrativo e de Relações com Investidores.

Mercados

Em derivativos, o volume médio diário negociado (ADV) totalizou 8,9 milhões de contratos, queda de 9,4% em relação ao primeiro trimestre de 2024, enquanto a receita por contrato (RPC) cresceu 29,3% no mesmo período.

O Futuro de Bitcoin apresentou ADV de 243 mil contratos e registrou aumento de 17,9% em relação ao quarto trimestre de 2024, com receita de R$ 47 milhões.

Em derivativos de Balcão e operações estruturadas, as emissões apresentaram crescimento de 18,9%, com alta de 50,4% nas emissões de swaps e de 13,6% em termo.

O estoque médio registrou crescimento de 29,0%. Com isso, as receitas do segmento totalizaramR$ 880,9 milhões (33,2% do total), alta de 9,9%.

Em renda fixa e crédito, o volume de novas emissões de instrumentos de captação bancária cresceu 15,3%, principalmente pelo aumento nas emissões de CDBs, que representaram 76,2% das emissões de instrumentos de captação bancária no período.

O estoque médio de instrumentos de captação bancária teve crescimento 25,3%, enquanto o volume de estoque de dívida corporativa teve alta de 26,1%. As receitas do segmento somaram R$ 315,4 milhões (11,9% do total), alta de 21,7%.

Na renda variável, o mercado de ações à vista apresentou alta de 1,1% no volume financeiro médio diário negociado (ADTV), com crescimentos nos volumes de ETFs (19,3%), BDRs (56,8%) e Fundos Listados (5,8%).

Tais produtos possuem dinâmicas distintas em relação ao mercado de ações e representaram 14,4% do volume total contra 11,7% no primeiro trimestre do ano passado.

As receitas somaram R$ 510,8 milhões (19,2% do total), o que representa queda de 7,1%, resultado de um mix com maior volume de exercício de opção de índice e formadores de mercado impactando as margens desse mercado.

Em empréstimo de ativos, a posição média em aberto apresentou crescimento de 12,7% e a receita foi de R$ 75,2 milhões (2,8% do total), alta de 57,5%.

Soluções para Mercado de Capitais

As soluções de dados para mercado de capitais tiveram receita de R$ 81,2 milhões (3,1% do total), o que representa aumento de 17,9%, explicado principalmente pela valorização do dólar frente ao real, uma vez que pouco mais da metade das receitas são referenciadas em dólar.

As receitas da depositária para mercado à vistasomaram R$ 47,2 milhões (1,8% do total), alta de 2,5%. O número médio de investidores cresceu 4,3%, resultado da contínua busca dos investidores individuais por diversificação de portfólio e também pela maior oferta de produtos por parte da B3.

A listagem e soluções para emissores tiveramreceitas R$ 28,5 milhões (1,1% do total), queda de 14,1%, explicada principalmente pela redução de ofertas públicas no período.

Soluções Analíticas de Dados

No primeiro trimestre, o número de veículos vendidos no Brasil aumentou 5,9%, enquanto o número de financiamentos cresceu 1,1%.

Apesar disso, as receitas do trimestre ficaram emR$129,0 milhões (4,9% do total), o que significa queda de 7,1%, com a comparação impactada pela receita associada ao programa Desenrola no primeiro trimestre de 2024. Excluindo o Desenrola, as receitas teriam crescido 14,0% no período.

No segmento de plataformas e dados analíticos, a receita foi de R$129,4 milhões (4,9% do total), alta de 13,9%, explicada principalmente pelo crescimento de receitas em soluções para as verticais de crédito e seguros.

Tecnologia e Plataformas

As receitas de tecnologia somaram R$ 307,3 milhões (11,6% do total), alta de 9,0%, refletindo tanto o aumento do número de clientes do segmento Balcão, quanto correções anuais de preços pela inflação na linha de utilização mensal e em produtos de tecnologia, como o co-location.

A quantidade média de clientes do serviço de utilização mensal dos sistemas de Balcão aumentou 6,7%, resultado do crescimento da indústria de fundos no Brasil.

Em serviços de apoio ao mercado, as receitas atingiram R$129,1 milhões (4,9% do total), o que representa alta de 42,1%, explicada pelo aumento de 37,6% no estoque médio de cotas de fundos e pela maior receita com floating do Banco B3.

As despesas totais apresentaram queda de 10,6%. Excluindo o efeito da amortização dos intangíveis reconhecidos na combinação com a Cetip, apresentaram alta de 9,7%, devido ao aumento de despesas com incentivos ligados ao Futuro de Bitcoin e ao Tesouro Direto, pela correção anual dos salários e pelas despesas com processamento de dados e tecnologia, resultado de maior eficiência na gestão de projetos para o exercício de 2025 e, consequentemente, melhor calendarização dos gastos ao longo do exercício. As despesas ajustadas cresceram 8,5% em relação ao primeiro trimestre de 2024 e apresentaram queda de 8,4% em comparação ao quarto trimestre do ano.

As distribuições aos acionistas somaram R$ 786,5 milhões, sendo R$ 459 milhões em recompras e R$327,5 milhões em juros sobre capital próprio (JCP). Adicionalmente, foi aprovado o cancelamento de 160 milhões de ações em março, o que representa cerca de 3% do capital social da companhia.

Por fim, em Assembleia Geral Extraordinária realizada em março, foram aprovadas as incorporações das empresas Neoway e Neurotech, adquiridas em 2021 e 2023, respectivamente.

Conteúdo: B3

Morning Call em 09/05/2025

ITUB4 – Itaú registrou lucro líquido recorrente de R$ 11,13 bilhões no 1º trimestre de 2025, aumento de 2,2% na comparação anual.

SUZB3 – Suzano divulgou lucro de R$ 6,3 bilhões no 1º trimestre de 2025, ante lucro de R$220 milhões no 1º trimestre de 2024.   

CMIG4 – Cemig informou lucro de R$ 1,04 bilhão no 1º trimestre de 2025, queda de 9,9% em relação ao mesmo período do ano passado.

CSNA3 – CSN reportou prejuízo de R$ 732 milhões no 1º trimestre de 2025, aumento de 52,5% nas perdas em comparação com igual trimestre do ano anterior.

ASAI3 – Assaí obteve lucro R$ 117 milhões no 1º trimestre de 2025, alta de 95% na comparação anual.

Lucro da Magazine Luiza (MGLU3) ficou em R$ 12,8 milhões no 1º trimestre de 2025, baixa de 54% na comparação anual.

Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,43% em abril, ante 0,56% de março. Em 12 meses, a inflação oficial acumulou alta de 5,53%.

Desigualdade de renda no Brasil cai em 2024 para o menor nível da história, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Banco Central aprova emissão de letras de crédito imobiliário (LCIs) por financeiras. Antes, a captação via LCIs era restrita aos bancos.

Exportações chinesas aumentaram 8,1% em abril de 2025, acima das expectativas do mercado. As importações da China caíram 0,2%.

Como reflexo, preço do petróleo do tipo Brent (do Mar do Norte) subiu para US$ 64 por barril, e o tipo WTI (do Texas/EUA) para a faixa de US$ 61 por barril.

VALE3 – Preço do minério de ferro subiu 0,8% em Singapura (Ásia), a US$ 97,25 por tonelada.

Fontes de conteúdo do Morning Call do Grana News: Ágora, Avenue, B3, Bradesco, BTG Pactual, CVM, Itaú Corretora, Genial, Santander, Terra, Toro e XP.

Banco Central aumenta taxa de juros para 14,75% ao ano

Veja o comunicado do Banco Central do Brasil publicado após o fechamento do mercado em 7 de maio de 2025:

​O ambiente externo mostra-se adverso e particularmente incerto em função da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, principalmente acerca de sua política comercial e de seus efeitos. A política comercial alimenta incertezas sobre a economia global, notadamente acerca da m​agnitude da desaceleração econômica e sobre o efeito heterogêneo no cenário inflacionário entre os países, com repercussões relevantes sobre a condução da política monetária. Além disso, o comportamento e a volatilidade de diferentes classes de ativos também têm sido afetados, com fortes reflexos nas condições financeiras globais. Tal cenário segue exigindo cautela por parte de países emergentes em ambiente de maior tensão geopolítica.

Em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho ainda tem apresentado dinamismo, mas observa-se uma incipiente moderação no crescimento. Nas divulgações mais recentes, a inflação cheia e as medidas subjacentes mantiveram-se acima da meta para a inflação.

As expectativas de inflação para 2025 e 2026 apuradas pela pesquisa Focus permanecem em valores acima da meta, situando-se em 5,5% e 4,5%, respectivamente. A projeção de inflação do Copom para o ano de 2026, atual horizonte relevante de política monetária, situa-se em 3,6% no cenário de referência (Tabela 1).

Os riscos para a inflação, tanto de alta quanto de baixa, estão mais elevados do que o usual. Entre os riscos de alta para o cenário inflacionário e as expectativas de inflação, destacam-se (1) uma desancoragem das expectativas de inflação por período mais prolongado; (2) uma maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um hiato do produto mais positivo; e (3) uma conjunção de políticas econômicas externa e interna que tenham impacto inflacionário maior que o esperado, por exemplo, por meio de uma taxa de câmbio persistentemente mais depreciada. Entre os riscos de baixa, ressaltam-se (1) uma eventual desaceleração da atividade econômica doméstica mais acentuada do que a projetada, tendo impactos sobre o cenário de inflação; (2) uma desaceleração global mais pronunciada decorrente do choque de comércio e de um cenário de maior incerteza; e (3) uma redução nos preços das commodities com efeitos desinflacionários.

A conjuntura externa, em particular os desenvolvimentos da política comercial norte-americana, e a conjuntura doméstica, em particular a política fiscal, têm impactado os preços de ativos e as expectativas dos agentes. O Comitê segue acompanhando com atenção como os desenvolvimentos da política fiscal impactam a política monetária e os ativos financeiros. O cenário segue sendo marcado por expectativas desancoradas, projeções de inflação elevadas, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho. Tal cenário prescreve uma política monetária em patamar significativamente contracionista por período prolongado para assegurar a convergência da inflação à meta.

O Copom decidiu elevar a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, para 14,75% ao ano, e entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego.

Para a próxima reunião, o cenário de elevada incerteza, aliado ao estágio avançado do ciclo de ajuste e seus impactos acumulados ainda por serem observados, demanda cautela adicional na atuação da política monetária e flexibilidade para incorporar os dados que impactem a dinâmica de inflação.

O Comitê se manterá vigilante e a calibragem do aperto monetário apropriado seguirá guiada pelo objetivo de trazer a inflação à meta no horizonte relevante e dependerá da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos.

Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Gabriel Muricca Galípolo (presidente), Ailton de Aquino Santos, Diogo Abry Guillen, Gilneu Francisco Astolfi Vivan, Izabela Moreira Correa, Nilton José Schneider David, Paulo Picchetti, Renato Dias de Brito Gomes e Rodrigo Alves Teixeira.

Conteúdo: Banco Central

Morning Call em 08/05/2025

Presidente dos EUA, Donald Trump, anuncia seu primeiro acordo comercial após o tarifaço de abril. O acordo com o Reino Unido foi confirmado pelo governo britânico.

PETR4 e PETR3 – Preço do petróleo do tipo Brent (do Mar do Norte) sobe para faixa de US$ 62 por barril, e o tipo WTI (do Texas/EUA) avança para patamar de US$ 59 por barril.

Federal Reserve (FED, o BC dos EUA) manteve os juros na faixa entre 4,25% e 4,5% ao ano.

Banco da Inglaterra (BoE) anunciou corte da taxa de juros de 4,5% para 4,25% ao ano. A Noruega manteve os juros em 4,5% ao ano, e a Suécia, em 2,25% ao ano.

Ambev registrou lucro de R$ 3,8 bilhões no 1º trimestre de 2025 e anunciou pagamento de dividendos de R$ 0,1280 por ação.

BBDC4 e BBDC3 – Bradesco divulgou lucro líquido recorrente de R$ 5,8 bilhões no 1º trimestre de 2025, alta de 39,3% em relação ao 1º trimestre de 2024.

“No primeiro trimestre do ano, o crescimento das receitas foi a principal razão de melhora da nossa rentabilidade e esse deve ser o padrão este ano. Avançaremos, mantendo a boa qualidade das novas safras de crédito, fazendo créditos principalmente com garantias”, disse Marcelo Noronha, CEO do Bradesco.

“Já havíamos ajustado o nosso apetite ao risco no último quadrimestre do ano passado e por isso fomos mais seletivos na concessão de crédito, e ainda assim fizemos bons negócios. Mostramos a tração que temos em todos os segmentos de clientes e canais digitais. Nossa margem líquida cresceu. Continuamos focados no RAR [retorno ajustado ao risco] das operações”, disse.

Fortalezas do Bradesco continuaram a apresentar bom desempenho. O Grupo Segurador é um dos melhores exemplos. “Nosso negócio de seguros é muito resiliente ao cenário macro desafiador, e vem apresentando melhoria de desempenho há anos. No primeiro trimestre de 2025, o destaque foi o desempenho de saúde, que registrou aumento expressivo do lucro”.

“Mantivemos grandes investimentos na transformação em 2025. Nossos times estão engajados, próximos aos clientes, e executando o nosso plano em ritmo acelerado. Avançamos em 2024 em TI e Inteligência Artificial Generativa, aumentando a nossa produtividade e em 2025 avançaremos muito mais. Continuamos trabalhando na execução das diferentes iniciativas. Dentre elas a expansão do Bradesco Principal que terá este ano mais 45 novos escritórios”.

TAEE11 – Taesa informou lucro de R$ 365 milhões no 1º trimestre de 2025, baixa de 2,5% na comparação anual.

EGIE3 – Engie Brasil relatou lucro de R$ 826 milhões no 1º trimestre de 2025.

VIVA3 – Vivara anunciou programa de recompra de até 10% das ações em circulação.

VALE3 – Preço do minério de ferro recua 1,7% em Singapura (Ásia), a US$ 96,6 por tonelada.

A principal associação siderúrgica da China informou que as restrições à produção de aço no país estão em andamento.

Fontes de conteúdo do Morning Call do Grana News: Ágora, Avenue, B3, Bradesco, BTG Pactual, CVM, Itaú Corretora, Genial, Santander, Terra, Toro e XP.

Morning Call em 07/05/2025

Federal Reserve (FED, o banco central dos EUA) decide sobre juros hoje (7/5). Expectativa dos mercados globais é de manutenção dos juros na faixa entre 4,25% e 4,5% ao ano.

No Brasil, o mercado local prevê alta de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros (Selic), de 14,25% para 14,75% ao ano, maior patamar desde julho de 2006.

VBBR3 – Vibra Energia registra lucro líquido ajustado de R$ 1 bilhão no 1º trimestre de 2025. No segmento de distribuição, o Ebitda ajustado cresceu 28,5%, a R$ 1,8 bilhão.

A disciplina financeira manteve a alavancagem em patamar confortável, com dívida líquida de R$ 20,5 bilhões e índice de 1,8x o Ebitda Ajustado dos últimos doze meses. 

Segundo comunicado da empresa encaminhado ao Grana News, no geral, o trimestre apresentou movimentos sazonais que testaram a resiliência da operação.

Em janeiro, a estratégia de gestão de estoques antecipou os ajustes tributários de fevereiro, proporcionando ganhos significativos.

O mês de fevereiro trouxe desafios com a redução da demanda e ajustes de inventários, que impactaram temporariamente o market share em segmentos específicos (diesel B2B e TRR).

Contudo, a rápida reação operacional permitiu a recuperação já em março, com retomada de volumes e participação de mercado, especialmente em produtos de maior valor agregado.  

“Os resultados deste trimestre refletem a maturidade do nosso modelo de negócios e a eficácia da nossa estratégia integrada. Estamos transformando desafios de mercado em oportunidades através de uma gestão operacional precisa, que nos permite expandir margens mesmo em cenários voláteis. Por sete trimestres consecutivos mantivemos margens Ebitda acima de R$140/m³, um feito que demonstra nossa capacidade de converter eficiência operacional em resultados financeiros consistentes”, afirma Ernesto Pousada, CEO da Vibra Energia.

Ainda de acordo com o comunicado, a implementação do novo PIS/Cofins sobre o etanol representa um marco regulatório importante para o setor. A medida, que deve reduzir progressivamente as assimetrias competitivas ao longo de 2025, posiciona a Vibra como principal beneficiária, dada sua escala operacional, eficiência logística e capilaridade nacional.  

Os resultados do primeiro trimestre validam o modelo de negócios da Vibra e sua capacidade de gerar valor em diferentes cenários de mercado. Com operações eficientes, melhoria contínua de margens e disciplina financeira, a companhia reforça sua liderança no setor energético brasileiro.  

“Estamos construindo uma plataforma de crescimento sustentável, onde excelência operacional, gestão de risco proativa e investimentos estratégicos se complementam para gerar valor de longo prazo. A convergência regulatória, com a monofasia do PIS/Cofins, abre novas fronteiras de competitividade que estamos preparados para explorar, reforçando ainda mais nossa liderança no mercado energético nacional”, conclui Ernesto Pousada.

CXSE3 – Caixa Seguridade informou lucro de R$ 1 bilhão no 1º trimestre de 2025, alta de 9% na comparação com igual período do ano passado.

PRIO3 – Prio divulgou lucro de US$ 344,7 milhões no 1º trimestre de 2025, aumento de 54% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

CRFB3 – Carrefour Brasil alcançou lucro de R$ 225 milhões no 1º trimestre de 2025, ante o valor de R$ 39 milhões obtido no 1º trimestre de 2024.

JBSS3 – JBS anunciou investimentos de R$ 216 milhões para ampliar operações em unidades da Seara, em Santa Catarina.

PETR3 e PETR4 – Petrobras busca parcerias com empresas estrangeiras para investimentos em estaleiros brasileiros, afirmou a CEO da estatal, Magda Chambriard.

BRAV3 e RECV3 – Preço do petróleo do tipo Brent (do Mar do Norte) é negociado na faixa de US$ 62 por barril, e o tipo WTI (do Texas/EUA) no patamar de US$ 59 por barril.

VALE3 – Preço do minério de ferro sobe 0,8% em Singapura (Ásia), a US$ 98,3 por tonelada.

Banco Popular da China (PBoC) cortou em 0,1 ponto percentual a taxa de juros de recompra reversa de 7 dias e em 0,5 p.p. o compulsório bancário, que passa a 9%.

Entre os incentivos, houve corte da taxa de empréstimos do fundo habitacional e novas linhas de crédito para consumo, assistência a idosos e setor tecnológico.

Fontes de conteúdo do Morning Call do Grana News: Ágora, Avenue, B3, Bradesco, BTG Pactual, CVM, Itaú Corretora, Genial, Santander, Terra, Toro e XP.

Klabin alcança Ebitda de R$ 1,9 bilhão no 1º trimestre, alta de 13%

KLBN11 – Klabin atingiu receita líquida total de R$ 4,859 bilhões no 1º trimestre de 2025. Foto: Klabin

Maior produtora e exportadora de papéis para embalagens e soluções sustentáveis em embalagens de papel do Brasil, a Klabin alcançou EBITDA Ajustado de R$ 1,9 bilhão no primeiro trimestre de 2025, alta de 13% na comparação com o mesmo período do ano anterior. O resultado reflete a performance das operações e o efeito da desvalorização do real frente ao dólar.

A Receita Líquida total somou R$ 4,859 bilhões no 1T25, 10% acima no comparativo com o 1T24, favorecida principalmente pelo avanço dos preços de kraftliner e embalagens e pelo efeito da valorização do dólar frente ao real. O volume total de vendas no primeiro trimestre deste ano, excluindo madeira, foi de 906 mil toneladas.

A Companhia encerrou o primeiro trimestre do ano com alavancagem em 3,9x, em linha com o 1T24 e dentro dos parâmetros estabelecidos na Política de Endividamento Financeiro da Companhia.

O ROIC (Retorno sobre o Capital Investido) da Klabin evoluiu um ponto percentual nos últimos 12 meses, totalizando 10,7%, resultado que reforça a efetividade da alocação da capital da empresa, que ampliou sua base de ativos operacionais com disciplina, fortalecendo sua capacidade de gerar valor sustentável para os seus acionistas.

Nos últimos doze meses, o Fluxo de Caixa Livre Ajustado somou R$ 3,6 bilhões, equivalente a um free cash flow yield de 14,0%, +3,7 p.p. versus mesmo período do ano anterior.

Também nos últimos 12 meses, a Klabin distribuiu R$ 1,5 bilhão em proventos, totalizando um dividend yield de 5,8%, reflexo do modelo de negócio integrado, diversificado e flexível da Companhia, que permite com que a Klabin apresente resultados resilientes em diversas conjunturas.

INVESTIMENTOS

A Klabin investiu R$ 605 milhões em suas operações no primeiro trimestre de 2025, o que representa uma redução de 35% no comparativo com o mesmo período do ano anterior, reflexo da conclusão de projetos de expansão e da diligente gestão de investimentos, com previsibilidade e disciplina na alocação de capital.

PROJETO PLATEAU

Em fevereiro, a Klabin recebeu a primeira parcela da monetização de terras excedentes do projeto Caetê no valor de R$ 800 milhões. O aporte da segunda parcela, no montante de R$ 1 bilhão, sujeito a eventuais ajustes nos termos dos acordos, segue previsto para o segundo trimestre de 2025.

Fonte de conteúdo: Klabin

Morning Call em 06/05/2025

PETR4 e PETR3 – Petrobras reduziu hoje (6/5) o preço do diesel em R$ 0,16 por litro nas distribuidoras. É a terceira queda seguida do combustível.

O novo valor do diesel será de R$ 3,27 por litro às distribuidoras, conforme informações da Agência Brasil.

Segundo a estatal, o preço do diesel para o consumidor passará a ser, em média, de R$ 2,81 por litro. Isso porque há uma mistura obrigatória de 86% de diesel A e 14% de biodiesel para composição do diesel B vendido nos postos.

A Petrobras informou que, desde dezembro de 2022, os preços de diesel para as distribuidoras foram reduzidos em R$ 1,22 por litro, uma redução de 27,2%. 

Considerando a inflação do período, essa redução é de R$ 1,75 por litro ou 34,9%.

PRIO3 – Preço do petróleo Brent (do Mar do Norte) é negociado na faixa de US$ 61 por barril, e o tipo WTI (do Texas/EUA) no patamar de US$ 58 por barril.

BRAV3 – Brava Energia relatou aumento de 14,1% da produção média de petróleo por dia em abril, na comparação com março.

A alta é puxada, principalmente, pela evolução da produção do Sistema Definitivo de Atlanta, que teve dois novos poços conectados ao FPSO neste mês. No primeiro trimestre deste ano, a companhia teve média de produção de 71 mil barris por dia.

Dos 82 mil barris produzidos por dia em abril, 47,9 mil são provenientes da operação offshore e 33,9 mil da onshore. A produção em Atlanta e Papa-Terra aumentou cerca de 40% de março para abril.

O FPSO Atlanta apresentou a maior média de produção do mês, com 27 mil barris por dia. Em Papa-Terra, a produção registrada foi de 11 mil barris por dia.  

Em abril, a Brava Energia comunicou que foi iniciada a produção dos poços 4H e 5H no Campo de Atlanta, que se encontram em fase de testes e estabilização. Ambos já produziram por meio do sistema antecipado de produção (FPSO Petrojarl I).

Com a conexão, a Brava produz, agora, através de quatro poços no campo. Outros dois poços estão previstos para serem conectados até junho deste ano.

BBSE3 – BB Seguridade divulgou lucro de R$ 2 bilhões no 1º trimestre de 2025, alta de 8,3% na comparação anual.

EMBR3 – Embraer registrou lucro de R$ 434 milhões no 1º trimestre de 2025, aumento de 204% na comparação com igual período do ano passado.

TIMS3 – Tim informou lucro de R$ 798 milhões no 1º trimestre de 2025, aumento de 54% em relação a igual trimestre do ano anterior.

PCAR3 – Pão de Açúcar reportou prejuízo para R$ 169 milhões no 1º trimestre de 2025.

AZZA3 – Azzas 2154 estrutura programa de recompra de até 10% das ações em circulação.

Comissão especial que analisará o projeto de lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para R$ 5 mil por mês será instalada hoje (6/5) na Câmara.

Comissão especial que analisará o projeto de lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para R$ 5 mil por mês será instalada hoje (6/5) na Câmara.

Preço do minério de ferro sobe 1% em Singapura (Ásia), a US$ 97,5 por tonelada.

PMI de serviços da China recuou para 50,7 pontos em abril de 2025, de 51,9 pontos em março.

Inflação ao produtor (PPI) na União Europeia (zona do euro) caiu 1,6% em março de 2025 na comparação com fevereiro, ante projeção de uma queda de 1%.

BERK34 – O megainvestidor Warren Buffet indicou Greg Abel como seu sucessor na Berkshire Hathaway. Buffet anunciou sua aposentadoria aos 94 anos.

Fontes de conteúdo do Morning Call do Grana News: Ágora, Avenue, B3, Bradesco, BTG Pactual, CVM, Itaú Corretora, Genial, Santander, Terra, Toro e XP.

Receita Federal informou que 19,4 milhões de pessoas entregaram a Declaração do Imposto de Renda, o equivalente a 42% da expectativa de 46,2 milhões.

O prazo vai até 30 de maio de 2025. Conte com o aplicativo Grana Capital para fazer sua declaração de investimentos da bolsa de valores (B3).

Além disso, o aplicativo Grana Capital lançou hoje (5/5) sua nova aba de informações sobre proventos (dividendos e juros sobre capital próprio).

Na nova aba, o investidor pode conferir gráficos sobre os recebimentos; a soma dos valores recebidos nos últimos 12 meses e no ano (2025); valores a receber; e valores recebidos mês a mês.

Morning Call em 05/05/2025

Projeção para inflação de 2025 recua para 5,53%, segundo a Pesquisa Focus, divulgada hoje (5/5), pelo Banco Central.

Analistas revisam projeção da taxa básica de juros (Selic) de 15% para 14,75% ao ano. Mercado espera uma última alta de 0,50 ponto percentual na Selic em 7/5.   

Preço do petróleo do tipo Brent (do Mar do Norte) cai para faixa de US$ 60 por barril, e o tipo WTI (do Texas/EUA) para o patamar de US$ 57 por barril.

Organização dos Países Produtores de Petróleo (OPEP+) anunciou o aumento da oferta de 400 mil barris por dia a partir de junho.  

Na sexta-feira, as ações da Prio dispararam 8% com a notícia de compra de 60% do campo de Peregrino.

M. Dias Branco registrou lucro de R$ 69,4 milhões no 1º trimestre de 2025, baixa de 55% na comparação anual.

Equatorial captará R$ 600 milhões em recursos via emissão de títulos de dívida de longo prazo no mercado doméstico (debêntures).

Cogna e a Yduqs voltaram a discutir uma possível fusão, segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.

BB (BBSA3) e Caixa Seguridade (CXSE3) entram para carteira 10SIM do BTG Pactual.

Reunião entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, abordou tarifas, minerais raros e investimentos no Brasil.

Presidente dos EUA, Donald Trump, descarta demitir presidente do Federal Reserve (FED), Jerome Powell, mas volta a pedir queda de juros.

Trump anunciou a taxação de 100% de filmes produzidos fora dos EUA. “A indústria cinematográfica está morrendo”, argumentou o presidente americano. Ele considerou os filmes estrangeiros “uma ameaça à segurança nacional”.

Japão nega planos de ameaçar venda de títulos dos EUA em negociações sobre tarifas.

Preço do minério de ferro aumenta 1% em Singapura (Ásia), a US$ 96,65 por tonelada.

Fontes de conteúdo do Morning Call do Grana News: Ágora, Avenue, B3, Bradesco, BTG Pactual, CVM, Itaú Corretora, Genial, Santander, Terra, Toro e XP.

Educação Financeira

Banco24Horas parcela débitos de IPVA, licenciamento e multas

Um ditado popular resume bem os gastos elevados que um veículo demanda: “carro é uma família”. Os condutores sentem isso no bolso todo ano.

Com foco em facilitar a vida financeira da população, entre 1º e 31 de maio, o Banco24Horas realiza a campanha de 25% de desconto nas condições de parcelamento de débitos veiculares, como IPVA, multas e licenciamento.

Os valores poderão ser parcelados em até 12 vezes nos caixas eletrônicos e Atmos, o Banco24Horas compacto, da rede de autoatendimento.

Se uma pessoa tem que arcar com um IPVA de R$ 1 mil, por exemplo, pagaria, antes da campanha, duas parcelas de R$ 550.

Em maio, com a facilidade, o valor reduz para R$ 537,50. Se quiser quitar em cinco vezes, o montante, de R$ 233, passa a ser de R$ 224,75. E, em doze parcelas, de R$ 109,08 para R$ 102,65. 

As transações, que permitem a consulta e parcelamento dos débitos de veículos podem ser realizadas nos mais de 24 mil dispositivos da rede de autoatendimento, entre caixas eletrônicos e Atmos, o Banco24Horas compacto, por meio do cartão de crédito.

Fonte de conteúdo: Banco24Horas

Morning Call em 02/05/2025

Ministério do Comércio da China confirmou hoje (2/5) que foi procurado pelos EUA para negociar. A notícia anima os mercados globais.

Relatório do analista de investimentos da Levante, Flavio Conde:

uma declaração de autoridades chinesas de que o governo em Pequim estaria “avaliando” a possibilidade de sentar-se em uma mesa de negociação com autoridades americanas fez com que os mercados iniciassem a sexta-feira em alta.

Como de costume, são declarações sutis e enviesadas. Nada que garanta sequer que haja as conversas, quanto mais que saia um acordo viável. Porém, essa entidade conhecida como mercado tende a antecipar os fatos. E a mera perspectiva de que seja possível reunir americanos e chineses em uma negociação após as declarações agressivas das últimas semanas representa um alívio imenso para os investidores.

Trump está sendo Trump, em escala amplificada. Como ele considera a situação comercial muito desfavorável para os Estados Unidos, quer negociar termos melhores. Porém, isso não é fácil. Assim, como qualquer negociador agressivo, ele começa a conversa encerrando a conversa.

A elevação das tarifas e a ameaça de impor um custo adicional aos navios chineses, anunciada na semana passada, são uma forma de forçar os empresários e consumidores americanos a procurar fornecedores dentro dos Estados Unidos. Como isso afetaria muito as empresas chinesas, a ideia de Trump é que essas medidas estimulem o governo em Pequim a tornar a relação comercial menos desfavorável para os americanos.

Vai funcionar? Apesar do otimismo do mercado, é preciso tomar isso com um grão de sal. Trump não é o único negociador experiente. Se ele é agressivo, os chineses são pacientes e têm uma capacidade infinita de prolongar as conversas sem dizer sim ou não. Além disso, Xi Jinping não precisa dar satisfações ao Legislativo e ao Judiciário, e não tem de enfrentar os ataques da imprensa. Por isso, apesar das declarações chinesas de boa vontade, a proposta ainda tem de ser observada com cuidado.

VALE3 – Preço do minério de ferro sobe 1,2% em Singapura (Ásia), a US$ 96,25 por tonelada. 

BRAV3 e RECV3 – Preço do petróleo do tipo Brent (do Mar do Norte) cai para faixa de US$ 61 por barril, e o tipo WTI (do Texas/EUA) recua para patamar de US$ 58 por barril.

PETR4 – Petrobras aumentou em R$ 0,01 por litro o preço médio do querosene de aviação.

GOLL4 – Gol Linhas Aéreas assinou acordo com credores em compromisso para comprar US$ 125 milhões em notas no exterior com vencimento em 2026.

PETR3 – Petrobras pediu permissão ao Ibama para realizar o deslocamento de navio-sonda para a Amazônia, segundo apuração da Bloomberg.

PRIO3 – Prio acertou compra de participação no Campo de Peregrino.

CMIG4 e CMIG3Cemig aprovou pagamento de R$ 1,88 bilhão em dividendos aos acionistas.

AAPL34 – Apple recua 3% após relatar queda das vendas na China, e prevê que o tarifaço dos EUA adicionará US$ 900 milhões aos custos no trimestre.

AMZO4 – Amazon apresentou balanço sólido, mas previsão (guidance) abaixo do esperada pelo mercado. Ações da Amazon recuam 1,3% em Nova York (EUA).

Inflação ao consumidor (CPI) na União Europeia (zona do euro) acumulou 2,2% em 12 meses até abril de 2025, estável na comparação com março.

Fontes de conteúdo: Ágora, Avenue, B3, Bradesco, BTG Pactual, CVM, Itaú Corretora, Genial, Santander, Terra, Toro e XP.

Foto: Sede do Santander Brasil em São Paulo.

Lucro do Santander Brasil aumenta 27,8% no 1º trimestre de 2025

Santander Brasil informou lucro líquido gerencial do Santander Brasil no primeiro trimestre de 2025 atingiu R$ 3,861 bilhões, alta de  27,8% na comparação anual.

Retorno sobre o patrimônio líquido gerencial subiu 3,3 pontos percentuais e alcançou 17,4% no 1º trimestre de 2025.

Receita total do banco subiu 7% em 12 meses, somando R$ 21 bilhões.

As despesas gerais cresceram 4,4% – uma evolução inferior à da inflação – e o índice de eficiência evoluiu 2,5 pontos percentuais, atingindo o melhor patamar em três anos (37,2%).

Entre janeiro e março deste ano, a carteira de crédito ampliada avançou 4,3% em relação ao primeiro trimestre de 2024 e ficou estável na comparação com os três meses anteriores.

Os índices de inadimplência seguem sob controle, em 3,3% (0,1 ponto percentual de variação em um ano).

As captações apresentaram leve alta no trimestre (0,9%), com um crescimento de 4,5% na comparação anual.

“O resultado do 1º trimestre de 2025 reflete nosso foco na execução da estratégia construída ao longo dos últimos anos, voltada para uma operação cada vez mais diversificada, resiliente e rentável. Neste sentido, mantivemos os patamares de lucro e rentabilidade do último trimestre de 2024, a despeito de um ambiente macroeconômico doméstico e internacional mais desafiador”, afirma Mario Leão, CEO do Santander Brasil.

Com 70,7 milhões de clientes no Brasil, sendo 33,2 milhões ativos, lança neste segundo trimestre de 2025 o One APP, seu novo aplicativo.

“Continuamos com nosso foco obsessivo na transformação da experiência e jornada de nossos clientes, neste trimestre representado pelo nosso One App, tornando a relação com os clientes muito mais personalizada, integrada e eficiente – queremos ter uma conversa única e contínua com todos.”, acrescenta Mario Leão.

“Também evoluímos na experiência de pagamentos, com o lançamento do Pix por aproximação e do ‘click-to-pay’, combinando inovação, conveniência e segurança.”

Em entrevista coletiva acompanhada pelo Grana News, o presidente do Santander Brasil, Mario Leão, disse que o novo crédito consignado privado (Crédito ao Trabalhador) será importante para o banco, mas que ainda vai um tempo para expansão.

“Nós somos líderes em crédito consignado privado, com R$ 12 bilhões, dos atuais R$ 40 bilhões do mercado. O acesso foi aberto e esse mercado tem um potencial de R$ 200 bilhões a R$ 300 bilhões (nos próximos anos)”, disse Leão, em resposta ao Grana News.

Em relação ao crédito consignado para aposentados e pensionistas (crédito INSS), a carteira do Santander Brasil caiu 4,6% em 12 meses, para R$ 68,7 bilhões. “O spread ficou incompatível (no crédito INSS), mas se o teto de juros voltar a subir, nós voltamos a fazer”, disse.

Sobre o cenário internacional desafiador, Leão avalia que os empresários estão um pouco mais apreensivos após o anúncio do tarifaço pelos EUA em 2 de abril de 2025 pelo presidente americano, Donald Trump.

“O Dia da Libertação (2/4) foi um primeiro momento. Estamos observando e ainda não está claro como esse jogo de xadrez vai terminar. As negociações dos EUA com outros países começaram, mas ainda não se fecharam essas conversas”, respondeu.

Fonte de conteúdo: Santander Brasil

Desenvolve SP lança FIDC de biocombustíveis com a BTG Asset

Desenvolve SP lançou Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) de R$150 milhõespara o setor de biocombustíveis, em parceria com a BTG Asset. 

O lançamento representa a ampliação da atuação da Desenvolve SP no mercado de fundos estruturados, fortalecendo sua estratégia de mobilizar capital privado para alavancar setores produtivos estratégicos, com ênfase em inovação e impacto ambiental positivo.

A operação também adquirirá direitos creditórios da ACP Bioenergia, empresa paulista reconhecida nacionalmente pela produção tecnológica de cana-de-açúcar. A ACP mantém polos de produção irrigada e uma biofábrica de bioinsumos no Estado de São Paulo, além de compromissos firmados com iniciativas de agricultura sustentável ligadas à Organização das Nações Unidas (ONU).

ACP Bioenergia é um player importante para a operação, conectando investidores a projetos com histórico comprovado de sustentabilidade, produtividade e responsabilidade ambiental.

Além do fundo voltado a biocombustíveis, a Desenvolve SP já estrutura novas operações em parceria com gestores especializados em cadeias produtivas específicas. No pipeline de futuros FIDCs e FIPs, estão projetos voltados ao cultivo de café, banana, goiaba e tomate, além de consórcios agroflorestais para recuperação de áreas degradadas e regeneração ambiental.

“Essa nova rodada de fundos reforça nosso compromisso com um agronegócio de futuro, que alia produtividade, inovação e sustentabilidade. Ao lado de parceiros como o BTG Asset e empresas como a ACP Bioenergia, estamos conectando a força do campo paulista às finanças estruturadas com responsabilidade socioambiental”, afirma o superintendente de Fundos Estruturados, Elias Dantas.

Destaques em dividendos:

Track&Field anunciou pagamento de juros sobre capital próprio (JCP) aos acionistas para 30 de maio. Data com direitos será em 30 de abril.

Marcopolo anunciou pagamento de JCP para 9 de maio. Data com direitos aos proventos será em 30 de abril.

Engie Brasil pagará R$ 715 milhões em dividendos aos acionistas. Data com direitos aos dividendos será em 6 de maio.

Caixa Seguridade distribuirá R$ 960 milhões em dividendos aos acionistas em 15 de maio. Data com direitos aos dividendos será em 30 de abril.  

Embraer entregou 7 aeronaves e 23 jatos

Ontem (22/4), após o fechamento do mercado, a Embraer reportou 7 entregas de aeronaves comerciais e 23 jatos executivos durante o 1º trimestre de 2025, com a carteira de pedidos estável em relação ao trimestre anterior.

A Embraer já havia divulgado os detalhes das entregas no último dia 2 de abril, conforme discutimos em outra oportunidade.

A empresa entregou um total de 30 aeronaves no 1T25 (20% a mais em relação ao ano anterior), sendo: (i) 7 aeronaves comerciais (estável em relação ao ano anterior); e (ii) 23 jatos executivos (de 18 no 1T24). As 7 aeronaves comerciais foram entregues da seguinte forma: (i) 4 E175, sendo 2 para a American Airlines, 1 para a Republic Airlines e 1 para a Horizon Air; e (ii) 3 E195- E2, sendo 1 para a Porter, 1 para a Aercap e 1 para a Azorra.

Assim, a carteira de pedidos total da Embraer encerrou o 1T25 em US$ 26,4 bilhões (estável em relação ao trimestre anterior), dividida da seguinte forma: (i) US$ 10 bilhões na aviação comercial (2% menor em relação ao trimestre anterior); (ii) US$ 7,6 bilhões na aviação executiva (3% a mais em relação ao trimestre anterior); (iii) US$ 4,6 bilhões relacionados a serviços e suporte (1% maior em relação ao trimestre anterior); e (iv) US$ 4,2 bilhões no segmento de defesa (estável em relação ao trimestre anterior).

Vale destacar que a carteira de pedidos da aviação comercial não inclui o pedido firme da ANA Holdings para 15 aeronaves E190-E2, com opções para mais 5, que provavelmente serão incluídas no 2S25 após a assinatura do contrato.

Enquanto isso, no 1T25, a Força Aérea Uruguaia (FAU) e o Ministério da Defesa Nacional (MDN) do Uruguai converteram suas opções para 5 aeronaves A-29 Super Tucano em pedidos firmes.

A seleção do C-390 Millennium pela Suécia (4) e Eslováquia (3) e o A-29 Super Tucano para Portugal (12) e Panamá (4) não está incluída na carteira de pedidos.

Relatório dos analistas André Ferreira (Bradesco BBI), Larissa Monte e Wellignton Lourenço (Ágora Investimentos):

Vemos as entregas e o anúncio da carteira de pedidos da Embraer no 1T25 de forma positiva. Já havíamos discutido parcialmente os números do 1T25 em 2 de abril, quando a empresa divulgou o número de aeronaves entregues, que foram detalhadas no comunicado de ontem.

Embora a Embraer tenha entregue 7 aeronaves comerciais no 1T25, a empresa observou que não conseguiu entregar 2 aeronaves adicionais durante o trimestre devido a problemas comerciais. Se incluíssemos essas duas aeronaves, as entregas estariam em linha com nossa estimativa anterior e mais próximas do consenso, de 10 unidades.

Incluindo esses dois jatos, a Embraer teria entregue 11% do ponto médio de sua projeção para 2025 no 1T25, em vez de 9%, ainda refletindo os problemas contínuos na cadeia de suprimentos, mas muito mais próximo da média de 12% dos últimos 5 anos.

A Embraer espera ver resultados mais tangíveis de seus esforços de nivelamento da produção no 2T25, 2S25 e 2026. No segmento de aviação executiva, a Embraer entregou 15% do ponto médio de sua projeção para 2025, em comparação com a média de 11% dos últimos 5 anos, o que sugere que a empresa está mitigando com sucesso a sazonalidade das entregas.

A carteira de pedidos do 1T25, de US$ 26,4 bilhões, superou o recorde do trimestre anterior, de US$ 26,3 bilhões, com a carteira de pedidos da aviação comercial caindo ligeiramente 2% em relação ao trimestre anterior.

No entanto, isso não inclui o pedido feito pela ANA Holdings, que pode valer US$ 1,1 bilhão a preço de tabela. Este pedido provavelmente será incluído no 2S25 após a assinatura.

Enquanto isso, no segmento de defesa, embora a carteira de pedidos tenha permanecido praticamente estável em relação ao trimestre anterior, ela incluiu a conversão de 5 opções de aeronaves A-29 Super Tucano em pedidos firmes pelo Uruguai.

No entanto, a carteira de pedidos não inclui a seleção do C-390 Millennium pela Suécia (4) e Eslováquia (3), nem a seleção dos Super Tucanos por Portugal (12) e Panamá (4).

A preço de lista e sem incluir o serviço, estimamos que esses pedidos potenciais poderiam adicionar US$ 1,1 bilhão à carteira de pedidos de defesa.

Diante disso, mantemos nossa recomendação de Compra e o preço-alvo de R$ 90,00 para o final de 2025 para EMBR3, e reafirmamos as ações como uma de nossas principais recomendações para o setor de bens de capital em 2025.

Fontes de conteúdo: Ágora, Bradesco e CVM .

Fundos registram saída líquida de R$ 39,8 bilhões no 1º trimestre

No primeiro trimestre de 2025, a indústria brasileira de fundos de investimento teve saídas líquidas de R$ 39,8 bilhões, de acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). O montante contrasta com as entradas líquidas de R$ 119,2 bilhões registradas nos três primeiros meses do ano passado. O patrimônio líquido dos fundos alcançou R$ 9,4 trilhões ao fim de março, alta de 7,2% na comparação com igual mês de 2024.  

renda fixa, com captação líquida positiva de R$ 43,2 bilhões – abaixo do volume de R$ 134,4 bilhões do intervalo de janeiro a março de 2024 – não conseguiu compensar os resgates líquidos das categorias de multimercados e ações, com perdas de R$ 43,8 bilhões e R$ 27,3 bilhões no primeiro trimestre, respectivamente. 

“A desaceleração da renda fixa na comparação com o primeiro trimestre do ano passado e a continuidade de um movimento forte de resgates nas categorias de multimercados e de ações explicam o resultado negativo dos primeiros meses deste ano”, afirma Pedro Rudge, diretor da Anbima.

“Apesar do ritmo menos intenso, no entanto, a renda fixa confirmou as expectativas e se manteve como o motor da indústria brasileira de fundos, puxada pela alta da Selic”, acrescenta.  

Quando se comparam os resultados dos primeiros trimestres de 2025 e 2024, a perda de intensidade das entradas líquidas da renda fixa está relacionada aos fundos que têm crédito privado na carteira.

No ano passado, eles contribuíram significativamente para a captação líquida positiva da categoria (R$ 346,6 bilhões de janeiro a outubro), mas a partir de novembro o movimento perdeu força, e houve resgates líquidos de R$ 51 bilhões até fevereiro. Isso aconteceu pela piora do cenário macroeconômico, que afetou o apetite dos fundos pela compra de títulos de crédito privado, e pela diminuição da rentabilidade.  

Apesar da piora em termos de captação líquida, entretanto, os fundos de renda fixa de crédito privado mantiveram a tendência de aumento da participação na indústria: no fim de fevereiro eles representavam 13% do patrimônio líquido, três pontos percentuais acima da fatia de fevereiro de 2024.  

FIDCs 

Os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) fecharam o primeiro trimestre com captação líquida negativa de R$ 15,1 bilhões, movimento que sofreu a influência da concentração de resgates em um único fundo. Quando ele é excluído da análise, a categoria de FIDCs apresenta uma entrada líquida acumulada de R$ 1,8 bilhão de janeiro a março. 

“Considerando a tendência de fortes entradas registrada desde 2021 nesses fundos, é possível que o resultado mais tímido do primeiro trimestre tenha sido um movimento pontual e que a captação dos FIDCs ganhe tração ao longo do ano”, afirma Julya Wellisch, diretora da Anbima.

“Esses fundos têm conquistado cada vez mais espaço na dinâmica de cessão de créditos no país e entre os investidores interessados em diversificar seu portfólio, com as carteiras dos FIDCs sendo compostas majoritariamente por direitos creditórios de empresas. Isso evidencia sua contribuição para o financiamento da economia real”, destaca Wellisch.  

No ano até fevereiro (último dado disponível), a abertura das carteiras dos FIDCs com base em informações da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) mostra que 82,2% do patrimônio líquido da categoria, de R$ 588,2 bilhões, estava concentrado em

direitos creditórios. Os títulos e valores mobiliários correspondiam a apenas 8,9% do patrimônio líquido. Em fevereiro, havia no mercado brasileiro 3.068 FIDCs. 

Rentabilidades 

Na categoria de renda fixa, os fundos do tipo renda fixa livre grau de investimento (fundos sem prazo definido em títulos públicos e papéis privados com risco de crédito mais baixo) tiveram a melhor rentabilidade no trimestre entre os tipos com os volumes mais expressivos de captação líquida, de 3% – empatando com o CDI. Na ponta oposta, o pior desempenho foi do tipo baixa soberano (carteira formada por títulos públicos federais de mais curto prazo), com 2,8%. 

Entre os multimercados, o tipo livre teve a maior rentabilidade no primeiro trimestre, de 2,7%, abaixo do CDI de 3%, mas acima do IHFA (Índice de Hedge Funds Anbima), de 0,9%. O pior desempenho na categoria, de 0,4%, foi de multimercados estratégia específica

Fonte de conteúdo: Anbima

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Edição de texto e da página: Ernani Fagundes, jornalista especializado (MBA da B3) em informações econômicas, financeiras e de mercado de capitais.

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