Associação Brasileira de Bancos (ABBC) prevê queda da Selic para 12,25% ao ano

Associação Brasileira de Bancos (ABBC) prevê queda da Selic

A Associação Brasileira de Bancos (ABBC) projeta queda de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros (Selic), de 12,75% para 12,25% ao ano, ao final da reunião de amanhã (1º/11) do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC).

Como não houve modificações substanciais no balanço de riscos em relação à última reunião, a ABBC entende que o processo de flexibilização monetária sinalizado pelo Copom tem plenas condições de ser cumprido, com uma nova queda de 0,50 ponto percentual na taxa Selic. 

Contudo, Everton Gonçalves, superintendente da Assessoria Econômica da ABBC, alerta que “o movimento de alta nas taxas longas nos EUA, por conta das preocupações com o elevado déficit público conjugado à perspectiva de um maior período com os juros básicos elevados, deve sustentar o dólar em patamar elevado no mercado de câmbio internacional. Consequentemente, há uma deterioração na aversão ao risco que gera pressão nos preços dos ativos de países emergentes que, em última instância, poderá comprometer a velocidade do processo de desinflação e, por sua vez, impor limites para a redução da taxa básica de juros.”  

Há tempos, a taxa de juros ex-ante, calculada pelo desconto da inflação esperada para os próximos 12 meses da taxa do swap prefixado de 360 dias, ainda tem oscilado em nível restritivo, próximo de 7% ao ano, bem acima dos 4,5% ao ano do que é considerado como neutro pelo Banco Central.

Adicionalmente, os indicadores domésticos recentes de atividade mostraram sinais de desaceleração, sobretudo no setor de serviços, que reduzem as pressões relativas ao hiato do produto. “Ainda, a moderação nos ganhos nos indicadores relativos ao mercado de trabalho favoreceria uma dinâmica benigna para a inflação, que vem sendo corroborada nas principais medidas de núcleo e de inflação subjacente”, finaliza Gonçalves. 

Por fim, de forma a orientar a evolução da política monetária, Gonçalves destaca que seria importante que em sua comunicação, o Banco Central transmitisse o seu entendimento dos reflexos da deterioração na aversão ao risco, provocada pelo forte aumento nas taxas longas de juros nos EUA e pelo Conflito no Oriente Médio, no que tange à convergência da inflação às metas e, consequentemente, no ritmo de ajustes futuros na taxa Selic.

(*) Fonte de conteúdo: ABBC

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Expectativa da Multiplike

A semana inicia com a agenda de indicadores econômicos reforçada, mas todos os olhares estão voltados aos movimentos do Federal Reserve (Fed, banco central americano), lá fora, bem como Banco Central do Brasil (BC) por aqui. “No ambiente doméstico, a expectativa é que a autoridade monetária reduza a taxa Selic em 0,50% dia 1º”, afirma o economista Volnei Eyng, CEO da Multiplike.

De acordo com o especialista, a expectativa do mercado para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) é que haja dois cortes na taxa básica de juros da economia brasileira (Selic), sendo um agora em novembro, conforme elencado acima, e o outro em dezembro. “Em dezembro a perspectiva é de outro corte de 0,50%, fazendo a Selic encerrar 2023 em 11,75%, explica.

Em relação ao Fed, ressalta, a expectativa é que a autoridade monetária americana mantenha a taxa de juros no patamar atual, entre 5,25% e 5,50% ao ano, pois a economia de lá está aquecida e a inflação descontrolada. É um quadro diferente do Brasil, visto que a inflação por aqui está sob controle e se encaminhando para o centro da meta, que é algo em torno de 3%, com alguma ‘gordura’ para cima ou para baixo”, diz.

Eyng aponta as cinco consequências de um possível corte da taxa nestes patamares, no Brasil. Confira: 

Não vai tirar atratividade da renda fixa, porque, como rentabilidade bruta, ainda está rendendo mais de 1% ao mês;

Não deve fazer o Ibovespa andar porque Selic nesse patamar ainda continua alta;

Passará uma segurança para o mercado no sentido da previsibilidade, ou seja, o Banco Central está em linha com o que o mercado espera;

Estímulo ao Consumo e Investimento: Reduzir a taxa Selic torna o crédito mais barato, incentivando o consumo e os investimentos. As empresas podem pegar empréstimos a taxas mais baixas para expandir seus negócios, e os consumidores podem tomar empréstimos mais acessíveis, o que impulsiona o consumo de bens duráveis, como automóveis e imóveis.

Controle da Inflação: Embora a redução da Selic possa aumentar a pressão inflacionária devido ao estímulo ao consumo, o Banco Central pode estar disposto a fazê-lo se a economia estiver se expandindo lentamente. No entanto, o Banco Central precisa equilibrar a taxa de juros para manter a inflação sob controle, monitorando de perto a economia e ajustando a Selic conforme necessário.  

Inflação em queda

O Boletim Focus divulgado na manhã desta segunda-feira (30) mostra a terceira retração seguida do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador que mede a inflação no país. Trata-se de uma projeção que, nesta leitura, projeta que o IPCA encerre 2023 em 4,63% frente os 4,65% da semana passada.

“Esse é um ponto positivo e o ponto negativo se concentra no Produto Interno Bruto (PIB), que pela terceira semana seguida recua, estando agora em 2,89% para o final de 2023 frente os 2,90% da leitura da semana passada, do Focus”, lembra. 

(*) Fonte de conteúdo: Multiplike

Blog do Grana é a página de conteúdo informativo do aplicativo Grana Capital, parceiro da B3 para ajudar os investidores com o Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF).

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