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Lucro líquido do Santander Brasil alcança R$ 2,7 bilhões
Lucro líquido do Santander Brasil alcança R$ 2,7 bilhões no 3º trimestre de 2023, queda de 36% na comparação com o 3º trimestre de 2022, e alta de 18,2% em relação ao 2º trimestre de 2023.
A carteira de crédito ampliada totalizou R$ 625,5 bilhões ao final de setembro de 2023, alta de 7,9% na comparação anual, e aumento de 1,3% em relação ao 2º trimestre de 2023. Houve crescimento de 3,1% no segmento de pequenas e médias empresas na comparação trimestral.
A provisão (PDD) ficou em R$ 5,6 bilhões, redução de 6% na comparação trimestral, e aumento de 10,8% em relação ao mesmo período do ano passado.
As despesas do banco atingiram R$ 6 bilhões no 3º trimestre de 2023, crescimento de 7,5% na comparação anual, e avanço de 0,9% em relação ao trimestre anterior.
O número de clientes do segmento de alta renda Select cresceu 44%, de 674 mil em setembro de 2022 para 968 mil em setembro de 2023, com a ambição de 1 milhão de clientes em dezembro de 2023.
O número de clientes da corretora digital Toro aumentou 25% em 12 meses, para 1,4 milhão.
O índice de inadimplência total recuou de 3,3% em junho de 2023 para 3% em setembro de 2023.
Trechos da entrevista coletiva de resultados do Santander Brasil
“Não desaquecemos os motores. Escolhemos crescer menos, mas seletivamente”, disse Mario Leão, CEO do Santander Brasil.
“Esperamos evoluir de 2023 para 2024 em retorno (ROE), estamos trabalhando para chegar lá”, afirmou. Na comparação trimestral, o retorno sobre o patrimônio evoluiu 1,9 ponto percentual para 13,1%.
No caso da polêmica do parcelado sem juros, o CEO do Santander Brasil, argumentou que a modalidade como está não tem um equilíbrio para o crédito. “Que ele (o parcelado sem juros) seja moderado, ir diminuindo, e ter um papel menor. E ao mesmo tempo, inserir o parcelado com juros, que existe em todo o mundo”, disse.
Mario Leão contou que o banco está participando das discussões com as associações de varejo, via Febraban (a Federação Brasileira de Bancos). “O juro do rotativo vai cair. (…) E também vai ter um diminuição do parcelado sem juros”, afirmou.
O CEO aponta que o desenho que será feito pelo regulador (o Banco Central) será validado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). “Teria que ter um outro tipo de prazo, menor”, disse Leão, referindo-se a limitação em 12 meses sugerida pelo BC para o parcelado sem juros.
Sobre o marco de garantias que foi aprovado pelo Congresso, o CEO considerou que a legislação terá um grande efeito para a tomada extrajudicial de veículos. “Com o tempo nossa capacidade de recuperação tende a crescer”, concluiu Leão, ao término da entrevista coletiva.
Apresentação de Mario Leão, CEO do Santander Brasil
Nesse trimestre consolidamos a nossa estratégia com a materialização da qualidade da nossa carteira, evoluindo positivamente os indicadores de inadimplência. O índice de curto prazo alcançou o melhor patamar desde o 1º trimestre de 2022, o que reforça viés de melhora do custo de crédito para os próximos períodos e nos permite retomar gradualmente o crescimento de carteira.
Destacamos o bom crescimento em volumes, principalmente em passivos, impulsionado pela expansão do nosso plano de captações, além da evolução dos negócios estratégicos, que traz perspectiva positiva da margem com clientes. Observamos também perspectivas mais favoráveis em comissões, contribuindo para a diversificação do nosso resultado.
Seguimos avançando nas prioridades estratégicas de 2023: Rentabilização e vinculação da base de clientes: crescimento de 3% da base de clientes vinculados no trimestre, que está diretamente relacionada à evolução da satisfação.
Como pilares destacamos: folhas de pagamento; Select, segmento no qual já estamos muito próximos de alcançar nossa ambição de 1 milhão de clientes em dezembro de 2023; Investimentos, com captação líquida acelerando no varejo e o AAA que segue com o plano de expansão; Toro com crescimento exponencial, além do grande potencial de sinergia com o nosso ecossistema, e Private, que alcança resultados recordes em captações e receitas.
Em Cartões e Fidelidade, alavanca importante de vinculação, aumentamos as vendas, porém em níveis significativamente inferiores aos alcançados em 2021, o que comprova um processo sólido e estruturado de retomada gradual, e Esfera com oportunidades de cross-sell.
Expansão dos negócios estratégicos impulsionando o crescimento: em Empresas, estamos construindo a melhor oferta para empresas no país, com isso já vemos um crescimento destacado das receitas totais. Em Grandes Empresas, mantivemos nossa posição de destaque em diversos negócios e aceleramos a carteira de crédito e de títulos privados. Em PMEs, estamos retomando a expansão do crédito, o que embasará o nosso objetivo de dobrar o negócio a médio prazo.
Na Financeira, firmamos parcerias estratégicas que reforçam a nossa liderança no mercado e registramos recorde de produção.
No consignado, mantivemos um crescimento de carteira acelerado, superando o do sistema.
No agro, atingimos R$ 49 bilhões de carteira, com patamar muito próximo da ambição de R$ 50 bilhões até dezembro de 2023.
Inovação e tecnologia: continuamos fortalecendo nossa cultura de produtividade e excelência operacional, focados sempre em prover a melhor experiência para nossos clientes. Reduzimos pela metade o nosso custo unitário por transação nos últimos 5 anos, ao mesmo tempo em que aumentamos o volume de transações. Nossas equipes de tecnologia são fusionadas com os negócios, assim atuamos com 27 business domains e já avançamos no amadurecimento dessas estruturas.

Apresentação de Gustavo Alejo, CFO do Santander Brasil
Neste trimestre evoluímos em nossos indicadores de qualidade da carteira e consequentemente alcançamos o menor nível de custo do crédito desde março de 2022. Esta melhora se deve à estratégia adotada desde o início de 2022, mais seletiva em crédito, com foco em produtos com garantias e em clientes com melhor perfil de risco.
Nossa margem financeira apresentou queda de 1,2% no trimestre, ainda impactada por nossa maior seletividade. No entanto, obtivemos crescimento de volumes e boa performance na margem de passivos, o que nos indica uma perspectiva positiva para os próximos trimestres. A margem com mercado segue apresentando melhora gradual devido ao início nos cortes na taxa Selic.
A carteira de crédito ampliada apresentou crescimento de 1,3% no trimestre ou aumento de 1,0% desconsiderando o efeito da variação cambial. Destaque para os crescimentos de 1,6% em pessoas físicas e de 3,1% em PMEs.
Em captações com clientes, tivemos um aumento de 4,5% no trimestre e 16% no ano, refletindo nossa estratégia de expansão em captações, alavancada pelo nosso ecossistema de investimentos, com AAA e Toro, além da performance recorde do Private.
Evoluímos de forma relevante em comissões pela maior transacionalidade e diversificação de nossos negócios, com performance importantes em praticamente todas as linhas de negócios, o que resultou em um incremento de 6,5% no trimestre em comissões.
Continuamos comprometidos com a busca constante por controle de gastos e aumento da produtividade, com foco em otimização de processos, simplificação de produtos e redução do custo de transação. No trimestre tivemos crescimento 1% nas despesas, devido a investimentos em expansão dos negócios. Já nossas despesas recorrentes foram responsáveis por uma queda de 0,5%. Com isto, nosso índice de eficiência apresentou uma queda de 0,7 ponto percentual, atingindo 42,2% no trimestre.
Com a evolução das linhas mencionadas acima atingimos um lucro líquido de R$ 2,7 bilhões no trimestre, com um crescimento de 18,2% em relação ao 2T23. Seguimos construindo um balanço de melhor qualidade, expandindo nossos negócios e vinculando nossa base, com o objetivo de sermos o banco mais utilizado pelos clientes nas suas decisões financeiras.
(*) Fontes de conteúdo: B3, CVM e Santander Brasil.

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