Senado limita juros do rotativo do cartão de crédito em 100%

Senado limita juros do rotativo do cartão de crédito em 100%

Senado limita juros do rotativo do cartão de crédito em 100%. A adoção da medida ainda passará por regulamentação do Banco Central.

A medida estava prevista no projeto do Desenrola, o programa do governo federal que facilita a renegociação de dívidas, aprovado ontem à noite (3/10) pelos senadores.

O texto final aprovado segue agora para a sanção do presidente da República.

Câmara dos Deputados pode votar hoje (3/10) a tributação de fundos offshore e exclusivos.

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Notas de mercado

Aqui no Blog do Grana, você terá informações sobre os principais assuntos da bolsa brasileira (B3), de acordo com relatórios* de mercado.

Sabesp (SBSP3)

Governo de SP seguirá com privatização da Sabesp e concessões à iniciativa privada, em resposta à greve no Metrô e nas linhas de trens.

Petrobras (PETR3/PETR4)

Presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que o prazo de perfuração em águas profundas do poço Pitu, na Bacia Potiguar, na Margem Equatorial, deve ser de quatro a cinco meses.

Prio (PRIO3)

Produção consolidada da Prio em setembro foi de 102,8 mil barris de petróleo por dia, alta de 2% ante agosto. Todos os campos apresentaram aumento de produção.

Fleury (FLRY3)

A Fleury (FLRY3) aparece entre as maiores altas do Ibovespa hoje (3/10) após recomendação do Citi.

Preço do petróleo Brent

Preço do petróleo do tipo Brent (do Mar do Norte) recua 0,45%, a US$ 90,30 por barril.

Criação de vagas com carteira assinada

Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de agosto, divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, registrou a criação de 220,844 mil vagas com carteira assinada, maior número desde janeiro.

Saesa (Santo Antônio Energia)

Saesa (Santo Antônio Energia) suspendeu, temporariamente, a geração de energia da usina de Santo Antônio – quarta maior hidrelétrica brasileira por causa dos baixos níveis de vazão no rio Madeira.

Rumo (RAIL3)

Rumo considera vender sua fatia no terminal T39, no Porto de Santos, segundo fontes consultadas pela Bloomberg.

Relatório da casa de análise Levante sobre esse assunto:

A Rumo (RAIL3), a maior operadora de ferrovias do Brasil, está supostamente considerando a venda de sua participação no Terminal XXXIX, localizado no Porto de Santos, de acordo com fontes a par do assunto. Essas fontes sugerem que a empresa está trabalhando com o Itaú BBA para avaliar essa possível decisão. O Terminal XXXIX tem despertado interesse por parte de tradings de produtos agrícolas. Atualmente, tanto a Rumo quanto a processadora de grãos Caramuru Alimentos detêm uma participação de 50% no Terminal XXXIX. Até o momento, nenhuma das empresas envolvidas nem o banco Itaú se pronunciaram oficialmente sobre esse assunto. É importante lembrar que no ano passado a Rumo realizou uma transação significativa ao vender 80% de sua participação em dois terminais (T16 e T19), localizados no Porto de Santos, por um total de R$ 1,4 bilhão.

Na época, o desinvestimento foi bem recebido pelo mercado. A companhia possui projetos de investimentos significativos e de longo prazo, sendo que um deles é a conclusão da malha central, que foi finalizada em julho. No entanto, o mais relevante desses projetos é a extensão da Malha Norte até Lucas do Rio Verde. Essa extensão aproxima a empresa do núcleo de produção agrícola do Mato Grosso, reduzindo a necessidade de transporte rodoviário até seus terminais, o que é de grande interesse para os clientes da região.

Com a venda dos terminais portuários, a empresa conseguiu direcionar seu foco para seu core business, o que estava alinhado com sua estratégia de preservar a estrutura de capital, especialmente em um cenário de juros altos. Isso permitiu à empresa preservar seu caixa para os grandes investimentos planejados, com destaque para a extensão da Malha Norte. A capacidade de se desfazer dos terminais portuários atraídos por múltiplos atrativos também foi positiva para a companhia.

A Rumo concluiu recentemente outra transação de venda de terminais portuários, em condições favoráveis, seguindo sua estratégia de focar em seu core business e garantir uma estrutura de capital adequada para fazer frente ao grande volume de investimentos esperados. No entanto, a empresa ainda mantém participações minoritárias em diversos terminais portuários. Isso inclui sua participação de 20% nos terminais T16 e T19, bem como participações de 20% no TERMAG, 10% no TGG e 50% no terminal XXXIX, entre outros exemplos.Um dos motivos para manter essas participações minoritárias em terminais portuários é garantir acesso preferencial de seus clientes a terminais importantes, permitindo à Rumo oferecer maior eficiência logística, mesmo sem ter controle total sobre a operação.

É ainda prematuro avaliar as consequências da possível venda da participação da Rumo no Terminal XXXIX, especialmente considerando que a empresa ainda não emitiu um comunicado oficial sobre o assunto. É relevante, porém, destacar que a venda da participação no Terminal XXXIX não necessariamente indica o fim do modelo de participações minoritárias da Rumo em portos, dado que a empresa ainda mantém participações minoritárias em outros terminais. Além disso, é importante notar que o Terminal XXXIX tem uma capacidade menor em comparação com os terminais T16 e T19.Esse movimento pode ser interpretado como mais um passo da empresa em liberar capital para apoiar novos investimentos sem comprometer sua estrutura de capital. Vale ressaltar que a gestão da empresa demonstrou compromisso em manter o endividamento sob controle”.

Grupo Casas Bahia (BHIA3)

Grupo Casas Bahia tem reunião hoje (3/10) com credores para renegociar os pagamentos da 20ª emissão de certificados de recebíveis imobiliários (CRIs).

Relatório da casa de análise Levante sobre o assunto:

“Hoje (3/10) será um dia decisivo para o Grupo Casas Bahia (BHIA3), a depender do resultado da assembleia geral prevista para acontecer nesta terça-feira (3). A reunião foi convocada pela securitizadora Opea para deliberar sobre uma possível antecipação dos vencimentos de um Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) que possuem lastro na 8ª emissão de debêntures da varejista. Essa assembleia foi convocada depois de o S&P rebaixar a nota de emissão de CRIs da Opea de brAA- para brA-. A companhia precisa convencer os titulares do CRI, de R$ 420 milhões, a não antecipar o vencimento dessas dívidas, já que uma das cláusulas restritivas da emissão estabelecia que os financiadores poderiam antecipar a cobrança caso a avaliação de rating da varejista caísse. O grupo deve apresentar uma proposta de aumento de remuneração para que os investidores aceitem manter os vencimentos dos títulos nas datas originais.

Recentemente o Grupo Casas Bahia fez um follow on para fortalecer sua estrutura de capital. Entretanto, o montante captado foi abaixo do esperado. A varejista esperava levantar R$ 1 bilhão e conseguiu captar apenas R$ 622 milhões na operação. De lá para cá, as ações da companhia acumulam queda de mais de 40%, cotadas em R$ 0,63 no fechamento do último pregão.

No caso dessa antecipação se concretizar, o impacto na varejista seria bem negativo, tanto pelo lado da possibilidade de criar precedentes para a antecipação de outras dívidas da Casas Bahia, tanto pela ótica do follow on recente, que perderia o efeito – já que foi captado R$ 620 milhões e o valor da dívida em questão gira em torno de R$ 420 milhões.

Ou seja, a antecipação dessa dívida pode obrigar o grupo a usar recursos do follow on para pagar dívidas antecipadas que não estavam no planejamento de curto prazo da empresa. Vale lembrar que a companhia também tem R$ 1,2 bilhão de dívidas a vencer no ano que vem, com o Bradesco e com o Banco do Brasil, que devem envolver uma renegociação de condições.

No entanto, para que isso ocorra, a companhia precisa começar a trazer resultados das medidas em implantação que façam com que a varejista volte a gerar caixa. Vimos, ao longo deste ano, empresas que já vinham com uma série de problemas, reestruturando suas operações, como a Marisa e a Via (agora Grupo Casas Bahia), além de muitas outras varejistas não listadas em bolsa, que fecharam diversas lojas e enxugaram suas operações, buscando reduzir custos.

Porém, vale ressaltar que, nesse sentido, os resultados de uma reestruturação não são observados da noite para o dia, de modo que devemos levar ainda mais alguns trimestres para começarmos a ver se tais reestruturações surtiram o efeito esperado ou não”.

123milhas e Maxmilhas

Justiça de Minas Gerais ampliou a recuperação judicial do grupo 123milhas para a Maxmilhas e a controlada Lance, que têm dívidas de R$ 226 milhões e pediram para participar do processo.

Superávit da balança comercial brasileira

Balança comercial brasileira teve superávit de US$ 8,904 bilhões, em setembro, maior valor para o mês, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

Relatório de Gino Olivares, economista-chefe da Azimut Brasil Wealth Management sobre a balança comercial brasileira:

“Ontem (2/10) foi divulgado o saldo da balança comercial de setembro que registrou um superávit de 8,9 bilhões de dólares. Com esse resultado, o acumulado do ano chegou a 71,3 bilhões de dólares, incremento de 50,4% quando comparado com o acumulado no mesmo período no ano passado. Quando se faz o ajuste pelo número de dias úteis, o crescimento chega a 51,2%. Vale a pena comentar brevemente esse desempenho.

Analisando o período janeiro – setembro, pelo critério da média diária, as exportações praticamente registraram estabilidade (crescimento de 0,4%). Já as importações, na mesma métrica, registraram queda de 11,3%. Isto é, a melhoria do saldo comercial em 2023 com relação ao ano anterior é explicada não pelo aumento do valor exportado, mas pela redução do valor importado. E aqui, cabem dois comentários: o primeiro é que a estabilidade do valor exportado não é nenhum demérito, pois estamos observando um mundo que está crescendo menos; e o segundo, é com relação ao fato de o valor importado estar diminuindo mesmo com a atividade doméstica surpreendendo positivamente. Fica claro que o desempenho da balança comercial é notável.

Para o ano 2023, o Banco Central do Brasil (BCB) projeta superávit comercial de 68 bilhões de dólares, enquanto o mercado espera resultado maior (Mediana Focus 29/09: 72,1 bilhões de dólares). A julgar pelo resultado acumulado até setembro, é altamente provável que o resultado fique acima dessas projeções, e não seria uma grande surpresa o superávit ultrapassar os 80 bilhões de dólares. Em tempos de elevadas incertezas no cenário externo, esse desempenho da balança comercial é mais que bem-vindo, pois contas externas robustas são as primeiras linhas de defesa do país perante tais incertezas”.

Vale (VALE3) e siderúrgicas

Preço do minério de ferro recua 1,23%, em Singapura, na Ásia, a US$ 116,80 por tonelada. 

Juros futuros no Brasil

Ontem (2/10), os juros futuros no Brasil superaram 11% ao ano em quase todos os vencimentos.

Juros dos títulos do Tesouro dos EUA (treasuries)

Juros dos títulos do Tesouro dos EUA (treasuries) retomam alta hoje (3/10) após mais um dia de pressão das taxas dos títulos globais.

Análise do mercado desta terça-feira (03) feita pelo Diego, head de câmbio para Norte e Nordeste da B&T Câmbio:

“O dólar decolou hoje e atingiu sua máxima desde o final de março, superando a marca dos R$ 5,10, após a divulgação do relatório de emprego Jolts. A moeda norte-americana tem se mantido firme acima dos R$ 5,00, principalmente sob forte influência externa. Embora os dados do mercado de trabalho e da balança comercial no Brasil tenham sido positivos ontem, não foram suficientes para impulsionar o real. A economia dos Estados Unidos ainda está lutando para controlar o déficit público, apesar de continuar forte. Ontem, o PMI veio acima das expectativas, reforçando a visão de representantes do Fed de que a autoridade monetária provavelmente aumentará as taxas de juros mais uma vez este ano. No CME Group, as apostas são de 30% para um aumento em novembro e 51% para dezembro.

Com a perspectiva de juros mais altos por mais tempo, os títulos de renda fixa nos Estados Unidos se tornam mais atrativos, o que está impactando negativamente nas bolsas e mais firmemente nas moedas dos emergentes. Nesta sessão os Treasuries renovaram as máximas, T-note de 10 anos foi a 4,8007%, de 4,6718% e T-bond de 30 anos indo a 4,9491%, de 4,7898%. Por aqui os juros futuros também dispararam, até o momento (15h30) DIF24 com 12.258 (+0,06%), DIF25 com 11.130 (1,10%) e DIF26 com 11.000 (+1,67%). O dólar forte também está pressionando os preços do petróleo, o que, por sua vez, aumenta as preocupações com a inflação e a necessidade de mais aperto monetário para conter o aumento dos preços.

Outros indicadores nos Estados Unidos estão sendo aguardados para ajustar as expectativas de mercado em relação à trajetória dos juros, sendo o relatório ADP amanhã e o Payroll na sexta-feira.”

China

Banco Mundial reduz previsão de crescimento da China para o próximo ano.

Austrália

Reserve Bank da Austrália mantém a taxa monetária inalterada em 4,1% ao ano pelo quarto mês consecutivo.

(*) Fontes de conteúdo: Grana Capital, CVM, B3, Ágora, Banco ABC Brasil, BTG Pactual, Genial Investimentos, Guide Investimentos, Levante, Rico Investimentos, Santander, Terra Investimentos, Toro Investimentos e XP.

Blog do Grana é a página de conteúdo informativo do aplicativo Grana Capital, parceiro da B3 para ajudar os investidores com o Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF).

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