O que você vai ver neste artigo:
Eletrobras e Neoenergia firmam contrato de permuta de ações
Eletrobras e Neoenergia firmam contrato de permuta de ações. Na noite de ontem (26/9), após o fechamento do mercado, Eletrobras e Neoenergia divulgaram comunicado ao mercado sobre o fechamento do Contrato de Ações.
A Eletrobras recebeu ações ordinárias representativas de 50,56% do capital social total e votante da Teles Pires Participações e ações ordinárias representativas de 0,9% do capital social total e votante da Companhia Hidrelétrica Teles Pires. Dessa forma, esta passou a deter 100% da operação da Usina Hidrelétrica de Teles Pires, com uma potência instalada total de 1.820 MW, agregando R$ 315 milhões de EBITDA (2022) e R$ 2,4 bilhões de dívida líquida (2T23). Em contrapartida, houve a cessão de 49% da UHE Dardanelos para a Neonergia, que passou a consolidar 100% da unidade de capacidade instalada total de 261 MW.
Na visão do economista Rafael Gabriel Pacheco, da Guide Investimentos, o impacto para as ações das duas empresas é neutro. “Na nossa visão, a conclusão da permuta já era esperada pelo mercado, tendo os impactos e expectativas já sido precificados durante o anúncio. Por fim, a estratégia das companhias é coerente com o foco em simplificação de estrutura e otimização do portfólio de ativos, uma vez que as companhias passam a integralizar a totalidade das operações das respectivas usinas”, escreveu Pacheco, em relatório.
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Notas de mercado
Aqui no Blog do Grana, você terá informações sobre os principais assuntos da bolsa brasileira (B3), de acordo com relatórios* de mercado.
Petrobras (PETR3/PETR4), Prio (PRIO3) e 3R Petroleum (RRRP3)
Preço do petróleo Brent (do Mar do Norte) sobe mais de 1% para a faixa de US$ 93,5 por barril.
Americanas (AMER3)
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) conclui relatório e não aponta culpados no caso da fraude contábil de Americanas.
Banco Central
Primeira reunião entre o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o presidente da República, ocorre hoje no fim do dia, a partir das 17h30.
Dólar
Brasil está considerando adiar a emissão de títulos sustentáveis devido à atual volatilidade nos mercados financeiros globais.
Governo está pronto para avançar com a operação em 2 de outubro, mas poderá adiar a transação até que os rendimentos dos títulos (yields) retornem a níveis mais baixos.
Análise do mercado desta quarta-feira (27) feita pelo Diego Costa, head de câmbio para Norte e Nordeste da B&T Câmbio:
“As bolsas globais ensaiaram uma recuperação hoje, em resposta às indicações do governo chinês de um maior apoio à sua economia e o acordo no Senado dos Estados Unidos para evitar os riscos de uma paralisação econômica, uma preocupação que foi enfatizada pela agência de classificação de risco Moody’s ontem, incluindo um alerta sobre o possível impacto na classificação de crédito do país.
Podemos analisar os riscos em relação às taxas de juros em quatro cenários distintos: Brasil, Estados Unidos, China e Europa. No Brasil, a política do Copom parece estar bem estabelecida, tornando improvável que haja surpresas até o final do ano, com a taxa Selic encerrando 2023 em 11,75%. O Federal Reserve dos Estados Unidos está sinalizando que a economia do país pode estar entrando em um novo ciclo, com uma taxa de juros neutra mais alta, o que significa que haverá um aperto monetário por um período mais prolongado do que o inicialmente esperado. Isso está atraindo investidores para títulos de renda fixa nos Estados Unidos.
A China, por outro lado, está enfrentando desaceleração econômica e uma falta de apoio do governo, particularmente no setor imobiliário. É esperado que o Banco Popular da China comece a reduzir as taxas de juros de forma mais consistente. Na Europa, a situação é diferente dos Estados Unidos, com a economia não respondendo positivamente. Isso pode resultar em um aperto monetário mais suave ocorrendo mais cedo em breve, como visto na recente decisão de juros do Reino Unido.
Alcançar metas de inflação e mitigar riscos de recessão são objetivos desafiadores para os bancos centrais. Eles estão trabalhando para encontrar o equilíbrio certo. Além do contexto macroeconômico global, a situação política local também está impactando o Real na sessão de hoje.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em audiência no Congresso Nacional, abordou diversos tópicos, incluindo seu apoio à ideia do governo de taxar fundos exclusivos e de investimentos no exterior, com uma alíquota de 10% para aplicações offshore. No final da tarde, Campos Neto terá um encontro com o presidente Lula.
Os preços do petróleo estão em alta, aumentando ainda mais as preocupações sobre pressões inflacionárias e a necessidade de manter as taxas de juros em níveis elevados por mais tempo. No Brasil, a curva futura de juros também está em alta, principalmente nos prazos mais longos, com o DI 2024 subindo 0,23%, o DI 2025 subindo 2,63% e o DI 2026 subindo 3,65%.
A partir de amanhã, a disputa pela Ptax ganhará mais intensidade. A agenda econômica estará repleta de indicadores importantes, especialmente relacionados à inflação, tanto no Brasil quanto no exterior. Esses indicadores podem confirmar as preocupações do mercado ou esfriar as expectativas no câmbio.
A alta global do Dólar hoje se destaca especialmente em relação às moedas de países emergentes, com investidores evitando exposição devido à incerteza gerada pelos indicadores que serão divulgados até sexta-feira, ao mesmo tempo em que monitoram a cena política local, o que contribui para essa cautela”, conclui Diego Costa, head de câmbio para Norte e Nordeste da B&T Câmbio.
Vale (VALE3) e siderúrgicas
Banco Central chinês vai estimular a economia. Após a notícia, preço do minério de ferro sobe 0,59% em Dalian, na China, provocando reação nas ações de mineradoras e siderúrgicas.
“A promessa do Banco do Povo da China (PBoC) de que deve intensificar o apoio à economia do país contribui para uma melhora do humor dos investidores e uma intensificação da busca por risco. Diante disso, o que se vê agora pela manhã são bolsas levemente em alta na Europa e índices futuros de Nova York indicando direção similar para os mercados à vista por lá nesta quarta-feira. Para além dos mercados acionários, o dólar opera perto da estabilidade ante outras moedas fortes, os contratos futuros do petróleo operam em alta e os preços futuros do minério de ferro registraram ganhos de 0,59% na madrugada em Dalian, cotados ao equivalente a US$ 115,76 por tonelada”, descreve relatório de abertura do mercado da Ágora Investimentos.
Evergrande Group
Falta clareza com a situação do Evergrande Group na China, uma vez que, segunda a mídia internacional, seus fundadores se encontram atualmente prisão domiciliar.
Mercados globais
Mercados globais vão acompanhar declarações de dirigentes do Federal Reserve (FED, o BC dos EUA) sobre juros, atividade e inflação nos EUA.
Hoje (27/9), os mercados globais ensaiam alívio após selloff com visão de aperto prolongado do Fed.
Ontem, presidente do FED de Minneapolis, Neel Kashkari, estima que ainda há 60% de chance de a economia americana atingir o “pouso suave” com mais um aumento de 25 pontos base.
Investidores acompanham a iminência de um “shutdown” parcial do governo americano.
“Como esperado, os líderes do Senado dos Estados Unidos chegaram a um acordo para continuar financiando o Governo. A “solução”, ainda que temporária, evita uma paralisação (conhecida como shutdown) antes do prazo. do dia 1º de outubro, mas depende de um acordo com a oposição republicana que comanda a Câmara dos Representantes”, descreve relatório de abertura do mercado da Ágora Investimentos.
Vendas de novas moradias nos EUA
Vendas de novas moradias nos EUA recuam mais do que o esperado em agosto, reflexo da alta dos juros nos títulos de 10 anos.
Juros nos Estados Unidos
O cenário nos EUA está próximo da tempestade perfeita. Taxa de juros mantida entre 5,25% e 5,50%, maior nível em 22 anos, o que desacelera com força a maior economia do mundo, acostumada com juros próximos a zero. Além disso, existe uma possibilidade real de paralisação no funcionalismo público, o que a câmara e o senado tentam evitar ou, ao menos, ganhar tempo. No cenário automobilístico, a greve paralisa parte das principais montadoras e ameaça avançar, se não houver reajuste dos salários em quase 40%, o que poderia impactar no aumento dos preços dos carros e consequentemente da inflação. Este setor é responsável por 3% do PIB e passa por uma transformação para a produção de veículos elétricos, mercado em que a China está dominando o mundo. Com todos estes fatores, a Moody’s ameaça reduzir o raiting, que hoje está em AAA.
Entretanto, para o economista e CEO da Multiplike, o risco de recessão da economia americana é baixo. “Basta olharmos a história das crises americanas, para entendermos que esta hipótese é muito remota. Os dois últimos grandes colapsos nos EUA, foram desencadeados por eventos extremamente impactantes, como a crise do subprime e a pandemia de coronavírus. São eventos muito catastróficos e, hoje, mesmo com todos os problemas que os EUA vem enfrentando, não existe nada gravíssimo que possa levar a uma recessão”, explica Volnei Eyng, economista e CEO da Multiplike, gestora que já concedeu mais de R$ 30 bilhões em crédito nos últimos anos.
Além disso, a economia americana apresenta uma peculiaridade, que poucos países possuem, como a China, por exemplo. “Os EUA possuem um tripé para continuarem sendo a potência que domina a economia global. Eles possuem uma ampla capacidade de reinvenção, globalização e inovação. As grandes techs, por exemplo, um dos pilares do PIB americano, só seriam atingidas, se houvesse uma crise global, o que não deve ocorrer”, ressalta.
Para Volnei Eyng, a Inteligência Artificial é uma tecnologia que realmente vai mudar o mundo economicamente e tecnologicamente, e como a inteligência artificial muda o jogo. “Ela já está mudando o mundo, a forma como o ser humano se relaciona com a máquina e na resolução de problemas das empresas e das pessoas. Não é uma moda. Realmente está acontecendo uma revolução e os Estados Unidos, seguidos pela China, lideram essa transformação. Por todos esses motivos, acho remota a possibilidade de uma recessão nos EUA”, finaliza Eyng.
Contração do PIB na Alemanha
Institutos econômicos da Alemanha esperam contração do PIB, como efeito da escalada dos juros, principalmente no setor industrial, e alta inflação desestimulando o consumo.
(*) Fontes de conteúdo: Grana Capital, CVM, B3, Ágora, Banco ABC Brasil, BTG Pactual, Genial Investimentos, Guide Investimentos, Levante, Rico Investimentos, Santander, Terra Investimentos, Toro Investimentos e XP.

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