Rússia proíbe exportações de diesel e gasolina para todos os países

Rússia proíbe exportações de diesel e gasolina

Rússia proíbe exportações de diesel e de gasolina temporariamente para todos os países, exceto 4 ex-repúblicas soviéticas. Brasil é afetado pela medida por ser importador de diesel.

Devido a guerra, a Rússia tem tido problema de falta de combustíveis no seu país. Para contornar esse problema, a Rússia proibiu temporariamente as exportações de gasolina e diesel para todos os países, exceto quatro ex-estados soviéticos, com efeito imediato, a fim de estabilizar o mercado interno. A data para o fim do banimento não foi divulgada. No Brasil atualmente, as distribuidoras de combustíveis (Vibra, Ultrapar e Raizen) têm importado bem mais combustível russo devido a seu preço mais baixo em relação as outras opções. Isso tem sido muito valido nesse momento em que a Petrobras venda combustíveis com defasagem aos preços internacionais.

Segundo relatório do analista Mateus Haag, da Guide Investimentos, o impacto para Vibra, Ultrapar e Raízen é positivo. Sem a opção de comprar combustível da Rússia, as pequenas distribuidoras de combustíveis (bandeira branca) perdem a opção de comprar combustível a preços mais baixos. Elas em sua maioria não têm contratos de longo prazo com a Petrobras para compra de combustível. Portanto, com essa notícia, a competição reduz para as grandes distribuidoras. Ainda assim, vale a pena comentar que o banimento da Rússia não tem data final estabelecida. Provavelmente o país não tem intenção de manter o banimento por muito tempo.

Com a notícia, o preço do petróleo do tipo WTI (do Texas/EUA) avança mais de 1%, a US$ 90,7 por barril, e o tipo Brent (do Mar do Norte) a US$ 94,2 por barril.

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Notas de mercado

Aqui no Blog do Grana, você terá informações sobre os principais assuntos da bolsa brasileira (B3), de acordo com relatórios* de mercado.

Copel (CPLE3/CPLE6)

Copel venderá sua participação na Compagás, a Companhia Paranaense de Gás.

Na quinta-feira (21), a Copel (CPLE6) divulgou fato relevante informando ao mercado que aprovou a contratação de assessoria para estruturação das atividades necessárias para a venda da Compagás.

Relatório da casa de análise Levante lembrou que atualmente, a Copel possui 51% das ações da distribuidora de gás, que também tem Commit e Mitsui como acionistas, sendo que ambas possuem 24,5% das ações cada.

A empresa é a concessionária responsável pela distribuição de gás natural no Estado do Paraná e a concessão atual tem prazo de 30 anos, tendo sido renovada em dezembro de 2022. O bônus de outorga desta concessão foi quitado no ano passado.

A Copel informou que o desinvestimento está em linha com seu plano de longo prazo. O objetivo da empresa é focar no crescimento dos negócios com foco em energia elétrica. A empresa com sede no Paraná já havia vendido a participação que detinha na ES Gás para a Energisa.

A Compagas encerrou o ano de 2022 com uma receita líquida de R$ 1,3 bilhão, crescimento de 66% na comparação com 2021. A empresa obteve um lucro líquido de R$ 179 milhões. Com isso, a expectativa do mercado é que a venda deste ativo seja realizada por cerca de R$ 2,3 bilhões. A Copel teria direito a R$1,15 bilhão caso a venda seja concluída nestes termos.

Com a recente privatização envolvendo a Copel, a empresa deve continuar ganhando eficiência e focando em atividades relacionadas à energia elétrica. Também é esperado que a gestão siga desinvestindo dos negócios que não estejam relacionados com o core business da companhia, o que abre espaço para pagamentos adicionais de dividendos.

O segmento de energia elétrica, no qual a empresa atua, tem um histórico de entrega de bons retornos aos acionistas – acima do custo de capital. Nos últimos 20 anos, as ações da Copel, bem como a média deste setor, venceram tanto o CDI quanto o Ibovespa.

Ainda segundo o relatório da Levante, com a gestão privada a empresa deve seguir entregando bons retornos aos investidores. A Copel vem distribuindo boa remuneração em forma de dividendos: nos últimos cinco anos, a média de proventos pagos pela empresa aos seus acionistas foi de 8%.

Pão de Açúcar (PCAR3), Carrefour (CRFB3) e Assaí (ASAI3)

Bancos fazem revisão geral para Pão de Açúcar (PCAR3), Carrefour (CRFB3) e Assaí (ASAI3).

Consumo das famílias

Intenção de consumo das famílias cresce 21,5% em 2023, na comparação com 2022.

Arrecadação federal

Arrecadação federal tem queda pelo 3º mês consecutivo em agosto.

Vale (VALE3) e siderúrgicas

Preço do minério de ferro avança 3,25%, em Singapura, na Ásia, a US$ 121,30 por tonelada, movimentando ações de mineradoras e siderúrgicas.

Bolsa de Shanghai

Índice da bolsa chinesa de Shanghai encerrou com alta de 1,55%.

Bolsa de Tóquio

Bolsa de Tóquio, no Japão, terminou em baixa de 0,52%. Banco do Japão manteve taxas inalteradas devido a preocupações com “incertezas extremamente elevadas”.

Serviços na zona do euro

PMI composto da zona do euro avança para 47,1 pontos em setembro, impulsionado por serviços.

Títulos do Tesouro dos EUA (Treasuries)

Títulos do Tesouro dos EUA (Treasuries) para dez anos alcançam maior patamar de juros desde 2007, após reflexo do discurso do Federal Reserve (FED) Jerome Powell no mercado.

Um dia após a queda da Selic, o Ivovespa caiu 2,15%. Em teoria, não faz sentido o mercado desabar sendo que, quando a taxa de juros está em queda, gradativamente faz com que o investidor deixe de achar a renda fixa extremamente atrativa e comece a olhar a renda variável, principalmente em razão da expectativa de pegar o início da alta das ações da B3, à medida que o Banco Central tende a continuar promovendo cortes seguidos nas próximas reuniões do Copom.

No entanto, apesar do crescente número de novos investidores pessoas físicas, que saiu de 500 mil e hoje passa de 17 milhões, o saldo médio destes brasileiros é de aproximadamente R$ 2 mil. Por isso, ainda, o fluxo que movimenta a bolsa brasileira é de investidores institucionais brasileiros e, principalmente, de fora do país. “Os estrangeiros são responsáveis por mais de 50% de todo o nosso movimento. Em agosto, por exemplo, quando o Ibovespa caiu por 13 pregões seguidos, eles venderam R$ 13,2 bilhões em ativos. O motivo é muito simples. O dinheiro está saindo do Brasil e indo para os EUA”, explica Volnei Eyng, economista e CEO da Multiplike.

Na última quarta-feira o Federal Reserve (FED), banco central americano, anunciou que a taxa de juros seguirá inalterada, entre 5,25% e 5,5% ao ano. É o maior nível dos últimos 22 anos. “O investidor institucional estrangeiro, que precisa entregar rentabilidade, prefere alocar os recursos nos Estados Unidos, mercado mais líquido e seguro do mundo e garantir uma rentabilidade de praticamente 0,5% ao mês na renda fixa e com segurança. O dinheiro continua saindo do Brasil e de diversos mercados emergentes em todo o mundo e levará um tempo até estes recursos retornarem. Enquanto isso, a tendência é que a bolsa continuará andando de lado”.

Além disso, no cenário brasileiro, a renda fixa ainda está conseguindo entregar rentabilidade de mais de 1% ao mês. “Com os juros americanos nas alturas e fundos entregando mais de 140% do CDI, o investidor pensa duas vezes antes de tomar risco. Tradicionalmente, no Brasil, num investimento conservador, é possível dobrar o capital investido num período entre 5 e 6 anos. Isso é emocionalmente confortável para o investidor. O que vimos no passado, taxa de juros em 2%, será difícil vermos este cenário novamente”, finaliza Eyng.

(*) Fontes de conteúdo: Grana Capital, CVM, B3, Ágora, Banco ABC Brasil, BTG Pactual, Genial Investimentos, Guide Investimentos, Levante, Rico Investimentos, Santander, Terra Investimentos, Toro Investimentos e XP.

Blog do Grana é a página de conteúdo informativo do aplicativo Grana Capital, parceiro da B3 para ajudar os investidores com o Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF).

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