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Destaques da XP Expert 2023
Destaques da XP Expert 2023:
Inteligência Artificial não é moda
Para a chefe de economia da Rico Investimentos, Rachel de Sá, as mudanças tecnológicas e o rápido avanço da inteligência artificial foram tema de algumas ricas discussões na Expert XP 2023, que aconteceu entre os dias 01 de 02 de setembro em São Paulo – consolidando a maior feira de investimentos do mundo.
No painel que contou com o economista Ricardo Amorim e a comunicadora e advogada Gabriela Priolli, o tema foi debatido do ponto de vista econômico e social, e a principal lição comum foi: a realidade do avanço tecnológico está aí, está em nossas mãos como melhor aproveitá-la.
A importância da regulação e da educação – não somente de jovens, mas também do aprimoramento da mão de obra já existente – foram destacadas como chave para que não nos tornemos “inimigos daquilo que criamos”, assim como a importância de mantermos a cabeça aberta para novos aprendizados.
Já para Steve Wozniak, cofundador da Apple, não podemos esquecer que o cérebro humano sempre será a ferramenta mais valiosa. Assim, como vimos em outros momentos de grandes mudanças tecnológicas na história, saberemos como nos reinventar e usar os avanços ao nosso favor.
Em painel realizado nesta sexta-feira na Expert XP 2023, Marcio Aguiar, diretor da divisão de enterprise da NVIDIA para América Latina, Nicholas Bennett, sócio e analista de ações de tecnologia da WHG, e os apresentadores do Stock Pickers, Henrique Steter e Lucas Collazo, se reuniram para discutir esse tema central para o mercado.
Um ponto de destaque na palestra foi que muitas das tendências atuais estão focadas no desenvolvimento ou no uso de tecnologias baseadas em inteligência artificial (IA).
Empresas estão desenvolvendo seus próprios aplicativos, veículos autônomos e aprofundando pesquisas. “Agora acho que não é uma moda, nem uma bolha, estamos dando oportunidades a diversas empresas”, disse Marcelo Aguiar, ao descrever como a Nvidia ajuda em programas de capacitação de desenvolvedores.
O próximo grande desafio para o setor está em continuar diminuindo o processador fisicamente, enquanto é entregue a mesma ou maior performance, podendo adequar o produto para maior e mais complexa gama de usos.
Trazendo essa discussão pra mercado, Nicholas, mostra o forte crescimento sequencial da Nvidia nos últimos semestres, passando de mais de US$ 1 trilhão em market cap e com a expectativa de geração de caixa similar ao tamanho de outras grandes empresas do setor. Além disso, outras empresas do setor devem se beneficiar da mesma onda, como a TSMC e AMD.
Mas quais os próximos passos? O mercado parece sedento para inovar, muitas empresas fazendo grandes investimentos (até mesmo o governo americano está). Além disso, diversos ramos diferentes podem se beneficiar, desde a manufatura (empresas como TSMC, a maior fornecedora do planeta) até as fazendo o desenvolvimento de aplicativos (Microsoft, AMD, Google). É necessário ter atenção ao setor e diversificar seus investimentos entre as diversas frentes.
Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados
Presente ao evento, o Presidente da Câmara, Arthur Lira, disse que o Congresso quer colaborar para que o equilíbrio fiscal seja atingido em 2024, mas que os deputados pretendem reverter veto do Presidente da República ao trecho do arcabouço sobre despesas primárias e outras medidas que sejam incompatíveis com o melhor rumo da economia.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, participou hoje do painel “O papel da Câmara dos Deputados no equilíbrio das contas públicas”, que contou também com a presença de Rafael Furlanetti, sócio-diretor institucional da XP, e Paulo Gama e Junia Gama, analistas políticos da XP.
Lira começou sua fala destacando que “o Brasil precisa continuar caminhado nos trilhos da responsabilidade fiscal olhando para o social”. Destacou que a PEC da transição, aprovada pelo Executivo no ano passado, visou dar as condições para o governo que ainda não tinha assumido fazer a execução orçamentária capaz de arcar com suas previsões de despesas do Orçamento de 2023. Depois disso, segundo ele, o Congresso continuou colaborando com o governo ao aprovar diversas medidas de interesse do país, mesmo sem haver uma base de governo para apoiá-las.
O presidente da Câmara também disse que é importante que o governo mantenha o “sarrafo alto” em 2024 e mantenha a meta de resultado primário, e que o Congresso Nacional está disposto a colaborar para o atingimento dessa meta, mas está atento a eventuais medidas que possam prejudicar o setor produtivo. Com isso, espera ajudar também a criar condições para que os juros caiam e o país volte a crescer. Também reafirmou que a Câmara não aceitará retrocessos em projetos que foram aprovados nos últimos anos, como a privatização da Eletrobras, o marco do saneamento e a independência do Banco Central.
Lira também comentou sobre o recente veto do presidente da República ao parágrafo que proibia a inclusão de descontos na meta de resultado primário. Destacou que a proposta foi construída em conjunto com o Executivo, ajustando-o dentro dos parâmetros que o Congresso entendia razoáveis. Logo, entende que o Executivo tem a prerrogativa de vetar qualquer parte que entenda inconstitucional ou que possa prejudicar a administração, mas que o veto tem alta chance de ser derrubado no Congresso.
Em relação às medidas de arrecadação dentro do orçamento de 2024, Lira destacou que existe um bom relacionamento entre Executivo e Legislativo, mas o Legislativo não interfere no mérito das matérias. Nesse sentido, ressaltou que o mérito das matérias recentemente encaminhadas, como a tributação dos fundos exclusivos e a que altera a subvenção de créditos fiscais devem ser analisadas com comedimento, preservando a segurança jurídica. Apontou que foram feitas alterações legislativas importantes no projeto de lei das offshores em conversas com o governo e que a alíquota aplicada ao estoque de fundos exclusivos deve ser reduzida de 10% para 6%. Destacou que é fundamental também cortar gastos, e que a Câmara está pronta para votar a reforma administrativa que foi encaminhada no governo anterior. Essa proposta é importante para ampliar a produtividade, reduzir os custos do setor público e dar uma sinalização positiva ao setor produtivo do país.
Orçamento
Outro ponto abordado na conversa foi a excessiva rigidez do Orçamento, especialmente relacionadas aos mínimos de saúde e educação, dentre outras. Lira considera que o problema precisa ser tratado paulatinamente ao longo dos próximos anos, e que é fundamental que todos passem a discutir o orçamento com mais profundidade com objetivo de desindexar e desvincular. Além disso, destacou a importância de o orçamento ser executado em sua integralidade. No tema de precatórios, avaliou que é preciso atacar a causa do problema, ou seja, a elevada geração de precatórios, e que para isso é preciso colaboração também do Poder Judiciário.
No painel abordou-se também a questão política. O presidente da Câmara reafirmou que Câmara e Senado não se furtaram a votar as matérias de interesse do país, como o arcabouço fiscal e a reforma tributária, mesmo sem o governo ter uma base plenamente constituída no Congresso. Entende que composições políticas são parte de qualquer governo, especialmente em nosso presidencialismo de coalização, então é natural que o governo procure os partidos para tentar fortalecer sua base. Mas que, independentemente disso, matérias de interesse do país continuarão a serem votadas. Por fim, falou que deseja ser lembrando como um presidente da Câmara que ouviu muito, aprendeu muito e trabalhou muito pelo país.
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Gabriel Galípolo, diretor de política monetária do BC
Também presente no evento XP Expert 2023, o Diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, observou que o quadro fiscal no Brasil melhorou em relação tanto às previsões de início de ano quanto aos pares internacionais e que as contas poderão melhorar conforme o governo avançar em medidas.
Galípolo iniciou sua fala tratando do cenário internacional e citando possíveis causas para forte abertura das treasuries observada nas últimas semanas, destacando aqui a forte necessidade de emissão recente do Tesouro estadunidense, mas citando também a saída de capitais chineses e japoneses.
Quando questionado sobre o cenário de “barra alta”, presente no discursos dos diretores do BC, Galípolo adotou discurso data dependent e afirmou que o BCB continua perseguindo meta estabelecida pelo CMN e que as divergências no Comitê se restringiam à intensidade do primeiro corte de juros. Sobre os pontos citados na ata (inflação de serviços, hiato do produto e expectativas de inflação) para aceleração do pace, disse ser difícil antever triggers que poderiam fazer com que fossem atingidos.
Citou como exemplo a desancoragem das expectativas de inflação longas antes da decisão do CMN, afirmando que não era possível a priori antever o quanto a possível manutenção da meta ajudaria na ancoragem das expectativas. Ainda sobre o regime de metas, afirmou que a mudança para meta contínua é um aprimoramento com base no cenário internacional.
Fiscal e atividade
A respeito do cenário fiscal, Galipolo afirmou que o mercado recebeu bem a manutenção da meta de resultado fiscal zerado em 2024 durante as discussões dessa semana. Disse que se as receitas vierem “será ótimo”, mas há quem prefira as receitas menores, com resultado fiscal pior mas com menor impulso pelos gastos do governo.
Sobre o mercado de trabalho, afirmou que há discussão em todo o mundo sobre sua nova dinâmica, com a aceleração de mudanças devido à pandemia. Em relação aos dados mais fortes de atividade, salientou que ajuda a arrecadação, apesar de salientar que isso varia de setor para setor da economia.
Por fim, Galípolo afirmou que ruídos após a troca de diretores é algo normal, que estamos no início do processo de autonomia do BCB, e que a mudança da diretoria não afeta o caráter técnico das reuniões do Copom. Afirmou ainda que o debate na política sobre o nível de taxa de juros é normal e acontece em outros lugares do mundo.
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InvestSmart XP
A InvestSmart, que já é figura recorrente no G20 da XP Investimentos desde 2020, conquistou o 1º lugardo ranking dos melhores escritórios da gestora no Brasil. O anúncio foi feito durante o primeiro dia da Expert XP, exclusivo para assessores. O maior evento de investimentos do mundo, no São Paulo Expo. A cerimônia de premiação Brazil Advisor Awards, que ocorre anualmente na feira, classificou os 20 principais escritórios credenciados à XP, no período entre junho de 2022 e maio de 2023, além de outras categorias.
Com mais de 80 filiais ativas pelo Brasil e mais de mil assessores de investimentos, a InvestSmart já é reconhecida como a maior empresa do segmento no Rio de Janeiro. Agora, aumenta o alcance nacional por meio do 1º lugar no ranking G20, entre os mais de 600 escritórios ligados à XP. Os assessores, presentes em todas as regiões do país, são responsáveis por quase R$ 19 bilhões sob custódia e mais de 120 mil clientes.
Além do primeiro lugar no G20, a InvestSmart conquistou o primeiro lugar em mais duas categorias: maior expansão do Brasil e maior escritório do sudeste do País.
Como critério de escolha, os escritórios que participaram da votação precisam atender aos seguintes requisitos com metas pré-determinadas: crescimento comercial absoluto em assessores, receita absoluta, receita por assessor, ativação ponderada, captação líquida absoluta e captação líquida por assessor.
“É emocionante ser o primeiro lugar da XP no Brasil. Esse objetivo só foi alcançado devido à dedicação de cada colaborador da InvestSmart em atender bem aos clientes e ajudá-los a construir seu patrimônio financeiro. Essa conquista nos traz imenso orgulho da nossa trajetória até aqui e nos impulsiona para o futuro, mostrando que estamos no caminho certo para fazer com que cada brasileiro possa planejar melhor o seu amanhã, a partir de um bom planejamento financeiro de longo prazo”, diz Samyr Castro, CEO e fundador da InvestSmart.
Fontes: Cobertura do evento XP Expert, InvestSmart XP e relatório da Terra Investimentos
O Blog do Grana é a página de conteúdo informativo do aplicativo Grana Capital, parceiro da B3 para ajudar os investidores com o Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF).
