Desaquecimento da China e alta dos juros de longo prazo os EUA impactam os mercados

Desaquecimento da China e alta dos juros de longo prazo nos EUA

Desaquecimento da China e alta dos juros de longo prazo nos EUA são os dois fatores que mais estão impactando os mercados globais, incluindo o principal índice da Bolsa brasileira, o Ibovespa.

Na 24ª Conferência Anual do Santander Brasil, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destacou a incerteza fiscal como um dos fatores para o desempenho negativo dos mercados nas últimas semanas, mas apontou que o movimento reflete em maior parte fatores externos.

“O grande risco está vindo do descontrole fiscal dos EUA e do desaquecimento da China. Isso vai impactar todo o mundo. O desaquecimento de China e o que está acontecendo com as taxas de juros de longo prazo nos EUA são os principais riscos para os mercados”, afirmou o presidente do BTG Pactual, Roberto Sallouti, ao participar da 24ª Conferência Anual do Santander Brasil.

Sallouti tem razão. A China dá sinais de uma crise imobiliária, e ao mesmo tempo, o rendimento dos títulos do Tesouro norte-americano (Treasuries) de 10 anos atingiu o nível mais alto nos EUA desde 2007, antes de crise financeira global de 2007.

Na 24ª Conferência Anual do Santander Brasil, os presidentes dos grandes bancos brasileiros reconheceram que a taxa de juros do rotativo deve ser enfrentada, considerando seus impactos na economia em razão do alto uso do cartão de crédito entre os brasileiros, mas negaram o fim do parcelado sem juros.

O governo, o Bacen (Banco Central) e os bancos têm trabalhado numa solução para juros do rotativo. “O tema do rotativo é um dos mais quentes do momento. A gente tem buscado o diálogo cada vez mais amplo com emissores de cartões e com os outros atores do setor de cartões como um todo. O tema do cartão e rotativo do cartão não podem ser vistos de forma isolada. O cartão faz parte do sistema de arranjo de pagamento com vários players que fazem o elo com o consumo, e 40% do consumo no Brasil é feito com cartão, absolutamente desproporcional em relação ao mundo. E até por causa desses 40%, sabemos da importância de se buscar uma solução para rotativo do cartão”, argumento Mario Leão, presidente do Santander Brasil.

Mario Leão, presidente do Santander Brasil. Foto: Santander Brasil / Divulgação

No evento, o presidente do Banco Itaú, Milton Maluhy Filho, considerou o avanço do programa Desenrola, que já renegociou R$ 10 bilhões em dívidas de pessoas físicas com os bancos. “Só no Itaú, são mais de 1,1 milhão de clientes impactados, e mais de 5 milhões de clientes desnegativados segundo a Febraban, o que mostra que todos os bancos estão atuando no programa”, disse Maluhy.

(*) Fonte de conteúdo: 24ª Conferência Anual do Santander Brasil

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