O que você vai ver neste artigo:
Lucro da Caixa aumenta
Lucro da Caixa aumenta. A Caixa Econômica Federal alcançou lucro líquido de R$ 2,6 bilhões no 2º trimestre de 2023, alta de 40,9% na comparação com o 2º trimestre de 2022.
Carteira de crédito da Caixa totalizou R$ 1,062 trilhão, crescimento de 14,4% na comparação anual, sendo a maior carteira entre os bancos brasileiros.
Carteira de crédito imobiliário alcançou R$ 682,8 bilhões, alta 15% em 12 meses.
No acumulado do semestre, o lucro alcançou R$ 4,5 bilhões, 3,2% maior do que o alcançado no 1S22. A margem financeira alcançou R$ 28,8 bilhões no 1S23, aumento de 22,9% em relação ao 1S22. Destaque para as receitas da carteira de crédito, que aumentaram em 34,6% em relação ao 1S22.
A Caixa, por meio do Desenrola Brasil, alcançou mais de R$ 1,5 bilhão em dívidas negociadas para mais de 70 mil clientes, viabilizando a regularização de 89 mil contratos. As condições oferecidas pelo banco foram iniciadas em 17 de julho e seguem válidas até 31 de dezembro, conforme regras do programa.
O resultado com operações de Títulos e Valores Mobiliários e derivativos aumentou 18,1% em relação ao 1S22.
No 1S23, as receitas provenientes da carteira de crédito totalizaram R$ 60,0 bilhões. Destaca-se, na comparação dos últimos 12 meses, o crescimento das receitas em crédito para pessoa jurídica (43,5%); crédito para pessoa física (35,2%); crédito imobiliário (26,2%); saneamento e infraestrutura (17,1%), além de crédito ao agronegócio (183,7%).
As despesas de captação alcançaram R$ 64,1 bilhões no 1S23, um crescimento de 39,2% na comparação com o 1S22, tendo sido impactadas pelo aumento da taxa de juros. As despesas administrativas (despesas de pessoal e outras despesas administrativas) totalizaram R$ 19,8 bilhões, aumento de 10,5% em relação ao 1S22.
As Receitas de Prestação de Serviços alcançaram o valor de R$ 12,5 bilhões no 1S23, alta de 3,0% em relação ao 1S22. Destaque para o aumento de 29,1% em produtos de seguridade, além do crescimento de 6,5% em cartões de débito e crédito e 5,4% nos serviços de governo.
A carteira de crédito encerrou o 1S23 com um saldo de R$ 1,062 trilhão, crescimento de 14,4% em relação a junho de 2022. Destaque para o aumento nos últimos 12 meses dos saldos das carteiras referentes ao setor imobiliário com recursos SBPE (20,1%); consignado (13,5%) e agronegócio para pessoa física (95,2%).
No 2T23, foram concedidos R$ 132,5 bilhões em crédito, crescimento de 1,9% em 12 meses. No 1S23, foram concedidos R$ 259,1 bilhões, aumento de 8,5% em comparação com o 1S22.
A Caixa é líder de mercado no segmento imobiliário, apresentando 67,5% de market share em financiamentos imobiliários totais e protagonista no Programa MCMV, com 99,0% de share.
Também se destaca a qualidade da carteira imobiliária, com 95,7% dos contratos com rating entre AA-C, além do índice de inadimplência da carteira em 2,1%.
O saldo da carteira imobiliária finalizou o semestre com o valor de R$ 682,8 bilhões , crescimento de 15,0% em relação ao 1S22.
No 1S23, foram R$ 85,4 bilhões em contratações considerando recursos SBPE e FGTS, 14,0% maior em relação ao 1S22. Somente no 2T23, foram R$ 44,1 bilhões em contratações, aumento de 10,5% em relação ao 2T22.
O crédito imobiliário beneficiou 1,3 milhão de pessoas com a casa própria no 1S23, contribuindo para a geração de 581,1 mil empregos.
A Caixa começou a receber propostas de empresas e entes públicos para a Faixa 1 do programa Minha Casa Minha Vida com recursos do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), analisando os projetos e acompanhando o cronograma das obras.
Foram recebidas 2,1 mil propostas para a Faixa 1 do programa Minha Casa Minha Vida, com previsão de 330 mil unidades habitacionais.
O segmento de crédito comercial Pessoa Física encerrou o 1S23 com R$ 126,0 bilhões de saldo em carteira. O destaque permanece sendo o crédito consignado, participando com R$ 102,4 bilhões de saldo5 (81,3% de toda a carteira PF).
Com relação às contratações no semestre, houve crescimento de 21,0% em cartões de crédito, 11,8% no penhor e 8,3% no crédito rotativo. Ao total, as contratações de crédito comercial PF alcançaram o valor de R$ 51,0 bilhões no semestre.
Em relação ao crédito comercial de Pessoa Jurídica, o saldo da carteira encerrou o 1S23 com R$ 89,0 bilhões, tendo como destaque as linhas de capital de giro, com saldo de R$ 77,0 bilhões ao final do semestre. Referente às contratações do 1S23, houve crescimento de 41,6% nas linhas de capital de giro, 66,9% em cartão de crédito e 28,0% no crédito rotativo.
No total, as contratações de crédito comercial PJ alcançaram R$ 35,6 bilhões no semestre. Mantendo o foco nas micro e pequenas empresas, a Caixa operacionalizou a linha de crédito referente ao Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (PRONAMPE), com R$ 5,2 bilhões em recursos contratados no 1S23.
Tendo em vista que as contratações do exercício de 2022 iniciaram em julho, não houve empréstimo no 1S22 para esta modalidade de financiamento. Salienta-se que a Caixa possui 32,1% do market share em volume concedido para o PRONAMPE.
As operações de infraestrutura alcançaram saldo de R$ 98,5 bilhões ao final do 1S23, crescimento de 5,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.
No agronegócio, o saldo da carteira atingiu R$ 49,4 bilhões ao final do 1S23, aumento de 60,5% em comparação com 1S22.
No segmento pessoa física (PF), o crescimento, em 12 meses, foi de 95,2%, totalizando R$ 38,2 bilhões. O 2T23 apresentou contratações agro no valor de R$ 8,0 bilhões. Desse total, foram destinados R$ 4,1 bilhões para custeio, R$ 1,8 bilhões para investimento, R$ 843,9 milhões para industrialização e R$ 1,4 bilhão para comercialização. No acumulado semestral, as contratações alcançaram R$ 16,2 bilhões.
A inadimplência da carteira de crédito total fechou o 1S23 em 2,79%, ante 1,89% no 1S22. A cobertura da provisão finalizou o trimestre em 169,9%.
O rating da carteira total possui 92,6% das operações classificadas em níveis de riscos entre AA e C, demonstrando qualidade e solidez. A carteira de crédito total da Caixa possui 92% de seu saldo com garantias reais, com grande concentração em operações de longo prazo, principalmente por conta da carteira imobiliária, que corresponde a 64,3% da carteira total.
Assim, o banco apresenta R$ 1,6 trilhão em garantias, frente ao saldo da carteira de R$ 1,062 trilhão, representando uma relação de 153,2% do valor da garantia sobre o saldo devedor.
A carteira de PPPs e concessões possui 65 projetos distribuídos em setores como saneamento, habitação, iluminação pública, educação e resíduos sólidos. Desse total, 44 estão em fase de estruturação e 21 já foram leiloados.
Os projetos em carteira possuem perspectiva de investimentos privados na ordem de R$ 27,4 bilhões, impactando mais de 22,9 milhões de habitantes em 286 munícipios brasileiros.
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Notas de mercado
Aqui no Blog do Grana, você terá informações sobre os principais assuntos da bolsa brasileira (B3), de acordo com relatórios* de mercado.
Eletrobras (ELET3/ELET6)
Ministério de Minas e Energia afirmou que o problema iniciou o apagão ocorreu na linha de transmissão Quixadá II/Fortaleza II, da Eletrobras.
Ibovespa e fluxo de investidor estrangeiro
Ibovespa teve 12 sessões em baixa com uma desvalorização ontem (16/8) de 0,50%, aos 115.592 pontos, com perdas em Nova York após ata do Fed e queda das ações da Eletrobras.
Membros do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) argumentam riscos de alta para a inflação possivelmente levando a mais aumentos de juros.
Fluxo negativo do investidor estrangeiro em agosto, de R$ 7,4 bilhões até dia 14, explica este cenário. Em agosto, o Ibovespa acumula perdas de 5,2%.
Raia Drogasil (RADL3)
Raia Drogasil captará R$ 700 milhões em recursos via emissão de títulos corporativos de dívida de longo prazo (debêntures).
Construtora Tenda
Construtora Tenda estuda captação de recursos via oferta pública primária de ações de até R$ 250 milhões.
Sabesp (SBSP3)
Cidade de São Paulo aderiu à Unidade Regional de Serviços de Abastecimento de Água Potável e Esgotamento Sanitário (URAE) da Sabesp.
Com essa adesão, a Sabesp está mais perto da privatização, segundo analistas.
Inflação
IGP-10 da FGV confirmou uma deflação menor de 0,13% na leitura de agosto.
Soja, bovinos, milho e café contribuíram para a aceleração do IGP-10 na ponta (matérias-primas brutas), segundo observou relatório do Banco ABC Brasil.
Inflação pelo IPC-S cai 0,07% na segunda quadrissemana de agosto.
Lucro do BNDES
Lucro líquido do BNDES cai 45% no 1º semestre de 2023, impactado por devoluções de 2022.
Petrobras (PETR3/PETR4), Prio (PRIO3) e 3R Petroleum (RRRP3)
Preço do petróleo do tipo WTI (do Texas/EUA) sobe a US$ 80 por barril e o tipo Brent (do Mar do Norte) a US$ 83,7 por barril.
Vale (VALE3) e siderúrgicas
Preço do minério de ferro reage em Singapura (Ásia). Há dúvidas sobre extensão dos cortes na produção de aço na China.
Cenário Global
Setor imobiliário na China
Na China, preços de imóveis em áreas nobres de Xangai e Shenzhen caíram 15%.
Zhongzhi planeja reestruturar sua dívida e vender ativos para ressarcir os investidores depois de contratar a KPMG para uma auditoria, segundo fontes da Bloomberg.
Exportações do Japão e Bolsas asiáticas
Exportações do Japão caíram 0,3% em julho, primeira queda em mais de 2 anos.
Bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em queda, com índices chineses se recuperando de baixa recente.
Bolsas europeias
Bolsas europeias recuam com o avanço dos juros globais em meio a preocupações sobre o nível de taxas nos EUA.
(*) Fontes de conteúdo: CVM, B3, Ágora, Banco ABC Brasil, BTG Pactual, Genial Investimentos, Guide Investimentos, Levante, Rico Investimentos, Santander, Terra Investimentos, Toro Investimentos e XP.
O Blog do Grana é a página de conteúdo informativo do aplicativo Grana Capital, parceiro da B3 para ajudar os investidores com o Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF).
