Inteligência Artificial – Onde desliga?
Inteligência Artificial – Onde desliga? – Artigo do jornalista Ernani Fagundes após participar do evento Anbima Summit 2023, realizado na Oca do Ibirapuera, em São Paulo, nos dias 16 e 17 de agosto de 2023.
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Inteligência Artificial (IA). Onde Desliga?
Desde o início dos testes com o ChatGPT da OpenAI/Microsoft, muitas pessoas perguntam se os humanos serão substituídos por máquinas. A resposta é sim e não.
Sim, porque muitas funções rotineiras e repetitivas serão realizadas por robôs que fazem textos e imagens. Por outro lado, como disse o futurista Gerd Leonhard, no evento Anbima Summit, nós seres humanos somos muito melhores que as máquinas. Nós precisamos valorizar nossa humanidade, e não devemos ter receio do futuro. “O ser humano consegue ver 100% do mundo. Máquinas não conseguem ver isso”, disse. “Temos máquinas tentando fingir que são humanas. É isso que nós queremos?”, questiona. “Quando coisas novas são inventadas, são criados novos empregos”, afirma. “Basicamente, é a rotina que vai ser digitalizada”, aponta.
Leonhard argumenta que uma pessoa usando inteligência artificial, vai conseguir fazer mais do que uma pessoa que não tenha acesso à tecnologia. “Podemos usar o IA como uma ferramenta, para que as pessoas possam ter mais tempo”, disse. Ele tem razão. Isso aumenta a produtividade das pessoas, da economia. Sim, a IA pode gerar mais riqueza, mas não deve servir apenas para os países ricos, a IA deve ser útil para todos. “As máquinas utilizam linguagem binária, não conseguem fazer tudo que um ser humano pode fazer”, diz.
Na visão da renomada estrategista em tecnologia especializada em inteligência artificial Clara Durodié, a IA está evoluindo muito rápido. “O que vai acontecer daqui 100, 150 anos?”, questiona.
Durodié acredita que a humanidade vai determinar a forma como vamos fazer a IA. “Os interesses comerciais também determinam”, afirma. Mas por outro ângulo, a estrategista diz que as máquinas precisam de controle humano para evitar problemas. “Questões regulatórias, de supervisão e de governança começam a surgir”, diz.
Ela lembrou que os reguladores norte-americanos, incentivadores de novas tecnologias, costumam fazer perguntas do tipo: “Onde fica o fica o botão de desligar?” e “Quem é o responsável?”. Essas duas questões dizem muito do que devemos esperar da regulação global sobre AI nos próximos anos.
Ferramentas de IA e máquinas com IA devem ter um botão de desligar pronto para ser acionado, quando algo der errado. Esse aprendizado dos reguladores veio do episódio conhecido como “Flash Crash” ocorrido em 6 de maio de 2010 na Bolsa de Nova York (Nyse), quando grandes bancos norte-americanos tiveram que tirar os computadores da tomada por causa de um erro de algoritmo de robôs que faziam compras e vendas de ativos e derivativos em alta frequência. O “Flash Crash” durou apenas 36 minutos no mercado, mas provocou perdas bilionárias na Nyse.
Graças a esse episódio de 2010, reguladores globais de sistemas financeiros, continuam permitindo robôs de negociações de alta frequência nos mercados e também incentivam novas tecnologias, mas também sempre vão exigir um botão de desligar e nome do responsável pelo software.
Na avaliação dos especialistas, não há como parar a “Revolução da Inteligência Artificial” em curso, mas a humanidade terá manter o controle de suas atividades.
Nós como humanos, temos que nos adaptar aos novos tempos, abraçar a IA como uma ferramenta. Não temos que ter medo das novas tecnologias, e sim, as utilizarmos ao nosso favor.
E se a máquina, qualquer máquina, não produz aquilo que buscamos, é só desligar.
Não somos máquinas, somos humanos, somos melhores.
(*) Fonte de conteúdo: Anbima Summit 2023

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