O que você vai ver neste artigo:
Mercado repercute queda da Selic
Mercado repercute queda da Selic em 0,50 ponto percentual, para 13,25% ao ano, a primeira baixa em quase três anos.
Comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) aponta novas quedas na mesma magnitude (0,50 ponto percentual) nas próximas reuniões.
A próxima decisão do Copom ocorrerá em 20 de setembro.
Analistas avaliam o ciclo de baixa dos juros como positivo para Bolsa e para os setores da construção, varejo e educação. Redução da taxa também beneficia empresas endividadas.
“Talvez o início poderia ser de 0,25, dado que ainda tem algumas incertezas, essa inclusive era a nossa projeção, mas o ritmo de 0,50 não parece um ritmo agressivo se ele for de fato mantido. Agora resta saber como o mercado vai reagir. Se o mercado vai colocar no preço exatamente essa sinalização de 0,50 ou vai testar ritmos mais fortes de baixa. Acreditamos temos riscos de alta e de baixa de inflação adiante, e essa é a grande questão que fica para frente. Mas o comunicado não trouxe muitos embasamentos profundos e técnicos, nem tanto pelo corte de 0,25 quanto pelo 0,50. Em linhas gerais, nossa impressão é que os próximos cortes vão continuar na linha de 0,50, mas vai ser muito importante vermos para um embasamento mais profundo da decisão, a ata que sai na próxima terça feira”, escreveu o economista-chefe da XP, Caio Megale.
“Alteramos o nosso call de Selic no final de 2023 de 12% para 11,75% ao ano, pois considerávamos um ajuste inicial de 25 bps. Seguimos projetando uma taxa de 9,50% no final do ciclo de relaxamento monetário. Com relação aos impactos da decisão e do comunicado sobre a curva de juros, esperamos um movimento de steepening, com recuo moderado das taxas de curto prazo”, relatou Sérgio Goldenstein, Estrategista-chefe da Warren Rena.
“Segundo o comunicado, a redução nessa proporção só foi possível graças a uma melhora no cenário inflacionário de médio e longo prazo, somada à resolução do CMN em manter inalterada a meta de inflação para os próximos anos. Além disso, a presença dos novos diretores indicados pelo presidente Lula, Gabriel Galípolo e Ailton Aquino, na primeira reunião do comitê após suas nomeações, pode sugerir, mesmo que de forma sutil, uma possível mudança na direção da política monetária daqui para a frente, deixando espaço para novas reduções de mesma magnitude”, comunicou o economista e analista da Efí, Paulo Silva.
“O placar (5×4) apertado mostrou a autonomia dos diretores para decidirem os seus votos, com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, dando o voto de desempate. O voto dele veio no mesmo grupo (de corte de 0,50 ponto percentual) dos dois diretores indicados recentemente pelo governo”, comentou o economista da Genial, Zé Marcio Camargo.
“A decisão foi vista de forma positiva pelo mercado, que espera, inclusive, o mesmo corte na última reunião do ano, fechando 2023 com a Selic a 12%. Com isso, principalmente aqueles ativos mais sensíveis aos juros devem sofrer um impacto muito positivo nos próximos dias. O mercado dirá nesta quinta-feira se teremos uma queda ainda mais considerável nos juros futuros em comparação ao início do ano, o que deve ser muito positivo para os nossos ativos de risco da Bolsa, como ações e fundos imobiliários”, disse Lucas Martins, sócio e especialista da Blue3 Investimentos.
“Para as próximas decisões, o Copom deve considerar os pontos que foram elencados em seu balanço de risco: Persistência da inflação global e na inflação doméstica de serviços poderiam levar o comitê a ponderar uma queda menor e desaceleração da atividade global mais acentuada e surpresas baixistas na trajetória de inflação poderiam levar o Comitê a pensar em acelerar a queda, para 0,75. Até então, espera-se que o Copom mantenha o ritmo. Para os ativos de risco, essa decisão do Copom pode ser lida como positiva”, comentou André Meirelles, diretor de Alocação e Distribuição da InvestSmart.
“Acreditamos que foi um uma surpresa dovish com um comunicado hawkish, falando para o mercado que não adianta colocar aceleração em ritmo de cortes daqui para frente. Vamos manter, talvez uma velocidade aí de 0,50 por algum tempo, se o cenário mudar, as condições, o balanço de riscos de inflação ficar ainda mais favorável aí, enfim, eles podem mudar um pouco a sinalização. Mas, por enquanto achamos que a cabeça é um pouco essa para as próximas reuniões. Você deve continuar vendo cortes de 0,50 pontos na Selic”, disse Danilo Passos, economista da WHG.
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Notas de mercado
Aqui no Blog do Grana, você terá informações sobre os principais assuntos da bolsa brasileira (B3), de acordo com relatórios* de mercado.
Banco do Brasil (BBAS3)
Banco do Brasil anuncia redução de taxas de juros em linhas de crédito para clientes.
Suzano (SUZB3)
Suzano reportou lucro de R$ 5,1 bilhões no 2º trimestre de 2023, ante R$ 182 milhões em igual período do ano passado.
Suzano comunicou que operações do Projeto Cerrado devem começar até junho de 2024.
Ambev (ABEV3)
Ambev registrou lucro de R$ 2,6 bilhões no 2º trimestre de 2023, queda de 15,2% na comparação anual.
CSN (CSNA3)
CSN informou lucro R$ 283,3 milhões no 2º trimestre de 2023, recuo de 23,3% na comparação anual.
Taesa (TAEE11)
Taesa teve lucro de R$ 220,4 milhões no 2T23, queda de 61% na comparação anual.
Taesa aprovou pagamento de dividendos intercalares e juros sobre capital próprio de R$ 313,4 milhões, o equivalente a R$ 0,90 por unit.
Prio (PRIO3)
Prio alcançou lucro de US$ 184,5 milhões no 2º trimestre de 2023, alta de 32%, e produziu 99,1 mil barris de óleo equivalente por dia em julho, avanço de 3,2% contra junho.
Dexco (DXCO3)
Dexco informou lucro líquido de R$ 177 milhões no 2º trimestre de 2023, sendo R$ 89 milhões de divisões da Dexco e R$ 87 milhões da LD Celulose.
Receita Líquida da Dexco ficou em R$ 1,95 bilhão no trimestre, redução de 12% na comparação com igual período do ano passado.
Mercado Livre (MELI34)
Mercado Livre divulgou lucro de US$ 261,9 milhões no 2º trimestre de 2023, alta de 113% na comparação anual.
Petrobras (PETR3/PETR4)
Preço do petróleo do tipo WTI (do Texas/EUA) recua a US$ 79,3 por barril e o tipo Brent (do Mar do Norte) a US$ 82,9 por barril.
Vale (VALE3) e siderúrgicas
Preço do minério de ferro cai mais de 3% em Singapura, na Ásia, foi negociado abaixo do patamar de US$ 100 por tonelada, baixa que impacta ações de mineradoras e siderúrgicas.
Cenário global
Presidente da Rússia, Vladimir Putin, concordou em se encontrar com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, no que pode ser uma solução para o acordo de exportações de grãos pelo Mar Negro.
Inflação ao produtor (PPI) na zona do euro caiu 3,4% em junho, em base anual, ante um recuo de 3,2% esperado pelo mercado.
(*) Fontes de conteúdo: CVM, B3, Ágora, Avenue, Banco ABC Brasil, BTG Pactual, Genial Investimentos, Guide Investimentos, Levante, Rico Investimentos, Santander, Terra Investimentos, Toro Investimentos e XP.

O Blog do Grana é a página de conteúdo informativo do aplicativo Grana Capital, parceiro da B3 para ajudar os investidores com o Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF).
