O que você vai ver neste artigo:
Weg distribuirá dividendos intermediários
Weg distribuirá dividendos intermediários no montante de R$ 609,3 milhões, o que equivale a R$ 0,1452 por ação. A companhia anunciou programa de recompra de até 1 milhão de ações.
A data com dividendos será em 21 de julho de 2023. De 24 de julho de 2023 em diante, as ações serão negociadas “ex-dividendos”. O pagamento dos dividendos intermediários, bem como dos JCP declarados em março e junho de 2023, ocorrerá em 16 de agosto de 2023.
WEG registrou lucro líquido de R$ 1,3 bilhão no 2º trimestre de 2023, alta de 49,9% na comparação anual. A receita cresceu 13,7% e alcançou R$ 8,1 bilhões.
Relatório da Levante sobre Weg (WEGE3)
Na manhã desta quarta-feira (19), a Weg divulgou seus resultados referentes ao 2T23. A empresa ostentou performances robustas, com margens operacionais estáveis, apesar da tênue desaceleração nas vendas. A Weg auferiu um faturamento de R$ 8,171 bilhões, indicando um incremento de 13,7% a/a e 6,2% t/t. Ajustando-se pelos efeitos da aquisição da Motion Control da Gefran, o crescimento foi de 12,5% a/a.
No que concerne à divisão de Equipamentos Eletroeletrônicos Industriais (EEI), a companhia demonstrou novamente um desempenho louvável no país, obtendo um faturamento de R$ 1,278 bilhão, com um aumento de 15,1% a/a e 5,9% t/t. Salientamos a proeminência dos equipamentos de ciclo longo destinados aos segmentos de óleo & gás, mineração e papel e celulose.
Em contrapartida, as vendas para o mercado externo experimentaram uma desaceleração. A organização obteve um faturamento de R$ 2,488 bilhões, um aumento de 7,3% a/a e uma redução de 2,1% t/t. As vendas foram incentivadas por equipamentos de ciclo curto, como motores elétricos de baixa tensão e produtos seriados de automação, com ênfase na América do Norte.
As vendas de equipamentos de ciclo longo também mantiveram-se aquecidas, destacando os motores de alta tensão, especialmente para projetos de óleo & gás e mineração. No âmbito de geração, distribuição e transmissão de energia (GTD), a Weg exibiu, novamente, resultados pressionados no mercado interno. O faturamento alcançou a cifra de R$ 1,926 bilhão, um decréscimo de 4,4% a/a e 1,1% t/t.
A demanda por equipamentos de T&D mantém-se vigorosa, ressaltando os transformadores de grande porte e subestações para projetos vinculados aos leilões de transmissão e projetos de redes de distribuição. Ressalta-se que a Weg detém uma considerável participação de mercado nos projetos de infraestrutura do setor, contribuindo como fornecedora em todos os leilões de transmissão do país.
Especificamente em relação aos transformadores, a empresa possui a maior fábrica desses equipamentos em toda a América Latina, situada estrategicamente em Betim (MG), região central do país. Através desta fábrica, a Weg atende não apenas a região Sudeste, mas também os estados mais ao norte. É importante mencionar que a Weg tem investido na ampliação da capacidade desta fábrica para capturar a demanda dos projetos atuais e futuros de transmissão de energia.
O escasso crescimento do mercado doméstico é oriundo da queda das vendas de equipamentos para energia solar distribuída. Lembra-se que, devido à nova legislação que entrou em vigor em janeiro, os consumidores começaram a ser taxados pela conexão de suas placas à rede de distribuição. Todavia, as placas adquiridas antes de janeiro de 2023 gozam de uma isenção do pagamento da tarifa até 2045. Em virtude disso, ocorreu uma antecipação das compras de placas em 2022. Nesse panorama, embora os projetos solares continuem sendo investimentos atrativos, o que observamos é uma ressaca das fortes vendas do 4T22.
Por sua vez, as vendas de GTD para o mercado externo foram o grande destaque do resultado. A Weg faturou R$ 1,499 bilhão, um incremento de 82% a/a e 47,7% t/t. O principal propulsor das vendas foram as vendas de transformadores nos Estados Unidos.
Nos últimos anos, o país passou por uma mudança em seu perfil de investimentos em energia. Atualmente, a maior parte das adições de capacidade de geração são de fontes renováveis. No entanto, essa transformação está demandando investimentos significativos em infraestrutura de transmissão. No caso das fontes fósseis, como o gás natural ou petróleo, os combustíveis podem ser transportados até unidades de produção de energia mais próximas dos consumidores.
No entanto, no caso de fontes renováveis, a produção de energia não ocorre necessariamente próxima às unidades consumidoras. No caso da geração eólica, por exemplo, a produção depende da ocorrência de ventos constantes e com velocidade adequada.
Ademais, a rede elétrica do país está em idade avançada e necessita de substituição de equipamentos. A conjunção desses fatores impulsionou a demanda por transformadores, favorecendo a Weg. Lembra-se que a empresa possui três centros produtores desses equipamentos no país, além de unidades de produção de componentes e equipamentos no México para auxiliar no suprimento dos produtos.
A Weg também tem realizado investimentos na expansão dessas fábricas para capturar a demanda aquecida e ganhar participação de mercado. No consolidado, as vendas domésticas da Weg somaram R$ 3.744,4 bilhões, um acréscimo de 2,4% t/t e 2,9% a/a.
Já no exterior, a empresa faturou R$ 4.427 bilhões, um aumento de 9,6% t/t e 24,8% a/a. Quanto à lucratividade, a Weg surpreendeu ao exibir uma margem bruta de 33,7%, um avanço de 0,6 p.p. t/t e 6,3 p.p. a/a, mesmo com a elevação de preços do aço no 1T23, que em virtude do ciclo de estoques da empresa reflete-se no 2T23.
Destacamos a melhora do mix, considerando a redução de vendas de placas solares, que são menos lucrativas, o progresso das vendas de EEI e de T&D no exterior. Houve uma piora na diluição das despesas operacionais, que representaram 10,4% das vendas líquidas, +0,4 p.p. a/a.
Entretanto, isso foi mais do que compensado pela boa performance na gestão de custos, e a margem EBITDA atingiu 22,4%, +4,9 p.p. e/a e +0,5 p.p. t/t. Por conta do forte aumento da lucratividade das operações, o lucro líquido atingiu R$ 1.368,4 milhões, +49,9% a/a e +4,7% t/t.
A companhia apresentou mais uma vez uma forte geração de caixa operacional, que atingiu R$ 3.174,3 bilhões, mais do que suficiente para cobrir os investimentos, amortizações da dívida e pagamento de proventos.
O capex da companhia totalizou R$ 444,8 milhões, ou 5,44% da receita líquida, atingindo no acumulado do ano cerca de metade de seu guidance de R$ 1,6 bilhão.
Os investimentos foram destinados ao aumento de produção de motores no Brasil, lembrando que o país supre outras unidades da companhia no exterior com componentes. Destaca-se também os investimentos da empresa no negócio de mobilidade elétrica, preparando-a para o crescimento futuro da frota de veículos elétricos, além dos investimentos na produção de motores e transformadores no México e nas fábricas mais novas de Portugal (motores) e Índia (geradores de alta tensão).
A Weg reportou resultados sólidos e acima de nossas expectativas. A companhia apresentou um bom resultado de EEI no mercado doméstico, considerando a exportação de máquinas aquecida no país.
No entanto, no mercado internacional, notamos uma desaceleração da venda de motores, à medida que a cadeia de suprimentos de seus concorrentes está se normalizando.
Por outro lado, a companhia conseguiu equilibrar essa desaceleração com a captura de market share no segmento de transformadores dos Estados Unidos – os investimentos que a companhia tem feito nas fábricas do país e no México têm se mostrado bastante produtivos. Já as vendas domésticas de energia continuam pressionadas por conta da retração da venda de placas solares. Entendemos que, a partir dos próximos trimestres, deverá acontecer uma retomada gradual desse mercado.
Por conta do mix favorável, com menos placas solares e avanços das vendas de T&D no exterior, além de medidas de aumento de eficiências e corte de custos, a companhia apresentou margens muito fortes, mesmo com a alta dos preços de aço no 1T23.
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Notas de mercado
Aqui no Blog do Grana, você terá informações sobre os principais assuntos da bolsa brasileira (B3), de acordo com relatórios* de mercado.
Pão de Açúcar (PCAR3)
Grupo Pão de Açúcar (GPA) recebeu nova oferta do empresário colombiano Jaime Gilinski pelo Grupo Éxito, de US$ 586,5 milhões por 51% do capital social.
Braskem (BRKM5)
Braskem atrai o interesse da química britânica Ineos, segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.
A petroquímica brasileira já recebeu proposta da Unipar, J&F e do fundo Apollo/Adnoc.
Light (LIGT3)
WNT, de Nelson Tanure, elevou participação na Light para 30,05% do capital.
Light divulgou a eleição de novo Conselho de Administração e de comitês de assessoramento.
Romi (ROMI3)
Romi divulgou lucro de R$ 32,6 milhões no 2º trimestre de 2023, queda de 1,1% na comparação anual. A receita recuou 17% e ficou em R$ 308,6 milhões.
Setor sucroalcooleiro
Vice-presidente, Geraldo Alckmin, defendeu aumento para 30% da mistura de etanol na gasolina em evento com setor sucroalcooleiro.
Frigoríficos
Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, viajará ao Japão para discutir fim do embargo à carne brasileira após caso isolado de gripe aviária registrado em Santa Catarina.
Setor de educação
Proposta de reformulação do FIES impulsionou ações de educação Yduqs e Cogna, ontem (18/7) na Bolsa.
Petrobras (PETR3/PETR4), Prio (PRIO3) e 3R Petroleum (RRRP3)
Preço do petróleo WTI (do Texas/EUA) é negociado próximo de US$ 76 por barril e o tipo Brent (do Mar do Norte) na faixa de US$ 80 por barril.
Vale (VALE3)
Produção de minério de ferro da Vale cresceu 6,3% no 2º trimestre de 2023, para 78,7 milhões de toneladas. As vendas da mineradora aumentaram 1%, para 63,3 milhões de toneladas.
Rio Tinto (RIOT34)
Rio Tinto produziu 81,3 milhões de toneladas de minério de ferro no 2º trimestre de 2023, alta anual de 3%. As ações da Rio Tinto recuavam em Londres (Reino Unido).
Os dados de aumento da produção da Rio Tinto, bem como da mineradora Vale, resultam em um recuo do preço do minério de ferro em Singapura, na Ásia.
Cenário Global
Reino Unido e Europa continental
Inflação ao consumidor (CPI) no Reino Unido subiu 7,9% no acumulado de 12 meses até junho de 2023, ante acumulado de 8,7% em maio.
Maioria das ações sobe em Londres diante da percepção de que o Banco da Inglaterra (BoE) possa reduzir o ritmo de alta de juros.
Inflação anual caiu para 5,5% na zona do euro.
China
China promete implementar políticas de apoio ao consumo sem demora.
Mercado imobiliário nos EUA
Fundo imobiliário norte-americano (REIT) Prologis obteve receita de US$ 2,45 bilhões no 2º trimestre de 2023, alta de 96% na comparação anual.
Destaques observados pelo relatório Bom Dia USA da Avenue, corretora do Itaú em Nova York (EUA):
“A Prologis, que detém propriedades industriais logísticas em cerca de 19 países em quatro continentes, alcançou um FFO (Funds From Operations, que mede o desempenho operacional), por ação de US$ 1,83, superando a estimativa dos analistas de US$ 1,67 alta de 50% em comparação com o 1º trimestre de 2023 e alta de +65% frente o 2º trimestre de 2022.
As receitas também apresentaram um desempenho positivo, totalizando US$ 2,45 bilhões, superando as expectativas de US$ 1,68 bilhão, alta de +37% em comparação com o 1º trimestre de 2023 e +96% frente o 2º trimestre de 2022
No que diz respeito à ocupação de seus imóveis, a Prologis manteve um índice elevado de 97,5%,
ligeiramente abaixo dos 98,0% registrados no primeiro trimestre de 2023, o que ainda é um sinal
positivo para o setor.
Enquanto o crescimento do NOI (Lucro Operacional Líquido) permanece forte, registrando um aumento de 10,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, porém a empresa observou uma leve desaceleração em relação ao recorde de 11,4% alcançado no 1º trimestre de 2023.
Por fim, o FFO por ação para 2023 é agora esperado entre US$ 5,56 e US$ 5,60, acima do guidance anterior. Além disso, a Prologis antecipa um crescimento sólido na receita de aluguéis, com uma
previsão de aumento de 9,50% a 10% no Lucro Operacional Líquido”.
(*) Fontes de conteúdo: CVM, B3, Ágora, Avenue, Banco ABC Brasil, BTG Pactual, Genial Investimentos, Guide Investimentos, Levante, Rico Investimentos, Santander, Terra Investimentos, Toro Investimentos e XP.

O Blog do Grana é a página de conteúdo informativo do aplicativo Grana Capital, parceiro da B3 para ajudar os investidores com o Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF).
