Pesquisa da Korn Ferry sobre remuneração de conselhos
Pesquisa da Korn Ferry realizada anualmente registrou o aumento da remuneração de conselhos das empresas, acima da inflação.
Em sua 10ª edição, realizada em 2022, a pesquisa contou com a participação de 110 empresas, oferecendo uma visão abrangente e atualizada do cenário.
- IR da Bolsa: Como resolver com a ajuda do aplicativo Grana
- Aplicativo Grana Capital faz IR da Bolsa em 15 segundos
CLIQUE AQUI ou abaixo para baixar o aplicativo Grana:

“De acordo com os dados levantados, a remuneração média dos membros dos Conselhos apresentou um crescimento superior à inflação média durante o período de 2015 a 2022. Especificamente para o cargo de Presidente do Conselho, esse aumento (+14%) foi mais do que o dobro da inflação (+6%).
Essa tendência ascendente na remuneração dos conselheiros (+10% ao ano, na média entre 2015 a 2022) no Brasil está alinhada à profissionalização desses órgãos de governança.
Há oito anos, a proporção de membros independentes nos conselhos brasileiros era de 35%. Atualmente, esse número alcançou o patamar de 64%. Além disso, observa-se uma crescente diversidade de gênero nesses espaços, que evoluiu de 5% em 2013 para 22% entre os membros independentes e 18% no geral.
Um aspecto destacado pela pesquisa é a adoção da remuneração de longo prazo, uma prática consolidada nos Estados Unidos que começa a se tornar uma realidade nas empresas brasileiras.
A utilização de Remuneração em ações dobrou nos últimos oito anos, enquanto a remuneração de curto prazo, considerada menos benéfica, está em declínio.
Essas transformações evidenciam uma maior profissionalização, diversidade e adoção de boas práticas de governança e remuneração nos conselhos do Brasil.
No entanto, esse novo patamar demanda profissionais qualificados e experientes para ocupar essas posições nas empresas, um desafio considerando a escassez desse tipo de talento no mercado.
Além disso, outros fatores contribuem para a alta remuneração dos conselheiros no país, como os riscos inerentes a essas posições, o elevado comprometimento de tempo exigido e a remuneração adicional por participação em comitês extras.
Adicionalmente, as empresas brasileiras estão se tornando mais exigentes em relação aos conselheiros, que atuam como consultores internos e muitas vezes auxiliam em questões estratégicas e de gestão, envolvendo-se no dia a dia da companhia.
A pesquisa realizada pela Korn Ferry revela um cenário positivo no que diz respeito à governança corporativa no Brasil, porém destaca que a demanda por profissionais qualificados e experientes para ocupar cargos nos conselhos das empresas cresce em ritmo mais acelerado do que a oferta de candidatos.
Assim como ocorre em níveis executivos e em outros “pools” de talentos, a escassez de profissionais preparados pressiona tanto a demanda quanto a remuneração dessas posições.
Em suma, o panorama de remuneração e governança de conselhos no Brasil é promissor. O aumento da remuneração dos membros dos conselhos, o crescimento da presença de membros independentes e a busca por maior diversidade de gênero indicam um movimento de profissionalização e modernização desses órgãos de governança.
No entanto, diante da escassez de profissionais qualificados e experientes disponíveis no mercado, surge o desafio de suprir essa demanda crescente. A governança corporativa no País avança, mas é essencial investir em capacitação e atração de talentos para garantir um futuro sustentável e bem-sucedido para as empresas brasileiras”.
(*) Fontes de conteúdo: Artigo por Carlos Siqueira, Sócio Sênior e Head de Remuneração na Korn Ferry e Bruno Ricciardi, consultor da Korn Ferry.

O Blog do Grana é a página de conteúdo informativo do aplicativo Grana Capital, parceiro da B3 para ajudar os investidores com o Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF).
