Fundo saudita teria recebido aprovação para comprar unidade de níquel e cobre da Vale

Fundo saudita tem interesse em níquel e cobre da Vale

Fundo saudita tem interesse em unidade de níquel e cobre da mineradora Vale. Segundo especulações de mercado, sem confirmação à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o Fundo de Investimento da Arábia Saudita teria recebido aprovação para adquirir uma participação nas operações de metais básicos (níquel e cobre).

Os sauditas, após acordo com a administração da mineradora, devem adquirir cerca de 10% da unidade. O valor da proposta é de US$ 2,5 bilhões, algo como R$ 12 bilhões – em linha com o que a Vale já havia divulgado em Fato Relevante há algumas semanas.

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Relatório da Levante sobre Vale (VALE3)

O fundo Saudita teria superado na disputa a Mitsui do Japão, um fundo de Investimentos do Qatar e outros concorrentes. Os metais, como cobre e níquel, têm impulsionamento global por conta da busca por uma migração para a energia mais limpa.

A Vale opera três sistemas no Brasil para a produção e distribuição de minério de ferro. São eles: o sistema Norte, Sudeste e Sul. Este é o seu principal negócio e de onde os analistas atribuem a maior parte do valor da companhia quando fazem seus modelos de valuation.

O Sistema Norte é integrado e consiste em três complexos de mineração e um terminal marítimo. O mais relevante deles é Carajás, no estado do Pará. Já o Sistema Sudeste também consiste em três complexos minerários, uma ferrovia, um terminal marítimo e um porto. Por fim, o Sistema Sul conta com dois complexos minerários e dois terminais marítimos.

A mineradora dispõe de oito plantas para operacionalizar produção de pelotas de minério de ferro no Brasil e duas em Omã. Já os metais para Transição Energética, que é o negócio do futuro para Vale e que tem recebido propostas de investimentos de investidores internacionais, compreende a produção de minerais não ferrosos, operações de níquel e cobre.

No que se refere ao níquel, as principais operações da companhia são conduzidas por meio da sua subsidiária Vale Canadá, que possui minas e plantas de processamento no Canadá e na Indonésia, e controla e opera instalações de refino de níquel no Reino Unido e no Japão.

A Vale também tem operações de níquel em Onça Puma, localizada no estado do Pará. No caso do cobre, a produção da Vale se concentra no Brasil – mais especificamente em Sossego e Salobo, em Carajás. A Vale tem um grande valor a ser destravado do seu negócio de metais básicos e, com a conclusão da parceria, isso deve começar a acelerar.

Assim, espera-se ampliação das receitas da companhia, que atualmente vem majoritariamente de seu principal produto, o minério de ferro. Para 2023, a Vale espera uma produção, divulgada no seu guidance, de 315 milhões de toneladas.

Principal mercado da empresa, a China está enfrentando dificuldades para apresentar o mesmo crescimento dos anos anteriores. No entanto, acreditamos que o governo continuará seus investimentos na construção civil e em seu parque industrial, buscando retomar o crescimento. Isso mantém o preço do minério de ferro elevado, negociando próximo de US$ 112 por tonelada.

Já o dólar na casa dos R$ 4,78 permite que a Vale continue mantendo uma forte geração de caixa. A mineradora segue com um baixo endividamento, e com isso deve manter sua média dos últimos três anos de dividend yield (DY) em torno de 11% para os próximos doze meses.

(*) Fontes de conteúdo: B3, CVM, Vale RI e casa de análise Levante.

Blog do Grana é a página de conteúdo informativo do aplicativo Grana Capital, parceiro da B3 para ajudar os investidores com o Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF).

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