Entenda o tamanho da decisão da S&P sobre a nota do Brasil
Entenda o tamanho da decisão da S&P sobre a nota do Brasil. Leia abaixo relatório da casa de análise Levante sobre esse assunto que colaborou na forte alta de 1,99% do Ibovespa em 14 de junho de 2022 e a queda de 1,15% do dólar, a R$ 4,8063 no mercado à vista da B3, ao menor patamar desde 6 de junho de 2022:
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“Uma das tarefas mentais mais difíceis para o investidor é analisar os fatos de maneira objetiva. A objetividade absoluta é impossível, mas podemos tentar. E é preciso ser objetivo em relação à notícia da quarta-feira (14), de que a agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) elevou para “positiva” (frente ao anterior “estável”) a perspectiva da classificação de risco (rating) do Brasil. O rating do País está em “BB-” desde 2019.
A mudança de perspectiva indica que, para a S&P, o próximo movimento (ainda sem data, e que pode nunca ocorrer) será uma melhora do rating, provavelmente para “BB”. Essa elevação, se ocorrer, vai reduzir para dois graus a diferença do risco brasileiro para o grau de investimento. A mudança na perspectiva, que é um movimento que antecede as elevações ou os rebaixamentos do rating, foi justificada pela S&P devido a sinais de “maior certeza sobre políticas fiscais e monetárias”.
Além disso, para a agência, a aprovação do arcabouço fiscal pela Câmara pode fazer com que a dívida pública cresça menos do que o previsto. Mudanças na classificação de risco são eventos importantes. Por isso mesmo, eles devem ser encarados com o que são.
Nos primeiros anos deste século, quando a estabilização da inflação pós-plano Real começava a render seus bons frutos, as agências de rating mantinham a nota brasileira pior do que a de países vizinhos com situações complicadas. Por exemplo a nota brasileira era inferior à da Colômbia, naquele momento sofrendo uma guerra civil e com parte de seu território dominado pelo narcotráfico. Mesmo assim, a classificação colombiana estava mais perto do grau de investimento do que a brasileira.
Quando visitou o Brasil, o então responsável global por uma das agências foi questionado a esse respeito. Sua resposta foi clara. “O rating não quer dizer que é melhor ou mais seguro morar na Colômbia do que no Brasil, quer dizer apenas que a probabilidade de a Colômbia não honrar seus pagamentos é menor do que a do Brasil.” Esse é o sentido da mudança na perspectiva do rating brasileiro. Para a S&P, a economia deve crescer mais. Mais crescimento permite arrecadar mais impostos, e isso reduz a probabilidade de o governo não conseguir honrar seus pagamentos. Para as agências, as situações raramente são binárias. As mudanças são gradativas e milimétricas.
O que a melhora da perspectiva significa? Na prática, que há uma probabilidade um pouco maior de que, na margem, venham mais investimentos internacionais para o Brasil. Isso poderá ter influências duradouras sobre os preços dos ativos financeiros, que terão de ser analisadas com cuidado” .
(*) Fonte de conteúdo: Levante

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