Reunião do Federal Reserve (FED, o BC dos EUA) impõe cautela aos mercados globais

Reunião do Federal Reserve (FED, o BC dos EUA)

Reunião do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) que deve ser concluída hoje (14/06) impõe cautela aos mercados globais.

A expectativa do mercado é de interrupção no ciclo de alta dos juros, atualmente na faixa entre 5% e 5,25% ao ano.

A entrevista coletiva do presidente do Fed, Jerome Powell, será a partir das 15h30 de hoje (14/06).

Segundo relatório da casa de análise Levante, todos os olhos e ouvidos dessa entidade conhecida como mercado (que, resumidamente, é uma multidão querendo ganhar dinheiro com diferenças de preços) estarão voltados para Washington na tarde desta quarta-feira (14), à espera da entrevista coletiva concedida por Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), o banco central americano. O Fed vai anunciar sua decisão para as taxas de juros.

Há um consenso de estabilidade: cerca de 90 por cento das projeções indicam que o Fed manterá os juros na faixa atual entre 5,00 e 5,25 por cento ao ano. Daí a atenção às declarações de Powell.

Para entender a importância, é preciso colocar as coisas em perspectiva. No início de 2020, o Fed realizou a maior injeção de dinheiro na economia da história, de modo a conter os impactos econômicos da pandemia. Ninguém discute dois fatos: 1) a medida foi correta; 2) ela durou tempo demais. Com isso, o balanço do Fed dobrou de 4 trilhões para mais de 8 trilhões de dólares.

Tanto dinheiro na economia teve dois efeitos. O primeiro foi, como era de se esperar, elevar os preços. Mais dinheiro, mais inflação. O segundo foi aumentar estruturalmente os custos da mão de obra. A injeção de recursos multiplicou a renda das pessoas (houve pagamentos diretos de cheques aos americanos), o que retirou bastante gente do mercado de trabalho. Por exemplo, muitos trabalhadores aproveitaram o embalo da pandemia para se aposentar ou começar pequenos negócios em casa. Tudo isso elevou estruturalmente a inflação.

Para piorar, a pandemia exacerbou um movimento que se convencionou chamar de “desglobalização”: a redução da integração entre as economias, especialmente Estados Unidos e China. Assim, houve um componente estrutural adicional de alta nos preços.

Tudo isso entre 2020 e 2022, quando os índices de inflação já estavam fora de controle e o Fed começou, com razoável atraso, a elevar os juros para corrigir o problema. Desde março do ano passado as taxas subiram de zero para o patamar atual, o maior aperto monetário desde os anos 1970.

Agora, a pergunta é: o processo acabou, ou ainda será preciso seguir elevando os juros para conter uma inflação que teima em ser mais do que o dobro da meta? Só para lembrar, na terça-feira (13) foi divulgado o Consumer Price Index (CPI) de maio. O “núcleo” do índice, que exclui os preços dos alimentos e da energia, indicou uma alta de 5,3 por cento nos preços em 12 meses, ante uma meta de 2 por cento. O que esperar?

Pode ser que o Fed entenda que a dose de juros foi suficiente, e agora é caso de esperar o remédio fazer efeito. Ou pode ser que ele indique que a estabilidade é apenas uma pausa, mas que todos seguem vigilantes. Ou, na menos provável das hipóteses, pode ser que Powell esteja de mau humor com os juros e o Fed anuncie uma elevação dos juros. Isso provocará uma volatilidade intensa nos preços.

Agora é esperar a reunião.

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Dólar à vista na B3

Secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, disse que não é uma surpresa que países estejam buscando alternativas ao dólar.

Mas Yellen afirmou que nenhum outro país possui uma moeda capaz de replicar o papel do dólar, nem mesmo a China.

Ontem (13/06), o dólar caiu 0,08%, para R$ 4,8624 no mercado à vista da B3, no menor nível em pouco mais de um ano.

Juros no Reino Unido

Presidente do Banco da Inglaterra, Andrew Bailey, considera que a inflação cairá no Reino Unido rumo à meta, mas que processo está demorando bem mais que o previsto.

(*) Fontes de conteúdo: B3, Levante, BTG Pactual e Terra Investimentos.

Blog do Grana é a página de conteúdo informativo do aplicativo Grana Capital, parceiro da B3 para ajudar os investidores com o Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF).

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