Banco Central dos EUA (FED) interrompe ciclo de alta dos juros e deixa taxa inalterada

Banco Central dos EUA (FED) interrompe ciclo de alta dos juros

O Banco Central dos EUA, o Federal Reserve (FED) interrompeu hoje (14/06), o ciclo de alta dos juros.

Dessa forma, a taxa dos Fed Funds ficou inalterada na faixa entre 5% e 5,25% ao ano. A manutenção dos juros era amplamente esperada pelo mercado.

Segundo relatório da Terra Investimentos, o Comitê de Mercado Aberto (FOMC) do FED alegou que a pausa possibilita um acesso adicional de dados, mas reforçou que o mercado de trabalho segue evoluindo e o desemprego está baixo.

Ou seja, não está descartado um eventual aumento de juros nas próximas reuniões, se a inflação nos EUA permanecer elevada por mais tempo.

De acordo com relatório da Órama Investimentos, o Fed novamente evidenciou a resiliência da economia, com dados de emprego fortes e com uma inflação ainda alta, ressaltando que seu compromisso é trazer a inflação de volta para a meta de 2%. 

No documento divulgado pelo BC dos EUA, o FED defendeu que a manutenção da taxa tem objetivo de permitir ao Comitê ter mais informações e entender os efeitos defasados da política monetária para, caso necessário, continuar com ciclo de alta futuramente para assegurar a volta da inflação para a meta.

Em relação às projeções macroeconômicas, destaque é a mediana das projeções de juros para o fim de 2023 e 2024, acima da última divulgação (março/2023), indicando a taxa dos Fed Funds de 5,6% e 4,6%, respectivamente, apontando uma taxa mais alta por um período mais prolongado do que o antecipado. 

Para encerrar, o FOMC “ainda sugere que o banco central está inseguro quanto ao cenário inflacionário, o que implica, em nossa visão, juros elevados por mais tempo”, conclui o relatório da Órama.

Além disso, segue o comentário do Diego Costa, Head de Câmbio para o Norte e Nordeste da B&T Câmbio sobre a reunião do FED que aconteceu na tarde de hoje:

“Após dez altas consecutivas, o Fomc manteve os juros inalterados na faixa entre 5 e 5,25%, conforme esperado. A decisão foi unânime e baseada nos indicadores atuais, a pausa não indica necessariamente que o próximo movimento será o mesmo ou de corte. O presidente do Fed, Jerome Powell, sugeriu que novos aumentos ao longo do ano podem ser considerados apropriados, enfatizando a importância de monitorar a inflação e o mercado de trabalho, enquanto a crise no setor bancário parece estar sob controle, as projeções indicam mais duas elevações de 0,25 ponto-base neste ano.

Com a decisão do Fed, as perspectivas econômicas de crescimento no Brasil positivas, juntamente com a desaceleração da inflação e a manutenção do diferencial de juros com a Selic a 13,75%, o real continua atraente e mantendo patamar abaixo dos R$ 4,85 em meio ao aumento do apetite ao risco”, conclui Diego Costa, Head de Câmbio para o Norte e Nordeste da B&T Câmbio.

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Na avaliação de André Carvalho, diretor de portfólio da Acura Capital, o Brasil caminha na direção de redução gradual das taxas de juros.

Segundo Carvalho, na última semana, o grande destaque foi a divulgação do IPCA de maio no Brasil, 0,23% no mês e 3,94% no acumulado de 12 meses, abaixo das expectativas do mercado que estavam em 0,33% para o mês. O que levou a uma redução das expectativas para os números de inflação de 2023 e 2024, as expectativas agora estão em 5,00% e 4,00% respectivamente.

Para essa semana o destaque no Brasil é a divulgação de índices de atividade, como vendas no varejo (PMC) em que se espera queda de -0,4% no mês; IBC – BR que também se espera queda de -0,4% no mês.

“O IPCA de maio divulgado na semana passada reforça a visão de que a política monetária deverá ser relaxada, acredita-se que em agosto já poderíamos ter o início do ciclo de queda de juros. Apesar do número de crescimento do PIB do 1T ter sido positivo e acima das expectativas, o grande fator motivador foi o agronegócio, a atividade em serviços e indústria apontam para desaceleração”, afirma André Carvalho, diretor de portfólio da Acura Capital.  

“Com a paulatina redução do risco fiscal, acreditamos que o real deverá atingir o patamar de R$ 4,80 por dólar, reforçado também pelo forte fluxo comercial”, finaliza André.

(*) Fontes de conteúdo: Federal Reserve (FED) e agências de notícias internacionais

Blog do Grana é a página de conteúdo informativo do aplicativo Grana Capital, parceiro da B3 para ajudar os investidores com o Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF).

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