Safra de balanços do 1º trimestre de 2023
A safra de balanços do 1º trimestre de 2023 que repercute hoje (4/5) na Bolsa conta com as divulgações dos resultados de Prio, Dexco, Eletromídia, Banco Pan, Quero-Quero e Iguatemi.
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Safra de balanços
Prio (PRIO3)
A Prio (PRIO3 – antiga PetroRio), maior empresa independente de óleo e gás do Brasil e especialista em recuperação de campos maduros, encerrou 1T23 com receita líquida recorde de US$ 565 milhões, aumento de 82% na comparação com o ano anterior, e EBITDA ajustado também recorde de US$ 379 milhões, alta de 66%. O lucro líquido (ex-IFRS 16) do período atingiu US$ 231 milhões, um aumento de 1% versus o registrado em 2022.
No primeiro trimestre de 2023, a PRIO teve produção média recorde de 61 mil de barris de óleo e vendeu 7,3 milhões, sendo o preço médio bruto de venda de US$ 82,93, 25% abaixo do registrado no 1T22, devido principalmente à queda da cotação do Brent.
Na linha de custos, o lifting cost consolidado da PRIO voltou ao patamar de US$ 9,5/bbl, reflexo da incorporação de Albacora Leste, cujos custos começaram em níveis um pouco mais altos do que as demais operações da Companhia, e que serão ajustados ao longo próximos meses. Acreditamos que o melhor hedge para a volatilidade da commodity é um baixo custo de operação.
“Apesar dos ambientes macro e geopolítico desafiadores e do aperto monetário internacional, o primeiro trimestre foi marcado por um significativo aumento de produção que atingiu mais de 90 mil barris de óleo por dia graças ao bem-sucedido Plano de Revitalização de Frade, ao início da operação de Albacora Leste e a alta eficiência operacional alcançada no cluster de Polvo e Tubarão Martelo”, afirma Milton Rangel, CFO da PRIO.
Ao final de janeiro, a PRIO concluiu a aquisição de Albacora Leste, adicionando aproximadamente 24 mil barris de óleo por dia às operações. A companhia passou o mês de fevereiro e a maior parte do mês de março trabalhando em melhorias nas áreas de segurança operacional, e integridade no FPSO Forte, o que deve melhorar os atuais níveis de eficiência, a exemplo do que fazem em todas as suas operações.
No cluster de Polvo e Tubarão Martelo, além da incorporação da Dommo em janeiro, através da qual atingiram participação de 100%, a empresa voltou com a produção dos poços TBMT-4H e TBMT-8H e fez uma parada programada bem-sucedida visando, principalmente, uma redução expressiva do consumo de diesel e um aumento significativo da eficiência nas bombas multifásicas de Polvo. Hoje o cluster apresenta uma produção média de 18 mil barris de óleo por dia.
Com dois novos poços produtores, o campo de Frade chegou à marca de 50 mil barris de óleo por dia. O MUP5 (F23P1) entrou em produção no início de março com produção inicial de 8kbpd, enquanto o N5P2 (F23P2) começou com 11kbpd nos últimos dias do primeiro trimestre. Nos próximos meses, a PRIO ainda planeja finalizar mais um poço produtor, ODP5 (F23P3), um injetor (F23I1) e ao menos um prospecto exploratório antes de iniciar o desenvolvimento de Wahoo.
Dexco (DXCO3)
Safra de balanços
A Dexco, detentora das marcas Deca, Portinari, Hydra, Duratex, Castelatto, Ceusa e Durafloor, registrou Receita Líquida de R$ 1,71 bilhão no primeiro trimestre, redução de 19,7% na comparação com o 1T22. O EBITDA ajustado e recorrente do trimestre foi de R$ 484 milhões, com margem EBITDA de 20,6%. Foram números saudáveis, mesmo diante de um contexto econômico bastante desafiador para os segmentos de atuação da empresa. O Lucro Líquido de R$ 109 milhões no primeiro trimestre de 2023 teve queda de 45% na comparação com mesmo período do ano anterior.
“Os primeiros meses de 2023 foram de reconhecida instabilidade econômica no país. Trata-se de um fenômeno que atingiu diversos setores da economia, entre eles os segmentos de construção, reforma e bens de consumo. Diante dos desafios, os negócios da empresa apresentaram impactos variados. Porém, já é possível observar indicadores promissores para os próximos trimestres”, destaca Antonio Joaquim de Oliveira, CEO da Dexco.
Um claro exemplo é o negócio de Celulose Solúvel, representado pela LD Celulose, joint venture entre a Dexco e a austríaca Lenzing, que continua com indicadores bastante favoráveis. Mesmo em cenário de pressão de custos devido a parada programada de manutenção, o negócio apresentou 92 mil toneladas de volume vendido e possibilitou a importante contribuição de R$ 133,2 milhões ao EBITDA trimestral da Dexco. “A expectativa é que a LD Celulose, que entrou em fase 100% operacional no último trimestre de 2022, se consolide e contribua cada vez mais para os nossos resultados”, completa Antônio Joaquim.
A Dexco fechou o 1T23 com alavancagem de 2,7x, com crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior, mas ainda em patamar saudável e condizente com a estrutura de capital que a empresa tem hoje. “A companhia enxerga como natural uma alavancagem em patamar de até 3,5x diante de um cenário de continuidade do plano de investimentos para expansão orgânica de ativos, como o que ocorre atualmente na Dexco”, afirma Francisco Semeraro, CFO da Dexco.
No trimestre, a companhia manteve inalterado o seu plano de investimentos para crescimento orgânico no país, mesmo diante do cenário reconhecidamente desafiador. Foram R$ 21 milhões em projetos de produtividade, melhora de mix e automação de Deca; R$ 15 milhões na nova unidade de revestimentos cerâmicos em Botucatu (SP); e R$ 13 milhões para melhora de mix de painéis de madeira, melhorias fabris e expansão florestal.
Além disso, os processos de liability management liderados pela empresa seguem entregando bons resultados no alongamento da dívida, com aumento de 17 p.p na dívida de longo prazo na comparação anual. Atualmente, 85% do estoque de dívida da empresa é de longo prazo, com perfil médio de 3,9 anos, trazendo maior conforto para tomada de decisão e alocação de capital, diante das dificuldades do cenário externo. “Essa soma de fatores de solidez financeira proporcionou à Dexco a recente manutenção do seu rating global em BB+ pela agência Fitch”, ressalta Semeraro.
A empresa também aportou R$ 140 milhões em Capex Sustaining, com foco no processo de reflorestamento. “A Dexco confia na estratégia de investimento no incremento do seu ativo florestal, pois entende que esse será um importante diferencial para o futuro, diante da menor disponibilidade de madeira no Brasil”, complementa o executivo.
A divisão Madeira, com as marcas Duratex e Durafloor, apresentou EBITDA ajustado e recorrente de R$ 331,5 milhões no primeiro trimestre de 2023, o que representa queda de 7,7% na comparação anual, porém, 13,9% acima do 4T22. Já a Receita Líquida encerrou o período em R$ 1.137 milhões, 15,7% menor do que o 1T22. “É importante ressaltar, porém, que a divisão de madeira apresentou aumento de margem, que chegou a 29,1%, contra 26,6% no primeiro trimestre de 2022. Esse crescimento demonstra acerto no processo produtivo e na estratégia de portfólio, mesmo diante do cenário economicamente instável”, avalia Antonio Joaquim.
A unidade de negócios tem conseguido sustentar patamares de rentabilidade, o que comprova a resiliência da divisão frente à instabilidade do mercado. Ela também traz perspectivas positivas para o longo prazo, já que o investimento conduzido pela Dexco para recomposição e expansão de ativos florestais deve se consolidar, cada vez mais, como um diferencial competitivo.
Já a divisão Acabamentos para a Construção foi mais impactada pela piora do mercado. A unidade de louças e metais, com as marcas Deca e Hydra, apresentou retração nas vendas, em especial dos produtos de maior valor agregado, e pressão de custos impactando as margens, encerrando o trimestre com EBITDA ajustado e recorrente de R$ 22 milhões.
A unidade de revestimentos, que atua com as marcas Ceusa, Portinari e Castelatto, também sentiu a piora na demanda. Isso se somou ao alongamento das paradas das fábricas de revestimentos cerâmicos e resultou em EBITDA ajustado e recorrente negativo de R$ 2,4 milhões no 1T23. “É importante ressaltar que já foi possível perceber uma recuperação de vendas no setor a partir do mês de março, com perspectiva de crescimento nos próximos meses, e expectativa de aumento das exportações de painéis de madeira e revestimentos.
Além disso, é possível vislumbrar chance de evolução para esses segmentos de negócio no segundo semestre de 2023, quando diversos empreendimentos imobiliários, que tiveram lançamento e início de construção em 2021, chegam ao patamar de entrega e acabamento, o que beneficia os negócios da Dexco. O cenário de estoque mais equilibrado oferece expectativa positiva de captura do potencial aumento de demanda”, explica Francisco Semeraro.
Eletromidia (ELMD3)
Safra de balanços:
A Eletromidia (B3: ELMD3), empresa líder no mercado de OOH (out of home) brasileiro e primeira oferta pública de uma empresa Adtech no país, divulgou seus resultados consolidados do 1º trimestre de 2023 (1T23), encerrado em 31 de março de 2023.
A companhia obteve uma Receita Bruta de R$ 196 milhões no primeiro trimestre de 2023, aumento de 48,5% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Já o EBITDA Ajustado alcançou R$ 51 milhões, significativa ampliação em relação ao EBITDA de R$ 9 milhões do primeiro trimestre de 2022.
A expansão dos painéis digitais em edifícios, sobretudo residenciais, e a digitalização dos ativos de rua, também foram destaques no 1T23. Neste período, a Eletromidia atingiu 63,7 mil faces publicitárias, aumento de 484 quando comparado ao 1T22, sendo o maior número de faces publicitárias em um primeiro trimestre. O crescimento registrado foi impulsionado pela instalação de novas telas em ativos já existentes, digitalização e expansão em elevadores.
“O ano de 2023 celebrou a retomada de circulação sem as restrições da pandemia. O carnaval, uma das festas populares mais importantes do Brasil foi celebrado por inteiro em todo território nacional, com grande visibilidade e alcance de público. Assim como a edição 2023 do Lollapalooza em São Paulo. Com nossa atuação estratégica, a Eletromidia se destacou por oferecer soluções criativas e inovadoras para marcas que buscaram aumentar sua presença e visibilidade durante os eventos. Estando posicionados em locais estratégicos das cidades e com projetos diferenciados, transmitimos mensagens publicitárias, conteúdos relevantes para o público, maximizando o impacto das campanhas de nossos clientes.”, afirma o CEO da Eletromidia, Alexandre Guerrero.
O Lucro Bruto alcançado totalizou R$ 70,7 milhões, um crescimento de 180% em relação ao mesmo período do ano passado. O lucro líquido ajustado, por sua vez, atingiu R$ 3,5 milhões, representando um crescimento de 155,6% ou R$9,8 milhões em relação ao primeiro trimestre do último ano. A Margem Líquida Ajustada no 1T23 foi de 1,9%, um aumento de 7.7p.p. em relação à Margem Líquida Ajustada de -5,8% registrada no primeiro trimestre de 2022.
Já em março, a Eletromidia ampliou a parceria com a Tembici. O projeto, que já estava presente em Brasília, Recife e Rio de Janeiro, agora também conta com uma nova oferta de mídia em Belo Horizonte, Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre, contemplando o fornecimento, instalação e manutenção de 194 faces digitais nas cidades. Este é mais um passo importante da Eletromidia na expansão do core business com a consolidação de seu posicionamento no mercado de mídia out-of-home no Brasil na vertical de ruas, atuando em 10 das 11 maiores capitais do país.
“Continuamos a nos preparar diligentemente para capitalizar as oportunidades do mercado, investindo em tecnologia, inovação e parcerias estratégicas que nos permitam avanço contínuo no out-of-home, fruto de uma estratégia equilibrada e consistente, priorizando tanto o crescimento quanto a rentabilidade. Acreditamos que essa combinação de ousadia e determinação é essencial para alcançar nossos objetivos e manter nossa posição de liderança no competitivo mercado de mídia OOH.”, conclui Guerrero.
Banco Pan (BPAN4)
Safra de balanços :
O Banco PAN (BPAN4) encerrou o primeiro trimestre de 2023 com 25,2 milhões de clientes, avanço de 30% na comparação anual, e reportou lucro líquido ajustado de R$ 193 milhões, em linha com o desempenho do 1T22. O ROE (retorno sobre patrimônio) ajustado foi de 11,6%.
A carteira de crédito do Banco PAN alcançou R$ 39,3 bilhões no 1T23, alta de 8% na comparação anual, sendo 91% do portfólio com garantias. Deste total, 45% correspondem a operações de financiamento de veículos – o segmento apresentou avanço de 17% na comparação com o 1T22. O volume transacionado foi de R$ 22 bilhões no primeiro trimestre.
“Encerramos mais um trimestre com crescimento consistente, mantendo postura conservadora na concessão de crédito, com foco na originação de produtos colateralizados. Apresentamos importantes avanços na experiência do cliente e, ao longo do ano, seguiremos evoluindo nessa direção, ampliando engajamento e recorrência, entregando resultados sólidos”, afirma Carlos Eduardo Guimarães (Cadu), CEO do Banco PAN.
O nível de inadimplência acima de 90 dias fechou março em 7,2%, patamar similar ao 4T22. Já a receita de serviços avançou 47% na comparação com o primeiro trimestre de 2022, para R$ 295 milhões, reflexo da diversificação nas linhas de negócio.
Outro destaque é a agenda ESG. O PAN ficou em primeiro, entre os bancos, nos rankings do GPTW Étnico Racial e LGBTQIA+ e está entre os TOP 3 no GPTW Mulher pelo terceiro ano consecutivo. O banco também aderiu à Ambição 2030, do Pacto Global da ONU, e ao Pacto de Promoção à Equidade Racial, além de estar no Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3 (ISE/B3) com o 9º melhor desempenho, o segundo melhor entre os bancos.
O PAN expandiu em 23% o número de clientes com produtos de crédito contratados, entre consignado, veículos, antecipação do FGTS, empréstimo pessoal, cartão e Car Equity. No 1T23, o número de clientes segurados (com apólices vigentes) aumentou 71% em relação ao 1T22, para 2,4 milhões, reflexo da ampliação do número de modalidades oferecidas.
No 1T23, o take rate da Mosaico foi de 9%, com receita de R$ 65 milhões. Já Mobiauto, marketplace de veículos do PAN, segue com crescimento relevante na quantidade de carros anunciados, avanço de 26% em relação ao primeiro trimestre de 2022. Além disso, o número de lojistas cadastrados na plataforma saltou de 4 mil para 7,4 mil na comparação anual.
“Nossa estratégia é oferecer soluções criativas e inteligentes que facilitem a vida dos brasileiros, por meio de uma jornada única de banking e consumo. Queremos ampliar a integração dos nossos produtos e canais, com ofertas e serviços cada vez mais personalizados aos nossos clientes”, complementa Inácio Caminha, Superintendente Executivo de RI e Captação.
Lojas Quero-Quero (LJQQ3)
Safra de balanços :
A Lojas Quero-Quero — rede de casa & construção com mais lojas no Brasil — apresentou no 1º trimestre de 2023 receita bruta de R$ 643,9 milhões, registrando crescimento de 6,8% no trimestre e 81,8% de incremento sobre o mesmo período de 2019, equivalente a um crescimento anual composto (CAGR) de 16,1%. O EBITDA demonstrado foi de R$ 29 milhões no 1T23.
Na comparação ao período pré-pandemia (2019), o indicador de Vendas Mesmas Lojas (SSS) no 1T23 teve crescimento de 23,4% no trimestre e de 74,5% no total de vendas de Varejo.
No trimestre, a rede inaugurou sete lojas, totalizando 535 lojas em 445 cidades, distribuídas pelos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e São Paulo.
Peter Furukawa, CEO da Lojas Quero-Quero, destaca os resultados do período. “Começamos 2023 com uma visão e expectativas similares ao início de 2022. Acreditamos que este ano também será muito desafiador, e por isso a nossa estratégia permanece a mesma, focada no investimento de longo prazo e no curto prazo na geração de caixa operacional. Focaremos nas reformas e na abertura de lojas em mercados onde a marca já é consolidada e que devem gerar retornos de curto prazo mais expressivos. Nosso objetivo continua sendo entregar lojas rentáveis e que possam contribuir para o plano de crescimento da empresa”, conta.
A companhia continuou apresentando crescente adesão dos clientes às vendas Figitais, seja através de canais digitais ou dos produtos incluídos na loja infinita, o que representou 21% das vendas totais da companhia no 1T23. “Enxergamos essa tendência de forma positiva, pois permite que estejamos mais presentes na vida dos nossos clientes e ofereçamos um mix mais amplo de produtos”, diz Furukawa.
O volume transacionado no cartão de crédito Quero-Quero VerdeCard continuou apresentando crescimento, crescendo 16,2% frente ao ano anterior, tanto dentro das lojas (+6,5%) quanto em estabelecimentos conveniados (+24,2%). Os números refletem no incremento da receita de serviços financeiros e de cartão de crédito, bem como no crescimento da carteira líquida total do cartão VerdeCard, que ampliou 17,6% no trimestre no comparativo ao mesmo período do ano passado.
Iguatemi (IGTI11)
A Iguatemi S.A. [B3: IGTI11], uma das maiores companhias full service no setor, com participação em 14 shopping centers, dois premium outlets e quatro torres comerciais, além do e-commerce Iguatemi 365 e das lojas próprias operadas pela i-Retail, encerra o primeiro trimestre de 2023 com resultados robustos, evoluindo seus principais indicadores operacionais. A empresa registrou recorde em Vendas Totais de R$ 3,9 bilhões no período, um crescimento de 16,8% sobre o 1T22, trimestre que já havia demonstrado performance acima de 2019.
“Um ponto importante e que vale ser destacado, falando sobre o aumento nas vendas, é que ficamos 8,7 p.p. acima do crescimento médio do setor de shopping centers no Brasil nos dois primeiros meses do ano, o que evidencia a força da nossa marca e a qualidade do portfólio da Iguatemi, composto por ativos bem posicionados nos segmentos de renda mais resilientes às adversidades econômicas”, comenta Guido Oliveira, CFO da Iguatemi S.A. A Receita Líquida atingiu R$ 270,2 milhões no 1T23, 18,3% acima do 1T22. Excluindo o efeito de linearização, a Receita Líquida chega a R$ 286,5 milhões, +23,0% versus o mesmo período do ano passado.
Neste primeiro trimestre do ano, a companhia qualificou ainda mais seu mix, atingindo crescimento de 15% em vendas mesmas lojas (SSS) e de 16,8% em vendas mesmas áreas (SAS) versus o 1T22. Os segmentos que melhor performaram foram as operações de Alimentação e Serviços, Entretenimento, Outros, registrando, respectivamente, crescimento de 19,6% e 19,3% em relação ao mesmo período do ano passado.
A resiliência do crescimento de vendas possibilitou à Iguatemi seguir com a retirada de descontos dos seus lojistas e a correção dos aluguéis acima da inflação na renovação de contratos. Dessa forma, no 1T23 a empresa atingiu o nível mais baixo de descontos desde o mesmo período de 2015. “Estes movimentos são responsáveis pelo crescimento real nos indicadores aluguéis mesma lojas (SSR) e aluguéis mesmas áreas (SAR) que registram aumento de 19,7% e 17,3%, respectivamente, ganho real de 12,3 pontos percentuais (p.p) e de 9,9 p.p. sobre o IGPM. Mais uma vez, os bons números demostram a qualidade do nosso portfólio e nossa capacidade em extrair cada vez mais valor em nossos espaços”, reforça Oliveira.
Mesmo com a sazonalidade do trimestre, a inadimplência líquida atingiu 4,4%, em linha com a média histórica da companhia de 3,6% para o mesmo período do ano. Os empreendimentos da Iguatemi encerraram o 1T23 com uma taxa de ocupação média de 92,7%, indicador dentro do esperado para estes primeiros meses do ano. O custo de ocupação médio foi de 13,2% no 1T23, 0,6 p.p. abaixo do 1T22, se mantendo nos patamares históricos, o que reforça a saúde dos lojistas presentes no portfólio mesmo com os reajustes de aluguel e retirada dos descontos.
Excluindo o efeito da linearização, Infracommerce e o resultado do SWAP das ações, o EBITDA consolidado atingiu R$ 198,9 milhões no 1T23, aumento de 31,1% versus 1T22, com margem EBITDA de 69,5%. O FFO ajustado foi de R$ 110,8 milhões, 43,6% acima do 1T22, com margem FFO ajustada de 38,7%. Seguindo a mesma linha, o Lucro Líquido Ajustado atingiu R$ 66,5 milhões no 1T23, 72,7% acima do 1T22, com margem líquida ajustada de 23,2%.
Considerando apenas o Iguatemi 365 e a operação da i-Retail, a companhia apresentou Receita Bruta de R$ 30,2 milhões no trimestre, 16,1% acima do mesmo período do ano passado. A Receita Líquida chegou a R$ 22,4 milhões, aumento de 15,5% sobre o 1T22. Este crescimento reflete a melhora nas vendas das marcas como Polo Ralph Lauren, Balenciaga e Birkenstock da operação da i-Retail, e da melhora operacional do Iguatemi 365, que teve aumento de 80% nos SKUs de moda/fashion, representando 89% do GVM da plataforma no período.
Apostando no adensamento das regiões onde seus empreendimentos estão inseridos, a Iguatemi acaba de anunciar o projeto Casa Figueira, bairro planejado localizado no entorno do shopping Iguatemi Campinas. Com 1 milhão de metros quadrados e VGV (Valor Geral de Venda) estimado de R$ 10 bilhões, o Casa Figueira será construído em Campinas, 5ª região metropolitana mais rica do país e com população de 3,3 milhões de habitantes. Para a Iguatemi, o investimento variará de R$ 70 a R$ 80 milhões e receita projetada de R$ 350 a R$ 400 milhões na venda dos lotes (valor presente em março/2023), assumindo que a última comercialização será em 2038. O projeto é fruto da união das trajetórias de sucesso e credibilidade da companhia e da Fundação FEAC, que são master developers do empreendimento, responsáveis pelo desenvolvimento da infraestrutura, pelo planejamento urbano e imobiliário e pela governança do novo bairro.
Outro destaque é a 2ª edição do Iguatemi Collections, lançado em março. Após o sucesso do ano passado, a nova campanha de gameficação da companhia faz parte da estratégia de fidelização de clientes do programa Iguatemi One e possibilita a troca de pins por produtos exclusivos das marcas europeias Kuhn Rikon (Suíça) e da Nachtmann (Alemanha). A nova edição segue até junho e já registra resultados expressivos: as vendas identificadas na primeira semana da ação registraram crescimento de 58,9% versus a primeira semana da campanha anterior; e a venda identificada do Iguatemi One desse trimestre foi 95,3% maior que o 1T22.
A companhia seguiu avançando sua estratégia de omnicanalidade e focou na melhoria de margem e rentabilidade do Iguatemi 365, marketplace da rede que une a experiência do ambiente físico e digital com a melhor curadoria de marcas nacionais e internacionais do Brasil.
Desde o 4T22, a empresa passou a adotar uma nova estratégia de otimização de sellers, buscando garantir um sortimento mais adequado ao nosso posicionamento de um e-commerce focado em moda & lifestyle de luxo, além de aprimorar ainda mais a experiência do usuário. “Com estas ações, já alcançamos melhora de 1,4 p.p. na Receita Líquida/GMV; de 29 p.p. no Ads Cost/GMV; e de 38 p.p. na Margem de Contribuição/GMV”, ressalta Oliveira.
Além disso, em março a companhia levantou R$ 667 milhões em Crédito Imobiliário, com taxas de juros atrativas, ainda relacionado com a aquisição da fatia remanescente de 36% do JK Iguatemi no final de 2022. A nova emissão contribuiu para reduzir o custo médio da dívida da empresa em 3,3 p.p. do CDI no ano e melhorar o prazo médio em 1,3 anos, fazendo frente às amortizações previstas na primeira metade do ano, o que deixa a Iguatemi em uma situação confortável para acessar o mercado somente na segunda metade de 2023.
E para 2023 a companhia mantém sua posição de otimismo. “Fechamos o primeiro trimestre no caminho certo para a entrega do nosso guidance de resultado, atingindo crescimento de 23,7% na receita líquida (resultado shoppings), com margem EBITDA de 78,1% na unidade de shoppings, e crescimento de 15,5% na receita líquida do varejo. No consolidado, entregamos uma margem EBITDA de 66,1% e CAPEX de R$ 37,6 milhões”, reforça o CFO.
O executivo reitera que a Iguatemi segue bem posicionada, com balanço patrimonial sólido, portfólio qualificado e posicionamento que engloba toda a jornada do cliente. “Vamos seguir investindo na otimização de nossos ativos, com foco no aumento de nossa rentabilidade e geração de caixa, por meio da qualificação de nosso mix, sempre com foco na melhor experiência que a marca tem oferecido durante toda a jornada de seus clientes, seja no ambiente físico ou digital”, destaca Oliveira.
(*) Fonte de conteúdo: B3, CVM, Prio, Lojas Quero-Quero, Banco Pan, Eletromidia, Dexco e Iguatemi

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