Empresas captam R$ 25,7 bilhões em recursos no mercado de capitais em janeiro de 2023

Empresas captam R$ 25,7 bilhões em janeiro de 2023

Empresas captam R$ 25,7 bilhões em recursos no mercado de capitais em janeiro de 2023, o que representa aumento de 41% em comparação ao mesmo mês do ano passado, segundo dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).

Segundo a Anbima, o montante inclui R$ 10,9 bilhões provenientes de operações realizadas via Resolução CVM 160, a nova norma de ofertas públicas (o restante do valor vem de operações iniciadas no ano passado e encerradas em janeiro).

“A perspectiva de manutenção dos juros no patamar atual por mais tempo reforça a predominância das captações pela renda fixa”, avalia José Eduardo Laloni, vice-presidente da ANBIMA.

Ele aponta, ainda, que os instrumentos híbridos, como Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagros) e fundos imobiliários, também vêm ganhando destaque — em janeiro, essas operações representaram 10,3% do volume total captado no mercado de capitais — e têm contribuído para a diversificação do segmento. 

Participação expressiva das debêntures nas emissões

Em janeiro, as ofertas de debêntures representaram 71% do total levantado no mercado de capitais, com R$ 18,9 bilhões. O volume também é 160% maior do que o alcançado no mesmo período do ano passado.

Desse montante, 39,7% foram subscritos pelos fundos de investimento, enquanto 58,6% ficaram com instituições intermediárias e demais participantes da oferta. Considerando o uso que as empresas deram aos recursos captados pelas debêntures, 51,7% foram direcionados para o refinanciamento de passivo, um patamar muito acima da média histórica dos últimos cinco anos (27,5%).

Também fazem parte do volume captado pelas debêntures as operações de infraestrutura (realizadas via Lei 12.431). Em janeiro, essas ofertas atingiram R$ 2,9 bilhões, o que representa avanço de 428% sobre o mesmo mês de 2022. Destaque ao aumento do prazo médio dessas emissões, que ficou em 24,2 anos.

No ano passado, o prazo médio foi de 12,7 anos. O avanço decorre da emissão da concessionária das linhas 8 e 9 do sistema de trens metropolitanos de São Paulo, com prazo de 26 anos e volume de R$ 2,5 bilhões. Logo atrás das debêntures, as emissões de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (Fidcs) em janeiro tiveram participação de 8,4% (R$ 2,2 bilhões) do volume total do mercado de capitais. Na sequência, vieram os fundos imobiliários, com 5,9% (R$ 1,5 bilhão). 

Na renda variável e no mercado externo não foram registradas ofertas em janeiro.

(*) Fonte de conteúdo: Anbima

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