Petroleiros marcam ato público
Os petroleiros marcam ato público contra a privatização da Petrobras (PETR3/PETR4).
Segundo as informações da Federação Única dos Petroleiros (FUP), amanhã, terça-feira 12, a Câmara dos Deputados sediará o Ato Público em Defesa da Petrobras e das Empresas Públicas, a partir das 13h30, no Auditório Nereu Ramos.
No encontro, serão debatidas as consequências das privatizações das empresas estatais, principalmente as do setor energético, promovidas pelo governo Bolsonaro.
“A entrega do patrimônio público atinge a Soberania Nacional e torna o Brasil vulnerável às crises econômicas e conflitos internacionais, além de comprometer o bem-estar dos brasileiros, com as altas tarifas de combustíveis, energia elétrica e gás de cozinha. Com as privatizações das empresas estatais, Bolsonaro conduz o País na contramão das decisões de países desenvolvidos, que sinalizam com a reestatização das empresas dos setores energéticos para garantir a soberania dessas nações”, argumenta a FUP em seu comunicado.
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Participação de funcionários de outras estatais
Ainda de acordo com a FUP, o ato público é organizado pelas Frentes Parlamentares Mistas em Defesa da Soberania Nacional, da Petrobras, e do Serviço Público.
O protesto terá o apoio das entidades organizadas da sociedade representativas desses setores: Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE), Federação Nacional dos Trabalhadores de Empresas em Correios, Telégrafos e Similares (FENTECT), Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas e Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).

Ameaça de Greve na Petrobras
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) indicou que seus sindicatos associados rejeitaram o acordo coletivo proposto pela Petrobras e aprovaram um indicativo de greve.
O sindicato informou que as datas de greve ainda não foram definidas e que estão condicionadas ao avanço do processo de privatização da Petrobras.
A companhia ainda deve realizar um comunicado oficial sobre o assunto.
Impacto negativo para ações da Petrobras (PETR3/PETR4)
De acordo com o analista Rodrigo Crespi, da Guide Investimentos, o impacto da notícia de “ameaça de greve” é negativo para ações da Petrobras.
“A greve pode representar novas paradas nas plantas da empresa, retardando a produção, podendo gerar aumento de preços dos combustíveis”, relatou o analista.
Possibilidade de falta de diesel no 2º semestre
Para complicar o cenário, o gasoduto Nord Stream 1 fechou para manutenção na Europa e elevou a tensão sobre o fornecimento de gás natural pela Rússia.
A possível falta de gás natural na Europa pode provocar desabastecimento de diesel em países importadores de óleo refinado, como o Brasil.
A continuidade e o agravamento do embargo ao petróleo da Rússia também é considerado um fator que pode complicar as importações de óleo diesel para o Brasil.
Na semana passada, como medida preventiva, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) solicitou que as distribuidoras aumentem os estoques de diesel no mínimo de três para nove dias.
O aumento do estoque de diesel causa alta de custos para os distribuidores e pode provocar repasses para os preços finais do produto nos postos de combustíveis.

(*) Fontes de conteúdo e relatórios consultados: FUP, ANP, Guide Investimentos.
Edição: Ernani Fagundes, jornalista responsável pelo conteúdo do Blog do Grana.
Conteúdo nas redes sociais: Letícia Alonso (vídeo), Vitória Mendonça e Gabriela Orsi.
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