Companhias aéreas e petrolíferas fecham entre as baixas do Ibovespa

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Companhias aéreas e petrolíferas

As companhias aéreas e petrolíferas brasileiras encerraram o pregão de 6 de julho de 2022 com sinal negativo.

Esse resultado contraria o senso comum do mercado de fecharem em lados opostos (um no positivo e outro no negativo) quando há altas ou baixas relevantes do preço do petróleo no mercado internacional.

Gol Linhas Aéreas (GOLL4) e Azul (AZUL4)

AZUL4 desabou 5,67%, a R$ 11,64 por ação PN, a maior baixa do Ibovespa. GOLL4 tombou 4,81%, a R$ 8,32 por ação PN, terceira maior baixa do Ibovespa.

As companhias aéreas foram impactadas pelo aumento de 3,9% no preço de querosene de aviação anunciado pela Petrobras.

Aeroporto de Guarulhos. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil.

3R Petroleum (RRRP3), PetroRio (PRIO3)

RRRP3 também desabou 5,60%, a R$ 31,70 por ação ON, a segunda maior baixa do Ibovespa.

PRIO3 recuou 1,32%, a R$ 20,89 por ação ON.

As petrolíferas privadas locais foram impactadas pelo segundo dia de baixa do preço do petróleo no exterior por causa dos temores de uma possível recessão global.

O preço do petróleo do tipo Brent (do Mar do Norte) caiu 2,02%, a US$ 100,69 por barril na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres (Reino Unido), após a forte queda de 9,5% ontem.

O preço do petróleo do tipo WTI (do Texas/EUA) recuou 0,97%, a US$ 98,53 por barril na New York Mercantile Exchange (Nymex), após a baixa de 8,23% ontem.

Petrobras (PETR3/PETR4)

Diante do impacto da queda do petróleo no exterior, PETR3 caiu 1,51%, a R$ 30,03 por ação ON.

PETR4 recuou 1,28%, a R$ 27,67 por ação PN.

Entre os fatos corporativos, a Petrobras concluiu a venda de fatia de 28% na Deten Química para Cepsa por R$ 585 milhões.

Plataforma semi-submersível P-20 da Petrobras.

Fechamento do mercado em 06-07-2022

Aqui no Blog do Grana, você terá informações sobre os principais assuntos da Bolsa (B3).

As notas e os fatos relevantes informados abaixo podem ter influenciado a movimentação das ações das companhias citadas no pregão de hoje, de acordo com relatórios* de mercado.

Itaúsa (ITSA4) e CCR (CCRO3)

ITSA4 caiu 0,12%, a R$ 8,25 por ação PN. CCRO3 avançou 2,08%, a R$ 12,29 por ação ON.

Itaúsa e Votorantim compram fatia de 14,86% da Andrade Gutierrez na CCR por R$ 4,1 bilhões.

Ponte Rio-Niterói operada pela concessionária CCR Ponte, da CCR.

Itaúsa e XP (XPBR31)

XPBR31 caiu 2,17%, a R$ 98,60 por BDR de XP`negociado na B3.

Itaúsa vendeu mais 7 milhões de ações da XP ontem à noite em um bloco coordenado por Itaú e Bank of America (BofA).

O papel saiu a US$ 18 – comparado aos cerca de US$ 30 por ação dos dois blocos anteriores, em dezembro e março, segundo apuração do Brazil Journal.

Enauta (ENAT3)

ENAT3 recuou 0,94%, a R$ 16,81 por ação ON.

Enauta produziu o equivalente a 543,9 mil barris de óleo em junho de 2022.

Multiplan (MULT3)

MULT3 disparou 3,41%, a R$ 23,35 por ação ON.

As vendas da Multiplan totalizaram R$ 4,9 bilhões no segundo trimestre de 2022, alta de 64,5% ante igual período de 2021.

Hypera (HYPE3)

HYPE3 saltou 6,76%, a R$ 40,10 por ação ON.

Hypera negocia com Eurofarma e NC para combinação de negócios, segundo apuração do site Pipeline.

Ambipar (AMPB3)

AMPB3 disparou 10,03%, a R$ 25,13 por ação ON.

Ambipar capta US$ 168 milhões para financiar a empresa de prevenção e gerenciamento de acidentes ambientais Response. A companhia pretende listar a Response nos Estados Unidos, segundo o site Brazil Journal.

Vale (VALE3)

VALE3 teve alta de 0,94%, a R$ 75,00 por ação ON.

Preço do minério de ferro sobe 1,84% na Ásia, alta que movimenta as ações de mineradoras.

ETFs e ações globais

ETF FOOD11

O ETF internacional do agronegócio FOOD11 foi listado na Bolsa brasileira pela gestora Investo.

FOOD11 subiu 0,65%, a R$ 94,09 por cota.

“O número de ETFs internacionais e de contas em ETFs internacionais (347 mil contas) continua crescendo. A gente acredita que isso vai continuar crescendo nos próximos anos”, afirmou Giuliano de Marchi, em coletiva da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

“A quantidade grande de pessoas em ETFs mostra a diversificação e a procura por alternativas. Os ETFs têm as vantagens do custo baixo (menor taxa de administração) e de liquidez na Bolsa”, completou Pedro Rudge, na coletiva da Anbima realizada hoje.

ETF de Ibovespa (BOVA11) e ETF de S&P 500 (IVVB11)

Após a divulgação da Ata do FED, o BC dos EUA, o Ibovespa firmou o sinal positivo e fechou em alta de 0,43%, aos 98.718,98 pontos. O principal ETF de Ibovespa (BOVA11) subiu 0,65%, a R$ 95,42 por cota.

O principal ETF de S&P 500 subiu 0,73%, a R$ 228,16 por cota.

Em Nova York (EUA), o índice S&P 500 avançou 0,36%, aos 3.845,08 pontos.

O Dow Jones teve alta de 0,23%, aos 31.037,68 pontos.

Já o Nasdaq Composite mostrou elevação de 0,35%, aos 11.361,85 pontos.

Ata do BC dos EUA

A Ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Federal Reserve (FED, o BC dos EUA) foi divulgada hoje às 15 horas (3 da tarde) e seu conteúdo movimentou os mercados globais, sem muitas novidades.

“Basicamente, foi mais do mesmo do que vemos falando, o risco da atividade desacelerar com o aumento de juros e obviamente se a inflação não desacelerar, o Banco Central dos EUA vai precisar subir mais os juros. Acho que o principal problema nessa situação, é o fator da Guerra da Rússia, que pode mudar muito o fator do aperto dos juros americanos por questões de pressão nas commodities. Então, o anúncio não foi nada que o mercado já não estava esperando”, avaliou Jansen Costa, sócio-fundador da Fatorial Investimentos.

“Não muito diferente do que se imaginava, para a próxima reunião entre 0,50 ponto porcentual e 0,75 ponto porcentual. Entre 2 e 3 aumentos, o mercado precifica 3, e a mensagem que eles falam é o que vem se falando, inflação muito alta e a maior preocupação para eles é controlar a inflação, muito mais do que evitar um possível recessão. Então a grande tônica para o FED neste momento é tentar matar essa inflação, antes que uma recessão chegue, porque assim, eles ficariam sem nenhuma arma para combater uma recessão, que seria cortar juros e voltar a comprar títulos públicos e títulos hipotecários, então sem muitas novidades neste momento”, avaliou Andrey Nousi, CFA e fundador da Nousi Finance.

“Antes de tudo, devemos ter em mente que a expectativa era de uma Ata com viés hawkish (enviesada a mais juros); basta lembrar que o Fed tinha 50 como cenário básico para aquela decisão e, de última hora, acelerou para 75 com sinalizações não oficiais via noticiário. E, de fato, é um documento com tom duro: reconheceram a possibilidade de que uma postura ainda mais restritiva pode ser apropriada (+100?) e os riscos de uma inflação mais ‘entrincheirada’ e não citaram, em nenhum momento, o termo ‘recessão'”, afirmou Marco Caruso, economista-chefe do Banco Original.

Edifício do Federal Reserve (FED, o Banco Central dos Estados Unidos).

(*) Fontes de conteúdo e relatórios consultados: CVM, B3, Itaúsa RI, CCR RI, Agência Brasil, BTG Pactual, Guide, Terra Investimentos, Toro Investimentos e Banco ABC Brasil.

Edição: Ernani Fagundes, jornalista responsável pelo conteúdo do Blog do Grana.

Conteúdo nas redes sociais: Letícia Alonso (vídeo), Vitória Mendonça e Gabriela Orsi.

O Blog do Grana é a página de conteúdo informativo do aplicativo Grana Capital, parceiro da B3 para ajudar os investidores com o Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF).

E-mail: ernani.fagundes@grana.capital (mande sua opinião sobre o Blog do Grana e sugestões para melhorar sua experiência no site de notícias de mercado e de investimentos).

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