BTCE11: Conheça os riscos do ETF de Bitcoins da bolsa alemã de Frankfurt

BTCE11 é o código do Exchange Traded Fund (ETF) BTCetc (Bitcoin Exchange Traded Crypto).

Em outras palavras, o BTCE11 é um fundo que aplica recursos em Bitcoins regulamentados pela Bolsa de Frankfurt, na Alemanha.

Aqui no Blog do Grana, você terá informações sobre os riscos e as características dessa nova aplicação financeira que será listada na Bolsa brasileira (B3), mas ainda está sem data definida para o lançamento.

Confira na sequência do texto:

Imagem sobre Bitcoin criada por Gerd Altmann/Pixabay.

O que é o BTCE11

O ETF BTCetc (Bitcoin Exchange Traded Crypto) investe no primeiro ETP (Exchange Traded Product) de cripto a ser transacionado na Deustche Börse XETRA, de Frankfurt (Alemanha), sendo um dos fundos de Bitcoins mais negociados na Europa. 

Onde esse ETF de Bitcoin é negociado no exterior

O ETP de Bitcoin já é negociado em bolsas europeias regulamentadas, como XETRA (Frankfurt, na Alemanha), Euronext (Amsterdã, na Holanda) e SIX Swiss (Zurique, na Suíça).

Qual é a empresa que administra esses recursos no exterior

O ETC Group desenvolve títulos lastreados em ativos digitais, incluindo BTCetc – ETC Group Physical Bitcoin (BTCE) e ETHetc – ETC Group Physical Ethereum (ZETH), listados em bolsas europeias, entre elas XETRA, Euronext, SIX, AQUIS UK e Wiener Börse.

O ETC Group lançou o primeiro produto negociado em bolsa (ETP) de Bitcoin com compensação centralizada do mundo em junho de 2020 na Deutsche Börse XETRA, a maior plataforma de negociação de ETFs da Europa. 

“O ETC Group está na vanguarda da inovação quando falamos em gerenciamento de ativos digitais. Desde o lançamento do primeiro ETP de Bitcoin na bolsa alemã, temos levado novas opções de investimento em cripto para investidores de toda a Europa e outros países. Nossa chegada ao Brasil marca mais um passo de nosso processo de globalização, em um momento em que os investidores do país se mostram mais maduros e interessados em diversificar a carteira com produtos cripto. Estamos felizes em poder oferecer aos brasileiros mais uma opção de investimento em títulos baseados em criptomoedas de forma segura e ambiente regulamentado”, afirma Veronica Pimentel, diretora de distribuição do ETC Group para América Latina.

Qual é a gestora responsável pelo BTCE11 no Brasil

A chegada do ETC Group no Brasil ocorre em parceria com a gestora Kanastra, uma plataforma de “Asset Management as a Service” com foco em gestão passiva de fundos estruturados como FIDCs (fundos de direitos creditórios), FIIs (fundos imobiliários), FIPs (fundos de participações) e ETFs (fundos negociados em Bolsa) baseados em tecnologia.

O BTCE11 será administrado pela Vórtx, fintech de infraestrutura para o mercado de capitais com mais de R$ 500 milhões de ativos em sua plataforma.

Quais são os riscos do BTCE11

Assim como outros investimentos em criptoativos e ETFs de criptoativos, o principal risco desse mercado é a altíssima volatilidade. Os preços dos ativos da carteira podem oscilar expressivamente para cima ou para baixo sem nenhuma previsibilidade.

No caso específico do BTCE11, outro risco é a concentração em Bitcoins. No crash mais recente do Bitcoin, por exemplo, o valor de mercado das criptomoedas diminuiu cerca de US$ 500 bilhões.

Há previsões de analistas norte-americanos que apontam que os criptoativos podem perder US$ 1 trilhão de valor por causa da alta dos juros nos Estados Unidos.

Mesmo sendo o BTCE11 um ETF de Bitcoins baseado na Europa, a localização geográfica não impede a influência da alta dos juros nos EUA. Em outras palavras, quando o juro sobe nos EUA, isso afeta todo o mercado de investimentos nas diferentes regiões do mundo.

Já outros analistas apontam o momento atual com um ponto de entrada a longo prazo em criptoativos e ETFs de criptoativos após as fortes perdas recentes.

Como não há consenso entre os profissionais de mercado, a volatilidade é a marca do segmento, ou seja, um investimento de altíssimo risco para perdas ou ganhos.

Além disso, há outros riscos comuns relacionados aos ETFs internacionais:

  • risco cambial (de perdas com a volatilidade de moedas ou criptoativos em relação ao real);
  • risco de mercado;
  • risco de liquidez;
  • risco tributário (ex.: mudança na cobrança de impostos e taxas);
  • risco do “bom” desempenho dos criptoativos ou ETFs de criptoativos não se repetir no futuro;
  • riscos regulatórios (ex.: de mudança na legislação sobre criptoativos e ETFs de criptoativos);
  • outros riscos (ex.: riscos de imagem, de escândalos financeiros, de fraudes contábeis, de lavagem de dinheiro com criptoativos, riscos ambientais, sociais e de falta de governança corporativa, etc.).

Ainda no caso dos riscos dos ETFs de criptoativos, outros riscos são o de “bolha” (valorização expressiva que depois pode cair expressivamente) e o de “dispersão de bolha”, quando mercados saturados de criptomoedas (como EUA e Europa) buscam espalhar o risco para outros mercados como Canadá, Austrália, África do Sul, Argentina, Brasil, Canadá, China, Índia, México, Japão e demais países emergentes do sudeste asiático.

Qual a alíquota do Imposto de Renda do ETF

A alíquota de Imposto de Renda (IR) é de 15% sobre os ganhos de capital no resgate das cotas, a ser recolhido pelo investidor pessoa física via DARF até o dia 30 do mês seguinte da venda das cotas (o ganho de capital é a diferença positiva entre preço de compra e o preço de venda das cotas).

No caso de day trade (vendas das cotas no mesmo dia da compra), a alíquota é de 20% sobre os ganhos de capital obtidos.

O investidor pessoa física também deve recolher o tributo via DARF até o dia 30 do mês seguinte da operação.

Exigência da Declaração do investimento no Imposto de Renda

Existe um ditado popular que diz: “só existem duas certezas na vida, a da morte e a dos impostos”. No caso brasileiro, devemos acrescentar que todo investimento precisa ser informado na Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda da Pessoa Física (DIRPF).

Portanto, se você é investidor pessoa física, lembre-se que, além do pagamento do Imposto de Renda sobre ganhos de capital, o investimento em ETFs internacionais também deve ser declarado à Receita Federal.

Fontes de conteúdo: ETC Group

Edição: Ernani Fagundes, jornalista responsável pelo conteúdo do Blog do Grana.

E-mail: ernani.fagundes@grana.capital (mande sua opinião sobre o Blog do Grana e sugestões para melhorar sua experiência no site de notícias de mercado e de investimentos).

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