Cotação do Bitcoin mostra recuperação após queda | Por Ernani Fagundes

A cotação do Bitcoin subia 1,02% às 17 horas de hoje (25/01), aos US$ 37.077 no mercado norte-americano, após ter experimentado a faixa entre US$ 32 mil e US$ 33 mil ontem, patamar mais baixo desde as máximas de novembro de 2021.

Aqui no Blog do Grana, você terá informações sobre essa movimentação das cotações do Bitcoin e de outros investimentos do mercado.

Confira na sequência do texto:

Repercussão sobre a queda da cotação do Bitcoin

Na avaliação da exchange (corretora de criptoativos) Brasil Bitcoin, a maior criptomoeda do mercado, o Bitcoin, está passando por um momento de baixa.

“A correção atual é fruto da instabilidade gerada pelas ações dos governos mundiais. Embora agressiva, essa queda é saudável para o mercado e ajuda a preparar o terreno para um novo topo histórico do Bitcoin, que pode levar mais diversos meses para ocorrer”, afirmou Marco Castellari, CEO da Brasil Bitcoin.

Segundo relatório da gestora de ETFs de criptoativos Hashdex, o mercado de criptoativos entrou em uma trajetória de queda consistente e acentuada.

Os motivos para tal movimento são tanto internos ao setor de cripto quanto outros mais gerais.

“Do ponto de vista externo, o cenário macroeconômico mundial é desfavorável para ativos de risco. A crescente preocupação com a inflação e a consequente expectativa de aumentos nos juros aumenta a atratividade de ativos mais seguros, como os títulos públicos”, descreve a gestora.

Ao mesmo tempo, os juros em alta reduzem a expectativa de crescimento econômico e lucros das empresas e reduzem o valor presente dos fluxos de caixa futuros.

“O período tem sido desfavorável para ativos de risco e, desde o início da pandemia de covid-19, os criptoativos passaram a apresentar uma correlação maior com os mercados tradicionais. Um dos possíveis motivos é a entrada de mais investidores institucionais”, argumenta a Hashdex.

Bitcoin – Volatilidade e riscos

Ainda segundo a gestora de ETFs de criptoativos, entre os fatores de riscos recentes do segmento, o mais relevante foi a divulgação, na semana passada, de um relatório do Banco Central da Rússia defendendo o banimento da transação e mineração de criptoativos no país.

Movimentos semelhantes e até mais acentuados foram registrados em todos os principais criptoativos. A alta volatilidade sempre foi uma característica marcante dos criptoativos.

A gestora lembrou que já havia destacado anteriormente “o caráter essencialmente especulativo do preço dos criptoativos, no sentido de que boa parte do valor atualmente atribuído é devido às possibilidades futuras de aplicação das respectivas tecnologias”.

A Hashdex ainda destacou que após uma queda do Bitcoin com o banimento da mineração na China, esse indicador recuperou-se, atingindo uma nova máxima histórica.

“Por mais que enfrentem restrições em países como China e Rússia, os criptoativos estão cada vez mais consolidados dentro dos arcabouços legais e regulatórios dos principais países democráticos”, argumenta a gestora.

Segundo a gestora, em sua breve história de pouco mais de uma década, os criptoativos demonstraram retornos bastante consistentes para horizontes de tempo mais alongados, de alguns anos.

“Não há nada no cenário atual que o diferencie substancialmente das crises passadas e, provavelmente, das próximas que irão ocorrer”, conclui a gestora, em seu relatório.

Notas do Grana

Recorde de fusões e aquisições em 2021

O mercado de fusões e aquisições (M&A) registrou um total de 2,56 mil transações e movimentou R$ 595,5 bilhões em 2021, de acordo com o relatório anual do Transactional Track Record (TTR) encaminhado ao Blog do Grana.

Esses números representam um aumento de 51% no número de transações em relação ao mesmo período de 2020. Do total das transações, 51% possuem os valores revelados e 84% das operações já estão concluídas.

No quarto trimestre de 2021, 717 fusões e aquisições foram registradas, entre anunciadas e concluídas, por um valor total de R$ 190,1 bilhões, sendo o trimestre mais ativo nos últimos dois anos, em relação ao capital mobilizado.

O setor de Tecnologia permanece o mais ativo do ano, com um total de 933 transações em 2021, representando um aumento de 67% em relação ao mesmo período de 2020.

Em segundo lugar está o setor de Financeiro e Seguros, com 469 transações em 2021.

Guide e ETFs de criptos da Hashdex

Em tempos de Bitcoin em baixa, a Guide Investimentos divulgou que os primeiros dois mil investidores que aplicarem a partir de R$ 500 em qualquer produto na corretora vão receber duas cotas do HASH11, o Exchange Traded Fund (ETF, ou fundo negociado em Bolsa) de cripto da Hashdex.

Ainda sobre a Guide Investimentos, a corretora informou que fechou um acordo operacional para assumir a carteira de clientes da Sim;Paul, corretora focada em pessoa física.

A operação, que ainda envolve o serviço de gestão de fundos, clubes e carteiras administradas, viabiliza a abertura de um escritório próprio da Guide em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.  

Jive Investments lança primeiro fundo aberto

A gestora Jive Investments acaba de lançar seu primeiro fundo aberto, o Jive BossaNova High Yield FIC FIM.

Segundo a gestora, o fundo tem uma carteira baseada em ativos estruturados como operações de crédito com recebíveis em garantia, debêntures, operações de refinanciamento a companhias, títulos públicos do Tesouro, certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) e do agronegócio (CRAs), precatórios federais e direitos creditórios judiciais.

Captação de fundos internacionais dispara no Santander

A captação líquida dos fundos que investem no exterior da gestora Santander Asset Management mais do que dobrou entre 2020 e 2021, ao avançar de R$ 1,1 bilhão para R$ 2,7 bilhões.

Entre os fundos internacionais da gestora, dois deles se destacaram em rentabilidade no ano passado, de acordo com ranking elaborado pela Economatica.

O Go Global Equity ESG Reais Mult IE FI acumulou rentabilidade nominal de 29,49% em 2021. Já o Sant Global Equi Dolar Mas Mult Ie Fc teve retorno nominal de 23,65% de janeiro a dezembro.

Relatórios consultados: TTR, Anbima, Santander Asset, Guide Investimentos, Jive Investments, Hashdex e Brasil Bitcoin.

Edição: Ernani Fagundes, jornalista responsável pelo conteúdo do Blog do Grana.

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