BTEK11: Conheça o ETF que investe em 196 empresas de biotecnologia nos EUA

BTEK11 é código do Exchange Traded Fund (ETF) Biotechnology, o fundo de índice negociado na Bolsa (B3) que investe em 196 empresas de biotecnologia nos Estados Unidos (EUA).

Aqui no Blog do Grana, você terá informações sobre esse novo produto listado na B3 em 16 de dezembro de 2021.

Confira na sequência do texto:

O que é o ETF BTEK11

O ETF BTEK11, também conhecido como Investo ETF Biotechnology, trata-se de um fundo de índice listado na B3 que replica no Brasil o S&P Biotechnology Select Industry, um índice de empresas americanas de biotecnologia.

O ETF que replica esse índice nos Estados Unidos, o SPDR S&P Biotech ETF (XBI), foi lançado na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse), em janeiro de 2006, pela gestora State Street, segunda maior gestora de ETFs do mundo.

Atualmente o XBI possui cerca de US$ 9,2 bilhões sob gestão, investindo em 196 empresas do setor de biotecnologia americano.

O S&P Biotechnology Select Industry oferece exposição às empresas de biotecnologia listadas nos EUA, nas bolsas de Nasdaq e NYSE, seguindo a abordagem Equal Weighted.

Por essa abordagem de igualdade de pesos (Equal Weighted), a cada três meses, nas datas de rebalanceamento, o índice confere pesos iguais a cada empresa participante.

Segundo argumenta a S&P Dow Jones Índices, que desenvolveu o índice, isso proporciona ao investidor a possibilidade de valorização que grandes, médias ou mesmo pequenas empresas do setor possam ter.

De acordo com a Investo, o ETF BTEK11 busca solucionar a dificuldade de escolha das empresas de biotecnologia, pois, ao invés de tentar escolher quais são as empresas com mais chances de obter sucesso, o fundo possibilita o investimento em 196 empresas do setor biotecnológico de uma vez só.

“Dessa forma, não importa quais empresas obtenham valorização exponencial de forma instantânea, o investidor participará dessa valorização como um todo”, descreve texto divulgado pela gestora.

Vale ponderar, no entanto, a exemplo de outros ETFs amplos, que as empresas que estão presentes na carteira do fundo possuem desempenhos diferentes.

Há empresas que terão boa performance enquanto outras podem apresentar resultados ruins.

Em outras palavras, um ETF dessa natureza consegue captar o desempenho do setor de biotecnologia como um todo, mas é diferente de uma seleção de empresas dentro daquele setor.

Quais ações de empresas estão na carteira

A carteira reúne um total de 196 empresas de biotecnologia listadas na Nyse e na Nasdaq.

O fundo reúne ações de companhias como: Moderna, Celldex, Intellia, Ultragenyx, Cortexyme, Veracyte, Dynavax, Translate Bio, Avid Bioservices, Clovis Oncology, United Therapeutics, Revolution Medicines, Regeneron Pharmaceuticals, Arcturus, Biohaven, Cytokinetics, Humanigen, Editas Medicine e Amgen.

Entre os diferentes segmentos que estão representados no setor de biotecnologia estão empresas de: vacinas, genética, medicamentos, tratamentos, meio ambiente e agricultura.

Das empresas citadas logo acima, três possuem recibos de ações (BDRs) negociados na Bolsa brasileira: Moderna (M1RN34), Regeneron Pharmaceuticals (REGN34) e Amgen (AMGN34).

Informações técnicas sobre o BTEK11

No caso do ETF BTEK11, a taxa de administração é de 0,48% ao ano. Ou seja, esse é o custo para a gestora cuidar da carteira do fundo, o que não inclui eventuais taxas cobradas de corretagem por corretoras ou de custódia pela Bolsa, a depender do volume negociado.

O lote mínimo é de uma cota. O valor inicial na Bolsa foi estabelecido em R$ 100 por cota, valor que pode oscilar após o primeiro dia de listagem.

Cenário para o setor de biotecnologia

A expectativa é que as empresas do setor de biotecnologia nos Estados Unidos possam alcançar receitas de US$ 145 bilhões em 2022.

Para 2021, as expectativas giram entre US$ 125 bilhões e US$ 130 bilhões.

No ano de 2020, o setor de biotecnologia registrou receitas próximas de US$ 115 bilhões, segundo o S&P Dow Jones Índices LLC.

Quais são os principais riscos do ETF BTEK11

O ETF BTEK11 é um fundo de índice internacional, portanto, um dos principais fatores de risco é a volatilidade do câmbio.

“O BTEK11 é considerado um investimento em renda variável no exterior (ações americanas do setor de biotecnologia) e está exposto à variação cambial (dólar americano). Por isso, é muito importante que cada investidor considere os riscos envolvidos nesse tipo de ativo financeiro”, alerta a Investo sobre o produto.

Em outras palavras, se o valor do dólar americano representado nas ações das empresas estrangeiras presente na carteira oscila, essa variação pode impactar o valor das cotas de forma positiva ou negativa.

Ou seja, ao mesmo tempo que esse tipo de ETF serve como uma alternativa de diversificação dos investimentos em ativos no exterior, a cota tanto pode se valorizar quando o real se depreciar como o valor da cota pode cair quando o real se apreciar.

Além disso, vale ressaltar que o ETF internacional como o BTEK11 é um produto de renda variável, exposto aos riscos de mercado.

Os riscos de mercado envolvem o cenário macro, de saúde (pandemias e doenças) e de eventos corporativos das empresas representadas na carteira.

Já o risco de liquidez envolve a capacidade de fazer negócios com outros investidores na Bolsa no preço desejado.

Além disso, a dinâmica de valorização das empresas neste setor se dá pelo fato de que é quase impossível prever qual empresa conseguirá uma nova descoberta científica, além da dificuldade em saber quando tal descoberta acontecerá.

E é justamente esta imprevisibilidade que revela a grande dificuldade de investimento no setor de biotecnologia, pois os investidores não conseguem avaliar as melhores empresas e identificar os melhores caminhos de investimento.

Declarações sobre a listagem do ETF na B3

“Este é um momento muito interessante no mercado financeiro brasileiro no qual investidores estão buscando produtos e índices que reflitam as últimas tendências em tecnologia, cuidados de saúde, energia limpa e sustentabilidade, bem como uma maior exposição aos mercados internacionais”, afirma Paulo Eduardo Sampaio, Diretor Sênior da S&P Dow Jones Indices para o Cone Sul da América Latina.

“Frente a dias tão difíceis desde o início da pandemia da Covid-19, em que as empresas de biotecnologia foram de suma importância no desenvolvimento de vacinas e medicamentos para nossa proteção contra a doença, a Investo possibilita que os investidores brasileiros também possam participar do valor criado por essas empresas”, afirma Cauê Mançanares, CEO da Investo.

Imposto de Renda em ETFs internacionais

Assim como outros ETFs internacionais já listados na Bolsa, o novo produto terá uma alíquota de 15% do Imposto de Renda (IR) sobre ganhos de capital.

Nos casos de day-trade, como são chamadas as operações de compra e venda num mesmo dia, a alíquota do IR sobre ganhos de capital é de 20%.

O cálculo do IR é feito sobre a diferença positiva entre o valor de compra e valor de venda.

Em outras palavras, quem vende as cotas do ETF por um preço mais alto que o valor de compra terá ganho de capital.

É preciso pagar o Imposto de Renda até o dia 30 do mês seguinte da venda por meio de DARF, o Documento de Arrecadação da Receita Federal.

Para mais informações sobre como calcular, pagar e declarar o Imposto de Renda de ETFs acesse o link abaixo:

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