O que você vai ver neste artigo:
O ETF JOGO11 é um fundo de índice negociado em Bolsa (ETF, na sigla em inglês) que investe em companhias globais do setor de games e e-sports (jogos eletrônicos).
O novo produto da gestora Investo foi listado na Bolsa (B3) em 15 de dezembro de 2021.
Aqui no Blog do Grana, você terá mais informações sobre o ETF JOGO11.
Confira na sequência do texto:

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O que é o ETF JOGO11
É um fundo de índice listado na B3 que replica no Brasil o já conhecido ETF ESPO (VanEck Video Gaming & E-sports Index) da gestora VanEck, listado na Nasdaq.
O ESPO investe nas empresas de Gaming & E-sports listadas em bolsas do mundo todo.
Nos Estados Unidos, o ESPO possui cerca de US$ 600 milhões sob gestão, investindo em 26 empresas do mercado de Vídeo Gaming & E-sports.
Quais ações de empresas estão na carteira
A carteira do ETF JOGO11 é formada por companhias como: Nvidia, Nintendo, AMD, Roblox, Activision Blizzard, Capcom, Embracer Group, T2 Take Two Interactive, Bili Bili, Stillfront, Bandai Namco, CD Projekt, Square Enix, King Soft, Konami, MSI, NCSoft, Netmarble, Nexon, Sea, Ubisoft, Tencent e Unity.
Nessa seleção há empresas de diferentes segmentos: fabricantes de consoles, desenvolvedores de software, fabricantes de chips, mobile gaming, hardware, live streaming, editoras e e-sports.
Algumas dessas empresas também possuem BDRs (recibos de ações estrangeiras) negociados no Brasil como: Nvidia (NVDC34), AMD (A1MD34), Activision Blizzard (ATVI34) e T2 Take Two Interactive (T1TW34).
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Informações técnicas sobre o ETF JOGO11
O valor inicial da cota foi de R$ 100 na data da listagem na B3, com investimento mínimo de R$ 200 nos aportes.
A taxa de administração é de 0,48% ao ano. Esse é o porcentual descontado pela gestora para cuidar da carteira do fundo.
Vale destacar que os ETFs brasileiros não distribuem dividendos, mesmo sendo ligados a empresas ou fundos que fazem isso.
Assim, os rendimentos obtidos e os dividendos que sejam pagos serão automaticamente reinvestidos no fundo.
Ou seja, não há pagamentos feitos aos investidores de maneira direta, no entanto, há ganhos indiretos por meio da valorização do patrimônio do fundo e das cotas dos investidores.
Declarações sobre a listagem do ETF na B3
“Esperamos trazer uma nova classe de investidores para a bolsa de valores: os gamers. Além de participar dos principais jogos como jogadores ou até espectadores, agora a comunidade de gamers também pode participar do lucro e crescimento das empresas de games”, afirma Cauê Mançanares, CEO da Investo, gestora do JOGO11.
“Além de serem acessíveis financeiramente, os ETFs estão recebendo cada vez mais destaque no mercado, por todas as vantagens que apresentam. Dentre elas, a internacionalização da carteira de investimentos, a exposição a um mercado em expansão, a liquidez e, o mais importante, a possibilidade de investir globalmente sem precisar pagar spread cambial e o IOF”, explica Cauê.
“Cada vez mais estreiam no mercado produtos que de certa forma já fazem parte do dia a dia dos investidores. Dessa forma, diversificar se torna mais simples quando o entendimento do ativo está atrelado ao cotidiano e causa identificação com o investidor além dos benefícios da exposição ao mercado internacional que torna o portfólio ainda mais robusto e equilibrado”, comentou Fabio Vicente, gerente de relacionamento com clientes, da B3.
Cenário para o setor de games e e-sports
Claudio Pracownik, CEO e sócio fundador da Win The Game, e consultor da Investo para elaboração do ETF JOGO11, também lembra que o mercado global de games movimenta, hoje, US$ 175 bilhões, dos quais 4% correspondem à América Latina.
Com crescimento de 7,5% ao ano, a expectativa é que em 2024 o universo gamer movimente US$ 220 bilhões.
Atualmente, existem 92 milhões de gamers no Brasil, divididos quase que igualmente entre homens e mulheres, principalmente na faixa etária de 21 a 35 anos.
Quais são os principais riscos do ETF JOGO11
O ETF JOGO11 é um fundo de índice internacional, portanto, um dos principais fatores de risco é a volatilidade do câmbio.
Em outras palavras, se o valor das moedas (dólar, euro, iene, etc.) representados nas ações das empresas estrangeiras presente na carteira oscila, essa variação pode impactar o valor das cotas de forma positiva ou negativa.
Ou seja, ao mesmo tempo que esse tipo de ETF serve como uma alternativa de diversificação dos investimentos em ativos no exterior, a cota tanto pode se valorizar quando o real se depreciar como o valor da cota pode cair quando o real se apreciar.
Além disso, vale ressaltar que o ETF internacional como o JOGO11 é um produto de renda variável, exposto aos riscos de mercado.
Os riscos de mercado envolvem o cenário macro e de eventos corporativos das empresas representadas na carteira.
Já o risco de liquidez envolve a capacidade de fazer negócios com outros investidores na Bolsa no preço desejado.
Imposto de Renda em ETFs internacionais
Assim como outros ETFs internacionais já listados na Bolsa, o novo produto terá uma alíquota de 15% do Imposto de Renda (IR) sobre ganhos de capital.
Nos casos de day-trade, como são chamadas as operações de compra e venda num mesmo dia, a alíquota do IR sobre ganhos de capital é de 20%.
O cálculo do IR é feito sobre a diferença positiva entre o valor de compra e valor de venda.
Em outras palavras, quem vende as cotas do ETF por um preço mais alto que o valor de compra terá ganho de capital.
É preciso pagar o Imposto de Renda até o dia 30 do mês seguinte da venda por meio de DARF, o Documento de Arrecadação da Receita Federal.
Para mais informações sobre como calcular, pagar e declarar o Imposto de Renda de ETFs acesse o link abaixo: