Boa tarde galera, de volta mais uma vez aqui.
Antes de revelar os ativos dessa semana, é importante falarmos sobre o atual cenário macro do nosso país.
O Ibovespa parece ter engatado uma forte tendência de baixa, sem esperança de recuperação a curto prazo.
Normalmente, esses eventos geram possibilidades de compra, mas dessa vez as coisas são um pouco diferentes.
O que aconteceu é que o Custo de Capital, famoso WACC dos Valuations, aumentou bruscamente.
Em geral, ele funciona como uma taxa de desconto, diminuindo a possibilidade do retorno das ações quando cresce.
A taxa de retorno que nós investidores e os credores devem cobrar para emprestar o dinheiro aumenta, gerando grande fluxo de capital para renda fixa em função da relação risco e retorno.
Não existe uma única empresa de capital aberto que se beneficia desse cenário e é por isso que optei por não fazer nenhum aporte. Além do mais, pela queda descontrolada que gerou perdas significativas a praticamente todos os investidores, também preferi não vender nada, na espera por alguma recuperação futura diminuindo nossas perdas.
Falado isso tudo, segue mais dois ativos que compõe nossa carteira brasileira 👊🏻
A primeira revelação de hoje é a RAPT4, também conhecida como Randon.
Focada na produção de carrocerias e no segmento de autopeças para veículos de grande porte, a empresa conta com uma ótima gestão e grande potencial de crescimento.
Pelo aumento dos veículos de grande porte, visando atender a demanda existente pela logística que foi maximizada pelo e-commerce, pode-se esperar grande crescimento para a empresa. Vale tomarmos cuidado com o aumento do preço de mercado de alguns commodities, que geram aumento do custo produtivo da Randon. Por ter demanda externa, o dólar em alta acaba por tornar seus resultados mais atrativos.
Combinando grande potencial de crescimento, pagamento de dividendos e risco reduzido, a ENBR3 é a segunda ação para essa semana.
Buscando reduzir o risco hídrico, a empresa fez o leilão de suas hidrelétricas, levantando bilhões em caixa, que devem ser investido em transmissão energética e energia solar.
A transmissão energética tem algo que chamamos de RAP (Receita Anual Permitida). Por ser previamente definida quando a empresa arremata a concessão, se tem uma grande previsibilidade futura das receitas. Em outras palavras, menos risco.
A energia solar, por sua vez, vem tendo um crescimento gigante em sua demanda nos últimos anos e conforme pesquisas, deve continuar assim de agora para frente. Começando investir cedo no setor, a EDP Brasil aproveita de uma grande oportunidade para crescimento futuro.