Natura e Vale entraram na carteira Top 10 da XP Investimentos para o mês de fevereiro de 2025, conforme relatório assinado pelos analistas Fernando Ferreira (CFA), Felipe Veiga (estratégia de ações), Júlia Aquino (estratégia quantitativa) e Lucas Rosa (estratégia quantitativa).

Natura e Vale entram para carteira Top 10 de XP Investimentos de fevereiro. Foto: Daniel Mansur/Vale

Veja o relatório Raio XP encaminhado ao Grana News:

“Estamos removendo a Prio (PRIO3) para reduzir nossa exposição aos preços do petróleo. Esta decisão também considera os desafios, atrasos e incertezas associados à obtenção de licenças ambientais.

Também removemos Equatorial (EQTL3), devido a propósitos de alocação.

Além disso, estamos diminuindo o peso de Petrobras (PETR4) de 15% para 10%.

Embora ainda acreditemos que a Petrobras possui um valuation atraente e oferece dividendos interessantes, nosso objetivo é reduzir ainda mais nossa exposição aos preços do petróleo.

Natura e Vale são selecionadas pela XP Investimentos

Estamos adicionando Natura (NTCO3), pois esperamos a dinâmica de resultados permaneça sólida; e consideramos o valuation atrativo.

Estamos adicionando a Vale (VALE3), dado que: acreditamos que a queda nos preços das ações nas últimas semanas foi excessiva; vários pontos que pesavam sobre o papel foram removidos; e a empresa está negociando a múltiplos de valuation descontados.

Estamos aumentando o peso de Itaú (ITUB4) para 15%. Vemos boas perspectivas devido a: carteira de crédito de alta qualidade; rentabilidade líder; e robusta remuneração aos acionistas.

Por fim, estamos aumentando o peso de Iguatemi (IGTI11) de 5% para 7,5%. Em nossa opinião, o setor de shopping centers poderia se beneficiar de uma possível continuação da queda taxas de juros de longo prazo.

Além disso, vemos as ações da Iguatemi como defensivas em um ambiente de aumento da taxa de juros.

Retornos no Ibovespa nos últimos 10 anos

As commodities dispararam nos últimos 10 anos e foram o subgrupo de melhor desempenho, com Petrobras (PETR4 e PETR3) ganhando 1210,5% e 1228,1%, enquanto Vale (VALE3) ganhou 362,6%.

Isso foi impulsionado por uma taxa de câmbio (BRL/USD) crescente (+122,1%) e uma recuperação nos preços das commodities entre 2016-2019, seguida por um boom de 2020-2021 (minério de ferro: +104,5%; brent: +91,7%) causado pelas interrupções da cadeia de suprimentos global da Covid-19.

O gap entre o índice e os domésticos aumentou. Seu desempenho em relação ao índice é influenciado pela política monetária e pelos principais indicadores que geralmente os decidem, como as expectativas de inflação.

Os setores financeiros e defensivos tiveram desempenho inferior ao do índice, apesar de serem setores favorecidos entre os investidores.

O setor financeiro é cíclico por meio da natureza de seus negócios, o que se reflete em seu beta de 1,087, o mais alto entre as outras classificações, e, portanto, os períodos de desempenho superior em relação ao índice são quando as condições monetárias são mais fáceis e as políticas favoráveis ​​ao mercado estão em vigor.

Os defensivos, por outro lado, embora sejam menos voláteis (beta de 0,866), incorporam setores altamente alavancados e intensivos em capital que são sensíveis a mudanças nas taxas.

No entanto, o pós-2020 viu um desempenho mais forte e resiliente, impulsionado por um aumento substancial no peso das concessionárias na classificação e no Ibovespa.

Comentários sobre janeiro de 2025

O setor de tecnologia foi pressionado após a startup chinesa DeepSeek lançar um chatbot de inteligência artificial com custos significativamente mais baixos e maior eficiência energética em relação aos seus concorrentes.

Empresas que se beneficiam da demanda por infraestrutura de inteligência artificial, como a Nvidia (10,6%), foram duramente impactadas.

Apesar da forte queda do mercado americano, o Brasil saiu ileso, com exceção da Weg (WEGE3), que foi afetada principalmente pela sua exposição à demanda por infraestrutura relacionada à inteligência artificial (veja aqui mais detalhes).

Em meio a uma dinâmica de descompressão de riscos, o Ibovespa terminou janeiro em recuperação, com desempenho acima dos mercados globais (S&P500, +2.7%; Nasdaq, +2.2%), subindo 4,9% em reais e 11,0% em dólares.

Olhando de um ponto de vista setorial, os setores mais cíclicos tiveram um mês de recuperação após leve alívio na curva de juros, enquanto commodities, com exceção de Petróleo & Gás, tiveram um mês negativo.

Principais destaques de janeiro

Educação (+24,3%) foi o maior destaque positivo, impulsionado pelo fechamento da curva de juros, recompras de ações e elevações de recomendação por bancos de investimento;

Construção civil (+15,9%), se beneficiando do alívio dos juros e de algumas prévias operacionais acima das expectativas, que também contribuíram para o desempenho positivo do setor;

TMT (+13,2%) se destacou também em meio ao fechamento da curva de juros, além de uma recuperação após a forte queda nos meses anteriores e a percepção dos investidores que certos papéis, como Vivo (VIVT3, +10,9%) e Totvs (TOTS, +27,3%), são atrativos em meio ao cenário macroeconômico desafiador de 2025 em virtude de suas características estruturais;

Alimentos & Bebidas (-6,0%), por outro lado, foi o grande destaque negativo, com as produtoras de alimentos sofrendo com perspectivas mais negativas de consumo e para a temporada de resultados do 4T24 enquanto os frigoríficos foram pressionados pela valorização do câmbio e um movimento técnico negativo.”

Fontes de conteúdo: Fernando Ferreira (CFA), Felipe Veiga (estratégia de ações), Júlia Aquino (estratégia quantitativa) e Lucas Rosa (estratégia quantitativa).

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Edição visual da página: Ernani Fagundes, jornalista especializado (MBA da B3) em informações econômicas, financeiras e de mercado de capitais.

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