JBS (JBSS3) e Eletrobras (ELET3) entram para o portfólio 10SIM de janeiro 2025 do BTG Pactual.

Com as alterações, o portfólio passa ser formado por: Petrobras (PETR4), Marcopolo (POMO4), Itaú (ITUB4), Weg (WEGE3), JBS (JBSS3), Eletrobras (ELET3), Suzano (SUZB3), BB Seguridade (BBSE3), Sabesp (SBSP3) e Tim (TIMS3).

Após a ilustração abaixo, veja o relatório da equipe de análise do BTG encaminhado ao Grana News:

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JBS (JBSS3) e Eletrobras (ELET3)

A situação atual exige um portfólio cauteloso para começar o ano.

O atual cenário fiscal altamente incerto, o aumento das taxas de juros e a falta de visibilidade sobre possíveis catalisadores de curto prazo indicam um início de 2025 difícil para as ações brasileiras.

Recomendamos que os investidores posicionem seus portfólios de forma mais defensiva e que foquem em ações com um fluxo de caixa mais concentrado no curto prazo, pagadoras de altos dividendos e empresas que se beneficiem de um dólar mais forte.

Um pouco mais de exposição ao dólar com a inclusão da JBS (JBSS3)

Em dezembro, aumentamos nossa exposição a um dólar mais forte com a inclusão da Suzano e da WEG.

Este mês, estamos aumentando ainda mais nossa exposição ao dólar com a adição da processadora de alimentos JBS (yield de geração de caixa ~12%), substituindo a Cyrela.

Nosso portfólio tem alguma exposição adicional ao câmbio por meio da Petrobras (que também é uma forte pagadora de dividendos, com um Dividend yield de aproximadamente 10%, mas que pode chegar a 14-15%) e da Marcopolo, que obtém 10% da receita de exportações.

Forte exposição a empresas de serviços básicos e pagadoras de dividendos

Eletrobras (ELET3) substitui a Copel

Entre as empresas de serviços básicos, estamos substituindo a Copel pela Eletrobras, pois acreditamos que um acordo com o governo sobre governança e a Eletronuclear pode estar próximo.

A Sabesp, nossa Top Pick no setor, permanece na 10SIM.

A BB Seguridade e a TIM, grandes pagadoras de dividendos, também mantêm seus lugares na carteira.

O Itaú é a nossa Top Pick entre os grandes bancos brasileiros, com uma expectativa de crescimento decente dos lucros e altos níveis de ROE.

Modo sobrevivência

Os ativos de risco brasileiros se deterioraram acentuadamente nos últimos meses, uma vez que a confiança dos investidores na sustentabilidade do pacote fiscal do país e a trajetória da dívida atingiu níveis mínimos de vários anos.

A essa altura, o ritmo insustentável de deterioração da dívida está claro para todos.

Considerando a enorme carga de dívida, as altas taxas de juros e o ritmo potencialmente acelerado da deterioração fiscal, a única maneira de os preços dos ativos se estabilizarem ou melhorarem seria se o governo implementasse mudanças mais estruturais no orçamento, o que parece altamente improvável neste momento.

De fato, as medidas fiscais anunciadas no final de novembro para reduzir o ritmo de crescimento dos gastos foram decepcionantes e indicam que o governo fará o mínimo necessário para cumprir as metas fiscais em 2025 e 2026, mas não abordará de fato o rápido crescimento da relação dívida/PIB.

Esperamos que esse índice chegue a 84% até o final de 2026, um aumento de 12 pontos percentuais em quatro anos.

O estresse nos preços dos ativos do Brasil pode ser visto no aumento das taxas de juros reais de longo prazo e na desvalorização do real.

Para piorar a situação, uma economia superaquecida aumenta a incerteza fiscal, elevando as expectativas de inflação.

Nesse ponto, nossa equipe macroeconômica projeta que a inflação encerrará 2024 em 4,9% e acelerará ainda mais em 2025 para 5,5% (em comparação com uma meta de inflação de 3,0%).

Para trazer a inflação de volta à meta, o Banco Central do Brasil já aumentou a taxa Selic em 175bps desde setembro (para 12,25%) e sinalizou pelo menos dois aumentos adicionais de 100bps nas reuniões de janeiro e março.

Nossa equipe macroeconômica projeta um aumento adicional de 100bps, levando a taxa Selic para 15,25% no 2T25, o nível mais alto desde 2006.

Naturalmente, as taxas de juros mais altas devem desacelerar a atividade econômica e ter um impacto negativo nos lucros das empresas, especialmente das empresas mais alavancadas.

O cenário externo também não está ajudando A vitória dos republicanos nas eleições dos EUA, ganhando a presidência, o Senado e a Câmara, confirmou um cenário que aponta para taxas de juros de longo prazo mais altas.

Além disso, o ciclo de flexibilização monetária nos EUA pode ser menos intenso do que o esperado originalmente.

Nesse momento, depois de cair 100bps em 2024, nossa equipe macroeconômica projeta apenas mais um corte de 25bps em 2025, levando a taxa de jutos para 4,1%.

Sem dúvida, as altas taxas de juros de longo prazo nos EUA podem manter as taxas de longo prazo pressionadas no Brasil, o que é um fator negativo para o desempenho das ações brasileiras.

Neste momento, o prêmio entre as taxas reais de longo prazo do Brasil e dos EUA é de 5% (7% no Brasil vs. 2% nos EUA), em linha com a média histórica.

No entanto, em períodos de maior estresse, como na recessão de 2015/2016, o prêmio foi em média de 6% e atingiu um pico de mais de 7% em setembro de 2015.

Na China, o esperado pacote de estímulos decepcionou. O recente anúncio carece de medidas para suportar o consumo, além de não oferecer garantias de que os mercados imobiliários se estabilizariam.

Veja também: Itaú (ITUB4) e Suzano (SUZB3) entram para a carteira Top 10 da Ágora Investimentos

Fonte de conteúdo: BTG Pactual

Edição visual da página: Ernani Fagundes, jornalista especializado (MBA da B3) em informações econômicas, financeiras e de mercado de capitais.

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