China anuncia tarifas aos EUA em resposta à taxação de 10% dos produtos chineses.

A taxação dos chineses é de 15% sobre o carvão e o gás natural liquefeito dos EUA e tarifa de 10% sobre o petróleo bruto e maquinário agrícola.

China anuncia tarifas aos EUA em resposta à taxação de produtos chineses. Foto: Cuenta Miyago/Pixabay

Ontem (3/2), Canadá e México conseguiram adiar tarifas americanas de 25% por 30 dias, em negociações que prometem aumentar a vigilância de suas fronteiras.

“Essa escalada na guerra comercial entre China e EUA, com novas tarifas impostas por ambos os lados, tem implicações diretas e indiretas para a economia brasileira. O Brasil, como importante parceiro comercial de ambos, pode enfrentar desafios no curto prazo devido à instabilidade global e volatilidade principalmente nos preços das commodities, já que são essenciais produtos de exportação brasileiros para a China. No entanto, essa situação também pode apresentar oportunidades para o Brasil expandir seu mercado exportador, substituindo fornecedores americanos, especialmente em setores como soja e carne, onde a demanda chinesa é robusta. Contudo, é crucial que o Brasil mantenha uma posição estratégica e pacífica, buscando diversificar seus parceiros comerciais e investindo em estabilidade econômica interna para mitigar os riscos de uma economia global incerta.”, Sidney Lima, Analista CNPI da Ouro Preto Investimentos.

       “A escalada na guerra comercial entre China e EUA, com tarifas adicionais de ambos os lados, tem implicações diretas e indiretas para a economia brasileira, que pode enfrentar desafios de curto prazo devido à instabilidade global e volatilidade nos preços das commodities, essenciais para suas exportações. No entanto, o Brasil pode se beneficiar ao expandir seu mercado exportador, substituindo fornecedores americanos, especialmente em setores como soja e carne, onde a demanda chinesa é forte.”,  João Kepler, CEO da Equity Fund Group

         “A guerra comercial iniciada por Trump e agora intensificada por retaliações globais, especialmente da China, representa uma dinâmica preocupante para o Brasil e outros mercados emergentes. As tarifas impostas aos produtos americanos e a inclusão de empresas dos EUA em listas de restrições, como vimos com o Google na China, tendem a pressionar o comércio global e encarecer produtos estratégicos. Para o Brasil, isso pode significar tanto oportunidades quanto desafios. Por um lado, setores como o agronegócio e o minério de ferro podem se beneficiar se a China buscar diversificar seus fornecedores fora dos EUA. No entanto, a desaceleração econômica americana e o possível encarecimento de insumos importados podem frear a recuperação industrial brasileira e afetar as exportações. O mercado de câmbio também sente o impacto: com maior aversão ao risco global, o dólar pode manter-se em patamares elevados no Brasil, dificultando o controle inflacionário e pressionando ainda mais a política monetária do Banco Central”, Carlos Braga Monteiro, CEO do Grupo Studio.

        “A retaliação da China às tarifas dos EUA agrava a guerra comercial e pode beneficiar temporariamente o Brasil, especialmente na exportação de commodities como soja e petróleo. No entanto, a incerteza global e a desaceleração do comércio mundial podem pesar sobre a economia brasileira no médio prazo. O país precisa aproveitar as oportunidades sem perder de vista os riscos de um cenário mais volátil.”, Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike.

         “A guerra comercial deflagrada pelo presidente Trump pode ter impactos significativos na economia brasileira. No curto prazo, o Brasil está se beneficiando do aumento das incertezas globais para fechar acordos comerciais relevantes, como o acordo Mercosul-UE e pode explorar novas oportunidades, como fez no último governo do presidente americano, ampliando suas exportações para a China, nosso maior parceiro comercial. Além disso, um dólar forte  favorece as exportações brasileiras de commodities, como soja e carne, ao torná-las mais competitivas no mercado internacional. No entanto, os efeitos negativos também são evidentes. A desaceleração do comércio global causada por guerras comerciais pode impactar a demanda por produtos brasileiros, especialmente commodities metálicas, reduzindo preços e receitas. Além disso, o Brasil corre o risco de ser inundado por produtos chineses desviados dos mercados americanos, aumentando a competição interna e pressionando setores industriais locais. A inflação também pode ser um problema, já que a desvalorização do real em cenários de instabilidade global encarece produtos importados. Assim, enquanto o Brasil pode colher ganhos pontuais em algumas áreas, ainda é cedo para dizer se o resultado final será positivo ou negativo para o país.”, Felipe Vasconcellos, Sócio da Equus Capital.

         “A intensificação da guerra comercial entre EUA e China cria oportunidades e desafios para o Brasil, com possíveis benefícios para setores como agronegócio e mineração, mas também riscos de desaceleração econômica e volatilidade cambial, exigindo cautela diante do cenário global incerto.”, André Matos, CEO da MA7 negócios.

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Notícias do mercado financeiro em 04/02/2025

Aqui no Grana News, você terá informações sobre os principais assuntos da bolsa brasileira (B3), de acordo com relatórios e comunicados de mercado:

Preço do petróleo Brent recua para patamar de US$ 75 por barril

Preço do petróleo do tipo Brent (do Mar do Norte) cai para faixa de US$ 75 por barril, e o tipo WTI (do Texas/EUA) recua para patamar de US$ 71,8 por barril.

PETR3 e PETR4 – Produção da Petrobras cai 10,5% no 4º trimestre de 2024

A produção de petróleo, LGN (gás liquefeito) e gás natural da Petrobras no Brasil caiu 3,1% em 2024, para 2,66 milhões de barris de óleo equivalente por dia.

No 4º trimestre de 2024, a queda de produção da Petrobras foi de 10,5%.

Petrobras recebeu pagamento de R$ 2,16 bilhões de parceiros dos blocos Sépia e Atapu.

VALE3 – Preço do minério de ferro avançou 0,7% em Singapura

Preço do minério de ferro minério subiu 0,7% em Singapura (Ásia), a US$ 105 por tonelada.

KLBN11 – Klabin recebe R$ 800 milhões

Klabin assinou acordo para o Projeto Plateau e recebeu parcela de R$ 800 milhões.

Ata da reunião do Copom de 29 de janeiro de 2025

Ata da reunião do Banco Central do Brasil mostrou que a magnitude dos próximos ajustes da taxa básica de juros (Selic) dependerá da inflação.

O Comitê de Política Monetária (Copom) afirmou em ata divulgada nesta terça (04) a indicação de alta de 1 ponto porcentual na taxa Selic na próxima reunião em março, elevando a taxa de juros de 13,25% para 14,25% ao ano. Esse foi o último indicativo para a próxima reunião. O comitê deixou em aberto as decisões da política monetária a partir do encontro do mês de maio.

Na decisão divulgada na última quarta-feira, o Copom decidiu subir a taxa Selic em 1 ponto percentual, passando de 12,25% ao ano para 13,25%. No ranking de juros reais no mundo, o Brasil já está em segundo lugar.

Para Marcelo Bolzan, estrategista de investimentos e sócio da The Hill Capital, o comunicado manteve o tom hawkish do último com uma decisão mais do que esperada pelo mercado. “Essa foi a primeira reunião do Gabriel Galípolo e essa nova configuração da diretoria. Já era uma decisão amplamente aguardada e esperada, já que na reunião de dezembro eles tinham sinalizado mais dois aumentos de 1%”, diz.

Bolzan explica que eles deixaram a Selic terminal em aberto e disseram que vai depender da dinâmica da inflação. “Ou seja, deixaram ali a porta aberta e conforme evoluir a inflação, eles vão ajustando ali a Selic. Acho que foi o cenário mais correto mesmo, na minha opinião, a ser feito”, comenta.

Nesse cenário, Ana Paula Carvalho, planejadora financeira e sócia da AVG Capital, acredita que ativos ligados ao IPCA ainda são interessantes, especialmente para prazos mais longos. “A proteção contra a inflação continua sendo um atrativo, na minha visão, principalmente quando as taxas oferecidas nos títulos do governo estão em níveis acima de 7% ao ano. Isso proporciona ao investidor não só a proteção da variação da inflação, mas também um retorno real consistente ao longo do tempo. Para quem busca mais segurança, títulos atrelados ao IPCA tendem a ser uma escolha mais coerente”, diz.

Já os ativos prefixados, nesse momento, segundo a especialista, são uma escolha mais arriscada. “A expectativa de alta da Selic e o cenário de inflação ainda elevado tornam esses ativos mais vulneráveis. Minha recomendação seria limitar a exposição a 2,5% da carteira para clientes com perfil arrojado e evitar para perfis conservadores, dada a volatilidade que esse tipo de ativo pode apresentar”, comenta. 

Carolina Bohnert, especialista em investimentos e sócia da The Hill Capital, acredita que vale o investidor alocar em investimentos pós-fixados. “Com a tendência de elevação de juros, os ativos que mais se beneficiam neste cenário, na minha visão, são os ativos pós-fixados. Os investidores podem acessar esses ativos através do Tesouro Selic, CDB LCA , fundos de investimentos de renda fixa e outros títulos emitidos por empresas”, comenta.

Agora, se o investidor está disposto a assumir mais riscos em busca de maior retorno, o crédito privado pode ser mais adequado. “Se a segurança e a liquidez são as prioridades, penso que o Tesouro Selic é uma escolha mais prudente”, complementa Carolina.

Josias Bento, especialista em mercado de capitais e sócio da GT Capital, acredita que, para quem tem um horizonte mais longo, os ativos IPCA+ podem ser uma boa solução para quem vai investir entre 5 e 10 anos. “É importante levar o título até o vencimento, pois vai sofrer com as marcações à mercado no período”, diz. Segundo ele, o prefixado para 2027 também está bem atrativo em termos de taxa, que deve subir mais, e os IPCA+ para 2035 e 2045 são outra boa oportunidade de alocação.

Para quem quer investir na bolsa, Marcelo Bolzan, da The Hill Capital, destaca a preferência por empresas que tenham receita em dólar como Weg, JBS e Suzano, além de papeis que vão trazer bons dividendos ao longo do ano como Petrobras e Itaú. “Outras boas oportunidades estão em empresas que repassam o custo da inflação para o consumidor final como Sabesp e Eletrobras”, diz.

Já se o objetivo é investir nos EUA, Jeff Patzlaff, Planejador Financeiro CFP®, indica aos investidores considerarem ativos internacionais que ofereçam proteção contra a volatilidade e oportunidades de crescimento, como os ETFs que replicam o desempenho de mercados desenvolvidos, como o S&P 500 nos EUA ou o STOXX Europe 600 na Europa. “Além disso, setores como tecnologia, saúde e energias renováveis têm mostrado resiliência e potencial de crescimento. Investimentos em títulos de dívida de países com boa classificação de crédito também proporcionam estabilidade e retornos consistentes em moeda forte”, destaca Jeff.

Embora investimentos domésticos em renda fixa ofereçam retornos atrativos em cenários de juros altos, Jeff ressalta que a diversificação e, principalmente, a internacional continua sendo importante. “Investir no exterior permite acesso a mercados e setores não disponíveis localmente, além de mitigar riscos específicos do país. A diversificação geográfica pode proteger o portfólio contra flutuações adversas na economia brasileira, além de oferecer oportunidades de crescimento tanto em economias emergentes quanto desenvolvidas, sem falar que investimentos em moeda forte, como o dólar, rendendo 4-5% ao ano são extremamente interessantes”, comenta Jeff.

 “A ata do Copom mostra que a inflação ainda preocupa e que o BC deve realizar um novo aumento de 1% na próxima reunião de março, caso esse cenário inflacionário continue persistente. Os alimentos ainda devem continuar pesando no bolso, principalmente por causa do clima e do câmbio. Mesmo com o dólar caindo, os preços ainda sentem os impactos da economia e das decisões do governo em relação ao fiscal. Já a gasolina pode continuar subindo por fatores externos e custos internos. Lembrando que o ciclo de aumento da Selic iniciou em setembro do ano passado, e geralmente demora um período de 6 meses para sentirmos uma maior diferença na economia, ou seja, a expectativa é que a partir de março/ abril esses números relacionados à inflação comecem a amenizar”, Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike.

“A ata do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada hoje reforça a necessidade de uma política monetária mais contracionista diante do cenário econômico desafiador. O documento confirmou a elevação da taxa Selic para 13,25% ao ano e sinalizou uma nova alta de 1 ponto percentual na próxima reunião, em março, com possibilidade de ajustes adicionais dependendo da evolução da inflação. O Copom destacou que a inflação permanece resistente, impulsionada por fatores como o mercado de trabalho aquecido, a política fiscal expansionista e a desancoragem das expectativas inflacionárias. Além disso, o texto alertou para os impactos da deterioração fiscal sobre os preços de ativos e as expectativas econômicas, reforçando a necessidade de disciplina fiscal para evitar pressões adicionais sobre os juros. Outro ponto relevante da ata foi a avaliação de que o IPCA deve permanecer acima do teto da meta nos próximos meses, configurando descumprimento sob o novo regime de metas. O Copom também apontou riscos relacionados ao câmbio e à inflação de serviços, que segue pressionada pelo dinamismo econômico. Apesar de haver um consenso que o PIB crescerá menos em 2025 do que no ano anterior, a atividade econômica continua robusta, o que dificulta a convergência da inflação para a meta. A ata reafirma o compromisso do Banco Central em agir para assegurar essa convergência, mesmo que isso implique em juros elevados por um período prolongado”, Felipe Vasconcellos, Sócio da Equus Capital.

“A ata do Copom sinaliza uma postura firme em manter ou até intensificar o ciclo de alta da Selic nas próximas reuniões, caso as expectativas de inflação continuem descoladas das metas. A preocupação central está no núcleo inflacionário persistente, especialmente nos preços de serviços e alimentos, itens que impactam diretamente o bolso da população. Com o dólar recuando recentemente, seria esperado algum alívio nos preços de produtos importados e commodities, mas isso tem sido compensado pela pressão em setores estratégicos como combustíveis e energia. A alta da gasolina, por exemplo, pode continuar puxando a inflação e elevando o custo logístico dos alimentos, gerando um efeito cascata nos preços. O recado do Banco Central é claro: sem uma melhora consistente na inflação e sem maior clareza no cenário fiscal, o aperto monetário deve se manter. Isso significa um primeiro semestre de 2025 desafiador, com o custo de vida elevado e pressão sobre o consumo interno”, Carlos Braga Monteiro, CEO do Grupo Studio.

“O ata do Copom reforça a preocupação do Banco Central com a inflação persistente e a necessidade de manter uma política monetária restritiva. O indicativo de alta da Selic em março mostra que o BC segue comprometido em ancorar as expectativas, especialmente diante das pressões inflacionárias em serviços No entanto, o grande desafio é equilibrar esse aperto com a atividade econômica, que já demonstra sinais de desaceleração. A decisão também será influenciada pelo cenário externo, principalmente o comportamento dos juros nos Estados Unidos, que impactam o fluxo de capital para. Os mercados emergentes. O mercado seguirá atento aos próximos dados de inflação e à comunicação do BC sobre os rumores da política monetária nos próximos meses”,  João Kepler, CEO da Equity Fund Group.

“A ata do Copom reafirma o compromisso do Banco Central com a convergência da inflação ao meta, sinalizando uma política monetária mais restritiva. A Selic deve permanecer elevada, e um novo ajuste na próxima reunião dependerá da evolução dos preços. A alta nos alimentos, especialmente das carnes, continua sendo uma preocupação devido a fatores climáticos e estruturais, enquanto a queda do dólar pode aliviar os custos de importação em alguns setores. Por outro lado, o aumento da gasolina impacta a inflação de serviços e pressiona os custos logísticos. Central segue vigilante, monitorando riscos fiscais e externos, em um cenário que exige disciplina monetária e fiscal para garantir a estabilidade econômica”, André Matos, CEO da MA7 Negócios.

“A ata sublinha uma postura firme do Banco Central frente à persistência da inflação, principalmente nos setores mais sensíveis como alimentos, o que impacta diretamente o cotidiano da população. A ata também reitera a importância da vigilância contínua sobre a evolução dos preços, em especial dos alimentos, que é um dos componentes mais voláteis e impactantes no índice de preços ao consumidor. A sensação, é de que o Banco Central parece estar se posicionando de maneira proativa para ajustes futuros se o cenário exigir, sinalizando que o ciclo de aperto monetário pode não terminar tão cedo dependendo das próximas leituras inflacionárias e da eficácia das políticas fiscais vigentes”, Sidney Lima, Analista CNPI da Ouro Preto Investimentos.

“A ata do Copom reforça um cenário de desafio para o varejo, especialmente diante da perspectiva de manutenção ou alta da Selic. Com o crédito mais caro e o consumo das famílias pressionadas, a demanda por bens de maior valor tende a desacelerar. Além disso, o custo financeiro para as empresas do setor aumenta, impactando estoques, investimentos e negociações com fornecedores. O varejo precisa se adaptar a esse ambiente, buscando eficiência operacional e estratégias que mantenham a atratividade para o consumidor, enquanto aguardamos sinais mais claros sobre a trajetória da política monetária ao longo faça ano. Mas os empreendedores que forem criativos e rápidos na tomada de decisão, com certeza conseguirão crescer o faturamento mesmo com este cenário adverso”, Roberto Jalonetsky, CEO da Speedo MultiSport.

Fontes de conteúdo: Ágora, Avenue, B3, Bradesco, BTG Pactual, CVM, Itaú, Genial, Santander, Terra, Toro e XP.

Edição de texto e da página: Ernani Fagundes, jornalista especializado (MBA da B3) em informações econômicas, financeiras e de mercado de capitais.

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