Carteira Top 10 da Ágora para fevereiro 2024

A carteira Top 10 da Ágora para fevereiro 2024 retirou as ações da EcoRodovias (ECOR3) para a entrada de Weg (WEGE3) no portfólio.

“Embora a EcoRodovias   siga   como   a   preferência   no   setor   de   logística   e concessões, optamos por retirá-la para dar espaço as ações da WEG que acumulam uma queda superior a 9% em janeiro, em um nível de preço que nos parece oportuno para incluir em  nosso  portfólio  e assim buscar maior  indexação da carteira ao  Ibovespa,  como fica  evidenciado com a  redução  do Beta (medida de risco) da carteira-que caiu de 1,42 para 1,04”, descreve o texto do relatório sobre a carteira Top 10 da Ágora.

Veja a composição completa na sequência do texto, logo após a imagem ilustrativa abaixo:

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Weg (WEGE3)

Nos últimos trimestres, a WEG vem se beneficiando da desaceleração dos preços das matérias-primas, principalmente aço e cobre, aliada a um melhor mix e forte cenário de preços. Além disso, as receitas de Geração,  Transmissão  e  Distribuição  (GTD) da  Weg  no mercado  externo  saltaram  no  3T23  e lembramos que no último trimestre a WEG registrou uma concentração de entregas na Europa, mas as receitas  em  dólares  da  WEG  na  América  do  Norte  aumentaram  16%  em  um  ano,  impulsionadas  pela forte demanda de transmissão e distribuição (T&D) na América do Norte.

Carrefour Brasil (CRFB3)

O  Carrefour  Brasil  é  o  maior  grupo  de  varejo  alimentar  do  país,  atuando  em  diversos  formatos  para atender a diferentes segmentos, através das bandeiras Atacadão, Sam’s Club, Express, entre outras, além das operações de e-commerce. Em nosso cenário base, continuamos vendo o Carrefour Brasil na liderança  do  setor  de  varejo  de  alimentos  no  longo  prazo,  dada  a  força  da  bandeira  Atacadão (atacarejo),  a  maior  marca  de  supermercado  do  país,  e  os  formatos  de  lojas  complementares,  com clubes de compras, lojas de conveniência, e-commerce e hipermercados. Vemos ventos favoráveis em 2024  em  relação  à  concorrência,  cenário  econômico  e  dinâmica  do  setor  que  devem  levar  a  um crescimento sólido dos lucros nos próximos anos. Recentemente, em seu Dia do Investidor, a empresa compartilhou  expectativas  otimistas,  com  metas  de  expansão  de  lojas  e  margens  EBITDA  acima  das nossas  previsões  atuais  e  sólidos  ganhos  de  EBITDA  provenientes  das  conversões/fechamentos  de hipermercados  e  captura  de  sinergias.  Mantemos  a  nossa  visão  otimista  sobre  a  tese  e  a  nossa recomendação de Compra.

Copel (CPLE6)

A  Companhia  Paranaense  de  Energia  (Copel)  é  uma  empresa  integrada,  ou  seja,  atua  nos  quatro subsegmentos  do  setor  de  energia  elétrica:  geração,  transmissão,  distribuição  e  comercialização.  A empresa possui  62  usinas  próprias  (sendo  18  hidrelétricas,  1  térmica  e  43  eólicas)  e  participação  em outros  14  empreendimentos  de  geração  de  energia  (1  térmica,  8  hidrelétricas,  4  parques  eólicos  e  1 solar).  Em Agosto  de  2023,  a  Copel  concluiu  o  processo  de  transformação  da  companhia  em  uma corporation, sem acionista controlador, diante  da liquidação financeira de oferta base secundária de ações  do  Estado  do  Paraná  e  da  oferta  primária  de  novas  ações.  O  governo  paranaense  reduziu participação  das  ações  com  direito de  voto  de  69,66%  para  cerca  de  32,32%.  Uma  vez  privatizada, reforçamos nossa recomendação de Compra e preço-alvo de R$ 12,50 para 2024 a partir de premissas que incluem redução de despesas e menor custo de capital.

Itaú (ITUB4)

Acreditamos que o Itaú reportará melhores tendências no crescimento dos empréstimos individuais e na qualidade dos ativos. Estimamos que o banco reportará lucro líquido de R$ 9,1 bilhões, com tanto a margem com clientes quanto os ganhos de tesouraria apresentando bom crescimento. Além disso, a inadimplência nos empréstimos individuais deverá registar outra melhoria sequencial, enquanto as PME e  as  grandes  empresas  poderão  permanecer  estáveis,  levando  a  despesas  de  provisões  estáveis  no trimestre.  Esperamos  que  a  receita  de  tarifas  registreuma  melhoria  sequencial  impulsionada  pela sazonalidade,  enquanto  as  despesas  operacionais  podem  sofrer  uma  ligeira  pressão  de  maiores volumes, despesas de marketing e ajustes salariais. O Itaú Unibanco publica seus resultados no próximo dia 5 de fevereiro, após o fechamento do mercado.

JBS (JBSS3)

A JBS é o maior produtor global de proteínas e a segunda maior empresa de alimentos do mundo. A empresa possui 300 plantas em diferentes regiões e presença comercial em mais de 22 países. Devido à  ciclicidade  da  sua principal  linha  de  negócios,  a  JBS  passou  recentemente  por  meses  operacionais relativamente difíceis, apresentando no 1T23 a margem de lucro mais baixa em uma década. Dado este cenário, entendemos que a partir daqui o espaço para melhorias é significativo,e o mercado parece ainda não ter precificado uma provável recuperação das margens que deve se concretizar até 2025. Vemos a ação sendo negociada a um múltiplo EV/EBITDA (esperado para 2024 e 2025) abaixo da média histórica,  apoiando  assim  a  visão  positivapara  o  valuation,  e  esperamos  que  as  margens  continuem melhorando  sequencialmente  nos  próximos  trimestres  devido  a  menores  custos  de  grãos,  uma redução dos abates (redução da oferta de carne) nos EUA em 2024 e ganhos de eficiência. Além disso, a empresa anunciou recentemente a proposta de listagem dupla nos EUA e no Brasil -se confirmado, o  movimento  poderá  ajudar  a  reduzir  o  atual  desconto  de  aproximadamente  35%  no  EV/EBITDA esperado para 2024 para a concorrente norte-americana Tyson Foods -em nossa estimativa, para cada redução de 5 pontos percentuais, o preço das ações pode subir significativos 25%.

Localiza (RENT3)

A Localiza é a maior rede de mobilidade da América Latina, presente em 6 países, com mais de 580 mil carros na frota, 900 pontos físicos e 17 mil colaboradores. Por meio de suas subsidiárias, a empresa aluga  carros  para  pessoas  físicas,  administra  frotas corporativas,  vende  sua  frota  para  o  público  em geral,  além  de  oferecer  modelo  de  franquia.  A  Localiza  reportou  números  operacionais  sólidos  emaluguel (RAC) e gestão de veículos (GTF) no 3T23, mas as margens de Seminovos tiveram um impacto negativo no período, em meio a um mercado desafiador para vendas de carros usados e preços mais fracos em relação aos carros novos, e juntamente com as despesas de depreciação ainda crescentes, e as elevadas despesas financeiras, podem pressionar o lucro líquido no curto prazo.

Por outro lado, esperamos  que  o  cenário  dos  Seminovos  melhore  gradativamente  a  partir  da  esperada  melhora  no cenário macroeconômico e entendemos que a ação possui um grande potencial de reavaliação devido a esse fator. Além disso, a Localiza deve relatar crescimento no spread do RoIC (diferença entre o RoIC e o custo de capital da companhia), retornando aos níveis históricos. A RENT3 está negociando a um P/L esperado para 2024 de aproximadamente 17x, um desconto significativo em relação à média de 5 anos. Desta forma, mantemos nossa recomendação de Compra para Localiza, com preço-alvo para o final de 2024 de R$ 90,00 por ação.

Petrobras (PETR4)

A  Petrobras  vem  de  resultados consistentes  nos  últimos trimestres  e  as  expectativas  apontam  para mais um ano de números sólidos em 2024, o que, em nossa opinião, deve permitir que a empresa siga distribuindo  dividendos  elevados  (um  dos  principais  pontos  da  tese).  Recentemente,  a  Petrobras divulgou  seu  Plano  Estratégico  (2024  a  2028),  que  acreditamos  não  ter  trazido  grandes  surpresas, reforçando  nossa  visão de  que  há  uma  grande  probabilidade  de  a  empresa  anunciar  cerca  de  US$  5 bilhões  em  dividendos  complementares  para  2023,  a  serem  pagos  em  2024. 

Em  geral,  vemos  a empresa  encerrando  2024  com  uma  posição  de  caixa  e  equivalentes  de  cerca  de  US$  18  bilhões, gerando aproximadamente US$ 20 bilhões em geração de caixa no ano (com base em um Brent de US$ 78/barril). Se a Petrobras pagasse o dividendo mínimo (45% do fluxo de caixa operacional, subtraído dos investimentos) terminaria 2024 com uma posição de caixa bastante robusta, deixando ainda muito espaço para fusões e aquisições e dividendos complementares em 2024.

Sabesp (SBSP3)

A Sabesp é uma sociedade anônima de economia mista fundada em 1973 e atualmente é responsável pelo fornecimento de água, coleta e tratamento de esgotos de 375 municípios do Estado de São Paulo. A  principal  tese  de  curto  prazo  continua  sendo  o  processo  de  privatização,  cujo  projeto  de  lei  foi aprovado  na  Assembleia  Legislativa  do  Estado  de  São  Paulo  em  dezembro.  Embora  esta  tenha  sido uma  etapa  importante,  ainda  faltam  alguns  passos  para  a  privatização  ser  concluída  até  meados  de 2024. Entre os quais, destacamos: a necessidade de definir melhorias regulatórias e; a assinatura de  novos  contratos  de  concessão  com  todos  os  municípios  para  os  quais  a  Sabesp  presta  serviços, incluindo  a  definição  sobre  o  pagamento -ou  não -de  títulos  de  concessão para  a  extensão  das concessões até 2059. Em geral, seguimos com a recomendação de Compra para as ações da Sabesp, uma vez que a relação risco/retorno ainda nos parece atraente.

Vale (VALE3)

Apesar de todas as incertezas vindas da economia global, em especial com os rumos da atividade na China, a verdade é que os preços do minério de ferro estão em quase US$ 140/tonelada, sinalizando que  a  dinâmica  do  mercado  físico  é  realmente  saudável.  De  fato,  acreditamos  que  a  dinâmica  dos preços  do  minério  de  ferro  deve  permanecer  forte,  com  a  demanda  chinesa  resiliente  e  a  demanda global (ou seja, excluindo a China) melhorando em 2024.

Assim, VALE3 continua sendo nossa principal recomendação  no  setor  de  Mineração,  pois  acreditamos  que  a  forte  dinâmica  do  mercado  deverá continuar  a  impulsionar  os  resultados  da  Vale,  enquanto  a  empresa  continua  a  buscar  medidas  de eficiência nas divisões de minério de ferro e de metais básicos. O valuation segue atraente, abaixo de 4x o múltiplo EV/EBITDA para 2024.

Vivara (VIVA3)

Líder  no  varejo  especializado  em  joias  e  relógios  no  Brasil,  a  Vivara  tem  um  posicionamento “democrático”- média renda por meio de seu portfólio de cinco marcas, aliando alta qualidade e design moderno,  que  também  permite  captar  oportunidades  nos  mais  diversos  momentos  da  vida  dos consumidores. Tendo realizado um IPO em outubro de 2019, a Vivara expandiu rapidamente seu número de  lojas  físicas,  tendo  aberto  150  unidades  de  lojas  desde  então.  A  tese  da  Vivara  é  essencialmente sustentada  por  duas  marcas.  Primeiro,  a  marca  mãe  da  empresa,  “Vivara”,  que  é  uma  marca  mais tradicional,  focada  em  clientes  com  mais  de  30  anos  e  que  procuram  produtos  de  qualidade  e  luxo sofisticado, embora ainda com preços acessíveis.

Em segundo lugar, a marca “Life” da Vivara foi lançada em 2011, atendendo a um público mais jovem e casual, e funciona como uma “porta de entrada” para o consumo de joias tendo em vista os preços. Acreditamos que a boa dinâmica de curto prazo continuará a  sustentar  VIVA3,  enquanto,  olhando mais  adiante,  ainda  vemos  razões  fundamentais  para  a  Vivara sustentar  uma  avaliação  por  múltiplos  premium  em  relação  às  outras  ações  em  nossa  cobertura  de Vestuário e Estilo de Vida, com base em: crescimento robusto da receita (taxa de crescimento médio anual de cerca de 15% no período de 2023-2026; e cerca de 13% de taxa de crescimento médio anual da área de vendas), expansão de margem relativamente mais segura que depende mais de seu mix (ou  seja,  Life  ganhando  participação sobre  Vivara)  do  que  de  execução,  e perspectivas  de  lucros mais fortes e menos vulneráveis (taxa de crescimento médio anual de cerca de 21% no período de 2023 a  2026).  Dessa  forma,  VIVA3  permanece  como  nossa  principal  escolha  na cobertura  deste  grupo  no Varejo.

(*) Fontes de conteúdo: Ágora Investimentos.

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