Carteira BB março de 2024
A carteira BB março de 2024, elaborada pelos analistas Victor Penna (CNPI), Wesley Bernabé (CFA) e o time de research da BB Investimentos, é formada pelos seguintes ativos: BTG Pactual (BPAC11), Caixa Seguridade (CXSE3), Itaú Unibanco (ITUB4), Isa Cteep (TRPL4), Klabin (KLBN11), Multiplan (MULT3), Petrobras (PETR4), RaiaDrogasil (RADL3), Vale (VALE3) e Weg (WEGE3).
Veja abaixo, o relatório da BB Investimentos sobre cada um dos ativos selecionados para a Carteira Fundamentalista:
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BTG Pactual (BPAC11)
Mantemos nossa indicação de BTG Pactual em linha com nossa tese de investimentos para a companhia, edificada na constante apresentação de excelentes resultados, que continuaram ecoando nos números do 4T23, divulgados em 5/fev. A cada trimestre, o BTG concretiza gradualmente mais nossa percepção de que a companhia é uma fortaleza operacional, forjada sobre suas diversas avenidas de crescimento, mesmo quando o cenário não é favorável para o mercado de capitais importante fonte de receitas – como visto recentemente. Com a expectativa de continuidade da queda dos juros, vemos no BTG uma oportunidade de exposição ao aquecimento deste mercado, cuja agenda tende a se intensificar ao longo de 2024.
Caixa Seguridade (CXSE3)
A companhia divulgou mais um resultado consistente no 4T23, encerrando o ano de 2023 com índices de sinistralidade sustentáveis e novas evoluções de receitas e lucro líquido. Adicionalmente, o atrativo de distribuição lucros foi mantido com o anúncio de dividendos adicionais referentes ao segundo semestre, permanecendo o payout em 90%. Seguimos acreditando em um cenário favorável para seus principais negócios diante da continuidade de redução da taxa de juros, tanto pela correlação positiva dos negócios de risco (seguros) com a concessão de crédito, quanto pelo aumento da competitividade dos negócios de acumulação (previdência).
Itaú Unibanco (ITUB4)
Com base em mais um resultado favorável visto 4T23, divulgado em 5/fev, permanecemos com nossa indicação de Itaú Unibanco pois acreditamos que, dentre os grandes bancos de nossa cobertura, o Itaú segue sendo a opção mais equilibrada entre crescimento e rentabilidade, graças a um mix de crédito favorável, dividido entre perfis PF, PJ, Grandes Empresas e Varejo Alta Renda. Com a continuidade da queda dos juros esperada para 2024, vemos o Itaú bem posicionado para continuar rentabilizando sobre uma carteira de crédito com maior apetite à medida que vemos uma inadimplência com viés de queda.
Isa CTEEP (TRPL4)
Tese de investimento atrativa que contempla crescimento e ao mesmo tempo bom retorno via dividendos, além de alta previsibilidade com o baixo risco do negócio e proteção contra inflação por ter receita indexada ao IPCA. A companhia tem se destacado na conquista de novos projetos nos leilões de transmissão de energia desde 2018, inaugurando uma fase de expansão estimulada pelo recebimento de indenização de ativos antigos recebidos a partir de julho de 2017. O atual ciclo da RAP (receita anual permitida), iniciado em julho de 2023, trouxe um reajuste de 3,9% referente ao IPCA acumulado em 12M que, somado a indenização da RBSE, adicionou ~R$ 1,2 bilhão da receita anual da companhia. Com isso, o retorno via dividendos deve ficar no patamar de 10% a.a., acima dos 6% do último ano devido ao menor recebimento de indenização no período. O resultado do 4T23 e 2023 divulgado em 20/fev mostrou o impacto da expansão em andamento, com forte crescimento de receita, geração de caixa, lucro e distribuição de proventos (JCP) em relação ao ano anterior.
Klabin (KLBN11)
Gostamos da tese da investimentos da Klabin principalmente em função do seu modelo de negócios, que combina diversificação de receitas e segmentos de atuação, aproveitando-se da estratégia de direcionamento das vendas para mercados mais rentáveis. Os benefícios dessas vantagens competitivas foram evidenciados mais uma vez no resultado apresentado do 4T23 da Klabin, em que a companhia apresentou incremento de volumes e bons números no geral, aproveitando-se do cenário favorável para celulose, que compensou o enfraquecimento dos mercados de kraftliner e de sacos industriais. Recentemente, foram anunciados novos reajustes nos preços de celulose, o que, combinado à desvalorização cambial, deverá favorecer a rentabilidade operacional da empresa no curto prazo, embora esperamos pressão sobre as cotações a partir do segundo semestre em função da entrada de novas capacidades em operação, elevando a oferta global da commodity.
Multiplan (MULT3)
A Multiplan apresentou bons resultados referentes ao 4T23. Além da forte geração de caixa operacional, que permite à companhia a manutenção de baixa alavancagem financeira e a distribuição de juros sobre capital próprio aos acionistas (em 2023, o payout foi de 57%), a companhia segue evoluindo em seus indicadores operacionais, os quais já eram considerados bastante saudáveis. Entendemos que a Multiplan é um excelente ativo para o investidor estar posicionado em momentos de maior volatilidade, diante da previsibilidade de seus resultados e bom histórico de execução e de pagamento de dividendos.
Petrobras (PETR4)
A companhia segue apresentando bons resultados operacionais e financeiros, aproveitando-se dos investimentos que realizou visando reduzir os custos de extração, graças ao ganho de escala e novas tecnologias. Recentemente, a empresa divulgou seus dados de reservas, indicando bom índice de reposição. Além disso, a tese de investimentos combina um robusto plano de entrada de novas plataformas com um menor patamar de alavancagem e uma regra de dividendos alinhada aos principais peers globais, pagando 45% do fluxo de caixa livre. O plano estratégico para o período 2024-28 manteve o foco da companhia no pré-sal, junto com a regra de endividamento abaixo de US$ 65 bilhões, e as políticas de dividendos e de preços se mostraram menos desfavoráveis do que parte do mercado esperava. Esperamos que a Petrobras siga com rentabilidade atrativa, ainda que os novos segmentos mais ligados a renováveis tenham retornos menores do que a média do portfólio do pré-sal no curto prazo.
RaiaDrogasil (RADL3)
A companhia divulgará os resultados referentes ao 4T23 no próximo dia 5, após o fechamento do mercado. As expectativas são positivas, em linha com o sólido desempenho que a RD vem apresentando trimestre após trimestre. Além disso, a tese contempla perspectiva de expansão de margem EBITDA por meio da maior digitalização e engajamento do cliente, crescimento real sustentado das lojas maduras, aumento da margem de contribuição e diluição gradual das despesas gerais e administrativas.
Vale (VALE3)
Apesar da continuidade das incertezas em relação ao ambiente externo, em especial sobre o cenário macroeconômico na China e seu enfraquecido setor imobiliário, a Vale segue sendo destaque por sua evolução operacional com controle de custos, além de mostrar uma alocação de capital disciplinada sem deixar de entregar um elevado nível de retorno ao acionista. No 4T23, a Vale apresentou forte avanço operacional nos segmentos de minerais ferrosos e cobre, o que pode elevar a confiança do mercado na entrega das estimativas de produção divulgadas pela companhia para os próximos anos. Mesmo com o reconhecimento de provisões adicionais de US$ 1,2 bilhão para reparação do rompimento da barragem da Samarco, a empresa registrou lucro líquido de US$ 2,4 bilhões e somou R$ 7,00 de dividendos distribuídos sobre o resultado de 2023 (yield de 10,4%), fechando mais um ano como forte pagadora de dividendos, o que deve continuar à frente.
Weg (WEGE3)
Em fevereiro, a WEG apresentou um resultado bastante positivo do 4T23, em nossa opinião, o que contribuiu para o papel se comportar como a maior alta da Carteira Fundamentalista no mês. O mercado, que vinha embutindo expectativas de acomodação nas tendências de crescimento da Weg para o curto prazo, reagiu positivamente passou a reprecificar as ações da companhia desde então. Apesar de compartilharmos dessa visão prospectiva de curto prazo mais modesta, acreditamos que a tese de investimento da Weg permanece sólida para o longo prazo, sustentada por suas vantagens competitivas, capacidade operacional e bom posicionamento para captura de oportunidades no ambiente global de eficiência/transição energética e sustentabilidade, que, em nossa leitura, devem permear de forma progressiva o setor de bens de capital nos próximos anos.
(*) Fontes de conteúdo: B3, CVM e Banco B3.
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