BB (BBAS3) e CCR (CCRO3) entram para a carteira Ibovespa+ da corretora do Santander Brasil em janeiro de 2025.
As ações entrantes vão substituir os papéis do Bradesco (BBDC4) e Lojas Renner (LREN3).

Com as alterações, a carteira Ibovespa+ do Santander passou a ser composta por: 10% de Banco do Brasil (BBAS3), 7% de CCR (CCRO3), 7% de Cyrela (CYRE3), 10% de Itaú (ITUB4), 8% de JBS (JBSS3), 8% de Multiplan (MULT3), 13% do Petrobras ON (PETR3), Raia Drogasil (RADL3), 9% de Sabesp (SBSP3), 8% de Totvs (TOTS3) e 12% de Vale (VALE3).
Veja o relatório dos analistas do Santander logo após a imagem abaixo:
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BB (BBAS3) e CCR (CCRO3) entram na carteira Ibovespa+
Veja o relatório assinado pelos analistas Ricardo Peretti (CGA) e Alice Corrêa (CNPI):
Banco do Brasil (BBAS3)
O Banco do Brasil (BB) é o maior banco brasileiro em ativos, com participação de mercado próxima a 20% em termos de empréstimos — a maior do país.
A participação de 50% do BB no Banco Votorantim reforça sua presença no mercado de financiamento de veículos.
Além disso, a instituição tem um mandato regulatório para emprestar ao setor agrícola no Brasil sob vários programas patrocinados pelo governo. ▪
Recentemente, nossos analistas introduziram o preço-alvo de R$ 45,00 para o fim de 2025 (vs. R$ 42,50 para o fim de 2024).
Continuamos otimistas com as ações, visto que esperamos um crescimento de lucro de maior qualidade de 5% em 2025.
Em meio a discussões sobre os potenciais impactos negativos para os bancos num ambiente com taxa Selic mais elevada nas frentes operacional (sensibilidade de A&L às taxas de juros) e de valuation, é importante reforçar que o BB: possui sensibilidade positiva de R$ 90 milhões no lucro líquido para cada aumento de 100 bps na taxa Selic, com apenas cerca de 50% do funding sendo flutuante.
Outros motivos que sustentam nossa visão positiva em Banco do Brasil são:
- crescimento de LPA de maior qualidade: vemos o core business do BB (ex-Patagônia) ganhando relevância no mix de receitas em 2025, além de se beneficiar de uma alíquota efetiva de imposto menor (EBT deve crescer 13% a/a);
- maior dividend yield entre os grandes bancos: projetamos um dividend yield de 12,5% em 2025. Lembramos que o payout do Banco do Brasil nos últimos 15 anos foi de 40% – taxa que aumentou para 45% no atual mandato presidencial;
- ROE potencialmente mais alto: como cenário possível, o ROE do Banco do Brasil saltaria de 21% para 23% no 3T24 caso o CET1 fosse reduzido para 11% (mínimo regulatório é de 9,5%);
- valuation atraente: para 2025E, vemos as ações negociando a um P/L de 3,6x e um P/VPA de 0,8x, enquanto nosso P/VPA alvo indica 1,3x;
- e sem crise no segmento de Agronegócio: Segundo a gestão do Banco do Brasil, “não há crise no segmento agro” e esperamos uma normalização da concessão de crédito e inadimplência para o segmento em 2025.
Direcionadores:
- manutenção do bom momento de lucros visto em 2024 ao longo de 2025 (apesar de um crescimento de lucro “modesto” de 5%, esperamos um resultado de maior qualidade em 2025);
- valuation atraente: enxergamos o Banco do Brasil negociando a 3,6x P/L (2025E), atualmente a ação mais barata do setor de bancos;
- crescimento na concessão de crédito;
- e retomada da economia mais rápida que o esperado.
Riscos:
- potencial enfraquecimento da economia brasileira devido aos elevados índices de endividamento das famílias no país, impactando o crescimento do crédito do sistema e, consequentemente, o potencial de volume do Banco do Brasil;
- cenário macroeconômico se deteriorando materialmente, fazendo com que as taxas de inadimplência superem nossa expectativa de retorno aos níveis pré-COVID;
- e ameaça competitiva acima do previsto pelo impacto das fintechs, ou seja, indo além das taxas e afetando as concessões de crédito.
CCR (CCRO3)
A Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR) é a maior operadora de rodovias pedagiadas da América Latina em receita.
Atualmente, a empresa controla diversas concessões de rodovias pedagiadas, citando algumas: AutoBan, NovaDutra, Rodonorte, Via Lagos, ViaOeste, RodoAnel, SPVias, ViaRio, MSVia e ViaSul.
Além disso, a empresa detém 40% de participação na Renovias (concessão de rodovia pedagiada com 346 km), 75% de participação no consórcio ViaQuatro (que opera a Linha 4 do Metrô de São Paulo), 38% de participação no BH Airport (aeroporto com 10,4 milhões de passageiros por ano) e 100% de participação no Metrô Bahia.
Temos uma visão positiva sobre a CCR, pois acreditamos que a atual agenda da administração, buscando eficiência e resolvendo reequilíbrios pendentes, são os principais catalisadores para a ação.
Estimamos que as alterações e reequilíbrios contratuais em discussão (incluindo a otimização do contrato da MSVia), juntamente com os programas de redução de custos e receita incremental, poderiam adicionar R$ 3,70/ação em valor patrimonial (34% de potencial de alta adicional).
Além disso, a TIR real dos seus projetos atuais está em 14,9%, o que implica um spread de 7,5 p.p. para o título público de 10 anos do Brasil, bem acima da média pós-Covid de 4,0 p.p.
Ademais, a participação em novos leilões e/ou reciclagem de ativos (transação estratégica no negócio de aeroportos ou venda de uma participação em ativos maduros) poderia gerar valor adicional.
Para 2025, esperamos que as receitas e o EBITDA da empresa cresçam 7% a/a e 12% a/a, respectivamente, devido ao aumento de novos projetos rodoviários e ao crescimento geral esperado do tráfego.
Em nossa visão, os principais riscos/desafios para o ano serão o aumento do custo de capital (devido a taxas de juros mais altas) e potencial estouro de capex devido a custos de insumos mais altos.
Por outro lado, as principais oportunidades podem vir da empresa participando de novos leilões que não afetem severamente a alavancagem da empresa.
Direcionadores:
- crescimento do tráfego em rodovias pedagiadas e aeroportos operados pela CCR;
- decisão positiva acerca de alterações e reequilíbrios contratuais;
- e oportunidades em novos leilões.
Riscos:
- desaceleração na atividade econômica brasileira, levando a uma desaceleração no volume de tráfego em geral;
- interferência governamental adversa no setor;
- aumento da concorrência em novos leilões;
- e menores retornos em novos projetos.
Veja também outras carteiras recomendadas para o mês de janeiro de 2025:
JBS (JBSS3) e Eletrobras (ELET3) entram para portfólio 10SIM do BTG Pactual de janeiro de 2025.
Marfrig (MRFG3) e Porto (PSSA3) entraram para carteira Ibovespa 10+ da Genial Investimentos.
Weg (WEGE3) entra na carteira fundamentalista da BB Investimentos.
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Fonte de conteúdo: Santander Brasil
Edição de texto e da página: Ernani Fagundes, jornalista especializado (MBA da B3) em informações econômicas, financeiras e de mercado de capitais.
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