B3 (B3SA3) e Embraer (EMBR3) entram no portfólio 10SIM do BTG Pactual para o mês de fevereiro de 2025. As ações vão substituir Itaú (ITUB4) e JBS (JBSS3), que deixaram a carteira.

A ação da construtora Cury (CURY3) também entrou na seleção e substitui a Marcopolo (POMO4).

Com as alterações, o portfólio 10SIM passou a ser formado por: Petrobras (PETR4), Weg (WEGE3), Eletrobras (ELET3), Suzano (SUZB3), BB Seguridade (BBSE3), Sabesp (SBSP3), B3 (B3SA3), Embraer (EMBR3), Tim (TIMS3) e Cury (CURY3).

Veja trechos do relatório da equipe de análise do BTG Pactual encaminhado ao Grana News após a imagem ilustrativa abaixo:

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O atual cenário fiscal altamente incerto, o aumento das taxas de juros e a falta de visibilidade dos possíveis catalisadores de curto prazo nos levaram a manter nosso portfólio mais defensivo, concentrando-nos em ações de fluxo de caixa concentrados no curto prazo, pagadoras de altos dividendos e empresas que se beneficiam de um dólar mais valorizado.

B3 e Embraer entram na 10SIM

B3 entra, substituindo o Itaú; BBSE permanece

Dito isso, estamos mudando nossa exposição ao setor financeiro e, ao mesmo tempo, aumentando um pouco o risco do portfólio.

B3 (B3SA3) substitui Itaú (ITUB4)

Estamos adicionando a bolsa de valores brasileira B3, substituindo o Itaú após seu forte desempenho.

A B3 é agora um modelo de negócio mais diversificado com um yield em potencial de cashback de cerca de 10%.

Painel B3
B3 e Embraer entram para porfólio 10SIM do BTG Pactual para fevereiro de 2025. Foto: B3/Divulgação

O aumento da concorrência tem sido um tema recorrente, mas pode levar mais tempo para se materializar do que se temia.

Estamos mantendo a BBSE na 10SIM, já que ela se beneficia de taxas de juros maiores e esperamos que pague dividendos elevados (yield de 11%).

Embraer (EMBR3) substitui a JBS (JBSS3)

Estamos mantendo inalterada nossa exposição a um dólar mais valorizado.

A Suzano e a WEG mantêm seus lugares, mas estamos substituindo a JBS pela Embraer.

Esperamos que a forte dinâmica operacional desta última continue e que os próximos resultados do 4T e a revisão do guidance funcionem como catalisadores para as ações.

Nosso portfólio tem alguma exposição adicional ao câmbio por meio da Petrobras.

Cury (CURY3) substitui a Marcopolo (POMO4)

A outra mudança que estamos fazendo é a substituição da Marcopolo pela Cury, uma construtora de imóveis de baixa renda.

O aprimorado programa de moradias populares do MCMV tem sido tão bom que empresas como a Cury se tornaram grandes pagadoras de dividendos.

Sabesp (SBSP3), Eletrobras (ELET3) e Tim (TIMS3)

As concessionárias de serviços básicos Sabesp e Eletrobras e a TIM completam a lista das 10SIM.

Estamos mantendo uma parte da carteira alocada em serviços básicos por meio da Sabesp e da Eletrobras.

A TIM também permanece na 10SIM, uma vez que modelamos os pagamentos de dividendos que podem ser o equivalente ~16% de seu valor mercado nos próximos 15 meses.

Cenário internacional e Donald Trump

Após uma grande queda das ações em novembro e dezembro (queda de 7,3% em reais e 13,2% em dólares), o Ibovespa se recuperou e encerrou janeiro com alta de 4,9% em reais e 11% em dólares.

Creditamos o sólido desempenho do índice local em janeiro a um cenário externo um pouco mais benigno.

No final de 2024, a dominância republicana nas eleições dos EUA e a indicação do Presidente Trump de políticas comerciais e de imigração, que poderiam pressionar a inflação fez com que as taxas dos títulos de 10 anos dos EUA, tanto nominais quanto reais, aumentassem – as taxas nominais dos EUA aumentaram 28bps e as taxas reais 27bps em novembro/dezembro.

As taxas americanas mais elevadas pressionaram as taxas no Brasil e contribuíram para a queda do Ibovespa no final de 2024.

Esse movimento foi parcialmente revertido em janeiro, já que os anúncios iniciais de aumento de tarifas do presidente Trump foram menos agressivos do que o esperado.

Consequentemente, as taxas reais americanas de 10 anos caíram 12bps em janeiro, ajudando a explicar a recuperação do Ibovespa (em US$) no mês.

Não esperamos notícias positivas em relação à política fiscal; medidas estruturais são altamente improváveis.

Embora o cenário externo ajude a explicar alguns dos altos e baixos do mercado brasileiro, nada mudou em relação à política fiscal desde o final do ano passado.

Maior percepção do risco fiscal no Brasil

Os ativos de risco brasileiros se deterioraram acentuadamente nos últimos meses, uma vez que a confiança dos investidores na sustentabilidade da estrutura fiscal e na trajetória da dívida do país atingiu os menores níveis de vários anos.

Sem medidas estruturais mais significativas para reduzir o ritmo de expansão da dívida, o que parece altamente improvável, não esperamos uma recuperação sustentada das ações brasileiras.

De fato, a maior percepção de risco Brasil se reflete no aumento da diferença entre as taxas reais do Brasil e dos EUA, que agora está um desvio padrão acima da média.

Dito isso, em momentos mais desafiadores, como a recessão de 2015/2016, o prêmio foi em média de 6% e atingiu um pico de mais de 7% em setembro de 2015.

Fonte de conteúdo: BTG Pactual

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Edição de texto e da página: Ernani Fagundes, jornalista especializado (MBA da B3) em informações econômicas, financeiras e de mercado de capitais.

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