ETFs avançam em número de investidores pessoas físicas e em patrimônio, destacou Cacá Takahashi, diretor da Anbima e coordenador da Rede Anbima de Sustentabilidade, em entrevista exclusiva ao Grana News, realizada no evento Anbima Summit, em São Paulo.

Cacá Takahashi, diretor da ANBIMA e coordenador da Rede ANBIMA de Sustentabilidade

ETFs avançam em número de investidores pessoas físicas

O número de pessoas físicas com recursos em Exchange Traded Funds (ETFs ou fundos negociados em bolsa) alcançou 624.835 em maio de 2025.

“Há cinco anos era pouco menos de 200 mil CPFs, hoje já são mais de 600 mil CPFs na bolsa (B3)”, disse Cacá Takahashi, diretor da Anbima e coordenador da Rede Anbima de Sustentabilidade, em entrevista exclusiva ao Grana News, no evento Anbima Summit 2025, realizado em São Paulo.

Em termos de patrimônio investido por pessoas físicas, o volume também aumentou e passou de R$ 8 bilhões em 2022, para R$ 10 bilhões em 2023, R$ 18 bilhões em 2024, e R$ 21 bilhões em maio de 2025.

Veja trechos da entrevista de Cacá Takashashi sobre a evolução do mercado de ETFs no Brasil:

“Com relação ao mercado local, o que realmente chama atenção é que temos uma indústria de fundos de investimentos grande e os ETFs ainda tem uma participação pequena, o que demonstra um potencial de crescimento”.

“Quando se olha a quantidade de produtos, esse é um indicador legal. No ano passado, nós tivemos 30 ETFs lançados no mercado, esse ano já tem 10 lançamentos e temos gestoras preparando mais ETFs para serem lançados”.

“Vamos terminar 2025 realmente com mais um ano com lançamento de novos produtos. Isso é muito bom”.

“Temos toda essa base de mercado de ETFs está sendo construída. Agora, claro temos alguns desafios. Temos aqui no Brasil um mercado de fundos de investimento que tem uma diversidade de produtos locais com características que no ambiente macro que vivemos fazem sentido. No final das contas, são produtos que estão há mais tempo no mercado. A indústria de fundos de renda fixa é um mercado consolidado”.

“Então, tudo isso obviamente traz um desafio para um produto como o ETF no Brasil”.

“Mas o ETF vem crescendo dentro dessa perspectiva, e é cada vez mais importante para o investidor”

“Na Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), a nossa pauta não é só autorregulação, não é só informação, mas também muita educação financeira e comunicação”

“As características do ETF são extremamente positivas para o investidor que vai começar a investir e podem usar o produto de forma tática e estratégica. Os atributos do ETF: preço, liquidez e transparência, são muito favoráveis para o crescimento dos ETFs”.

ETFs globais, ESG e Sustentabilidade

O volume de ETFs devem alcançar US$ 18 trilhões sob gestão no mundo até 2026, conforme estimativa da PWC, divulgada n painel “Como fomentar o mercado de ETFs no Brasil?”, no evento Anbima Summit.

No Brasil, o avanço recente da participação dos investidores está ocorrendo principalmente em ETFs de renda variável global, ETFs de criptos e ETFs de commodities.

Veja os dados dos ETFs mais populares na bolsa brasileira (B3) com dados de maio de 2025:

  • IVVB11 – S&P 500 – 213.650 investidores
  • HASH11 – Nasdaq Crypto – 131.107 investidores
  • BOVA11 – Ibovespa – 90.006 investidores
  • GOLD11 – Ouro – 64.975 investidores
  • QBTC11 – CME Bitcoin – 41.014 investidores
  • SMAL11 – Small Cap – 40.849 investidores
  • NASD11 – Nasdaq 100 – 40.305 investidores

Mas em termos de desafios, os ETFs de ESG ou de sustentabilidade apresentam números mais modestos em 2025, especialmente desde o início do governo do presidente Donald Trump, nos EUA.

No Brasil, por exemplo, o ETF ECOO11 reportou 1.189 investidores, o ETF ISUS11 registrou 1.015 investidores, e o ETF ESGB11 apenas 443 investidores.

“Teve um boom na pauta do ESG, principalmente logo depois da pandemia, especialmente no ano de 2021, foi um ano em que muitas coisas aconteceram, entrou nos holofotes, um processo natural. Agora, temos algumas questões relacionadas com o mercado norte-americano, mas eu vejo como fluxos que acontecem dentro de uma perspectiva de oportunidade”, respondeu Cacá Takahashi, coordenador da Rede Anbima de Sustentabilidade.

Questionado sobre as oportunidades para o crescimento dos ETFs ESG, Cacá apontou para os holofotes da COP-30 no Brasil nesse ano.

“O Brasil está com uma pauta muito robusta, tem iniciativas do BNDES, tem iniciativas do setor privado, que continuam mantendo um foco muito grande na questão dos investimentos sustentáveis para a transição climática e da transição energética. A COP30 com certeza é extremamente positiva, traz uma oportunidade para o Brasil”, afirmou.

Fontes de conteúdo: Anbima Summit 2025, B3 e Cacá Takahashi, diretor da Anbima e coordenador da Rede Anbima de Sustentabilidade.

Reportagem: Ernani Fagundes Schandert (jornalista)

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Edição de texto e da página: Ernani Fagundes, jornalista especializado (MBA da B3) em informações econômicas, financeiras e de mercado de capitais.

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