Percentual de investidoras na Bolsa aumenta para 25%

O percentual de investidoras na Bolsa aumentou de 24% em 2022 para 25% em 2023, de acordo com dados do relatório anual divulgado pela B3.

Ou seja, a cada 4 investidores de renda variável (ações) na Bolsa, uma é mulher. Em números gerais, entre um total de 5 milhões de CPFs, o número de investidoras é próximo de 1,3 milhão.

Um estudo inédito realizado pela B3 identificou preferências e características da mulher investidora. Dados dos últimos 5 anos mostraram que aumentou em mais de 1 milhão o número de investidoras em renda variável e constatou que os valores investidos por elas são mais altos.

A análise considerou o valor mediano do primeiro investimento. Apesar de estar caindo significativamente nos últimos anos, o que demonstra a democratização do acesso à bolsa, ele é historicamente maior para as mulheres do que para os homens. Em 2018, as mulheres entravam com R$ 3,5 mil, contra R$ 2 mil dos homens. Hoje, os valores medianos são de R$ 167 para elas e de R$ 62 para eles.

Isso se reflete no saldo médio de cada investidor no primeiro ano do investimento. Em 2023, o volume médio sob custódia era de R$ 9,8 mil para os homens e R$ 26 mil para as mulheres.

Por outro lado, os homens entram em maior quantidade do que as mulheres na bolsa. Há cinco anos, a quantidade de novos investidores homens era de 173,9 mil por ano e de mulheres, de 49,8 mil. Atualmente, o número é de de 1,1 milhão de homens contra 253,8 mil mulheres no ano.

“A minha percepção é de que a mulher se prepara mais para entrar na bolsa. Seja buscando informações ou mesmo juntando mais dinheiro antes de começar a investir. Temos visto uma tendência no comportamento delas, muito parecida com a dos homens, como a busca maior por fundos imobiliários no ano passado, por exemplo”, afirma Christianne Bariquelli, superintendente de Educação da B3. “Temos disponibilizado no site da B3 Educação e no aplicativo HUB3, conteúdos gratuitos produzidos por mulheres, que ajudam a criar conexão, garantem representatividade e podem contribuir na decisão de começar a investir”, completa”.

Participação de jovens cresceu mais nos últimos anos

Em relação a faixa etária, a maior parte das mulheres que investem em renda variável estão na faixa entre 25 e 39 anos (46%), seguida pela faixa dos 40 a 59 anos (34%). Nos últimos 5 anos, a faixa etária que mais cresceu percentualmente foi a de 18 a 24 anos. Eram 4,4 mil investidoras em 2018 e hoje são mais de 85,7 mil mulheres.

Fundos imobiliários cresceram mais entre elas no ano passado

O estudo mostrou ainda que as ações são o produto preferido pela maior parte das investidoras.

Entre as mais de 1,253 milhão de investidoras de renda variável, 951,9 mil investem em ações. O número é inclusive maior do que as mulheres que investem no Tesouro Direto, de 903,6 mil. Fundos Imobiliários são o terceiro produto mais procurado, com 641,9 mil investidoras. Esse, porém, foi o produto que registrou maior crescimento entre elas no último ano, de 19%.

Mais da metade das mulheres que investem na bolsa (694,8 mil) diversificam, com mais de um produto de renda variável na carteira. A proporção é parecida com a dos homens.

Investidoras no Nubank

A análise da base de investidores do Nubank, realizada entre 2023 e fevereiro de 2024, revela que, dos investidores com gênero declarado e valores aplicados superiores a R$100, as mulheres representam a maioria, com 51%, enquanto os homens representam cerca de 49%. Já em relação ao volume investido, os clientes que se declaram homens respondem por 62% e mulheres por 38% – participação que tem crescido ano a ano e que em janeiro de 2023 era 34%.

Livia Chanes, CEO do Nubank no Brasil, fala sobre essa jornada feminina no mercado de investimentos. “Desde a nossa fundação, um dos valores do Nubank é desburocratizar o acesso aos serviços financeiros de qualidade, facilitando a vida dos nossos clientes. Fizemos o mesmo em investimentos, ao criar soluções intuitivas e eficientes para que todos pudessem iniciar a construção do seu patrimônio. Fico feliz em ver o aumento de mulheres buscando sua independência financeira e por escolherem o Nu para ser a porta de entrada nesse mundo”, diz.  

O perfil da mulher investidora

Os dados observados no Nu refletem também uma evolução no mercado. De acordo com um levantamento da B3, o número de mulheres investidoras saltou 118% nos últimos anos. Em 2002, elas eram de 15.030 na Bolsa de Valores; e esse número atingiu a marca histórica de 1 milhão de CPFs em 2021.  

Mesmo com esse crescimento, ao analisar o perfil das investidoras do Nubank desde 2023, foi constatado que as mulheres ainda possuem portfólio menor e um perfil mais cauteloso em comparação aos homens, o que é esperado, considerando que muitas são novas entrantes nesse mercado, como demonstram os dados da B3. No Nu, cerca de 75% delas têm perfil conservador, enquanto apenas 35% dos homens se enquadram nesta categoria.

Os números demonstram uma diferença de perfil significativa, evidenciando que mulheres preferem investimentos mais seguros e estáveis. A escolha pode ser motivada pelo desejo de preservar o patrimônio, evitar riscos e, até mesmo, por muitas investidoras estarem iniciando sua jornada no mundo dos investimentos agora.

“Como mulher, fico muito feliz ao perceber o quanto pudemos contribuir para o empoderamento das mulheres no mundo dos investimentos à medida que criamos novas soluções e produtos transparentes, idealizados para dar autonomia e poder de escolha para cerca de 95 milhões de clientes na América Latina”, ressalta Livia.

Fonte de conteúdo: B3 e Nubank

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