Investir pode parecer um universo complexo para quem está começando, mas existem opções simples, seguras e acessíveis que permitem dar os primeiros passos sem assumir riscos elevados.

O Tesouro Direto é justamente uma dessas alternativas: um investimento de renda fixa, com baixo custo e proteção garantida pelo Tesouro Nacional.

Ele é indicado tanto para quem está montando uma reserva de emergência quanto para quem quer investir pensando no médio e longo prazo. E o melhor: você pode começar com pouco dinheiro e acompanhar tudo online.

Neste artigo, você vai entender como o Tesouro Direto funciona, quais são os principais tipos de títulos, como escolher o mais adequado para o seu objetivo e ainda conferir um passo a passo simples para fazer sua primeira aplicação. Acompanhe!

O que é Tesouro Direto e como funciona?

O Tesouro Direto é um programa criado pelo Tesouro Nacional, que é o órgão do governo responsável por administrar a dívida pública federal e captar recursos para financiar as atividades do país. Ele permite que pessoas físicas invistam diretamente em títulos públicos pela internet.

Esses títulos são, na prática, uma forma de o governo captar recursos para financiar suas atividades — e, em troca, ele paga juros ao investidor.

Você pode investir no Tesouro Direto por meio de bancos ou corretoras habilitadas, em um processo simples: você escolhe o título, define o valor, faz a compra e, a partir daí, o dinheiro passa a render conforme as condições contratadas.

Os títulos têm datas de vencimento — que podem variar de meses a décadas —, mas também oferecem liquidez diária, ou seja, a possibilidade de resgatar o dinheiro antes do prazo, se necessário.

Vale a pena investir no Tesouro Direto?

Essa é uma dúvida comum de quem está começando. O Tesouro Direto vale a pena para quem busca segurança, previsibilidade e facilidade, já que é um investimento de renda fixa. No entanto, como todo investimento, ele também tem pontos a considerar.

Antes de decidir, é importante entender os prós e contras dessa modalidade. Essas são as principais vantagens de investir no Tesouro Direto:

  • Segurança: garantido pelo Tesouro Nacional, ele é considerado o investimento mais seguro do país;
  • Acessibilidade: é possível começar a investir com valores a partir de cerca de R$ 30;
  • Variedade: há opções para curto, médio e longo prazo, atendendo diferentes perfis de investidor;
  • Liquidez diária: possibilidade de vender o título antes do vencimento.

E essas são algumas desvantagens:

  • Rendimento mais baixo: em geral, paga menos que investimentos de maior risco, como ações;
  • Marcação a mercado: se vender antes do vencimento, o valor pode ser menor do que o investido, dependendo das condições do mercado;
  • Tributação: há cobrança de Imposto de Renda e taxa de custódia da B3, que é a bolsa de valores oficial do Brasil e também responsável pelo registro e liquidação das operações do Tesouro Direto.

Quais títulos posso investir pelo Tesouro Direto?

O Tesouro Direto oferece três tipos principais de títulos, cada um indicado para um objetivo diferente. Ao escolher, é fundamental alinhar a aplicação com seu perfil e prazo de investimento.

Saiba mais sobre cada um deles!

Tesouro Selic (LFT) – Pós-fixado

O Tesouro Selic tem rentabilidade atrelada à taxa Selic, que é a taxa básica de juros da economia. É considerado o título mais seguro e com menor oscilação de valor, sendo ideal para quem precisa de liquidez e não quer correr risco de perder dinheiro no resgate antecipado.

Exemplo de uso: montar ou manter uma reserva de emergência.

Tesouro Prefixado (LTN ou NTN-F) – Rentabilidade fixa

No Tesouro Prefixado, você já sabe exatamente quanto vai receber no vencimento. É uma boa escolha se você acredita que a taxa oferecida no momento está vantajosa e quer garantir esse rendimento.

Exemplo de uso: investir para um objetivo com data definida, como um curso, casamento ou reforma.

Tesouro IPCA+ (NTN-B) – Híbrido (inflação + juro real)

O Tesouro IPCA+ paga uma taxa fixa mais a variação da inflação no período. É indicado para quem quer preservar o poder de compra no longo prazo, garantindo que o rendimento fique sempre acima da inflação.

Exemplo de uso: aposentadoria, compra de imóvel ou outros projetos de longo prazo.

Qual é o rendimento do Tesouro Direto?

O rendimento do Tesouro Direto depende do tipo de título escolhido e das condições do mercado. Antes de falar das taxas que incidem sobre o investimento, vale entender a diferença entre rentabilidade bruta e rentabilidade líquida.

A rentabilidade bruta é o valor total que o investimento gerou em um período, sem descontar nenhum imposto ou taxa. Já a rentabilidade líquida é o que realmente vai para o seu bolso, depois de descontados impostos, tarifas e outras cobranças.

É como comparar o salário antes e depois dos descontos: o valor bruto parece maior, mas o líquido é o que você de fato pode usar.

No caso do Tesouro Direto, sobre a rentabilidade bruta incidem:

  • Imposto de Renda: com alíquotas que variam de 22,5% a 15%, dependendo do tempo de aplicação;
  • Taxa de custódia da B3: atualmente de 0,20% ao ano, cobrada sobre o valor investido;

Além disso, títulos prefixados e IPCA+ podem ter variações no valor de resgate antes do vencimento por causa da marcação a mercado, que é a atualização diária do preço do título de acordo com as condições do mercado. No vencimento, o rendimento contratado é garantido.

Passo a passo de como fazer um investimento

Se, depois de ler até aqui, você entendeu que o Tesouro Direto é o investimento ideal para você, saiba que comprar o seu primeiro título é mais simples do que parece. Siga estas etapas:

  1. Abrir conta em uma corretora ou banco habilitado: escolha uma instituição que ofereça acesso ao Tesouro Direto e verifique se há cobrança de taxas adicionais;
  2. Acessar a plataforma do Tesouro Direto: pode ser pelo site oficial, aplicativo ou pela área de investimentos da corretora;
  3. Escolher o título: avalie prazo, rendimento e adequação ao seu objetivo financeiro;
  4. Fazer a aplicação: informe o valor que deseja investir e conclua a compra;
  5. Acompanhar o rendimento: use o extrato online para verificar os ganhos e decidir se manterá o título até o vencimento.

Conclusão

O Tesouro Direto é uma das formas mais seguras e acessíveis de investir no Brasil, sendo ideal tanto para quem está começando quanto para quem busca diversificar a carteira com baixo risco.

Ao entender como cada título funciona e alinhar o investimento com seus objetivos, é possível aproveitar ao máximo essa modalidade.

Manter uma boa organização financeira e investir de forma consciente é fundamental para alcançar estabilidade e realizar projetos de vida. E, se você já investe — seja no Tesouro Direto ou em outras modalidades —, lembre-se de que a declaração correta no Imposto de Renda é essencial para evitar problemas com a Receita Federal!

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