Reserva de emergência

Reserva de emergência – a importância de formar uma. | Por Ernani Fagundes, jornalista especializado em mercado de capitais e informações de economia e finanças.

A vida é cheia de imprevistos e de situações que desafiam a lógica da tranquilidade e da serenidade. Pelo simples fato de estarmos vivos, pode acontecer qualquer coisa. Tudo é possível, até o inimaginável.

Vou dar dois exemplos que afetaram bilhões de pessoas no planeta, e que num curto período de tempo, virou o mundo de cabeça para baixo.

Uma delas foi a crise financeira global de 2008. Depois da chamada “exuberância irracional” de Wall Street nos anos 2000, a recessão secou o dinheiro dos mercados e provocou milhões de trabalhadores em todo o mundo por anos.

O segundo exemplo foi a pandemia de Covid-19, que restringiu a circulação de pessoas por dois anos (2020 e 2021) e só foi contornada com vacinas de forma mais eficaz a partir de 2022.

A crise financeira que se seguiu a pandemia também afetou milhares de empresas e milhões de trabalhadores em todo o mundo. Setores como os de companhias aéreas e de turismo, educação e saúde ainda não se recuperaram totalmente da crise causada pela covid-19.

Vendo as notícias mais recentes, vi que a Organização Mundial de Saúde (OMS) emitiu um alerta sobre a doença mpox, que causou diversas mortes na República Democrática do Congo, na África. Ainda não há motivos para desespero ou pânico, mas como anunciou a OMS serve como um alerta.

O alerta também vale para nossa vida financeira. Quem perdeu dinheiro com a crise global de 2008 ou com a crise da covid-19 sabe o que eu estou dizendo. É sempre importante formar e ter uma reserva de emergência ou reserva financeira para vários tipos de situações: a perda do emprego, a ausência de receitas por um período, uma doença na família, o conserto de um carro. E claro, quando essa reserva financeira estiver consolidada e gerar um bom retorno, aquele “pé de meia” poderá ser a alavanca para outros projetos: uma faculdade, um MBA no exterior, o primeiro imóvel, uma festa de casamento, uma viagem dos sonhos, “ao infinito e além”.

Como acompanho a área de finanças por mais de duas décadas, quando pessoas me abordam para falar sobre investimentos, a primeira questão que devolvo, é se a pessoa possui uma reserva de emergência? Se a resposta é sim, a conversa evolui para outro patamar.

Mas quando a resposta é não, a conversa avança para o tema que trato nesse artigo, a importância de formar uma reserva de emergência ou financeira.

Os dados mais recentes da Associação Brasileira das Entidades do Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) mostravam que mais da metade da população brasileira não possui nenhum tipo de investimento ou reserva financeira.

Diante dessa realidade, a reflexão é clara e objetiva: Se você ainda não começou a sua reserva de emergência, o momento é agora. Não perca mais tempo e não deixe que um novo imprevisto te surpreenda sem dinheiro na conta.

Sobre Onde Investir a Reserva de Emergência, eu te conto no próximo artigo. Até mais.

Autor: Ernani Fagundes, jornalista especializado em mercado de capitais e informações de economia e finanças.

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