Onde guardar dinheiro da reserva de emergência?
Onde guardar dinheiro da reserva de emergência? | Por Ernani Fagundes, jornalista especializado (MBA da B3) em informações econômicas, financeiras e de mercado de capitais.
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No artigo Reserva de Emergência – a importância de formar uma, expliquei que imprevistos podem acontecer a qualquer momento da vida, e que, por isso, é sempre prudente formar e ter uma reserva financeira para situações que poderiam te deixar sem dinheiro no bolso.
No artigo atual, vou responder a questão: Onde guardar dinheiro da reserva de emergência?
Não faz muito tempo, no artigo Onde os brasileiros guardam seu dinheiro, mostrei que as pessoas físicas aplicam cerca de R$ 1 trilhão na boa e velha caderneta de poupança, a aplicação financeira mais popular. A poupança rende apenas 6% ao ano mais a taxa referencial (TR), mas o rendimento é líquido, ou seja, sem a cobrança de Imposto de Renda sobre ganhos de capital.
Na minha modesta opinião, a poupança é uma aplicação simples e segura, mas sinceramente rende muito pouco.
Diante disso, vou mostrar que existem outras 3 aplicações seguras e com liquidez diária que podem render mais que a poupança para te ajudar a formar sua reserva de emergência:
Tesouro Selic
O Tesouro Selic é considerado a aplicação mais segura do mercado brasileiro pois tem a garantia do Tesouro Nacional.
A aplicação pode ser feita após o cadastro rápido numa corretora de valores credenciada na Bolsa (B3).
Depois da sua reserva de emergência formada, esse mesmo cadastro pode servir como uma porta de entrada para outros investimentos mais rentáveis e de maior risco.
O Tesouro Selic ou Letra Financeira do Tesouro (LFT) é uma aplicação pós-fixada, com liquidez diária e acompanha a taxa básica de juros (Selic) definida pelo Banco Central em reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) a cada 45 dias. Atualmente, a Selic está 12,25% ao ano (atualizado em 11/12).
O investidor que guardar seu dinheiro por até seis meses no Tesouro Selic paga uma alíquota de 22,5% de Imposto de Renda sobre ganhos de capital, o que representa um rendimento líquido de 77,5% dos juros brutos da Selic no período de aplicação. Por outro lado, se a pessoa física ficar um ano no Tesouro Selic, a alíquota de IR cai para 20%.
Fundo Simples
A segunda alternativa de investimento seguro e de liquidez diária com rendimento superior ao da poupança é o chamado “Fundo Simples”. Pela legislação, eles devem aplicar, no mínimo, 95% em títulos públicos federais de alta liquidez.
Graças a competição, grandes gestoras (Itaú, BTG Pactual e XP) listam esses fundos simples com taxas de administração zeradas ou próximas de zero, o que garante um retorno próximo do rendimento líquido da taxa básica de juros (Selic) após a cobrança do imposto sobre ganhos de capital.
CDB DI de liquidez diária
A terceira opção para guardar dinheiro para a reserva de emergência é o certificado de depósito bancário (CDB) DI de liquidez diária.
Mas aqui, o investidor pessoa física precisa ficar mais atento para escolher o prazo da aplicação: 30 dias, 90 dias, 180 dias ou um ano.
Há instituições que listam CDBs com prazos maiores, de 2 anos ou mais. Como o artigo trata do dinheiro para reserva de emergência, fuja das aplicações com prazos longos e prefira o prazo mais curto, 30 dias.
Em geral, grandes bancos como Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú e Santander pagam um percentual menor da taxa de depósito interfinanceiro (DI) porque possuem recursos de depósitos de seus clientes.
Por outro lado, instituições como BTG Pactual, XP e instituições menores pagam um rendimento melhor para captar recursos. Em geral, o rendimento dos CDBs fica acima do rendimento líquido da poupança após a cobrança do Imposto de Renda sobre ganhos de capital.
A segurança da aplicação é garantida pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) até o limite de R$ 250 mil por CPF. A partir desse patamar, o risco é a da instituição financeira que você está aportando seus recursos.
Autor: Ernani Fagundes, jornalista especializado (MBA da B3) em informações econômicas, financeiras e de mercado de capitais.
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