
Quando a gente pensa em contratar um empréstimo ou financiamento, normalmente o que chama atenção logo de cara é a taxa de juros. Mas existe um número ainda mais importante que muita gente ignora, chamado CET, o Custo Efetivo Total.
Ele mostra, de forma clara, quanto você vai pagar de verdade pelo crédito, incluindo taxas, impostos e outras cobranças que nem sempre aparecem no anúncio da oferta.
Entender o CET é fundamental para não cair em armadilhas e, ao longo deste artigo, você vai descobrir exatamente o que é, como ele é calculado, por que é importante, onde encontrar essa informação e, principalmente, como usá-la para tomar decisões mais inteligentes na hora de pegar crédito.
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O que é CET (Custo Efetivo Total)?
O CET é uma taxa que representa todo o custo que você terá com uma operação de crédito. Não é só os juros que o banco cobra, mas também todas as tarifas, impostos e seguros embutidos. É como olhar para a conta final, e não só para o “preço da etiqueta”.
O valor do CET é apresentado como uma taxa anual, justamente para permitir que você compare diferentes propostas de forma justa. É ele que mostra quanto o crédito vai custar no seu bolso, no final das contas.
CET ou taxa de juros: qual a diferença?
A taxa de juros mostra apenas o valor cobrado pelo empréstimo em si. Já o CET engloba os juros e todos os outros custos envolvidos na operação.
Quer um exemplo prático para entender melhor? Imagine que você precisa de crédito e o Banco A oferece uma taxa de juros de 1,2% ao mês. Parece ótimo, certo? Mas quando você soma tarifas, IOF e seguros, o CET vai para 2,1% ao mês.
Enquanto isso, o Banco B cobra uma taxa de juros mais alta, de 1,5%, mas sem tarifas extras. Ou seja, o CET fica em 1,5% mesmo.
Se você olhasse só para os juros, escolheria o Banco A. Mas, ao analisar o CET, percebe que o Banco B sai mais barato no final.
O que diz o Banco Central sobre o CET?
Desde março de 2008, todos os bancos e financeiras são obrigados a informar o Custo Efetivo Total em qualquer operação de crédito. Essa exigência está na Resolução 3.517/2007 do Banco Central, que determina que a informação precisa ser clara, visível e entregue antes da contratação.
Se a instituição não mostrar o CET na proposta, no contrato ou na simulação, está descumprindo a regra. E, nesse caso, você tem todo o direito de pedir a informação antes de assinar qualquer documento.

Por que é importante analisar o CET ao comparar ofertas de crédito?
Olhar para o CET é essencial porque ele dá uma visão real do custo do empréstimo. Só ele consegue mostrar:
- Se a proposta que parece barata na propaganda realmente vale a pena;
- Qual banco ou financeira tem o menor custo total, e não apenas a menor taxa de juros;
- Como taxas escondidas e seguros embutidos podem encarecer o crédito.
Em outras palavras, o CET é como a lupa que revela o que está por trás da oferta. Sem ele, você corre o risco de pagar muito mais do que imagina.
O que compõe o cálculo do CET?
O Custo Efetivo Total é formado pela soma de todos os encargos que você vai pagar ao longo do contrato. São eles:
- Juros nominais: a taxa cobrada pelo empréstimo em si. É o valor que mais pesa no cálculo, mas não o único;
- Tarifas administrativas: taxas do banco para abrir ou manter o contrato, como taxa de cadastro ou manutenção;
- Tributos: impostos como o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que incide sobre praticamente todo crédito no Brasil;
- Seguros: em alguns casos, o contrato inclui seguros como proteção contra desemprego ou morte, que aumentam o custo;
- Outras despesas operacionais: qualquer custo extra, como registro de contrato ou despesas de cartório.
Mesmo aquela “taxa pequena” que aparece no contrato sem muita explicação faz diferença no CET e pode encarecer bastante o crédito.
Como o CET é calculado?
O cálculo do CET considera todos os custos embutidos no contrato e os transforma em uma taxa anual que representa o custo total da operação.
Por exemplo: imagine que você pega R$ 10 mil emprestados e, ao final do prazo, paga R$ 13 mil. O CET mostra essa diferença como um percentual, levando em conta juros, tarifas, impostos e seguros.
Assim, dois empréstimos com o mesmo valor e prazo podem ter CETs diferentes — e é aí que mora a importância de comparar.

Onde encontrar o CET nas propostas de crédito?
Por lei, o CET deve aparecer sempre nas propostas, contratos e simulações de crédito, de forma clara e de fácil visualização. Isso garante que o consumidor possa comparar opções antes de assinar qualquer documento. Ele geralmente fica:
- No rodapé da simulação de empréstimo;
- No contrato, perto das informações sobre juros e prazos;
- No aplicativo ou site do banco, na tela final antes da contratação.
Se não encontrar, pergunte. E, se a instituição se recusar a informar, isso é um sinal de alerta para repensar a contratação.
Como usar o CET a seu favor? Confira dicas práticas
O CET é uma ferramenta poderosa para quem quer economizar ao contratar crédito. Veja como usá-lo no seu dia a dia:
- Compare diferentes propostas usando o CET, não só os juros: isso mostra o custo real de cada opção;
- Negocie tarifas e seguros embutidos: muitas vezes, eles não são obrigatórios e podem ser retirados;
- Simule com diferentes prazos: às vezes, um prazo mais curto aumenta a parcela, mas reduz o CET total;
- Desconfie de ofertas que não mostram o CET: a transparência é um sinal importante de confiança na instituição.
Conclusão
O CET (Custo Efetivo Total) é mais do que um número no contrato: é a chave para entender quanto o crédito realmente vai custar. Ele inclui juros, tarifas, impostos e seguros, dando uma visão completa do impacto no seu bolso.
Ao comparar propostas usando o CET, você evita surpresas desagradáveis e toma decisões mais conscientes. Essa prática simples pode representar uma grande economia no longo prazo!
E, assim como é importante conhecer todos os custos do crédito, também é essencial manter as finanças organizadas para que ele não vire um peso. Parte dessa organização inclui cuidar do imposto de renda: declarar corretamente, aproveitar deduções e evitar multas pode liberar recursos para outros objetivos.
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