Perspectivas para o Mercado de Ativos Alternativos | Artigo por Eduardo Gouvêa, fundador e presidente do Conselho Deliberativo da Droom Investimentos.
O ano de 2025 promete ser um grande momento para o mercado de ativos alternativos.
Acredito que veremos a consolidação de movimentos que se mostraram promissores até aqui e que ganharão ainda mais impacto e, principalmente, possibilitarão a chegada dessas oportunidades a investidores de diferentes perfis.
Esse segmento, historicamente dominado por grandes players institucionais, está sendo democratizado por meio de avanços tecnológicos e mudanças na percepção de risco, criando novas oportunidades e desafios.
Os ativos alternativos têm se destacado pela capacidade de oferecer retornos robustos com menor correlação aos mercados tradicionais.
Em um cenário de volatilidade global, como o vivido atualmente, esses instrumentos surgem como uma alternativa viável (e desejada) para diversificação de portfólios.
No entanto, o que impulsionará ainda mais esse movimento é a busca por ferramentas que permitam seu maior acesso.
Afinal, de nada adianta termos uma possibilidade tão poderosa, se ela não puder ser utilizada de forma mais ampla, por qualquer investidor interessado em aplicar e proteger seu patrimônio.
Tenho falado muito, pelo que vejo na prática em minha experiência no mercado, sobre o poder da tokenização, que não apenas traz mais segurança para todos os stakeholders, como melhora a liquidez e reduz barreiras de entrada para pequenos investidores.
Esse é apenas um dos exemplos do que levará os ativos alternativos a um novo patamar dentro de pouco tempo.
O papel da tecnologia e da regulação
Em 2025, esperamos que o fortalecimento da regulação das ofertas públicas no Brasil, a Resolução 160 da CVM, que passa a vigorar em janeiro, sirva para consolidar a confiança dos investidores.
O avanço da regulamentação alinhada às novas tecnologias, como blockchain, pode transformar o modo como os ativos alternativos são negociados, mitigando riscos e aumentando a transparência e as possibilidades de distribuição.
Outro ponto relevante para o novo ano é o uso crescente da inteligência artificial e do big data para análise e gestão desses ativos.
Ferramentas avançadas possibilitam a avaliação de riscos de forma mais precisa, permitindo que investidores tomem decisões mais embasadas.
Desafios à frente
Apesar dos avanços, o mercado de ativos alternativos ainda enfrenta desafios significativos.
Entre eles, destaca-se a necessidade de educar investidores e stakeholders sobre o real potencial dessa classe.
Muitos ainda veem com ceticismo alternativas sólidas, como os precatórios, subestimando sua segurança e rentabilidade; enquanto outros se aproveitam da falta de conhecimento do público para vender como panaceias aquilo que precisaria ser analisado com muito cuidado.
Nesse sentido, empresas que atuam nesse segmento têm um papel crucial em desmistificar os ativos mais seguros, educando todos os participantes do mercado e apresentando soluções inovadoras e práticas, que conectem investidores a oportunidades de forma consciente e esclarecida.
O futuro é inclusivo e sustentável
A convergência entre inovação, regulação e mudança de mentalidade deixa 2025 posicionado para ser um ano marcante para o mercado de ativos alternativos.
A combinação de segurança jurídica, avanços tecnológicos e maior acesso tem tudo transformar esse setor em uma peça-chave para o desenvolvimento econômico e financeiro do Brasil.
Investidores que estiverem atentos a essas tendências poderão não apenas proteger seus patrimônios, mas também contribuir para um mercado mais inclusivo e dinâmico.
O desafio agora é garantir que o conhecimento e as oportunidades cheguem a todos.
*Eduardo Gouvêa é fundador e presidente do Conselho Deliberativo da Droom Investimentos.
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Edição visual da página: Ernani Fagundes, jornalista especializado (MBA da B3) em informações econômicas, financeiras e de mercado de capitais.
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